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Mesopotâmia

A palavra Mesopotâmia significa “terra entre rios”. Mais precisamente os rios Tigre e Eufrates. A
Mesopotâmia fazia parte da região conhecida como “Crescente Fértil” Ficou conhecida como
“berço da civilização” A arquitetura e a arte mesopotâmica vai da pré-história ao século VI a.C.
Devido sua localização entre o mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico, sendo de fácil acesso à Europa,
Ásia e África, essa região foi muito disputada por povos de diversas origens. Sumérios Acádios
Amoritas (antigos babilônios) Assírios Caldeus (novos Babilônios).
A cidade nasce da aldeia. REVOLUÇÃO AGROPASTORIL: O controle da produção de alimentos
torna possível a formação de aldeias agrícolas e pastoris. Desenvolvimento de técnicas de
irrigação, aragem do solo, criação de animais para alimentação e manejo de rebanhos.
AGRICULTURA: cevada, trigo, gergelim, tâmaras, legumes. PECUÁRIA: boi, ovelhas, porcos, cabras
e asnos. O controle da produção de alimentos gera uma especialização no trabalho, fazendo surgir
uma série de profissões ligadas ao modelo agropastoril, gerando um crescimento econômico. Os
que plantam, os que colhem, os que manufaturam o produzido, armazenagem de grãos,
artesanato. Os que criam os animais, os que abatem, os que beneficiam o couro, a pelagem (lã).
O crescimento econômico modifica a pirâmide social e altera as relações de poder na sociedade.
Nasce assim o contraste entre grupos sociais dominantes e subalternos. A cidade se forma quando
a transformação das matérias-primas e dos serviços já não são executados pelas mesmas pessoas
que cultivam a terra, mas por outras que não têm esta mesma obrigação, e são mantidas pelo
excedente do que é produzido (senhores/empregados). Novas profissões surgem com o advento
das cidades. A cidade nasce, portanto, da divisão do trabalho.
DIVISÃO DO TRABALHO Ofícios rurais: Agricultura, pecuária, construção de diques, barragens,
canais de irrigação, fabricação de instrumentos de metal, ceramistas. Ofícios urbanos: Comércio,
tecelagem, ourivesaria, carpintaria, cortadores de pedra, soldados, dentre outros.
A CIDADE A cidade na Mesopotâmia é um aglomerado de construções cercado por muralhas:
palácio, templo, casas e ruas. A cidade representa: “...novas formas de organização do trabalho,
da justiça, da religião, da segurança dos habitantes e da proteção dos bens econômicos.” A cidade
na mesopotâmia abriga características de cada região ou povo que a conquistou.
O TEMPLO Locais que concentram tanto o poder religioso como o poder econômico. A maioria
das cidades tem um templo dedicado ao seu deus protetor. Sacerdotes ou sacerdotisas organizam
o culto, administram os bens do templo, recebem as oferendas dos fiéis e praticam o comércio.
Estas tarefas tornam necessário o desenvolvimento de um sistema de escrita e numeração.
POVO QUE HABITA E MESOPOTAMIA
SUMÉRIOS Os sumérios, considerados a mais antiga das grandes civilizações humanas, foram os
que inicialmente ocuparam a região. Vindos do planalto do Irã, fixaram-se no sul da Mesopotâmia.
Fundaram diversas cidades-estado, como Ur, Uruk, Nippur, Lagash e Eridu, com governos
independentes. Essas cidades eram conhecidas como cidades-estado. Cidades independentes,
com governo próprio e autônomo. Cada cidade-estado sumeriana possuía um centro político,
econômico e religioso, que era o templo. O líder de cada cidade era chamado patesi (sumo-
sacerdote), era também chefe militar e governante, auxiliado pela elite aristocrática dos altos
funcionários e sacerdotes do templo. As cidades-estado viviam constantemente em guerra entre
si pela hegemonia na região. Considerados os inventores da escrita; Os sumérios criaram uma
escrita para registrar a contabilidade do rico patrimônio dos templos, a quantidade de cereais
estocada nos celeiros, o número de cabeças de gado etc. A partir de 3000 a.C ., passou a ser
utilizada também para registrar textos religiosos, literários e algumas normas jurídicas. Escreviam
em “tábuas” de argila, utilizando um estilete de extremidade triangular deixando sinais em forma
de cunha (a escrita cuneiforme) Os sumérios introduziram o uso de rodas nos veículos, o que
representou uma revolução na locomoção terrestre. Com a utilização da roda o transporte de
mercadorias tornou-se mais simples e ágil. A escrita cuneiforme, as artes, a religião, as técnicas
agrícolas e de construção e outros inventos dos sumérios foram aproveitados pelos povos que
com eles conviveram. As constantes guerras internas provocaram o enfraquecimento político dos
sumérios, facilitando a invasão da Mesopotâmia pelos acádios.
SUMÉRIOS UR Os Sumérios das épocas mais remotas, utilizavam materiais como junco e argila
para suas construções, que não resistiram ao tempo. Por volta do ano 5000 a.C. Por volta de 3000
a.C. os templos passam a ser implantados em altas plataformas, utiliza-se então o tijolo cozido em
forno para se fazer uma construção em degraus. Surge, assim, o Zigurate, forma típica da
arquitetura templária mesopotâmica, algumas vezes com plantas circulares, como o zigurate de
Nimrud, a famosa Torre de Babel citada na Bíblia, em Babilônia. Outros exemplos são os zigurates
de‘Aqarquf, e o do deus da lua Nanna em Ur. A intenção do projeto era servir como base para que
os sacerdotes e reis pudessem estar mais perto de seu deus ou para que os deuses pudessem
descer para terra. Quase sempre o zigurate era implantado dentro de um espaço murado,
juntamente com outros templos também de tijolos. A arquitetura da Mesopotâmia empregou nos
seus estágios iniciais tijolos de barro cozido, maleáveis, mas pouco resistentes, o que explica o alto
grau de desgaste das construções encontradas. As obras mais representativas da construção na
Mesopotâmia - os zigurates ou templos em forma de torre - são da época dos primeiros povos
sumérios e sua forma foi mantida sem alterações pelos assírios. Na realidade, os zigurates
(pirâmides com degraus e rampas laterais coroada por um templo), tratavam-se de edificações
superpostas que formavam um tipo de torre de faces escalonadas, dividida em várias câmaras.
RELIGIÃO Tinham como centro lógico de civilização e da vida o templo (teocentrismo). Eram
politeístas. Enlil – senhor dos ventos Nanna – deus da lua Inanna – deusa do amor e da guerra
Shamash – deus do sol No início o sumo sacerdote representava o deus na terra, possuindo
poderes políticos e religiosos, tem autoridade permanente sobre a cidade. SUMÉRIOS REIS Com o
tempo, autoridade política passou a ser representada pelo rei, desligando-o do templo. Seu centro
de comando torna-se o palácio real habitado por seus familiares e funcionários. Era responsável
por: Administrar as oficinas públicas Cobrança de tributos Prestação de trabalho obrigatório
Aplicação da justiça Proteção dos súditos. ARTE Muitos palácios e templos (zigurates), câmaras
funerárias (abóbada e arco). Utilizava madeira e tijolo colorido para decoração dos templos Arte
cheia de figuras religiosas de alabastro (hierarquia por altura e tamanho dos olhos). Formas
geométricas e esquemáticas baseadas no cone e no cilindro. Influenciou a arte da Assíria e da
Babilônia.

ACÁDIOS
Os acádios eram grupos nômades que habitavam o deserto da Síria e, com o tempo, foram
conquistando a região que abrigava as cidades sumérias. Por volta de 2550 a.C os povos nômades
acádios fixam-se na Mesopotâmia. Liderados pelo rei Sargão I, os acádios expandiram-se ao norte
e dominaram a Mesopotâmia em 2300 a.C., conquistando e unificando politicamente todas as
cidades-estados do sul sumérias. A rápida vitória e o domínio sobre os sumérios podem ser
explicados por duas razões: seu exército era mais ágil e utilizava o arco e a flecha, instrumentos
mais rápidos e eficientes do que as pesadas lanças e escudos dos sumérios. O império acadiano
dominou rotas comerciais da mesopotâmia para que o fornecimento de madeira e de metais
preciosos pudesse fluir com segurança pelo Eufrates até chegar à Acádia. Sargão teve sucesso pois
tinha um governo centralizador e nomeava membros de sua família, de inteira confiança, para
cargos administrativos importantes. Suas ordens e mudanças administrativas eram feiras por
escrito. Decretou o primeiro exército composto por 5.400 homens. Ao dominar uma cidade,
Sargão convidava o governante local para aliar-se a ele. Caso se aliasse a Sargão, o governante era
mantido no poder, do contrário era destituído e substituído por um parente de confiança de
Sargão. O governo centralizado permitia o controle das cidades através do domínio das rotas
comerciais e do recebimento de tributos. Esse modo de governar tornou a Acádia uma das cidades
mais prósperas da antiguidade. Devido às conquistas das cidades da Mesopotâmia, Sargão ficou
conhecido como “Rei da Terra” ou “Rei dos quatro cantos”. Estabeleceram a capital de seu império
em Acádia, daí o nome de civilização acadiana. Fundaram o primeiro império mesopotâmico, que
durou até 2150 a.C., quando foram dominados pelos Guti, povo de origem asiática. Os Guti
dominaram a região por cerca de um século (2.100 a.C. a 1.950 a.C.) e depois foram conquistados
por uma dinastia de origem suméria da cidade de Ur retomando a hegemonia política dos
sumérios. Porém, o domínio sumério sobre a área não foi duradouro, enfraquecidos por rebeliões
internas, sofreram invasões de guerreiros nômades. Em 2000 a.C ., chegaram os amoritas (antigos
babilônios), outro povo semita, vindo do deserto árabe, que dominaram toda a região,
conseguindo fundar o Primeiro Império Babilônico.
AMORITAS (ANTIGOS BABILÔNIOS)
Os amoritas eram povos semitas vindos do deserto sírio-árabe que invadiram as Cidades-Estado
da Mesopotâmia em meados de 2.000 a.C. O primeiro império foi erguido por Amoreu Sumuabum,
que realiza diversas disputas com remanescentes dos povos sumérios e acadianos, até a unificação
promovida pelo imperador Hamurabi, sexto rei da dinastia, que formou o primeiro império
Babilônico. Com a unificação, sob o comando de Hamurabi, eles se estabeleceram no centro-sul
da Mesopotâmia. O Primeiro Império Babilônico ia do Golfo Pérsico aos Montes Zagros. Com o
governo de Hamurabi, a partir de 1792 a.C., a Babilônia conquista toda a Baixa Mesopotâmia,
fundando um vasto império (política expansionista). Depois de séculos de lutas constantes, a
Mesopotâmia, no século XVIII a.C., conheceu enfim a unidade. Com a unificação do império a
preocupação de Hamurabi não era mais a expansão territorial e sim a preservação das terras
conquistadas, tendo-se preocupado essencialmente com os ataques dos povos vizinhos e com as
revoltas dos povos conquistados. O rei Hamurabi administrou seu império durante quase
cinquenta anos. A formação do império babilônio marca o fim político da civilização suméria, mas
não cultural, pois os babilônios adotaram o sistema educacional, a escrita, a arte, a literatura e
grande parte da religião suméria. FEITOS DE HAMURABI Desenvolvimento da agricultura de
regadio; Construção de grandes canais de irrigação controlados pelo Estado; Monarquia poderosa
e autoritária de caráter teocrático; Organização econômica baseada nos templos e palácios;
Arrendamento de terras (recebiam parte da produção); Trabalhos artesanais e comércio (templos
e palácios); Comunidade pagava tributos; Prestação de trabalhos forçados; Serviço militar
obrigatório. A principal realização cultural dos amoritas foi o Código de Hamurabi, o primeiro
código escrito que a história registra era baseado no Direito Sumeriano, tendo por finalidade
consolidar o poder do Estado e adequar-se ao desenvolvimento da economia mercantil. O Código
de Hamurabi que influenciou muitas civilizações era composto por 282 leis, dentre elas destacava-
se a Lei de Talião (olho por olho, dente por dente), estabelecia que as punições fossem idênticas
ao delito cometido (princípio da proporcionalidade). LEIS Algumas leis do Código de Hamurabi. 1.
Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que
aquele que enganou deve ser condenado à morte. 7. Se alguém comprar o filho ou o escravo de
outro homem sem testemunhas ou um contrato, prata ou ouro, um escravo ou escrava, um boi
ou ovelha, uma cabra ou seja o que for, se ele tomar este bem, este alguém será considerado um
ladrão e deverá ser condenado à morte. Se um filho bater com as mãos em seu pai, terá suas mãos
cortadas. Se um homem toma uma mulher e não estabeleceu um contrato, então essa mulher não
é esposa. Se um homem cegou o olho de um homem livre, terá o seu olho também furado. Furou-
se o olho de um escravo, pagará metade do valor do escravo. Se um médico tratou, com faca de
metal a ferida de um escravo e lhe causou a morte, ele dará escravo por escravo. A pedra em que
estavam gravadas as leis foi encontrada por arqueólogos em 1901 e acha-se guardada no Museu
do Louvre, em Paris.
ASSÍRIOS CALDEUS (NOVOS BABILÔNIOS) Povo que antes de 2.500 a.C. estabeleceu-se no norte
da Mesopotâmia, na região de Assur e Nínive. A partir de 883 a.C. começaram um movimento de
expansão territorial devido à baixa produção agrícola em função do solo pobre. Por causa disso,
povo assírio dedicou-se a desenvolver técnicas de guerra. Dominaram a tecnologia do ferro, que
era usado para fabricar armas e ferramentas. O ataque assírio era eficiente pois utilizavam carros
de guerra puxados por cavalos. Eles usavam os carros de guerra e as armas de ferro para saquear
e conquistar povos, obrigando-os a pagar tributos. Entre o século VIII e VII a.C. seus domínios
ultrapassaram a Mesopotâmia, abrangendo a Síria, Fenícia e Egito. Os responsáveis por essa
expansão foram Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. O rei assírio tinha poder absoluto sobre
todas as dimensões do governo (econômico, político, religioso e militar). Embora fosse um homem
acreditava-se que ele era um enviado dos deuses. A violência militar assíria tinha legitimidade por
meio da religião, a conquista de territórios e riquezas era uma missão divina dos reis. As constantes
guerras no reinado de Assurbanipal provocaram uma série de revoltas que desestabilizaram e
enfraqueceram o império assírio, fazendo com que, em 612 a.C., os caldeus, destruíssem as
principais cidades assírias inaugurando o segundo império babilônico.
CALDEUS – 2º IMPÉRIO BABILÔNICO Os caldeus derrotam os assírios formando um novo império
que ficou conhecido como Segundo Império Babilônico ou Neo Babilônico. Com Nabopolassar os
caldeus consolidaram a independência da Babilônia, mas foi com seu filho Nabucodonosor que o
império caldeu atingiu o seu apogeu. Foi durante o seu governo que a Síria e a Palestina foram
definitivamente conquistadas. Com violentas investidas militares, o rei Nabucodonosor ocupou
Jerusalém em 586 a.C. e escravizou os judeus. Os hebreus foram transportados como escravos
para a Babilônia, episódio relatado na Bíblia como o Cativeiro da Babilônia. A Babilônia tornou-se
o maior centro cultural e comercial de todo o Oriente no reinado de Nabucodonosor. Foram
construídos palácios, os “Jardins Suspensos da Babilônia”, considerados uma das sete maravilhas
do mundo antigo e a Torre de Babel. O comércio se expandiu com o predomínio do comércio
caravaneiro que fazia a rota do Mediterrâneo à índia. A morte de Nabucodonosor marcou o início
da decadência do império até que, em 539 a.C., tropas persas comandadas pelo imperador Ciro I
conquistaram a Babilônia, integrando a região ao seu império. A partir de então, a civilização
mesopotâmica foi desaparecendo.
JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA Foi construído para uma das mulheres de Nabucodonossor,
a rainha Amitis. Tinha de 25 a 100 m de altura, e apresentava aparelhos hidráulicos ocultos entre
as colunas por onde os escravos elevavam água do Eufrates. O jardim era formado por plantas
exóticas, frutas e flores da terra natal da rainha Amitis.
PERSAS No século VIII a.C. os medos possuíam um exército organizado que dominava os povos
iranianos e persas,obrigando-os a pagar impostos. No século VI a.C. Ciro liderou uma rebelião
contra os medos. Após vencê-los, dominou todas as tribos do planalto iraniano, dando início à
formação do império Persa. Ciro expandiu seus domínios à Mesopotâmia, Fenícia e Palestina. Ciro
acabou com o cativeiro dos judeus permitindo que eles retornasses à Palestina. Após a morte de
Ciro, Cambises que era seu filho, conquistou o Egito. Mais tarde, com a morte de Cambises, a
Pérsia foi governada por Dário I. O Império Persa era governado por uma monarquia absoluta
teocrática e possuía quatro capitais: Susa, Persépolis, Babilônia e Ecbátana. A fim de combater
rebeliões, Dario I dividiu o Império Persa em 20 províncias denominadas Satrápias, e nomeou
sátrapas, altos funcionários reais, para administrá-las. O sátrapa era responsável pela arrecadação
dos impostos em seu território. Uma parte dos tributos ele usava para manter a administração e
o exército, a outra, ele enviava para o rei. Dario I construiu uma rede de estrada ligando grandes
centros , organizou um sistema de correios e instituiu uma moeda para facilitar o comércio. Os
tributos cobrados nas cidades permitiram grandes construções em Persépolis, nova capital do
império, e contribuíram para o fortalecimento econômico e político da burocracia persa,
arruinando a economia das regiões conquistadas. Dario I queria conquistar a Grécia, mas foi
derrotado pelas cidades gregas sob o comando de Atena. Posteriormente, seu filho e sucessor
Xerxes, foi derrotado pelos gregos sob o comando de Alexandre, da Macedônia.
PERSEPOLIS O palácio de Dario, em Persépolis, reúne todos os estilos produzidos pela arquitetura
antiga. Os reis pretendiam aparentar uma imagem de universalidade e grandeza. Os reis
aquemênidas, que não seguiram a tradição zoroástica de expor seus cadáveres às aves de rapina,
mandavam escavar suntuosos monumentos funerários (tumbas) nas rochas de montanhas
sagradas.
ECONOMIA MESOPOTÂMICA A principal atividade econômica e fonte de subsistência na
Mesopotâmia era a agricultura (cevada, trigo, lentilha, linho, tâmaras e outros produtos). Sendo a
atividade agrícola a principal fonte de subsistência na Mesopotâmia, o poder público controlava
de perto a construção de reservatórios de água, canais de irrigação e depósitos de alimentos. A
mão de obra usada eram as populações camponesas, submetidas ao pagamento de impostos ao
rei. Nos campos criavam-se cabras, carneiros e ovelhas para obter carne, leite e lã. Os bois eram
usados para puxar os arados e para outros serviços. Com o couro bovino faziam correias e sapatos,
e com o leite de vaca fabricavam coalhadas e queijos finos. Mais tarde, começaram a domesticar
cavalos para montaria e para a guerra. Nas cidades, desenvolveram importante atividade
artesanal; tecelagem, cerâmica, fabricação de armas, jóias, objetos de metal etc. A excelente
localização da Mesopotâmia favoreceu o desenvolvimento do comércio. Comerciantes
deslocavam-se para outras regiões levando produtos fabricados pelos babilônios. Em
consequência, a Babilônia transformou-se num dos mais importantes entrepostos comerciais da
Antiguidade. Até o século VI a.C., a cevada e os metais eram utilizados como padrão de valor nas
trocas comerciais.

SOCIEDADE E POLÍTICA A sociedade na Mesopotâmia, de forma geral dividia-se em dois grupos


principais: classe dominante (governantes, sacerdotes, militares e comerciantes) e classe
dominada (camponeses, pequenos artesãos e dois tipos de escravos: de guerra e por dívida). A
classe dominante controlava a riqueza econômica, as forças política e militar e o saber. Os escravos
eram pouco numerosos e a sua existência devia-se principalmente às dívidas. Com o tempo, o
costume de transformar os prisioneiros de guerra em escravos fez aumentar o número de cativos
na região. A Mesopotâmia foi governada por monarquias teocráticas em que o poder estava
concentrado nas mãos do soberano. O rei considerado um representante dos deuses na Terra,
capaz de traduzir a vontade divina, detinha os poderes religiosos, militares e políticos. Os
indivíduos só usufruíam da terra enquanto membros da comunidade. O rei, encarnação do Estado,
era o proprietário nominal de todas as terras, o qual dirigia a construção de canais de irrigação
que propiciavam as condições para o desenvolvimento da agricultura.

CULTURA A cultura na Mesopotâmia era muito rica em razão dos diversos povos que habitavam a
região. Mas, quase toda a cultura mesopotâmica descendia dos sumérios, incluindo a religião,
politeísta e antropomórfica. Sendo politeístas, acreditavam em vários deuses que representavam,
como no Egito, fenômenos da natureza. Os deuses mesopotâmicos eram ao mesmo tempo
entidades do bem e do mal. Cada cidade tinha seu deus protetor. Entre as principais divindades
estavam Marduk, o deus da cidade da Babilônia e do comércio, Shamash, o sol e a justiça; Anu, o
céu; Enlil, o ar; Ea, a água; Ishtar, a deusa do amor e da guerra e Tamus, a vegetação.

CULTURA - ZIGURATE Os povos mesopotâmicos viam a religião como meio de obter recompensas
terrenas, imediatas, não acreditando na vida após a morte. Os rituais religiosos, comandados pelos
sacerdotes, faziam do templo (zigurate) o centro de toda a religiosidade. Esses templos, às vezes,
abrigavam também o celeiro e as oficinas. Neles se conhecia o estoque e se definia o critério de
distribuição dos excedentes agrícolas tomados aos camponeses.

CULTURA Na arquitetura mesopotâmica destacava-se a construção de templos e palácios, como


os zigurates. Pintavam e esculpiam sobre temas religiosos, esportivos e militares. Inventados
pelos sumérios, os zigurates tornaram-se sua marca arquitetônica registrada: eram imensos
templos com várias torres retangulares, igualando-se em grandiosidade aos palácios construídos
pelos assírios e caldeus.
Como artistas, os sumérios destacaram-se nos trabalhos em metal, na lapidação de pedras
preciosas e na escultura. Através da observação do céu, visando decifrar a vontade dos deuses, os
sacerdotes acumularam informações a partir das quais foi elaborado, pouco a pouco, um
conhecimento exato dos fenômenos celestes. No campo literário, o destaque fica para duas obras
sumerianas: O Mito da Criação, que resgata a origem do mundo através do mito de Marduk, e a
Epopeia de Gilgamesh, que conta a lenda do Dilúvio. Destaca-se também, como grande marco da
história do Direito, o Código de Hamurabi. A descoberta suméria da escrita foi enriquecida com a
produção de textos religiosos, históricos e lendas. A escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, foi
utilizada pelos vários povos mesopotâmicos e adotada por outros povos da Ásia Ocidental. Foi
decifrada pelos estudiosos Grotefend e Rawlinson.

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