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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEREDERAL DE RONDÔNIA

NUCLEO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMISTRAÇÃO

José Sérgio da Silva

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA A ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA: o enfoque na tomada de decisão

CHUPINGUAIA

2017
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JOSÉ SÉRGIO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA A ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA: o enfoque na tomada de decisão

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Programa de Graduação
em administração pública da Universidade
Federal de Rondônia - UNIR, como um dos
requisitos para obtenção do Título de
Bacharel em Administração Pública.

Orientadora: Prof.ª Denise Andrade

CHUPINGUAIA
2017
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SILVA, JOSÉ SERGIO DA. A importância da contabilidade para a


administração pública: o enfoque na tomada de decisão. 2017. 50 f. Trabalho
de Conclusão de Curso em Administração Pública. Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, Chupinguaia – RO, 2017.

RESUMO

O trabalho discorre sobre a importância da contabilidade para o gestor público


nas tomadas de decisões

Palavras-Chave: Contabilidade, Administração Pública, Tomada de decisão;


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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 5
2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; 7
2.1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................... 9

2.2. TOMADA DE DECISÃO ......................................................................... 11

2.2.1 O valor da informação....................................................................... 13


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1.INTRODUÇÃO
As constantes transformações que o mundo vivencia, seja nas questões
ideológicas e de globalização, seja nos fatores de ordem geográfica,
demográfica e tecnológica, têm-se refletido no modelo de Estado. Em relação à
administração pública, uma dessas mudanças é a abordagem gerencial em
substituição ao modelo burocrático até então vigente (FERLIE et al., 1999), o
que exige que o administrador público, não importando a ideologia partidária
vigente, acompanhe essa transformação.

No que tange à administração pública municipal, esta envolve a


participação de representantes da comunidade, isto é, de administrador-geral,
representado pelo prefeito, e de outros auxiliares públicos (CATELLI, 2001, p.
521). A administração pública não é mais vista como um conjunto de ministérios,
secretarias, autarquias, fundações etc., que executam atividades isoladas. É
vista como um corpo uno, um sistema aberto em contínua interação com o
ambiente e, o mais importante, ela gerencia recursos fornecidos direta ou
indiretamente pela sociedade com o pretexto de que lhe sejam revertidos na
forma de benefícios.

A missão fundamental do setor público municipal é, conforme a


Constituição federal, o bem-estar da coletividade local (BRASIL, 1988, s/p). Para
atender a sua missão, utiliza o orçamento público, operacionalizado em fases
denominadas de ciclo orçamentário. Entretanto, verifica-se que os gestores
municipais pouco utilizam a contabilidade e seus controles para um
acompanhamento da gestão, tampouco utilizam os mecanismos do ciclo
orçamentário para as tomadas de decisão. É importante considerar, também,
que a contabilidade é instrumento de comunicação aos usuários interno e
externo e que, no setor público, não poderia ser diferente. Portanto, é salutar ao
gestor, dentre as suas responsabilidades, conhecer a relevância do que a
contabilidade pode prover e utilizar as fases do ciclo orçamentário para que o
processo decisório sobre priorização de gastos e diminuição de custos não
penalize a camada da população dependente de serviços públicos de qualidade
nem incorra em ilegalidades constitucionais.
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A contabilidade pública é exigida para todas as organizações que


recebem direta ou indiretamente recursos públicos. No Brasil a Contabilidade
Pública baseia-se principalmente na Lei 4.320/64, ela é responsável pelo registro
da previsão da receita e a fixação da despesa estabelecida no orçamento público
aprovado para o exercício, como também escritura a execução orçamentaria,
compara a previsão das receitas e a fixação das despesas.

A Contabilidade Pública se presta a coletar, registrar e controlar os atos


e fatos que afetam o patrimônio público, com destaque para os atos e
fatos de natureza orçamentaria. Assim, de acordo com o art. 83 da Lei
n° 4.320/64 a Contabilidade evidenciara perante a Fazenda Pública a
situação de todos aqueles que, de algum modo, arrecadem receitas,
efetuem despesas, administrem ou guardem bens pertencentes ou
confiados a Administração Pública. (LIMA e CASTRO, 2007, p. 3 - 4).

Segundo o art. 85, da Lei n° 4.320/64, estabelece que os serviços de


contabilidade devem ser organizados de forma a permitir o acompanhamento da
execução orçamentaria, o conhecimento da composição patrimonial [...], a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.

A Contabilidade é considerada como uma peça chave auxiliando na


execução orçamentária, pois tem a capacidade de gerar relatórios necessários
aos gestores para a tomada de decisão como também tem a competência de
demonstrar os efeitos positivos e negativos dos atos administrativos
relacionados ao orçamento.

A Contabilidade registra e permite o controle e analise dos ato e fatos


administrativos e econômicos operados no patrimônio de uma entidade pública,
possibilitando a geração de informações, variações e resultados sobre a
composição deste, auferidos por sua administração e pelos usuários.

Suas informações proporcionam o acompanhamento permanente da


situação da entidade em questão, da sua gestão envolvendo o início,
o meio e o fim. É um importante elemento auxiliar de controle para o
atingimento dos objetivos e finalidades e permite uma constante auto
avaliação e auto correção administrativa. (ANDRADE,2013, p.5).

Dado a isto buscou-se estudar e analisar a prática profissional do gestor


público e como a contabilidade influencia a tomada de decisão, através de ampla
pesquisa bibliográfica e estudo de caso (pesquisa de campo). A contabilidade
por si só já apresenta sua importância dentro da máquina pública, pois é através
dela que os cidadãos têm acesso as informações dos gastos públicos e podem
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fiscalizar a aplicação dos recursos da gestão pública, impedindo ilegalidades e


fazendo cumprir a lei da responsabilidade fiscal. Mas a contabilidade também
pode ser um dos critérios para a tomada de decisão do gestor.

A contabilidade pública se interessa também em todos os atos praticados


pelo administrador sejam eles de natureza orçamentaria, administrativa e
patrimonial. Tem como objetivo proporcionar a administração informações
atualizadas e exatas que possam ser expressas em termos monetários, informando
os reflexos das transações realizadas de modo a possibilitar as tomadas de decisões
para o cumprimento da legislação vigente.

Segundo Kohama, (2014), a Administração Pública precisa recorrer a vários


relatórios e análises para poder controlar com eficácia suas operações,
proporcionando maior proteção contra fraquezas humanas e também reduzir a
possibilidade de erros e irregularidades, demonstrando cuidado com os recursos
públicos e transmitindo a população de forma transparente o resultado dos seus
atos.

2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA;
O conceito de administração pública não oferece contornos bem
definidos, quer pela diversidade de sentidos da própria expressão, quer pelos
diferentes campos em que se desenvolve a atividade administrativa. Em sentido
lato, administrar é gerir interesses, segundo a lei, a moral e a finalidade de bens
entregues à guarda e conservação alheias. Se os bens e interesses geridos são
individuais, realiza-se administração particular; se são da coletividade, realiza-
se administração pública. Administração pública, portanto, é a gestão de bens e
interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal,
segundo os preceitos de Direito e da Moral, visando ao bem comum
(MEIRELLES, 2008).

A administração em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para


consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das
funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é
o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do
Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão geral, a
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Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à


realização de serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. A
administração não pratica atos de governo; pratica, tão-somente, atos de
execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do
órgão e de seus agentes, são os chamados atos administrativos (MEIRELLES,
2008).

Em suma a administração é senão como meio de atingir o bem-estar


social. Para tanto ensina Prof. Cirne Lima que “O fim, e não a vontade
do administrador domina todas as formas da administração. Supõe,
destarte, a atividade administrativa a preexistência de uma regra
jurídica, reconhecendo-lhe uma finalidade própria. Jaz,
conseqüentemente, a administração pública debaixo da legislação,
que deve enunciar e determinar a regra de Direito” (LIMA 2007, p. 39-
40).

O certo é que no desempenho dos encargos administrativos o agente do Poder


Público não tem a liberdade de procurar outro objetivo, ou de dar fim diverso do
prescrito em lei para a atividade. Não pode, assim, deixar de cumprir os deveres
que alei lhe impõe, nem renunciar a qualquer parcela dos poderes e
prerrogativas que lhe são conferidos. Isso porque os deveres, poderes e
prerrogativas não lhe são outorgados em consideração pessoal, mas sim para
serem utilizados em benefício da comunidade administrada. Descumpri-los ou
renunciá-los equivalerá a desconsiderar a incumbência que aceitou ao defender
os poderes necessários à consecução dos fins sociais, que constituem a única
razão de ser da autoridade pública de que é investido, importará renunciar os
meios indispensáveis para atingir os objetivos da Administração.

Para entendimento básico da administração cabe salientar que a


Administração Pública constitui princípios alicerçados em doze regras de
observância permanente e obrigatória para o bom administrador: legalidade,
moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade,
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, motivação e
supremacia do interesse público. Os cinco primeiros estão expressamente
previstos no art. 37, caput, da CF de 1988; e os demais, embora não
mencionados, decorrem do nosso regime político, tanto que, ao lado daqueles,
fora textualmente enumerado pelo art. 2° da Lei Federal 9.784, de 29/01/1999.
Essa mesma norma diz que a Administração Pública deve obedecer aos
princípios à cima referidos. Pelo que nela se contém tal norma, muito embora de
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natureza federal, tem verdadeiro conteúdo de normas gerais da atividade


administrativa não só da União, mas também Estados e Municípios.

2.1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

A Administração Pública é regida por vários princípios emanados da


Constituição e das diversas leis relativas à sua organização.

São princípios constitucionais aplicáveis obrigatoriamente às


administrações direta e indireta de todas as esferas de Governo: legalidade,
moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

De acordo com o artigo 6º, do Decreto-lei nº. 200/67, planejamento,


coordenação, descentralização, delegação de competência e controle são os
princípios básicos que devem nortear a atividade operacional na Administração
Pública.

Consoante Albuquerque (2002), a função de planejar como um processo


racional para definir objetivos e meios de atingi-los, ou seja, a formulação
sistemática de um conjunto de decisões, devidamente integrado, que expressa
os propósitos e condiciona os meios para alcançá-los.

Planejar é, logicamente, o requisito primário mais elementar da


administração e consiste na ordenação sistemática da conduta para a
consecução de determinados propósitos. Se não houver um mínimo razoável de
deliberação que as oriente, as ações não merecem o qualitativo de
administrativas. O processo de programar é parte necessária da função
administrativa, segundo Albuquerque (2002).

A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o


desenvolvimento econômico e social do País, do Estado ou do Município e a
segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas gerais, setoriais
e regionais de duração plurianual elaborados através de órgãos de planejamento
sob a orientação e a coordenação dos Chefes de Estado.

De acordo com o artigo 165, da Constituição Federal, o Planejamento


Governamental é retratado financeiramente em três instrumentos básicos: as
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Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Plano Plurianual (PPP) e o Orçamento


Anual (LOA).

As atividades da administração pública e especialmente a execução dos


planos de programas serão objeto de permanente coordenação e será exercida
em todos os níveis da administração mediante a atualização dos responsáveis
diretos pelas tarefas através de realização sistemática de reuniões com os
demais responsáveis envolvidos e a instituição e funcionamento de comissões
de coordenação em cada nível administrativo, de acordo com os artigos 8º. e
9º., do Decreto-lei nº. 200/67.

A descentralização pressupõe a existência de agentes públicos investidos


de poderes necessários para exercitar a atividade pública e será posta em
prática em três planos principais seja na área federal, estadual ou municipal:
dentro dos quadros da Administração Federal, Estadual ou Municipal; da
Administração Federal, Estadual ou Municipal para as respectivas unidades,
quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; e da
Administração Federal, Estadual ou Municipal para a esfera privada, mediante
contratos e concessões.

É facultado às autoridades da administração pública delegar competência


para a prática de atos administrativos, conforme o previsto em regulamentos. O
ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante e a autoridade
delegada e as atribuições objeto da delegação.

A delegação de competência é considerada por Castro (2002) como uma


técnica de descongestionamento e será utilizada com o objetivo de assegurar
maior rapidez e objetividade às decisões, situando os agentes públicos próximos
dos fatos, pessoas ou problemas.

O controle das atividades administrativas é um dos meios pelos quais se


exercita o poder hierárquico, isto é, os órgãos superiores controlam os inferiores
fiscalizando o cumprimento das normas e regras que regem cada sistema. Deve
ser exercido em todos os níveis e em todos os órgãos.

Os documentos relativos à escrituração dos atos de receita e da despesa


ficarão arquivados no órgão de contabilidade analítica e a disposição das
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autoridades responsáveis pelo acompanhamento administrativo e fiscalização


financeira e dos agentes incumbidos do controle externo, de competência do
Poder Legislativo e dos Tribunais de Contas.

Diante do exposto, observa-se a importância do sistema de planejamento,


da programação e do controle orçamentário-financeiro, por tratar-se de sistema
de formulação de programas de governo, a sua execução e controle. Ao sistema
compete também a tarefa de avaliar a execução dos planos e realizar os ajustes
necessários.

O Orçamento compatibiliza as metas com os recursos financeiros


disponíveis, exigindo-se que os programas de trabalho nele constantes sejam
quantificados em termos físicos e financeiros.

A mensuração em termos físicos e financeiros é, sobretudo, indispensável


para permitir a elaboração de um esquema lógico e prático de acompanhamento
da execução dos programas e de avaliação dos resultados através do exercício
dos controles interno e externo.

A relação existente entre os princípios gerais da administração pública


previstos no artigo 37 da Constituição Federal e as decisões administrativas ela
é absoluta. Toda e qualquer decisão tomada no âmbito da administração pública
deve seguir os princípios constantes no artigo 37. Como já foram explanados
apenas relembramos os 5 princípios: Legalidade, Impessoalidade Moralidade,
Publicidade e Eficiência.

2.2. TOMADA DE DECISÃO


A Administração Pública é tarefa nobre e requer que seus agentes
estejam envolvidos para cumprir sua missão de melhor gerir a máquina pública,
preservando o interesse público em suas ações governamentais.

Para Chiavenato (2010), as decisões que, principalmente, os


administradores tomam sobre o presente e o futuro de uma organização é que
influenciam no seu sucesso ou fracasso. Pode-se definir a decisão como sendo
um processo de escolha e análise entre as mais variadas alternativas disponíveis
e envolve os seguintes elementos: tomador de decisão, objetivos, preferências,
estratégia, situação e resultado.
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Conforme Ulbra (2008), as decisões e escolhas fazem parte da nossa vida


e, a cada instante, para vivermos, temos que tomar as mais diversas decisões.
Da mesma forma, nas empresas há a necessidade do gestor, constantemente,
estar tomando as mais diversas decisões para possibilitar a continuação e o
sucesso do seu negócio.

A contabilidade é quem fornece os dados e informações corretas de que


o gestor necessita para embasar suas escolhas e decisões, através de relatórios,
que também são conhecidos como demonstrações contábeis (ULBRA, 2009).

Oliveira (2009) destaca que as decisões podem ser tomadas em


condições de certeza e em condições de risco ou incerteza. As condições de
certeza ocorrem quando o profissional decisor sabe exatamente o que vai
ocorrer no futuro como decorrência da decisão tomada hoje. As condições de
risco ocorrem quando existem casualidades que podem influenciar os resultados
da decisão tomada.

Todo administrador toma decisões e as executa com os olhos fixados,


concomitantemente, no assunto imediato e no efeito dessas decisões sobre
situações futuras, isto é, sobre as repercussões para a organização. Sempre que
o administrador leva em consideração essas consequências indiretas, está
preocupando-se com a organização (SIMON,1979).

Verifica-se que a escolha entre uma ou outra alternativa faz parte do


trabalho do administrador, constantemente ele é forçado a escolher entre investir
ou manter, entre contratar ou demitir, entre produzir ou comprar, e com o gestor
público não é diferente, o sucesso ou fracasso de sua administração irá
depender das decisões que ele irá tomar.

Um instrumento bastante importante para subsidiar suas decisões é a


informação fornecida pela contabilidade. É através da análise dos relatórios e
demonstrações contábeis que o gestor poderá apurar se as receitas e despesas
estão ocorrendo conforme havia sido previsto, o quanto de sua receita corrente
líquida está comprometida com as despesas com pessoal, se houve superávit
ou déficit, dentre outras muitas possibilidades de análise.
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2.2.1 O valor da informação


Podemos observar que os computadores geram quantidades enormes de
dados e estes são importantes não apenas pela quantidade, mas principalmente
pela qualidade. Os estudiosos acreditam que a tomada de decisões baseadas
em informação são apenas tão boas quanto à informação nas quais estão
baseadas. Podemos observar que o comportamento de uma organização é
diretamente influenciado, em termos de eficácia e eficiência, pela qualidade das
decisões, as quais, por sua vez, são afetadas pela qualidade das informações
geradas, agindo como um processo integrado e sistêmico. Esses aspectos da
interação entre as atividades dos gestores e as informações são considerados
por Mcgee e Prusak (1994, p. 180) como algo essencialmente entrelaçado e
indissolúvel ao afirmarem que:

O papel do executivo na organização é tomar decisões sobre as


atividades diárias que levem ao sucesso num futuro incerto. Essa
sempre foi uma tarefa intimamente ligada à informação. Poderíamos
dizer que o slogan do moderno administrador seria: “Se pelo menos
tivéssemos mais dados”.

Resumindo, a qualidade da tomada de decisão na gestão das organizações pode


melhorar pela melhora da qualidade da informação.

É importante destacarmos que as informações podem atender a duas


finalidades estratégicas: para conhecimento dos ambientes interno e
externo de uma organização e para atuação nesses ambientes
(MORESI, 2000).

Leciona Padoveze (2004, p. 52), que a informação deve ser tratada como
qualquer outro produto que esteja disponível para consumo. Ela deve ser
desejada, para ser necessária. Para ser necessária, deve ser útil. Cabe aos
contadores gerenciais construir essa “mercadoria” com qualidade e custos
competitivos, já que se sabe de sua utilidade e de sua necessidade para o
gerenciamento dos negócios. Padoveze considera que a necessidade da
informação é determinada pelos usuários finais dessa informação, seus
consumidores. A informação deve ser construída para atender a esses
consumidores e não para atender aos contadores. O contador gerencial deve
saber que a informação é elaborada para atender ás necessidades de outros.

Hendriksen (1997, Apud Nakagawa1993, p. 59) faz distinção entre dados e


informação. Os dados podem ser definidos como mensuração ou descrições de
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objetos ou eventos. Se estes dados já são conhecidos ou não interessam à pessoa


a quem são comunicados, não podem ser definidos como informação.

A informação pode ser definida como dado (ou conjunto de dados) que
provoca o efeito surpresa na pessoa que a recebe. Além disso, ela deve reduzir a
incerteza, comunicar mensagem, ter valor superior a seu custo e potencialmente,
deve evocar resposta do tomador de decisão.

Mock (1976, Apud Nakagawa 1993, p. 59-60), afirma que:

Por sua vez, ao estudar os critérios de mensuração e de informação


contábil faz a seguinte distinção: Muitas vezes a informação è tida
como um subconjunto de dados úteis na solução de problemas ou
tomada de decisão. Em sentido geral o dado deriva do verbo latino
„dare‟ (dar) significando fatos dados a conhecer e, aparentemente, de
poucos interesses às necessidades de decisão. Contrastando com
isso, a informação está relacionada com o verbo latino „informare‟ (dar
estrutura à). A informação é considerada como dados que foram
selecionados e organizados, tomando-se relevantes para alguma
questão.
Nakagawa (1993, p. 61) considera que o corpo gerencial assume o desfio de
solucionar problemas de uma empresa e toma decisões fazendo a escolha entre
soluções alternativas. Esse processo pode ser caracterizado como preferencial, que
se supõe baseada em adequado sistema de informação. Antes, a informação era
obtida através de fontes diversas, e os gerentes processavam essa informação com
base em habilidades pessoais.

Não raro os gestores em nível gerencial solicitavam informações sem o


conhecimento adequado do impacto que suas decisões poderiam causar em
determinada área da empresa.

A tomada de decisão da administração se tornou dependente da


informação, e o computador e suas tecnologias – que fazem com que as
aquisições de informações se tornem rotineiras – têm aumentado muito a
quantidade e a sofisticação delas.

A simples quantidade de informação não promove melhores tomadas de


decisão nas organizações. Em vez disso, a força das tecnologias de aquisição
de informações se encontra na habilidade de aprimorar significativamente a
qualidade da informação; e isso sim tem um impacto direto no sucesso gerencial.

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