Вы находитесь на странице: 1из 7

O PEFIL DO DOCENTE DA ÁREA DA SAÚDE

Joanna Caroline Muniz Gomes Flor


Centro Universitário Claretiano
joannaflor@gmail.com

Resumo

Este artigo pretende fazer uma breve reflexão sobre docência na área da saúde e o
papel do professor do ensino superior de acordo com o atual paradigma
contemporâneo de docência e de universidade. Objetiva-se analisar através de uma
revisão bibliográfica as qualidades do bom professor de ensino superior na área da
saúde, trazendo à tona as características intrínsecas a esse profissional, destacando
as dificuldades e as possibilidades que essa área vive. Um professor bem qualificado
estimula o aluno a refletir sobre seus potenciais e sobre sua futura atuação. Por conta
dessa conclusão as investigações sobre a pedagogia universitária têm se ampliado
bastante nas últimas décadas, porém de maneira incipiente sobre a formação para a
docência na área da saúde. Diante do cenário encontrado, fica explícito o quanto
precisamos ampliar a quantidade de estudos e incrementar com maior profundidade
pedagógica as análises sobre os docentes da área da saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Docência no ensino superior; Docência na área da saúde;
Formação continuada.

Introdução

O presente artigo versa sobre “O perfil do docente da área da saúde” a fim de


levantar hipóteses, delineando as características encontradas hoje, para elencar quais
posturas devem ser alteradas e melhoradas. Principalmente no que tange ao ensino
na área da saúde podemos afirmar que, assim como na grande maioria dos cursos do
ensino superior, a carência de formação pedagógica traz uma grande defasagem no
processo de ensino e também na aprendizagem.
O objetivo desse artigo é estimar a importância de uma educação substancial,
para proporcionar aos discentes e à comunidade como um todo um ensino de
qualidade, levando em conta o quanto é essencial a figura do professor para
chegarmos nesse fim almejado. É importante analisar a ideia de que quem sabe, sabe
ensinar. O docente universitário, segundo Castanho (2007, p. 65), “[...] é o único
profissional de nível superior do qual não se exige formação para o exercício da
profissão”. A formação do docente e sua profissionalização merecem destaque,
sobretudo como professor dos Cursos da área de saúde. As consequências dessa
formação pedagógica revelam no exercício da profissão a qualidade do profissional
formado, e também refletirão nos atos cotidianos em sociedade e específicos no
desempenho de suas profissões da área biomédica. Os discentes, futuros
profissionais formados estarão predispostos ao erro sem um atuar pedagógico de
qualidade dos professores.
O âmago da questão é apontar as ferramentas que estão à disposição das
Instituições de Ensino Superior e qual o perfil ideal do docente, com o intuito de
minimizar os impactos negativos e elevar ao máximo um ensino de excelência,
utilizando para isso métodos pedagógicos e uma visão multidisciplinar harmônica com
as necessidades atuais da sociedade contemporânea.

Formação continuada do docente do ensino superior

A educação tem como alvo o integral desenvolvimento do discente, seu preparo


para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho. A falta
de conhecimento pedagógico dos docentes das instituições superiores compromete a
qualidade de ensino dos mesmos, deixando clara a importância dessa formação do
profissional para o melhor desempenho da sua função. Contribuindo com esse tema,
Vasconcelos (2000) afirma: “A Universidade deve criar um espaço que possibilite a
seus docentes a reflexão sobre sua prática, visando, com isto, à melhoria da qualidade
pedagógica de todos os cursos e de seus professores em exercício”.
Nesse aspecto, a formação e profissionalização dos professores da área de
saúde revelam-se imprescindíveis e de fundamental relevância, pois situam o
profissional quanto ao seu espaço de atuação e quanto à sua formação pedagógica
necessária ao melhoramento do processo ensino-aprendizagem, já que o docente
nada mais é que um intelectual crítico. E como intelectual crítico que deve ser, precisa
exercitar o pensamento dialético, ligando-se tanto à crítica como à reconstrução
teórica (GIROUX, 1983).
As Instituições de Ensino Superior (IES) têm papel principal na qualificação do
docente em exercício, pois é nela que brotam as transformações, pelo meio de todas
as atividades trabalhadas, tudo com vista a performance satisfatória destes
professores para com seu público alvo, os discentes, formado por um público
heterogêneo O ensino superior apresenta, matizes que se observam principalmente
pelo fato de se trabalhar com um público absolutamente heterogêneo.
Concernente à notoriedade das IES no processo educativo, Vasconcelos
(2000) acentua que o processo educativo é uma atividade de conscientização e a
Universidade não pode se omitir frente à tarefa de acordar a consciência daqueles
que nela exercem à docência.
Ao professor universitário na área da saúde é requerida a problematização de
sua atuação quanto a triangulação ensino-aprendizagem-assistência na direção de
um trabalho que promova uma formação tanto profissional quanto pessoal. A
formação numa profissão voltada para a área biomédica é marcada pela variedade de
conhecimentos, habilidades e competências que o docente precisa ter como arsenal
pedagógico no ensino superior. São conhecimentos sobre sua área específica, sobre
a didática, sobre a política na prática da docência, entre outros.
A pesquisa e aprofundamento quanto à formação continuada e permanente do
docente do ensino superior da área da saúde saõ fundamentais ao levarmos em conta
o contexto em que se vive na contemporaneidade. Em vista disso, é necessários que
os docentes reconheçam a importância da formação pedagógica, pela natureza
complexa da docência, que requer, para sua efetivação, uma prática educativa
comprometida com os processos de ensino e aprendizagem, exigindo do professor
acionar uma multiplicidade de saberes.
Aspéctos jurídicos e sua influência sobre a docência

Nos últimos anos, a formação na área da saúde vem percorrendo significativas


mudanças por conta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e sua
determinação da construção de diretrizes curriculares em substituição aos currículos
mínimos. A LBD veio concretizar o debate já iniciado acerca da necessidade de uma
formação mais crítica e flexível, que contribua para uma formação conectada ao perfil
epidemiológico regional, corroborando para um movimento de reorientação voltada
para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No âmbito do ensino, o debate se torna tátil através da promulgação das
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a área, a partir do ano de 2001
(BRASIL, 2001). As DCNs orientam a reelaboração dos currículos nas universidades,
visando a melhoria da qualidade da formação inicial, que, por sua vez, repercurte em
um melhor enfrentamento das necessidades do exercício profissional. As diretrizes
são responsáveis pela reformulação dos projetos pedagógicos e visam atingir o
objetivo de egressar alunos/profissionais que contemplem competências e
habilidades para o exercício na prática social em saúde. Diante disso, fica clara a
necessidade de refletirmos sobre as mudanças na formação inicial em saúde e, por
conseguinte, na “formação” de quem “forma” esses profissionais, ou seja, os
professores.
A formação de profissionais para a área da saúde precisa desenvolver
estratégias para consolidar um ensino voltado à humanização e à integralidade da
atenção contemplando o paradigma da promoção da saúde, baseando-se nas novas
concepções de saúde-doença e centrado em uma perspectiva universalista que deve
incluir o desenvolvimento técnico-científico, mas que, também, permita que o
conhecimento adquirido ao longo da formação universitária atenda às reais
necessidades da população (SEMIN et al, 2009). Como em qualquer curso superior,
a qualidade do ensino da área da saúde está relacionada a um adequado modelo
pedagógico tanto da universidade como do curso. Além disso, a qualificação e a
atualização permanente técnica e didático-pedagógica dos docentes são essenciais
para proporcionar a formação de um profissional generalista, humanista, crítico e
reflexivo, comprometido com as questões sociais, e a promoção da saúde,
necessidades estas apontadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs).
Identificar, avaliar e desenvolver as qualificações necessárias para aprimorar
a qualidade da formação dos profissionais de saúde de acordo com as DCNs é um
grande desafio, e para transpô-lo se fazem necessárias mudanças na gestão e
concepção dos processos educativos. A tendência de mudar a concepção dos
processos educacionais abandonando o modelo centrado no professor em busca de
um paradigma centrado na figura do aluno implica, necessariamente, em uma
mudança no papel dos professores no desenvolvimento das competências
promulgadas pelas DCNs na formação acadêmica.

Considerações finais

O papel da formação pedagógica do docente, em especial do professor da área


de saúde, é um elemento essencial para sua formação profissional. Seu desafio maior
será sair da postura reprodutiva, repetitiva de ensinar o aluno a aprender, refletir e
vivenciar, assim como também manter vivo o espírito investigador, questionador,
como também a criticidade e o entendimento do conhecimento como um processo
contínuo e a atividade de ensino uma atividade dinâmica e eminentemente dialética.
A reflexão acerca da essência da docência é imprescindível para
vislumbrarmos a sua relação com a formação/emancipação humana. Faz-se
necessária a democratização e humanização da relação professor-aluno, num âmbito
geral do ensino superior. Professor e açuno devem construir uma relação que estimule
construção do conhecimento, a criação cultural, o desenvolvimento do espírito
cientifico e pensamento reflexivo e o comprometimento ético e social como apontam
as DCNs.
Assim, conclui-se que, na busca da qualidade do ensino voltado para a área da
saúde, a formação pedagógica é imprescindível para se alcançar práticas cotidianas
que efetivamente representem um contínuo e intencional evoluir da sociedade. O
processo de ensino-aprendizagem pode ser impulsionado pelo compromisso dos
interessados na disseminação do conhecimento emancipatório.
Referências Bibliográficas

BRASIL. CNE. CES. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Farmácia e


Odontologia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 dez. 2001.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1300.pdf.
Acesso: 21 de nov. 2019.

CASTANHO, M. E. Pesquisa em pedagogia universitária. In: CUNHA, M. I. Reflexões


e práticas em pedagogia universitária. Campinas: Papirus, 2007. p. 63-73.
Disponível em: https://www.ufmt.br/endipe2016/downloads/233_9921_36619.pdf.
Acesso: 21 de nov. 2019.

CUNHA, M. I. da. Políticas públicas e docência na universidade: novas configurações


e possíveis alternativas. Revista Portuguesa de Educação, 2003, 45-68.
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/374/37416204.pdf. Acesso: 21 de nov.
2019.

GIROUX, Henry. Pedagogia radical: Subsídios. São Paulo: Cortez: Autores


Associados, 1983.
Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1507/1500.
Acesso: 21 de nov. 2019
SEMIN, G.M; SOUZA, M.C.B.M; CORÊA, A.K. Professor como facilitador do processo
ensino-aprendizagem. Rev. gaúcha enferm. 2009; 30(3):484-91.
Disponível em: https://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/9210.
Acesso: 21 de nov. 2019.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. São Paulo: Vozes, 2002
Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2724102/mod_resource/content/1/Saberes%
20docentes%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20profissional.pdf. Acesso: 21 de
nov. 2019.
VASCONCELOS, M. L. M. C. A Formação do Professor do Ensino Superior. 2ª edição
revisada. São Paulo: Pioneira, 2000.

Вам также может понравиться