Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Manaus, Amazonas
Março/2010
II
Manaus, Amazonas
Março/2010
III
FICHA CATALOGRÁFICA
Sinopse:
Palavras-chave:
1. Acariquara. 2. Variabilidade genética. 3. Sequência
de bases (ácidos nucléicos). 4. Microssatélites. 5.
Biogeografia. 6. Espécie madeireira.
IV
DEDICATÓRIA
À minha mãe
e avó
AGRADECIMENTOS
À minha avó Luiza de Souza Farias e minha mãe Maria Lúcia Souza Farias
pelo apoio mais que sincero.
Aos meus amigos Jean Pimentel, Raquel Amazonas, Gustavo Nunes, Adam
Leão, Érika Portela, entre tantos outros que me apoiaram durante esses dois anos
com palavras de incentivo.
E por fim, aos professores do GCBEv que foram imprescindíveis para o meu
amadurecimento profissional.
VII
Olavo Bilac
VIII
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
ASPECTO DAS FLORES DE M. GUIANENSIS (B); FRUTO DA ESPÉCIE (C) E CORTES DE MADEIRA
EXPLORADA DE M. GUIANENSIS (D) ....................................................................................... 14
REFEREM-SE AOS MARCADORES DE MASSA MOLECULAR FAGO LAMBDA ( ) COM 50, 100 E
M. GUIANENSIS ..................................................................................................................... 34
FIGURA 11 – INFERÊNCIAS SOBRE FLUXO GÊNICO ENTRE POPULAÇÕES DE M. GUIANENSIS,
TRNH/PSBA (A), TRNS/TRNG (B), TRNL/TRNF (C) E PSBB/PSBF (D) EM GEL DE AGAROSE
ANCESTRAIS EXTINTOS)......................................................................................................... 52
GENÉTICA .............................................................................................................................. 54
LISTA DE TABELAS
BASE NA ANÁLISE DE DEZ LOCOS CPSSR. HE: DIVERSIDADE GENÉTICA (NEI, 1978) ............. 40
T ABELA 14 – HAPLÓTIPOS OBSERVADOS COM BASE NA ANÁLISE DE DEZ LOCOS CPSSR PARA
SEIS POPULAÇÕES DE M. GUIANENSIS ................................................................................... 48
XV
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO
Estudos realizados no Peru (Kvist et al., 1995; Kvist et al., 2001) mostraram
que M. guianensis é uma das espécies de maior relevância econômica na área da
construção civil, sofrendo uma alta pressão de exploração e, em consequência, suas
populações naturais têm sido severamente depauperadas. Isso também é
demonstrado em um estudo de Nebel (2001) no Peru, o qual revelou que 80% da
madeira usada para construção civil é proveniente de áreas onde ocorrem
populações naturais de M. guianensis.
3
genética atual das populações de plantas (Schaal et al., 1998; Hewitt, 2000, 2004;
Carvers et al., 2003; Dick et al., 2003, 2007; Dutech et al., 2003; Caicedo & Schaal,
2004). Tais estudos demonstraram que alterações climáticas ocorridas no passado,
ainda que de ocorrência mais branda na região tropical do que nas regiões
temperadas, teriam deixado grandes marcas na diversidade genética e na
distribuição geográfica de espécies neotropicais (Dynesius & Jansson, 2000).
Lira et al. (2003) revelaram que houve pouco fluxo gênico entre as
populações de Caesalpinia echinata no sudeste e nordeste do Brasil (na costa
brasileira) por um longo tempo, indo de acordo com a existência de refúgios glaciais
ao invés de ação antrópica.
www.rain-tree.com
www.nybg.org
A B
www.rain-tree.com
maderasulamerica.galeon.com
D
II. OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos específicos
Para a amplificação dos locos ncSSR foi utilizado tampão 1X GoTaq PCR
contendo 1,5 mM MgCl2 (Promega), 200 M de cada DNTP, 3,25 g de BSA (Bovine
Serum Albumin), 0,2 M de cada primer, 20,0 ng de DNA e água purificada para um
total de 12,5 L de reação final. A amplificação dos locos cpSSR foi realizada
utilizando-se os seguintes reagentes: tampão de PCR 1X (10 mM Tris-HCl, pH 8,3,
50 mM KCl, 1,5 mM MgCl 2), 200 M de cada DNTP, 3,25 g de BSA (Bovine Serum
Albumin), 1 unidade de Taq polimerase , 0,4 M de cada primer, 5,0 ng de DNA e
água ultrapurificada para um total de 10 L de reação final.
IV. RESULTADOS
L1 L2 L3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Além disso, foi testada pela primeira vez a extração do DNA genômico total a
partir da casca de M. guianensis. Foi extraído o DNA da casca de um total de dez
indivíduos de M. guianensis. O resultado é apresentado na Figura 4, onde é possível
observar a qualidade da extração do DNA dessa nova fonte de material genético, o
qual apresentou 60% de sucesso (foi possível extrair DNA de qualidade de seis das
dez amostras testadas).
26
L1 L2 L3 1 2 3 4 5 6
250 pb
200 pb
150 pb
100 pb
Min17 Min19
Min26 Min27
Min56 Min62
Min71 Min91
Para o conjunto dos oito locos ncSSR foram encontrados 128 alelos. O
número de alelos observados em cada loco variou de oito a 23 (média= 16 alelos por
loco). Os tamanhos dos alelos variaram entre 95 pb (loco Min62) e 283 pb (loco
Min26; Tabela 3; Figura 7). Os padrões de distribuição de frequências dos alelos são
apresentados na Figura 7. Nota-se que para a maioria dos locos há três ou quatro
alelos mais frequentes.
Figura 7 – Distribuição das frequências alélicas observadas para oito locos ncSSR,
em cinco populações de M. guianensis. Eixo X: alelos encontrados para cada um dos
locos. Eixo Y: frequência alélica.
30
Tabela 5 – Índices de diversidade genética, coeficiente de endogamia e diferenciação genética para oito locos ncSSR de
M. guianensis. A: número de alelos; HO: heterozigosidade observada; HE: heterozigosidade esperada; FST: índice de diferenciação
genética baseada na identidade alélica; RST: índice de diferenciação genética baseada no tamanho dos alelos; HT: diversidade
gênica total; FIS: coeficiente de endogamia. Equilíbrio de Hardy-Weinberg – HE significantemente diferente de HO: * = p < 0,05; ** =
p < 0,01; *** = p < 0,001
Medidas de
População f Min17 Min19 Min26 Min27 Min56 Min62 Min71 Min91 Todos os locos
diversidade
A 2 2 7 5 4 8 3 5 36
Sarapiquí – Costa
HO 0.00 0.11 0.75 0.27 0.44 0.89 0.22 0.67 0.42
Rica 0.26
HE 0.23** 0.11 0.84 0.41 0.78 0.83 0.39* 0.93 0.57
(N=11)
FST 0.17 0.42 0.12 0.37 0.37 0.15 0.30 0.16 0.32
A 6 2 16 8 6 17 10 16 81
Orellana - Equador HO 0.50 0.19 0.59 0.78 0.71 0.94 0.68 0.77 0.64
0.12
(N=20) HE 0.70*** 0.30* 0.69** 0.79 0.68 0.92 0.83** 0.90*** 0.73
FST 0.16 0.41 0.13 0.36 0.37 0.14 0.29 0.16 0.31
A 9 10 9 12 7 12 11 12 65
Loreto - Peru HO 0.47 0.30 0.33 0.30 0.65 0.74 0.82 0.47 0.51
0.31
(N=36) HE 0.84*** 0.59*** 0.88*** 0.40* 0.80 0.89** 0.88*** 0.79** 0.76
FST 0.16 0.40 0.12 0.37 0.37 0.14 0.29 0.16 0.31
A 4 3 14 5 3 5 5 6 45
Tefé - AM HO 0.33 0.13 0.77 0.73 0.13 0.50 0.40 0.43 0.43
0.16 HE 0.59 0.13 0.94 0.66* 0.13 0.70 0.74* 0.63 0.57
(N=16)
FST 0.16 0.42 0.12 0.36 0.38 0.15 0.29 0.16 0.32
A 8 6 9 9 6 13 7 17 75
Manaus - AM HO 0.49 0.12 0.15 0.31 0.40 0.60 0.33 0.62 0.38
0.36
(N=68) HE 0.79*** 0.56*** 0.74*** 0.44*** 0.43*** 0.67*** 0.48*** 0.78*** 0.61
FST 0.16 0.40 0.12 0.37 0.37 0.15 0.30 0.16 0.31
RST 0.21 0.23 0.29 0.27 0.47 0.24 0.59 0.39 0.35
Média
0.26 HT 0.82 0.64 0.85 0.76 0.75 0.86 0.82 0.91 0.80
FIS 0.41 0.48 0.36 0.09 0.14 0.06 0.24 0.23 0.25
P = 0.00001 Testes de significância: (1023 permutações).
33
25
Distância genética de Nei
20
15
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Tabela 8 – Características dos dez locos cpSSR analisados para M. guianensis. Ta=
temperatura de anelamento dos primers. pb= pares de base.
Estimativa dos
Locus Região Nº de Ta
tamanhos dos
SSR Sequência 5’ → 3’ amplificada Alelos* (ºC)*
alelos (pb)*
CATCCTCAAATCCGTCCT atpF-atpH
emcrc67 5 56 ºC 236 - 241
TATTGCTTAGTCTGGCTTTTATG intergenic
GGCCGTGTACGAGAAGTCAA trnT-psbD
emcrc74 3 56 ºC 125 - 128
CCAAGGGCTATAGTCATAGTGATCC intergenic
GGCCGTGTACGAGAAGTCAA
ccmp1 trnK 5 56 ºC 125 - 131
CCAAGGGCTATAGTCATAGTGATCC
GATCCCGGACGTAATCCTG
ccmp2 5’ para trnS 6 56 ºC 220 - 228
ATCGTACCGAGGGTTCGAAT
CAGACCAAAAGCTGACATAG
ccmp3 trnG íntron 4 56 ºC 106 - 109
GTTTCATTCGGCTCCTTTAT
AATGCTGAATCGAYGACCTA
ccmp4 atpF íntron 6 56 ºC 116 - 121
CCAAAATATTBGGAGGACTCT
TGTTCCAATATCTTCTTGTCATTT
ccmp5 3’ para rps2 6 56 ºC 102 - 107
AGGTTCCATCGGAACAATTAT
CGATGCATATGTAGAAAGCC ORF 77-
ccmp6 5 58 ºC 99 - 103
CATTACGTGCGACTATCTCC ORF 82
CAACATATACCACTGTCAAG atpB-rbcL
ccmp7 6 56 ºC 132 - 140
ACATCATTATTGTATACTCTTTC intergênico
TTTTTTTTTAGTGAACGTGTCA
ccmp10 rpl2-rps19 5 56 ºC 102 - 108
TTCGTCGDCGTAGTAAATAG
L 1 2 3 4 L 1 2 3 4
A B
300pb
200pb 200pb
100pb
C D
300pb
200pb
200pb
100pb
E F
200pb 200pb
100pb 100pb
G H
200pb 200pb
100pb
100pb
I J
200pb
200pb
100pb 100pb
A F
B G
C H
D I
E J
50
Distância genética de Nei
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Distância geográfica (Km)
Para a escolha dos marcadores mais informativos (polimórficos) foi feita uma
análise preliminar na qual foram sequenciadas regiões não codificadoras do cpDNA
para seis indivíduos de M. guianensis pertencentes a três populações (Sarapiquí –
Costa Rica, Orellana – Equador e Loreto – Peru) utilizando somente o primer
forward para os quatro pares de primers otimizados.
Estimativa do
Região
Seqüência nucleotídica (5' 3') Ta (ºC)* tamanho dos Referência
cpDNA
fragmentos (pb)*
L 1 2 3 4 5 6 L 1 2 3 4 5 6
650pb 650pb
500pb 500pb
A B
L 1 2 3 4 5 6 L 1 2 3 4 5 6
850pb
850pb
C D
Total 60 43.098
Índice de fixação - FST: 0.28335. P = 0.00000 Testes de significância: (1023
permutações).
Tabela 14 – Haplótipos observados com base na análise de dez locos cpSSR para seis populações de M. guianensis.
Haplótipo Populações emcrc67 emcrc74 ccmp1 ccmp2 ccmp3 ccmp4 ccmp5 ccmp6 ccmp7 ccmp10 Nº de
Indivíduos
1 Costa Rica 236 126 126 227 109 120 104 102 138 107 6
2 Costa Rica 236 126 127 227 109 120 104 102 138 107 2
3 Costa Rica 236 126 127 227 109 119 104 102 138 107 1
4 Costa Rica 236 126 126 227 109 119 104 102 138 107 1
5 Equador 237 126 126 227 108 120 104 102 138 107 3
6 Equador 237 126 127 227 108 120 104 102 138 107 1
7 Equador 237 126 128 227 108 120 104 103 138 107 1
8 Equador 237 126 127 227 108 120 104 102 138 108 1
9 Equador 237 126 126 227 108 120 104 102 138 108 1
10 Equador 237 126 127 226 108 120 104 101 138 108 1
11 Equador 240 126 127 227 108 120 105 102 138 108 1
12 Equador 241 126 127 227 108 120 104 102 138 108 1
13 Equador 237 126 126 227 108 120 105 102 138 107 1
14 Equador 237 127 126 227 108 120 105 102 138 107 1
15 Equador 237 126 126 227 109 120 106 102 138 107 1
16 Equador 237 126 126 227 107 120 106 102 138 107 1
17 Equador 237 126 126 227 107 120 105 102 139 107 1
18 Equador 237 126 126 227 107 120 106 102 139 107 1
19 Equador 237 126 126 227 107 119 107 102 139 107 1
20 Equador 237 126 127 227 108 120 106 102 139 107 1
21 Equador 237 126 127 227 108 120 107 102 139 108 1
22 Equador 237 126 127 227 108 120 106 102 138 108 1
23 Equador 237 126 127 226 108 120 106 102 140 108 1
24 Equador 237 126 126 227 107 120 102 102 140 108 1
25 Equador 237 126 126 227 107 120 104 101 138 107 1
26 Equador 237 126 126 227 107 120 104 102 138 107 2
27 Equador 237 126 126 226 107 120 104 102 138 107 1
28 Equador 237 126 127 226 107 120 104 102 138 107 1
29 Equador 237 127 126 227 107 120 104 102 138 107 1
30 Equador 237 126 127 227 108 121 105 101 138 107 1
31 Equador e 237 126 126 227 107 120 105 102 138 107 5
Peru
49
32 Peru 237 126 126 227 107 119 105 102 138 107 1
33 Peru 237 126 127 227 108 121 105 102 137 107 1
34 Peru 237 126 127 227 108 120 105 102 137 107 2
35 Peru 237 126 126 227 108 120 106 102 137 107 1
36 Peru 237 126 126 227 108 120 105 102 137 107 1
37 Peru 237 126 126 227 107 120 105 102 137 107 2
38 Peru 237 126 126 227 107 119 105 102 137 107 1
39 Peru 237 126 126 227 107 119 106 102 137 107 1
40 Peru 237 126 126 227 107 120 105 99 137 107 1
41 Peru 237 126 126 227 107 121 105 102 140 107 1
42 Peru 237 126 128 227 108 120 106 102 137 108 1
43 Peru 237 126 127 227 108 120 107 102 138 108 1
44 Peru 237 126 127 227 107 120 107 102 138 108 1
45 Peru 237 126 127 227 108 121 102 102 137 107 1
46 Peru e Manaus 237 126 126 227 108 119 104 102 137 107 2
47 Tefé 237 126 127 227 108 118 104 102 132 102 1
48 Tefé 237 126 126 227 107 119 102 102 138 107 1
49 Tefé 237 126 126 227 108 119 102 102 137 107 1
50 Tefé 237 126 127 227 108 118 102 102 137 107 1
51 Tefé 237 126 127 227 108 119 104 102 137 107 1
52 Tefé 238 126 126 227 107 119 104 102 137 107 1
53 Tefé 237 126 126 226 107 119 104 101 137 107 1
54 Tefé 237 126 127 226 107 118 104 102 137 107 1
55 Tefé 237 127 126 226 107 119 104 102 137 107 1
56 Tefé 237 126 126 226 107 118 104 101 137 107 1
57 Tefé e Manaus 237 126 126 227 107 119 104 102 137 107 4
58 Tefé e Manaus 237 126 127 227 107 119 104 102 137 107 4
59 Manaus 237 126 126 226 108 118 103 102 137 107 1
60 Manaus 237 125 126 227 107 120 103 103 137 107 1
61 Manaus 237 126 126 227 108 119 104 102 136 107 1
62 Manaus 237 126 125 226 107 119 104 102 137 107 1
63 Manaus 237 127 127 226 107 119 104 102 139 107 1
64 Manaus 237 126 126 227 108 119 104 102 138 107 1
65 Manaus 237 126 126 227 108 119 104 102 139 107 1
66 Manaus 237 126 126 226 108 118 104 102 139 107 1
50
67 Manaus 237 126 126 227 108 118 104 102 139 107 2
68 Manaus 237 126 127 227 108 118 105 102 139 107 1
69 Manaus 237 126 126 227 107 118 104 102 139 107 1
70 Manaus 237 126 126 227 107 118 104 107 139 107 1
71 Manaus 237 126 126 227 108 118 105 102 139 107 6
72 Manaus 237 126 126 227 109 118 105 102 139 107 2
73 Manaus 237 126 126 227 108 118 105 102 140 107 1
74 Manaus 237 126 127 227 108 118 105 102 139 107 1
75 Manaus 237 127 126 228 108 118 105 102 139 107 1
76 Manaus 237 127 126 226 109 118 105 102 139 107 1
77 Manaus 237 126 126 226 109 118 105 102 139 107 1
78 Manaus 237 126 126 226 108 118 105 102 139 107 1
79 Flona Tapajós 237 126 126 221 106 118 104 102 137 107 1
80 Flona Tapajós 237 126 126 222 107 118 104 102 137 106 1
81 Flona Tapajós 237 126 126 220 107 118 103 102 137 107 1
82 Flona Tapajós 237 126 125 221 107 118 103 102 137 107 1
83 Flona Tapajós 237 126 131 221 107 118 103 102 138 107 1
84 Flona Tapajós 237 126 126 221 108 118 104 102 137 106 1
85 Flona Tapajós 237 126 126 221 107 117 104 102 137 106 1
86 Flona Tapajós 237 127 126 221 107 118 104 102 137 106 1
87 Flona Tapajós 237 127 126 221 107 117 104 102 137 107 1
88 Flona Tapajós 237 127 125 220 107 119 103 102 137 107 1
89 Flona Tapajós 237 127 125 220 107 118 104 102 137 107 1
90 Flona Tapajós 236 126 126 221 107 119 104 102 137 107 1
91 Flona Tapajós 237 126 126 221 107 119 104 102 137 107 5
92 Flona Tapajós 237 126 126 220 107 119 104 102 137 107 4
93 Flona Tapajós 237 126 126 220 106 119 104 101 137 107 1
94 Flona Tapajós 237 127 126 220 107 119 104 101 137 107 1
95 Flona Tapajós 237 127 126 221 107 119 104 102 137 107 1
96 Flona Tapajós 237 127 126 221 108 119 104 102 137 107 1
97 Flona Tapajós 237 125 126 221 107 119 104 102 136 107 1
98 Flona Tapajós 237 125 125 221 107 119 104 102 137 107 1
99 Flona Tapajós 237 126 126 221 107 119 104 101 137 107 1
100 Flona Tapajós 237 127 126 221 107 119 104 101 137 106 1
101 Flona Tapajós 237 128 126 222 107 119 104 102 137 106 1
51
102 Flona Tapajós 237 126 125 221 107 118 104 101 136 107 1
103 Flona Tapajós 237 127 125 221 107 119 104 101 136 107 1
4,5
3,5
Frequência (%)
2,5
1,5
0,5
0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101
Haplótipo
Figura 19 – Frequência dos haplótipos observados na análise de dez locos cpSSR de M. guianensis.
52
V. DISCUSSÃO
V. 1. Extração do DNA
Um dos fatores que pode estar influenciando a frequência alélica nos locos
ncSSR é a presença de alelos nulos não identificados na análise, que ocorrem
devido à falhas durante a amplificação na reação de PCR (Pemberton et al., 1995;
Selkoe & Toonen, 2006). Outro fator é a seleção natural, a qual restringe a
diversidade genética, podendo diminuir o número de alelos, aumentando a
proporção de homozigotos e favorecendo assim determinados genótipos (Hartl,
2008). No entanto, tal fator não deveria estar influenciando os locos microssatélites
já que estes são considerados neutros. A endogamia, que pode acontecer por
endocruzamento ou acasalamento entre indivíduos aparentados, também constitui
um fator importante a ser considerado. Lemes (2000) discute que, apesar do baixo
índice de endogamia detectado para o mogno (Swietenia macrophylla), isto pode
explicar o déficit de heterozigotos observado para a espécie, provavelmente devido
ao acasalamento entre indivíduos aparentados (biparental inbreeding). No entanto, é
difícil afirmar que a endogamia é o fator responsável pelos desvios de
heterozigosidade apresentados para M. guianensis, uma vez que não há estudos
detalhados sobre o sistema de reprodução da espécie. O que se sabe apenas, e de
um modo geral, é que a polinização da espécie é feita por besouros e abelhas,
havendo também registros de pássaros visitando suas flores (Flores, 2002). Por
outro lado, a dispersão de sementes de M. guianensis já é mais bem documentada,
sendo do tipo zoocórica (Ferraz et al., 2004; Camargo & Ferraz, 2004), feita
basicamente por pequenos mamíferos e por pássaros, tais como os tucanos (Nebel,
2001; Guariguata et al., 2002).
Por outro lado, Orellana – Equador foi a população que apresentou a maior
diversidade genética, maior número de alelos e possui 27 haplótipos para os dados
de microssatélites e dois haplótipos para as sequências. Quando se consideram
marcadores microssatélites e sequências do genoma do cloroplasto, espera-se que
as populações que apresentem alta diversidade genética sejam populações mais
antigas. Como esses marcadores possuem uma taxa mutacional mais baixa (~2,9 x
10-9/2T; T= tempo de divergência) quando comparado com o genoma nuclear (~8,1 x
10-9/2T; T= tempo de divergência) em plantas (Wolfe, 1987), o padrão observado
para população de Orellana - Equador só poderia acontecer se ela existisse há mais
tempo que as demais populações. Dessa forma, poderia acumular mutações
suficientes que representam a sua atual diversidade alélica e haplotípica. Além de
antigas, essas populações deveriam sofrer pouco com efeitos de estrangulamento
populacional, mantendo a sua integridade alélica. Dessa forma, gargalos
populacionais, tais como bottleneck, ocorreriam com uma baixa frequência ou não
teriam um grande impacto nestas populações.
10.45. Considerando a geografia, o fluxo gênico deveria ser baixo, uma vez que a
população de Sarapiquí - Costa Rica possui baixos valores de fluxo gênico em
relação às demais populações. Embora esta análise tenha indicado um fluxo gênico
entre essas populações, os dados gerados pelo programa Structure (Figura 9)
revelam apenas um pequeno numero de indivíduos de Sarapiquí – Costa Rica
“presente” na população de Loreto – Peru e vice-versa. Os resultados da análise
implementada pelo programa Barrier, o qual estima possíveis barreiras genéticas ao
fluxo gênico entre populações, mostraram que existem fortes barreiras genéticas
entre essas duas populações. Quando se avalia os dados de sequência do cpDNA
(Figura 21) nota-se que as populações de M. guianensis eram panmíticas no
passado ocorrendo uma posterior fragmentação. As populações fragmentadas
divergiram e diferenciaram-se. Em virtude desta fragmentação, é provável que essas
duas populações (Sarapiquí – Costa Rica e Loretto - Peru) tenham divergido a
menos tempo das demais podendo indicar um sinal de fluxo gênico entre elas.
O teste de Mantel realizado para os dados ncSSR revelou que apenas 19%
da diferenciação genética observada nas populações de M. guianensis pode ser
explicada pela hipótese de isolamento por distância. Resultado semelhante foi
observado a partir dos dados dos locos cpSSR, indicando que a diversidade
genética nas populações de M. guianensis não parece ser afetada pela distância
geográfica.
Segundo a teoria dos refúgios (Haffer, 1969; Ab’Sáber, 1977; Brown &
Ab’Sáber, 1979; Haffer & Prance, 2002), florestas e biomas não-florestais mudaram
continuamente a sua distribuição geográfica durante o passado geológico. Baseado
em dados de biogeografia, geomorfologia e paleoecologia, muitos autores têm
proposto que o clima foi mais seco e mais frio nos trópicos durante parte do
Pleistoceno (períodos glaciais) e que as florestas foram de alguma forma
fragmentadas em muitas áreas geograficamente isoladas (Haffer, 1969; Prance,
1982; Bush, 1994; Hooghiemstra & van der Hammen, 1998). Dessa forma,
populações de plantas isoladas durante esta fase sofreram grandes reduções em
número populacional. Isso pode ter afetado a diversidade genética dentro de
espécies, podendo levar à diferenciação a níveis taxonômicos de subespécies ou
espécies antes de um novo contato com populações co-específicas de outros
refúgios durante os períodos favoráveis (Endler, 1982; Haffer, 1982; Hewitt, 1996;
Haffer, 2008). Além disso, algumas espécies eram capazes de “flutuar” em habitats
ótimos enquanto tais habitats mudavam de latitudes e altitudes; outras
permaneceram onde estavam e se adaptaram às alterações dos ambientes locais;
ou então sofreram redução de amplitude e eventual extinção (Brown, 2006). Ainda
segundo esta teoria, as florestas tropicais teriam se auto-sustentado onde as
condições ambientais (principalmente precipitação) foram favoráveis o suficiente.
Isso corresponderia às áreas de maior altitude e suas proximidades. Essas áreas
são chamadas de “Santuários Neotropicais Pleistocênicos” (Brown, 2006). Por outro
lado, regiões com condições menos favoráveis eram ocupadas por florestas mais
secas ou savanas (Hooghiemstra & van der Hammen, 1998; Pennington et al.,
2000). Variações climáticas deste tipo podem ter causado grande extinção-
recolonização de populações de árvores de florestas tropicais. Essa especiação
alopátrica, causada por influência de processos climáticos, pode ter contribuído para
a alta diversidade de espécies, atualmente encontrada em florestas tropicais (Haffer,
1969, 2008; Bush, 1994; Richardson et al., 2001).
esta é a população com mais haplótipos (total de três)). Sua alta diversidade pode
estar relacionada à proximidade desta população ao Refúgio Napo. Para os dados
microssatélites do cpDNA, observa-se que os haplótipos de Loreto – Peru estão
mais proximamente relacionados aos haplótipos da população de Orellana –
Equador além de terem um haplótipo em comum.
Haffer, 2008
Figura 24 – Pluviosidade anual na região Amazônica. O corredor seco é a região
branca no mapa que atravessa a Amazônia transversalmente no sentido Noroeste
– Sudeste. A pluviosidade anual nessa área não ultrapassa de 1500 mm de
precipitação ao ano.
Embora a teoria dos refúgios seja uma forte hipótese biogeográfica (Haffer,
1969; Prance, 1982; Bush, 1994; Hooghiemstra & van der Hammen, 1998), ainda há
controvérsias ao se referir a ela, como possível causa para os padrões de
estruturação genética observados em populações de plantas na Amazônia. Muitos
possíveis refúgios florestais ainda são desconhecidos (Haffer, 2008). Além disso, os
67
refúgios florestais citados por Haffer (2008) podem não ter acontecido em áreas tão
restritas como os observados no mapa (Figura 23). Essas áreas são regiões
consenso quando se avaliam diversos estudos. Mas é possível que as áreas de
refúgios florestais tenham abrangido regiões maiores considerando que os efeitos da
glaciação não foram tão fortes a ponto de alterar o clima de forma tão drástica nas
regiões tropicais (Bush, 1994). Dessa forma, as savanas não teriam sido
predominantes em grandes áreas na região Amazônica como prediz a hipótese.
Como as populações de M. guianensis, embora estruturadas, apresentam, de um
modo geral, alta diversidade genética, pode-se inferir que, de fato, as populações
dessa espécie sofreram um isolamento, mas suas áreas de abrangência ainda assim
foram amplas. Isto é, os efeitos de estrangulamento populacional não teriam
impactado tanto as populações, permitindo o desenvolvimento da alta diversidade
haplotípica hoje encontrada.
VI. CONCLUSÕES
Com base nos dados genéticos obtidos propõe-se que sejam conservadas
diferentes populações naturais de M. guianesis com vários indivíduos por
população, ao longo de sua distribuição, a fim de se preservar a alta
diferenciação genética observada entre elas, bem como a alta diversidade
genética detectada dentro das mesmas, de modo a possibilitar a manutenção
da variabilidade genética e a conservação efetiva dessas populações.
70
Ab’Sáber, A.N. 1977. Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na
América do Sul, por ocasião dos períodos glaciais quaternários. Paleoclimas, 3:
1-9.
Adrianoelina, O.; Rakotondraoelina, H.; Ramamonjisoa, L.; Maley, J.; Danthu, P.;
Bouvet, J-M. 2006. Genetic diversity of Dalbergia monticola (Fabaceae) an
endangered tree species in the fragmented oriental forest of Madagascar.
Biodiversity and Conservation, 15: 1109-1128.
Alvarez-Buylla, E.R.; García-Barros, R.; Lara-Moreno, C.; Martinez-Ramos, M. 1996.
Demographic and genetic models in conservation biology: applications and
perspectives for tropical rain forest trees species. Annual Review of Ecology and
Systematics, 27: 387 - 421.
Ankersen, T.T.; Regan, K.E.; Mack, S.A. 1995. Towards a bioregional approach to
tropical forest conservation: Costa Rica’s Greater Osa Bioregion. Futures, 38:
406-431.
Applied Biosystems Incorporated. 1993. GeneScan 672 software. Users Manual
Revision A. Forest City, California.
Applied Biosystems Incorporated. 1994. Genotyper 1.1 DNA Fragment analysis
Software. User Manual Revision A. Forest City, California.
Arias, M.C., Malachias, M.E.I. 2001. RFLP: O emprego de enzimas de restrição para
detecção de polimorfismos no DNA. In Matioli, S. R.(ed.), Biologia Molecular e
Evolução. Ribeirão Preto: Holos Editora, 14: 143-152.
Arruda, R.S. 2008. Distribuição geográfica e variabilidade genética em Heliconia
acuminata na Amazônia Central. Tese de Doutorado. Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia, Amazonas, Brasil. 82pp.
Ashworth, V.E.T.M.; Clegg, M.T. 2003. Microssatellite Markers in avocado (Persea
americana Mill.): genealogical relationships among cultivated avocado genotypes.
Journal of Heredity, 94(5): 407-415.
Avise, J.C.; Arnold, R.M.; Bali, E.; Bermingham, E.; Lamb, T. 1987. Intraspecific
phylogeography: the mytochondrial DNA bridge between population genetics and
systematics. Annual Review of Ecology and Systematics, 18: 489-522.
Avise, J.C. 1994. Molecular Markers Natural History and Evolution. Chapman and
Hall, New York. 511pp.
71
Avise, J.C. 2000. Phylogeography: the History and Formation of Species. Harvard
University Press, Cambrigde, MA. 446pp.
Avise, J.C. 2009. Phylogeography: retrospect and prospect. Journal of
Biogeography, 36: 3-15.
Bandelt, H.J.; Forster, P.; Rohl, A. 1999. Median-joining networks for inferring
intraspecific phylogenies. Molecular Biology and Evolution, 16: 37–48.
Barros, A.C.; Veríssimo, A. 2002. A expansão madeireira na Amazônia: impactos e
perspectivas para o desenvolvimento sustentável no Pará. IMAZON. 166pp.
Bawa, K.S. 1993. Effects of deforestation and forest fragmentation on genetic
diversity in tropical tree populations. In: Drysdale, R.M.; John, S.E.T.; Yapa, A.C.
1994. Proceedings: International Symposium on Genetic Conservation and
Production of Tropical Forest Tree Seed. ASEAN-Canada Forest Tree Seed
Centre Project, Muak-Lek, Saraburi, Thailand. p. 10-16.
Bennett, K.D. 1990. Milankovitch cycles and their effects on species in ecological and
evolutionary time. Paleobiology, 16, 11-21.
Brown, J.H.; Lomolino, M.V. 2006. Biogeografia. 2º Edição. Revisada e ampliada.
Ribeirão Preto – SP. Editora FUNPEC. 691 pp.
Brown, K.S., Ab’Sáber, A.N. 1979. Ice-age forest refuges and evolution in the
neotropics: correlation of paleoclimatological, geomorphological and pedological
data with modern biological endemism. Paleoclimas, 5: 1-30.
Bucci, G.; Anzidei, M.; Madaghiele, A.; Vendramin, G.G. 1998. Detection of
haplotypic variation and natural hybridization in halepensis-complex pine species
using chloroplast simple sequence repeat (SSR) markers. Molecular Ecology, 7:
1633-1643.
Bultman, J.D.; Southwell, C.R; 1976. Natural Resistance of Tropical American Woods
to Terrestrial Wood-Destroying Organisms. Biotropica, 8(2): 71-95.
Buonamici, A.; Lemes, M.R.; Vendramin, G.G. Polymorphic microssatellite markers in
Minquartia guianensis. Em preparação.
Bush, M.B. 1994. Amazonian speciation: a necessarily complex model. Journal of
Biogeography, 21: 5-17.
Bush, M.B.; Oliveira, P.E. 2006. The rise and fall of the Refugial Hypothesis of
Amazonian Speciation: a paleoecological perspective. Biota Neotropica, v6(n1):
bn00106012006.
72
Collevatti, R.G.; Grattapaglia, D.; Hay, J.D. 2001. Population genetic structure of the
endangered tropical tree species Caryocar brasiliense, based on variability at
microsatellite loci. Molecular Ecology, 10: 349-356.
Collevatti, R.G.; Grattapaglia, D.; Hay, J. D. 2003. Evidences for multiple maternal
lineages of Caryocar brasiliense populations in the Brazilian Cerrado based on
the analysis of chloroplast DNA sequences and microsatellite haplotype variation.
Molecular Ecology, 12: 105-115.
Collevatti, R.G.; Leoi, L.C.T.; Leite, S.A.; Gribel, R. 2009. Contrasting patterns of
genetic structure in Caryocar (Caryocaraceae) congeners from flooded and
upland Amazonian forests. Biological Journal of the Linnean Society, 98: 278-
290.
Condit, R.; Hubbell, S. P. 1991. Abundance and DNA sequence of two-base repeat
regions in tropical tree genomes. Genome, 34: 66-71.
Cotton, C.; Romine, T. 1999. Face a face com a destruição: relatório Greenpeace
sobre as companhias multinacionais madeireiras na Amazônia Brasileira.
Greenpeace Brasil, São Paulo – SP. 32pp.
73
Crayn, D.M.; Quinn. C. J. 2000. The evolution of the atpb-rbcL intergenic spacer in
the Epacrids (Ericales) and its systematic and evolutionary implications. Molecular
Phylogenetics and Evolution, 16: 238-252.
Dayanandan, S.; Bawa, K.S.; Kesseli, R. 1997. Conservation of microsatellite
markers among tropical trees (Leguminosae). American Journal of Botany, 84:
1658-1663.
Dayanandan, S.; Dole, J.; Bawa, K.; Kesseli, R. 1999. Population structure
delineated with microssatellite markers in fragmented populations of a tropical
tree, Carapa guianensis (Meliaceae). Molecular Ecology, 8: 1585-1592.
Demesure, B.; Sodzi, N.; Petit, R.J. 1995. A set of universal primers for amplification
of polymorphic non-coding regions of mitochondrial and chloroplast DNA in
plants. Molecular Ecology, 4: 129-131.
Demesure, B.; Comps, B.; Petit, R.J. 1996. Chloroplast DNA phylogeography of the
common beech Fagus sylvatica L. in Europe. Evolution, 50(6): 2515-2520.
Dick, C.W.; Abdul-Salim, K.; Bermingham, E. 2003. Molecular systematic analysis
reveals cryptic Tertiary diversification of a widespread tropical rain forest tree.
The American Naturalist, 162(6): 691-703.
Dick, C.W.; Bermingham, E.; Lemes, M.R.; Gribel, R. 2007. Extreme long-distance
dispersal of the lowland tropical rainforest tree Ceiba pentandra L. (Malvaceae)
in Africa and the Neotropics. Molecular Ecology, 16: 3039-3049.
Dynesius, M.; Jansson, R. 2000. Evolutionary consequences of changes in species’
geographical distributions driven by Milankovitch climate oscillations.
Proceedings of the National Academy of Science, 97: 9115-9120.
Doyle, J.J., Doyle, J.L. 1987. Isolation of plant DNA from fresh tissue. Focus, 12: 13-
15.
Dumolin-Lapègue, S.; Pemonge, M.-H.; Petit, R.J. 1997. An enlarged set of
consensus primers for the study of organelle DNA in plants. Molecular Ecology, 6:
393-397.
Dutech, C.; Maggia, L.; Joly, H.I. 2000. Chloroplast diversity in Voucapoua americana
(Caesalpinaceae), a neotropical forest tree. Molecular Ecology, 9: 1427-1432.
Dutech, C.; Maggia, L.; Tardy, C.; Joly, H.I.; Jarne, P. 2003. Tracking a genetic signal
of extinction-recolonization events in a neotropical tree species: Vouacapoua
Americana Aublet in French Guiana. Evolution, 57(12): 2753-2764.
74
Dutech, C.; Joly, H.I.; Jarne, P. 2004. Gene flow, historical population dynamics and
genetic diversity within French Guianan populations of a rainforest tree species,
Vouacapoua americana. Heredity, 92: 69-77.
Endler, J.A. 1982. Pleistocene forest refuges: fact or fancy? In G. T. Prance and T. E.
Lovejoy. Biological Diversification in the Tropics. Boston. Pergamon Press, 35:
641-657.
Ennos, R.A. 1994. Estimating the relative rates of pollen and seed migration among
plant populations. Heredity, 72: 250–259.
Ennos, R.A.; Sinclair, W.T.; Hu, X-S.; Langdon, A. 1999. Using organelle markers to
elucidate the history, ecology and evolution of plant populations. In:
Hollingsworth, P. M., Bateman, R. M., Gornall, R. J. (eds.). Molecular systematics
and plant evolution. London, Taylor, Francis. 1-19.
Excoffier, L.; Smouse, P.E.; Quattro, J.M. 1992. Analysis of molecular variance
inferred from metric distances among DNA haplotypes: application to human
mitochondrial DNA restriction sites. Genetics, 131: 479-491.
Farias, G.S. 2006. Variabilidade genética em populações de Salvertia
convallariodora (Vochysiaceae) com base na análise de microssatélites do
genoma do cloroplasto: uma abordagem filogeográfica. Monografia, Universidade
Federal do Amazonas, Amazonas, Brasil. 49pp.
Felsenstein, J. 2005. Theoretical Evolutionary Genetics. Seattle, Washington. 393pp.
Fernandez-Stolz, G.P. 2007. Estudos evolutivos, filogeográficos e de conservação
em uma espécie endêmica do ecossistema de dunas costeiras do sul do Brasil,
Ctenomys flamarioni (Rodentia-Ctenomyidae), através de marcadores
meloculares microssatélites e DNA mitocondrial. Tese de Doutorado.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. 193pp.
Ferraz, C.; Motta, R.S. 2002. Concessões florestais e exploração madeireira no
Brasil: condicionantes para a sustentabilidade. Brasília: MMA/PNF. 52pp.
Ferreira, M.E.; Grattapaglia, D. 1998. Introdução ao uso de marcadores moleculares
em análise genética. 3ª edição. Brasília (EMBRAPA-CENARGEN). 222pp.
Flores, E.M. 2002. Minquartia guianensis Aubl. Part II - Species Descriptions, 575-
578.
Forster, P.; Bandelt, H.J.; Rohl, A. 2000. NETWORK 3.1.1.0. Software free available
at: www.fluxus-engineering.com. Fluxus Technology Ltd., Cambridge.
75
Frankhan, R.; Lees, K.; Montgomery, M.E.; England, P.R.; Lowe, E.H.; Briscoe, D.A.
1999. Do population size bottlenecks reduce evolutionary potential? Animal
Conservation, 2: 255-260.
Frankham, R.; Ballou, J.D.; Briscoe, D.A. 2002. Introduction to Conservation
Genetics. Cambridge University Press. 617pp.
Futuyma, D. 2002. Biologia Evolutiva. FUNPEC – Editora, 2ª ed. Ribeirão Preto –
SP. 631pp.
Gaiotto, F.A.; Grattapaglia, D.; Vencovsky, R. 2003. Genetic structure, mating
system, and long-distance gene flow in heart of palm (Euterpe edulis Mart.).
Journal of Heredity, 94(5): 399-406.
Gómez, A.; Vendramin, G.G.; González-Martínez, S.C.; Alía, R. 2005. Genetic
diversity and differentiation of two Mediterranean pines (Pinus halepensis Mill.
and Pinus pinaster Ait.) along a latitudinal cline using chloroplast microsatellite
markers. Diversity and Distributions, 11: 257-263.
González-Rodríguez, A.; Bain, J.F.; Golden, J.L.; Oyama, K. 2004. Chloroplast DNA
variation in the Quercus affinis-Q. laurina complex in Mexico: geographical
structure and associations with nuclear and morphological variation. Molecular
Ecology, 13: 3467-3476.
Guariguata, M.R.; Claire, H.A-L.; Jones, G. 2002. Tree seed fate in a logged and
fragmented forest landscape, Northeastern Costa Rica. Biotropica, 34(3): 405-
415.
Gugerli, F.; Senn, J.; Anzidei, M.; Madaghiele, A.; Büchler, U.; Sperisen, C.;
Vendramin, G.G. 2001. Chloroplast microsatellites and mitochondrial nad1 intron
2 sequences indicate congruent phylogenetic relationships among Swiss stone
pine (Pinus cembra), Siberian stone pine (Pinus sibirica), and Siberian dwarf pine
(Pinus pumila). Molecular Ecology, 10: 1489-1497.
Haffer, J. 1969. Speciation in Amazonian forest birds. Science, 165: 131-137.
Haffer, J., Prance G.T. 2002. Impulsos climáticos da evolução na Amazônia durante
o Cenozóico: sobre a teoria dos Refúgios da diferenciação biótica. Estudos
Avançados, 16: 175-196.
76
Newton, A.C.; Allnutt, T.R.; Gillies, A.C.M.; Lowe, A.J.; Ennos, R.A. 1999. Molecular
phylogeography, intraspecific variation and the conservation of tree species.
Trends in Evolution and Ecology, 14: 140-145.
Newton, A.C.; Leaky, R.R.B.; Powell, W.; Chalmers, K.; Waugh, R.; Tchoundjeu, Z.;
Mathias, P.J.; Alderson, P.G.; Mesén, J.F.; Baker, P.; Ramnarine, S. 1994.
Domestication of mahoganies. In: Leaky, R.R.B.; Newton, A.C. (eds.) Tropical
trees: the potential for domestication and the rebuilding of forest resources.
London, HMSO, 256-266. (ITE Symposium, 29).
Novick, R.R.; Dick, C.W.; Lemes, M.R.; Navarro, C.; Caccone, A; Bermingham, E.
2003. Genetic structure of Mesoamerican populations of Big-leaf mahogany
(Swietenia macrophylla) inferred from microsatellite analysis. Molecular Ecology,
12: 2885-2893.
Olsen, K.M. 2002. Population history of Manihot esculenta (Euphorbiaceae) inferred
from nuclear DNA sequences. Molecular Ecology, 11: 901-911.
Olsen, K.M.; Schaal, B.A. 1999. Evidence on the origin of cassava: Phylogeography
of Manihot esculenta. Proceedings of the National Academy of Sciences of the
United States of America, 96: 5586-5591.
Oxelman, B.; Lidén, M.; Berglund, D. 1997. Chloroplast rpsl6 intron phylogeny of the
tribe Sileneae (Caryophyllaceae). Plant Systematics and Evolution, 206:393-410.
Peakall, R.; P.E. Smouse . 2005. GenAlEx V5: genetic analysis in Excel. Population
genetic software for teaching and research, Australian National University,
Canberra. http://www.anu.edu.au/BoZo/GenAlEx.
Pemberton, J.M.; Slate, J.; Bancroft, J.A. 1995. Non-amplifying alleles at
microssatellites loci: a caution for parentage and population studies. Molecular
Ecology, 4: 249-252.
Pennington, R.T., Prado, D.A., Pendry, C. 2000. Neotropical seasonally dry forests
and Pleistocene vegetation changes. Journal of Biogeography, 27: 261-273.
Petit, R.J.; Kremer, A.; Wagner, D.B. 1993. Geographic struture of chloroplast DNA
polymorphisms in European oaks. Theoretical and Applied Genetics, 87: 122-128.
Petit, R.J.; Pineau, E.; Demesure, B.; Bacilieri, R.; Ducousso, A.; Kremer, A. 1997.
Chloroplast DNA footprints of postglacial recolonization by oaks. Proceedings of
the National Academy of Sciences of United States of America, 94: 9996-10001.
Petit, R.J.; Csaikl, U.M.; Bordács, S.; Burg, K.; Coart, E.; Cottrell, J.; van Dam, B.;
Deans, J.D.; Dumolin-Lapegue, S.; Fineschi, S.; Finkeldey, R.; Gillies, A.; Glaz,
81
I.; Goicoechea, P.G.; Jensen, J.S.; Konig, A.O.; Lowe, A.J.; Madsen, S.F.;
Matyas, G.; Munro, R.C.; Oledska, M.; Pemonge, M.-H.; Popescu, F.; Slade, D.;
Tabbener, H.; Taurchini, D.; de Vries, S.G.M.; Ziegenhagen, B.; Kremer, A.
2002. Chloroplast DNA variation in European white oaks: phylogeography and
patterns of diversity based on data from over 2600 populations. Forest Ecology
and Management, 156: 5–26.
Posada, D.; Crandall, K. A. 2001. Intraspecific gene genealogies: trees grafting into
networks. Trends in Ecology and Evolution, 16: 37-45.
Powell, W.; Morgante, M.; Andre, C.; McNicol, J.W.; Machray, G.C.; Doyle, J.J.;
Tingey, S.V.; Rafalski, J.A. 1995. Hypervariable microsatellites provide a general
source of polymorphic DNA markers for the chloroplast genome. Current Biology,
5: 1023-1029.
Prance, G.T., 1982. Forest refuges: evidence from woody angiosperms.. In: Prance,
J.T., ed. Biological diversification in the tropics. Columbia University Press, New
York. p. 137-158.
Pritchard, J.K.; Stephens, M.; Donnelly, P. 2000. Inference of Population Structure
Using Multilocus Genotype Data. Genetics, 155: 945-959.
Provan, J.; Soranzo, N.; Wilson, N.J.; McNicol, J.W.; Morgante, M.; Powell, W.
1999a. The use of uniparentally inherited simple sequence repeat markers in
plant population studies and systematics. In: Hollingsworth, P. M., Bateman, R.
M., Gornall, R. J. (eds.). London, Taylor & Francis, Molecular systematics and
plant evolution, p. 35-50.
Provan, J.; Soranzo, N.; Wilson, N.J.; Goldstein, D.B.; Powell, W. 1999b. A low
mutation rate for Chloroplast Microssatellites. Genetics, 153: 943-947.
Provan, J.; Powell, W.; Hollingsworth, P.M. 2001. Chloroplast microsatellites: new
tools for studies in plant ecology and evolution. Trends in ecology and Evolution,
16(3): 142 – 147.
Rafalski, J.A.; Morgante, M.; Powell, W.; Vogel, J.M.; Tingey, S.V. 1996. Generating
and using DNA markers in plants. In: Birren, B. & Lai, E. (eds), Analysis of non-
mammalian genomes- a practical guide. Academic Press, New York. p. 75-134.
Ramos, A.C.S.; Lemos-Filho, J.P.; Ribeiro, R.A.; Santos, F.R.; Lovato, M.B. 2007.
Phylogeography of the Tree Hymenaea stigonocarpa (Fabaceae-
Caesalpinioideae) and the influence of Quaternary climate changes in the
Brazilian Cerrado. Annals of Botany, 100: 1219-1228.
82
Raspe, O.; Saumitou-Laprade, P.; Cuguen, J.; Jacquemart, A.-L. 2000. Chloroplast
DNA haplotype variation and population differentiation in Sorbus aucuparia L.
(Rosaceae: Maloideae). Molecular Ecology, 9: 1113-1122.
Ribeiro, J.E.L.S.; Hopkins, M.J.G.; Vicentini, A.; Sothers, C.A.; Costa, M.A.S.; Brito,
J.M.; Souza, M.A.D.; Martins, L.H.P.; Lohmann, L.G.; Assunção, P.A.C.L.;
Pereira, E.C.; Silva, C.F.; Mesquita, M.R.; Procópio, L.C. 1999. Flora da Reserva
Ducke: Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-
firme na Amazônia Central. INPA, Amazonas, Brasil. 816pp.
Ribeiro, M.M.; Mariette, S.; Vendramin, G.G.; Szmidt, A.E.; Plomion, M.; Kremer, A.
2002. Comparison of genetic diversity estimates within and among populations
of maritime pine using chloroplast simple-sequence repeat and amplified
fragment length polymorphism data. Molecular Ecology, 11: 869-877.
Richardson, J.E., Pennington, T.D., Pennington, P.M., Hollingsworth, 2001. Rapid
diversification of a species-rich genus of Neotropical rain forest trees. Science,
293: 2242-2245.
Rizzini, C.T. 1971. Plantas do Brasil - Árvores e madeiras úteis do Brasil: manual de
dendrologia brasileira. Editora Edgard Blücher Ltda. 294pp.
SAE. 1997. Política Florestal: Exploração Madeireira na Amazônia. Secretaria de
Assuntos Estratégicos. Abril /1997.
Schaal, B.A.; Hayworth, D.A.; Olsen, K.M.; Rauscher, J.T.; Smith, W.A. 1998.
Phylogeographic studies in plants: problems and prospects. Molecular Ecology,
7:465-474.
Schlötterer, C. 2000. Evolutionary dynamics of microsatellite DNA. Chromosoma,
109: 365-371.
Schneider, S.; Kueffer, J.M.; Rosseli, D.; Excoffier, L. 2001. Arlequin version 2.001: A
software for population genetic data analysis. Genetics and Biometry Laboratory,
University of Geneva, Switzerland.
Selkoe, A.K.; Toonen R.J. 2006. Microsatellites for ecologists: a practical guide to
using and evaluating microsatellite markers. Ecology letters, 9: 615-629.
Simberloff, D. 1988. The contribution of population and community biology to
conservation science. Annual Review of Ecology and Systematics, 19: 473-511.
Slatkin, M. 1995. A measure of population subdivision based on microsatellite allele
frequencies. Genetics, 139, 457–462.
83