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A segurança coletiva visa a paz, pois a paz é ausência do emprego da força física. (...) a
ordem Jurídica estabelece a paz nessa comunidade por ela mesma constituída. A paz do
direito, porém, é uma paz relativa e não uma paz absoluta, pois o Direito não exclui o
uso da força. (...) “O Direito é uma ordem de coerção, e como ordem de coerção,
conforme o seu grau de evolução - uma ordem de segurança, quer dizer, uma ordem de
paz”.
Como asseveramos, o CTB (Lei 9.503/97) representa um razoável exemplo de técnica
legislativa, possuindo ainda em seu bojo um notável conjunto de soluções jurídicas que
municiam a Administração Pública no combate às drásticas estatísticas que o trânsito
brasileiro apresenta.
Destaca-se neste momento outro dado, não tão surpreendente, qual seja, mais de 85%
dos acidentes são causados por falhas humanas, 12 % por falhas mecânicas e 7% por
outras causas.
Nesta esteira, temos que é dever primaz do CONDUTOR, antes de colocar o veículo em
circulação nas vias públicas, verificar a existência e as boas condições de
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, nos termos do artigo 27 do Código
de Trânsito Brasileiro.
Podemos observar que o diploma legal prevê três tipos de condutas típicas, oriundas do
ato de conduzir:
Numa breve e sucinta análise do tipo incurso no Art. 230 IX do CTB, ao passo que a
ausência do equipamento obrigatório dispensa maiores comentários, a ineficiência e a
inoperância merecem algumas linhas de argumentação.
Quanto à inoperância, podemos para fins didáticos, entende-la como a condição de não
funcionamento do equipamento, ousamos dizer que, e com o máximo respeito aos
posicionamentos em sentido contrário, entendemos que o funcionamento irregular do
equipamento, enseja ainda a mesma tipificação. Isto posto, justifica-se tal argumento,
sob o prisma no momento do ato da fiscalização, que é o momento flagrancial onde
verifica-se a ocorrência do fato jurígeno infracional. Logo, numa eventual abordagem, o
agente policial deparando-se com um quadro de não acendimento das luzes de freio, em
que pese o motorista, imediatamente reparar a avaria, demonstrando sua
temporariedade, já temos in casu verificada a inoperância do equipamento, não se
falando pois, em ineficiência.
O caput do Art. 257 do CTB, deixa claro que responderão de per si no âmbito de suas
respectivas responsabilidades, senão vejamos:
Art. 257…………………….
A infração do art. 230, IX requer para a sua caracterização que o agente de trânsito
surpreenda o veículo sendo conduzido em via pública estando sem o equipamento
obrigatório ou estando esse ineficiente ou inoperante. Estando o mesmo estacionado,
sem que o agente de trânsito tenha presenciado o condutor realizando tal manobra, a
infração não estará caracterizada. [...]
Logo, deve o operador do Direito distinguir entre a previsão legal da multa nas normas
abstratas dispostas na Lei 9.503/97, e a aplicação administrativa da sanção, mediante
atividade administrativa.
A Carta Magna de 1988 em seu artigo 5º, incisos XLV e XLVI, vetoriza expressamente
o princípio da individualização da pena, que tem aplicação não só no campo penal mas
também em qualquer momento em que pretenda o Poder Público sancionar o indivíduo,
principalmente pela necessidade de se compreender a ciência jurídica como um sistema
único entrelaçado por princípios basilares que dimensionam seus efeitos a todos os
setores ou situações análogas, isto posto, para que uma pessoa não pague pelo erro da
outra.
O Código de Trânsito Brasileiro é um código austero, visto que de seu artigo 161 até o
artigo 255 existem cem tipos de infrações para os mais variados comportamentos do
usuário da via terrestre. A legislação em seus aspectos técnicos amolda-se à
configuração do Estado Democrático de Direito em que vivemos no Brasil.
Outrossim, “um trânsito seguro, regular e ordenado foi erigido como direito
fundamental, ao mesmo passo que, em contrapartida, estabeleceu uma série de
obrigações ao Poder Público”.
Todavia, não nos parece cabível a interpretação restritiva do texto legal. Mesmo, tendo
o Estado o dever de agir, seja ele genérico ou previsto objetivamente, deve-se acima de
tudo sopesar quando possível a aplicação que se coaduna com os vetores constitucionais
e fazer justiça em cada caso concreto.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Considerações acerca do Artigo 230 IX da Lei 9.503/97 publicado 10/11/2010 por
Emerson Sakoda em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/51695/1/Consideracoes-acerca-do-Artigo-
230-IX-da-Lei-950397/pagina1.html#ixzz15YyIq96t