Вы находитесь на странице: 1из 35

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (CCS)


DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

Jéssica Francisca Soares Ribeiro

LEVANTAMENTO DO CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES


ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE IGARASSU-PE

Recife-PE
2019
JÉSSICA FRANCISCA SOARES RIBEIRO

LEVANTAMENTO DO CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES


ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE IGARASSU-PE

Monografia apresentada ao Curso de


Graduação em Nutrição da Universidade
Federal de Pernambuco, como requisito de grau
de Nutricionista.
Orientador: Prof. Dr. Juliana Maria Carrazzone
Borba

Recife-PE
2019
Dedico este trabalho minha mãe
Carmem Valéria, que tanto me
apoiou nessa jornada da graduação
e me fez chegar até aqui.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço aos meus familiares, pelo amor, incentivo,


força е apoio incondicional, principalmente minha mãe Carmem Valéria. Ao
meu padrasto Ailton por nunca ter deixado faltar apoio financeiro para continuar
na graduação e a minha irmã Cecília que apesar de me aperriar eu amo muito.

Aos meus amigos Karen, Sabrina, Leonardo e Mayara por terem me


aguentado reclamar da faculdade, dos ônibus e do trânsito todos esses anos, e
apesar disso me apoiarem a continuar.

A minha vó Maria de Fátima, minhas tias Vânia e Tatiana e ao meu


primo Igo, que apesar de estarem longe participaram da minha formação e eu
os agradeço eternamente.

Aos meus colegas que a universidade me proporcionou Renata, Vic,


Felipe e Arthur. Além de July e Jessica Gomes que aguentaram todos os dias
comigo mais de 3 horas no trânsito da BR 101, no ônibus Igarassu –
Macaxeira.

A minha querida orientadora, Juliana Carrazzone, pela paciência, apoio,


atenção e confiança.
E a Lyvia Vasconcelos, enfermeira da USF-Bonfim I, minha conterrânea
que me ajudou e apoiou na execução desse trabalho.
RESUMO

Durante a gestação, há um aumento das demandas nutricionais e metabólicas


que visam proporcionar um ambiente favorável para o crescimento fetal. É
comum que gestantes não consigam adequar sua alimentação a fim de atender
a demanda energética, de macronutrientes e micronutrientes. Uma alimentação
inadequada durante a gravidez, afeta diretamente não só a gestante como o
crescimento e o peso ao nascer do recém-nascido. O objetivo do presente
estudo foi avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional das gestantes
acompanhadas na Unidade de Saúde da Família Bonfim I (USF-BI). Portanto,
realizou-se um estudo transversal e descritivo com as gestantes atendidas pela
USF-BI, entre os meses de maio e junho de 2019. Por meio do questionário de
frequência alimentar investigou-se a adequação do consumo alimentar. Foram
coletadas também medidas antropométricas (altura, peso pré-gestacional e
peso atual) a fim de avaliar o estado nutricional. Das 14 gestantes avaliadas,
64,3% apresentaram excesso de peso no inicio da gestação (50% com
sobrepeso e 14,3% com obesidade). Ao avaliar o índice de massa corporal
(IMC) gestacional, observou-se que das 14 gestantes 35,7% permaneceu com
sobrepeso, 25,4% foram classificadas como obesas, 35,7% com peso
adequado e 7,1% com baixo peso. Quanto ao ganho de peso 57,1%
apresentaram ganho de peso superior ao recomendado pelo Institute of
Medicine. No que se refere ao consumo alimentar, mais da metade das
gestantes apresentou consumo de energia, carboidrato, lipídio e proteína acima
do recomendado. Para ingestão de fibra ficou demonstrado que metade das
gestantes (50%) consumia abaixo da adequação recomendada (< 90%). Esse
trabalho confirma a importância do acompanhamento pré-natal por um
nutricionista, a fim de conscientizar e monitorar as gestantes quanto a
alimentação e ao ganho de peso gestacional, como forma de minimizar
possíveis complicações para a gestante e para o feto.

Palavras chave: Gravidez, cuidado pré-natal, alimentação, ganho de peso.


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8
2 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................... 9
2.1 A Gestação........................................................................................... 9
2.2 Consumo Alimentar das Gestantes ................................................. 10
2.3 Ganho De Peso E Estado Nutricional Na Gestação ...................... 11
2.3 Avaliação do Consumo Alimentar em Populações ........................ 12
3 OBJETIVO................................................................................................. 14
3.1 Objetivo geral .................................................................................... 14
3.2 Objetivos específicos ....................................................................... 14
4 METODOLOGIA ........................................................................................ 15
5 RESULTADOS .......................................................................................... 18
6 DISCUSSÃO ............................................................................................ 20
7 CONCLUSÃO ............................................................................................ 23
8 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 24
APÊNDICE A ................................................................................................... 31
APÊNDICE B ................................................................................................... 28
ANEXO 1.......................................................................................................... 34
8

1 INTRODUÇÃO

Durante a gestação, há um aumento das demandas nutricionais e


metabólicas que visam proporcionar um ambiente favorável para o crescimento
fetal. Por esta razão, é comum que gestantes não consigam adequar sua
alimentação a fim de atender a demanda energética, de macronutrientes e
micronutrientes.(FAZIO et al., 2011)
Diversos estudos populacionais têm verificado, através da análise do
consumo dietético, que há uma inadequação na ingestão de nutrientes durante
a gestação, como o alto consumo de lipídios e carboidratos, e o baixo consumo
de micronutrientes como vitamina A e C, ácido fólico, ferro, cálcio e zinco
(FAZIO et al., 2011; MENDES; MOURA, 2018; MONTOVANELI, 2009). Uma
alimentação inadequada durante a gravidez, afeta diretamente não só a
gestante como o crescimento e o peso ao nascer do recém-nascido (CAMPOS
et al., 2013)
Foi observado que o índice de massa corporal (IMC) na faixa de
sobrepeso e obesidade pré-gestacional se torna um fator de risco para
hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e diabetes mellitus gestacional,
enquanto gestantes na faixa de baixo peso pré-gestacional tem o risco maior
de recém nascidos com baixo peso ao nascer (ARORA; AERI, 2019).
Além do IMC pré-gestacional, as gestantes que apresentam ganho de
peso insuficiente possuem maiores riscos de gerarem recém-nascidos com
peso inadequado, podendo comprometer o crescimento pós-natal, com maior
risco de morbimortalidade no período neonatal (ROCHA et al, 2005). Além
disso, o ganho de peso insuficiente ou excessivo está relacionado com o
aumento do risco de diabetes gestacional (DAI ZY. et al., 2016).
Tendo em vista que grande parcela da população de gestantes não
alcançam o consumo alimentar adequado, uma avaliação rotineira desse
consumo, bem como do estado nutricional da gestante faz-se necessário para
que intervenções mais específicas sejam propostas a cada indivíduo (GOMES
et al., 2019; LIMA; SAMPAIO, 2004).
9

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 A gestação e estado nutricional.

A gestação é um período onde a mulher sofre diversas alterações no seu


organismo para se adaptar ao desenvolvimento do embrião. Durante esse
período, ocorrem algumas mudanças hormonais como também modificações
na função pulmonar, renal, hepática e no débito cardíaco, e para que isso
ocorra de uma forma adequada, sem complicações, é de suma importância
uma alimentação equilibrada (MENDES; MOURA, 2018).
De acordo com Oliveira e Lima (2013), a gestação é caracterizada por um
período de desenvolvimento embrionário, em que ocorrem mudanças
anatômicas, psicológicas e fisiológicas na mãe. Em razão disso, ao longo
desse período a grávida necessita de um maior consumo de nutrientes, pois a
sua alimentação e as suas reservas nutricionais serão as fontes de
crescimento do feto durante esse período. A nutrição inadequada nesse
período pode resultar em uma concorrência do organismo da gestante com o
organismo do feto, causando desenvolvimento intrauterino inadequado e
levando ao maior risco de pré-eclâmpsia, anemia, hipovitaminose A entre
outros agravantes (ALLEN, 2013).
Apesar de ocorrer diversas modificações metabólicas, fisiológicas e
nutricionais, cada período gestacional é heterogêneo. No primeiro trimestre, o
desenvolvimento do embrião vai depender do estado nutricional pré gestacional
da mãe. O segundo e terceiro trimestre são as condições externas como a
ingestão dietética que, entre outros fatores, vai exercer forte influência sobre a
saúde do feto (BANG; LEE, 2009; FAZIO et al., 2011).
Guerra, Heyde e Mulinari (2007) afirmam que, o prognóstico da gravidez é
influenciado pela condição nutricional da gestante. Uma inadequação na
condição nutricional dessa mulher pode gerar um grande impacto sobre o
desenvolvimento do recém nascido. Estudos têm apresentado uma associação
entre a nutrição durante o desenvolvimento fetal e a manifestação de
enfermidades futuras como: maior incidência de obesidade, sobrepeso e
distúrbios metabólicos na infância e adolescência (CAMPOS et al., 2013;
NOMURA et al., 2012).
10

2.2 Consumo alimentar das gestantes

Devido a todas as alterações fisiológicas ocorridas durante a gestação, a


necessidade de energia e nutrientes, nesse período, passa a ser diferente das
necessidades de uma mulher em idade fértil, a fim de que ocorra o
desenvolvimento do embrião e redução de complicações durante a gestação.
Em razão dessas necessidades aumentadas, como parte do protocolo da
assistência pré-natal é prevista alterações na dieta. No primeiro trimestre, não
há necessidade de aumentar aporte calórico, mas a alimentação deve ser
equilibrada, pois é nesse período que ocorre a diferenciação dos órgãos fetais.
Durante o segundo trimestre, recomenda-se o aumento do consumo energético
em 340 calorias por dia, e no terceiro, 452 calorias por dia segundo o Institute
of Medicine. Uma vez que a dieta nesses trimestres está ligada com o
crescimento e desenvolvimento cerebral do feto. (IOM, 2006; HOFFMANN,
2008; JERÔNIMO et al., 2018; MENDES; MOURA, 2018).
DAI ZY. et al., (2016) mostraram que o ganho de peso insuficiente ou
excessivo no primeiro trimestre da gravidez estava associado com maior risco
de desenvolvimento de diabetes gestacional, quando comparado com o
segundo e terceiro trimestre. Nesse contexto, conhecer o padrão alimentar de
gestantes permite a correção da ingesta calórica quantitativamente e
qualitativamente, o que previne distúrbios relacionados a inadequações
alimentares (SANTANA et al., 2015).
Segundo Campos et al. (2013) a ingestão adequada de proteínas durante a
gravidez auxilia no desenvolvimento da placenta, na expansão dos tecidos
maternos, no aumento do volume sanguíneo e no desenvolvimento do feto.
Além disso, o consumo adequado de proteínas está relacionado com o peso ao
nascer adequado, independente do número de consultas de pré-natal e da
idade gestacional no parto.
Apesar da importância de uma alimentação equilibrada durante a gestação,
há trabalhos demonstrando que não é incomum que gestantes tenham padrões
alimentares desequilibrados e/ou insuficientes. Mendes e Moura (2018)
verificaram em um grupo de gestantes adolescentes o alto consumo de lipídios
e carboidratos e baixa ingestão de proteínas quando comparados às
recomendações nutricionais para a população sadia (RDA, 2006). Outro estudo
11

realizado em Fortaleza mostrou que um grupo de gestantes consumia dietas


desbalanceadas e monótonas, onde mais da metade delas recebiam menos de
90,0% das necessidades energéticas necessárias. Além disso, esse grupo
também consumia alguns micronutrientes, como ferro, cálcio, ácido fólico, zinco
e vitamina B1 em quantidades bem abaixo do recomendado. (AZEVEDO;
SAMPAIO, 2003).
Há diversos fatores que podem dificultar a adequação da dieta da gestante.
Dentre esses, destacam-se os socioeconômicos e culturais. (EISENSTEIN et
al, 2000; JUZWIAK; LOPES, 2006). GOMES et al., (2019) mostraram que
mulheres com maior nível de estudo ou com maior classificação
socioeconômica, possuíam maior adesão a uma dieta com alimentos integrais,
frutas, legumes, leite e derivados.

2.3 Ganho de peso e estado nutricional na gestação

Durante a gestação ocorre diversas alterações hormonais, o que


acarreta nas primeiras semanas de gestação sintomas como náusea e vômitos,
e isso pode interferir na alimentação e no ganho de peso da
gestante.(SANTANA et al., 2015)
O índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional e ganho de peso
gestacional são fatores independentes que são utilizados como prognóstico da
gravidez. Foi observado que o IMC na faixa de sobrepeso e obesidade pré-
gestacional se torna um fator de risco para hipertensão gestacional, pré-
eclâmpsia, diabetes mellitus gestacional, parto prolongado, cesárea e
depressão e, para o recém-nascido, maior incidência de obesidade e
sobrepeso na infância. Por outro lado, gestantes na faixa de baixo peso pré-
gestacional e com ganho de peso insuficiente até o fim da gravidez apresentam
maior probabilidade de gerarem recém-nascidos abaixo do peso (<2.500g),
podendo prejudicar o crescimento pós-natal além do maior risco de morbidade
no primeiro ano de vida (ARORA; TAMBER AERI, 2019; GUERRA; HEYDE;
MULINARI, 2007; NOMURA et al., 2012).
As diretrizes evidenciam recomendações de ganho de peso específico
semanal (kg / semana) e absoluto (kg total) baseadas no IMC pré-gravídico que
12

fornece informações com relação às reservas energéticas da mãe. Segundo o


Institute of Medicine o ganho total recomendado para mulheres com baixo peso
é 12,5 -18 kg, mulheres com peso adequado é de 11,5-16 kg, mulheres com
sobrepeso é de 7-11,5 kg, enquanto que as mulheres obesas são
recomendadas a atingir um aumento de 5-9 kg durante toda a gravidez. Apesar
das recomendações para ganho de peso baseadas no IMC pré-gravídico, há
estudos que mostram que gestantes com estado nutricional adequado no início
da gestação, apresentam excesso de peso ao final da gestação. Muitas vezes
esse excesso de ganho de peso das gestantes é decorrente do elevado
consumo energético (COELHO et al., 2015). Castro et al., (2013) mostraram
que gestantes cuja dieta apresentava alta densidade energética exibiram um
aumento ponderal superior a 1,7 kg por trimestre em comparação com aquelas
sob regime de dieta adequada.

2.3 Avaliação do consumo alimentar em populações

Nas últimas décadas, o hábito alimentar da população brasileira vem


sofrendo grandes mudanças havendo uma diminuição no consumo de
alimentos naturais e um aumento do consumo de produtos industrializados.
Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 há um
excessivo consumo de açúcar. Apesar da redução do açúcar de mesa, houve
um aumento oriundo dos alimentos processados e uma crescente participação
de ácidos graxos saturados e gorduras em geral. Observa-se ainda que
alimento como arroz, feijão e farinha de mandioca, tradicionalmente
consumidos, vem sendo substituídos por alimentos processados como pães,
biscoitos, embutidos, refrigerantes e refeições prontas.
Essa transição nutricional cria um novo cenário epidemiológico no Brasil,
marcado pela diminuição na ocorrência de desnutrição energético protéica e
uma crescente prevalência de doenças crônicas como diabetes, dislipidemia,
hipertensão e obesidade. Apesar dessa mudança, há persistência das
deficiências de ferro e vitamina A. Este cenário nutricional da população adulta
é refletido também no grupo de mulheres grávidas. Estudos relatam que a
ingestão dietética atual desse grupo é caracterizada por uma quantidade
13

insuficiente de fibra, frutas e legumes, e consumo excessivo de açúcar, gordura


saturada e trans, padrão semelhante comparado com a população geral
(FAZIO et al., 2011; SANTANA et al., 2015).
Em um estudo realizado no com gestantes no Rio de Janeiro mostrou
que, a um consumo muito frequente de alimentos de origem animal como leite
e o frango. Por outro lado destaca-se também o alto consumo de açúcar,
refrigerante, salgadinho e pão em mais de 80% das gestantes entrevistadas.
(BARROS et al, 2005)
Considerando esses dados, a avaliação desse consumo, bem como do
estado nutricional de cada gestante se faz necessário para que intervenções
mais específicas sejam propostas.
14

3 OBJETIVO

3.1 Objetivo geral

 Avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional das gestantes


acompanhadas na Unidade de Saúde da Família Bonfim I (USF-BI),
Igarassu-PE.

3.2 Objetivos específicos

 Avaliar o estado nutricional das gestantes através do IMC pré e


gestacional.
 Avaliar o ganho de peso gestacional.
 Verificar a adequação da ingestão dietética de energia, proteína,
carboidrato, gordura e fibra.
15

4 METODOLOGIA

Esta pesquisa tratou-se de um estudo transversal e descritivo, realizado


com gestantes na Unidade de Saúde da Família Bonfim I (USF-BI) no
município de Igarassu - PE, nos meses de maio e junho de 2019, com 14
gestantes. As participantes foram abordadas na sala de espera antes da
consulta do pré-natal. Foram incluídas aquelas com idade maior ou igual a 18
anos completos, que eram capazes de se comunicar verbalmente e que
aceitaram participar do estudo. Não foi critério de exclusão mães multíparas ou
com complicações gestacionais.

As informações foram coletadas em uma sala reservada, assegurando a


privacidade e conforto da gestante e da entrevistadora. Dados como altura,
peso pré-gestacional, idade e idade gestacional através da data da ultima
menstruação, foi coletado da caderneta da gestante. Quando estas
informações estavam indisponíveis, considerou-se o auto referido. Para
avaliação do estado nutricional, foi calculado o IMC gestacional a partir do peso
coletado para consulta e classificado segundo a curva da gestante estabelecida
por Atalah e Castro (1997) que é recomendada pelo Ministério da Saúde.
Também foi avaliado o IMC pré-gestacional e ganho de peso para a idade
gestacional segundo a classificação do IOM (2009)

Para obtenção do ganho ponderal foi calculada a diferença entre o peso


materno no dia da entrevista e o peso pré-gestacional. A definição do ganho de
peso gestacional semanal foi realizada segundo o IMC pré gestacional nas
gestantes que estavam no 2° e 3° trimestre, como recomenda o IOM (2009).
Gestantes que iniciaram a gestação com baixo peso é recomendado o ganho
de 0,5 kg/semana, aquelas com peso pré-gestacional adequado recomenda-se
o ganho de 0,4 kg/semana, para as com sobrepeso pré-gestacional e de 0,3
kg/semana, e para as com obesidade pré-gestacional o ganho recomendado e
de 0,2 kg/semana. O ganho de peso semanal que ficou acima do limite foi
classificado como “excessivo”, abaixo do limite foi classificado como
“insuficiente” e as gestantes que ganharam peso dentro do recomendado foram
classificadas como “adequado”
16

Para avaliação do consumo alimentar foi aplicado o questionário de


frequência alimentar (QFA) quantitativo desenvolvido por Sichieri e Everhart,
1998, no qual constam alimentos que foram modificados para adaptar a
realidade da população de Igarassu (Apêndice A). Por meio do QFA foi
possível analisar a ingestão calórica e os macronuntrientes diário. A Tabela
Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) foi utilizada para analisar a
composição química e calórica dos alimentos. Para alguns alimentos que não
estavam disponíveis na TACO foi utilizado a tabela do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Para a determinação quantitativa do consumo
alimentar referido no QFA através de medidas caseiras, foi utilizada a Tabela
de Medidas Caseiras de Pinheiro et al, (2004) que as converteu em gramas e
mililitros.

Para obtenção de uma estimativa diária do consumo alimentar, a


frequência referida de consumo do alimento já adaptado para grama ou mL, foi
convertida em um equivalente de consumo diário com seguintes fatores: 3
(mais de 3 vezes/dia); 2 (2 a 3 vezes/dia); 1 (1 vez/dia); 0,79 (5 a 6
vezes/semana); 0,43 (2 a 4 vezes/semana); 0,14 (1 vez/semana); 0,07 (1 a 3
vezes/mês) e 0 (nunca/quase nunca) (BARROS, 2005).

O consumo de energia, carboidrato, lipídios e fibras individuais das


gestantes foram comparados segundo os valores recomendados para cada
uma segundo a idade gestacional e seu estado nutricional, de acordo com as
recomendações do IOM (2006), enquanto o consumo de proteína foi
multiplicado pela recomendação diária por quilograma mais o adicional para o
trimestre gestacional da gestante, de acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS) (2007). Com isso, o grupo foi classificado em 3 categorias
conforme o nível de adequação da dieta diária: consumo menor que o
recomendado (<90%), adequado (>90% e <110%) e maior que o recomendado
(>110%). (OMS 2003)

As digitações dos dados foram realizadas concomitante a coleta, e para


os cálculos foi utilizada uma planilha eletrônica no programa Microsoft Office
Excel.
17

A pesquisa teve seu projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa


da Universidade Federal de Pernambuco, sob o número CAAE
(09839319.2.0000.5208) (Anexo 1). Todas as gestantes assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice B). O sigilo das informações
fornecidas pelas participantes seguindo a legislação atual 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde será garantido.
18

5 RESULTADOS

O estudo foi realizado com 14 gestantes, das quais 64,3% estavam na faixa
etária entre 20-34 anos, 14,3% estavam na faixa etária menor ou igual 19 anos
e 21,4% estavam na faixa etária maior ou igual 35 anos (Tabela 1). Quanto ao
trimestre gestacional, 4 (28,6%) delas estavam no 1° trimestre, outras 4
(28,6%) no 2° trimestre e 6 (42,9%) estavam no 3° trimestre da gestação.
Sete gestantes (50%) iniciaram a gestação com IMC na faixa de sobrepeso.
No decorrer da gestação uma dessas gestantes com sobrepeso alcançou o
IMC adequado, enquanto outra saiu da faixa de sobrepeso para obesidade.
(Tabela 1). Em relação ao ganho de peso para semana gestacional, 6
gestantes (42,9%) tiveram ganho de peso insuficiente e 8 gestantes (57,1%)
ganho de peso além do recomendado.

Tabela 1- Idade e estado nutricional das gestantes da USF-Bonfim I, 2019.


Variáveis N %
Idade
≤19 2 14,3
20-34 9 64,3
≥35 3 21,4
Idade Gestacional (semanas)
≤13 4 28,6
14-27 4 28,6
≥28 6 42,9
IMC pré-gestacional (kg/m2) *
< 18,5 1 7,1
18,5-24,9 4 28,6
25,0-29,9 7 50,0
≥ 30,0 2 14,3
IMC gestacional **
Baixo peso 1 7,1
Adequado 5 35,7
Sobrepeso 5 35,7
Obesidade 3 21,4
Ganho ponderal gestacional***
Insuficiente 6 42,9
Adequado 0 0,0
Excessivo 8 57,1
Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: IMC: índice de massa corporal; IOM: Institute of Medicine
* IMC classificado segundo a : Institute of Medicine.
** IMC classificado segundo Atalah e Castro.
*** O ganho de peso estimado foi calculado segundo as recomendações IOM para
cada IMC pré-gestacional
19

A maioria das gestantes apresentava o consumo excessivo de calorias,


carboidratos, proteínas e lipídios segundo as recomendações. No entanto, 50%
das gestantes possuíam o consumo de fibras abaixo do recomendado (Tabela
2).

Tabela 2- Adequação do consumo alimentar segundo as recomendações para as


gestantes da USB-Bonfim I, 2019.
Variáveis N %
Energia
Abaixo do recomendado 4 28,6
Adequado 1 7,1
Acima do recomendado 9 64,3
Carboidrato
Abaixo do recomendado 5 35,7
Adequado 1 7,1
Acima do recomendado 8 57,1
Proteína*
Abaixo do recomendado 1 7,1
Adequado 2 14,3
Acima do recomendado 11 78,6
Lipídio
Abaixo do recomendado 5 35,7
Adequado 0 0,0
Acima do recomendado 9 64,3
Fibra
Abaixo do recomendado 7 50,0
Adequado 4 28,6
Acima do recomendado 3 21,4
Fonte: Dados da pesquisa

O consumo médio de energia, macronutrientes e fibra está representado


na Tabela 3. A ingestão energética diária foi de 2465,3 ± 786,6 Kcal, estando
acima da média recomendada para o grupo de acordo do IOM (2006). Essas
gestantes também estavam consumindo excesso de carboidrato (314,5 g ±
115,6), de lipídios (81,4g ± 35,5) e de proteína (114,8g ± 26,1). Quanto à fibra
os dados mostram uma baixa ingestão (24,6g ± 6,9).
20

Tabela 3- Consumo médio de energia, carboidrato, proteína, lipídio e fibra das


gestantes da USF-Bonfim I, 2019.
Recomendação ± DP
Variáveis Média ± DP (IOM/OMS) Adequação %
Energia (kcal) 2465,3 ± 786,6 2025,6 ± 157,3 121,7
Carboidrato (g) 314,5 ± 115,6 278,5 ± 21,6 112,9
Proteína (g)* 114,8 ± 26,1 83,2 ± 15,5 137,9
Lipídio (g) 81,4 ± 35,5 64,3 ± 11,6 126,6
Fibra (g) 24,6 ± 6,9 28,0 ± 0 87,8
Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: DP: Desvio Padrão
IOM, Institute of Medicine (2006).
OMS: Organização Mundial da Saúde
*A recomendação proteica foi calculada considerando as recomendações da OMS,
(2007).

6 DISCUSSÃO

A partir dos dados coletados, foi possível identificar que 50% das gestantes
entrevistadas iniciou a gestação com IMC pré-gestacional na faixa de
sobrepeso, dado que se aproxima da média (51,2%) reportada pela Vigitel
(2018) para população brasileira feminina com excesso de peso. Resultado
similar foi encontrado também na POF 2008-2009, onde 48% da população
brasileira feminina encontrava-se com excesso de peso. Retifica-se que esses
dados são referentes à população feminina em geral, onde mulheres em fase
não reprodutiva, como idosas estão incluídas.
Durante a gestação pode-se observar uma mudança no quadro nutricional
de duas das gestantes com sobrepeso. Enquanto uma passou a apresentar o
IMC adequado, outra entrou para faixa de obesidade. A obesidade durante a
gestação é preocupante tendo em vista ser fator de risco para hipertensão
gestacional, pré-eclâmpsia, diabetes mellitus gestacional, parto prolongado e
cesárea (ARORA; AERI, 2019; MANTAKAS; FARRELL, 2010). Um estudo
realizado em Minas Gerais destacou que 34% das gestantes se encontravam
com sobrepeso e 35% com obesidade no início da gestação, e ao final do
período gestacional algumas gestantes com sobrepeso migraram para faixa de
obesidade. (NOGUEIRA et al., 2011). Este fato também pode ser observado
pelos autores Nomura et al. (2012), que mostraram numa população de 374
21

gestantes, 17,3% eram obesas de acordo com IMC pré-gestacional, e no final


da gestação o número de gestantes obesas aumentou cerca de 10% (27,7%).
Em relação ao ganho de peso, 57% das gestantes tiveram o ganho de
peso excessivo para a semana gestacional, segundo as recomendações da
IOM (2009). Esse resultado se assemelha ao estudo de Oliveira, Tavares e
Bezerra (2017), onde 66,2% das gestantes tiveram um ganho de peso
excessivo durante toda a gestação. Além disso, esse trabalho mostrou que o
ganho de peso excessivo pôde se dar pela insegurança alimentar, que
contribuiu para o consumo de uma dieta desequilibrada levando ao
comprometimento do estado nutricional (excesso de peso). Outro estudo
realizado por Oliveira, Barros e Ferreira (2015), também demostrou resultados
semelhantes, onde 66,1% das gestantes alcançaram ganho de peso excessivo
ao final da gestação. Esses trabalhos chamam a atenção para o fato de que,
havendo ganho de peso excessivo durante a gestação, o risco de
complicações metabólicas aumenta, e consequentemente pode ocorrer
comprometimento da saúde da mãe e do feto.
Por outro lado, cerca de 43% das gestantes tiveram um ganho de peso
insuficiente para semana gestacional. Isso pode ter ocorrido como
consequência da inapetência decorrente de alterações hormonais
responsáveis por sintomas como náusea e vômitos (SANTANA et al., 2015).
Dados encontrados na revisão de Arora e Aeri (2019) mostram que o ganho de
peso insuficiente durante a gestação aumenta incidência de recém-nascidos
pré-termo e com baixo peso ao nascer.
O resultado do QFA mostrou que mais da metade das gestantes possuía a
adequação do consumo acima de 110% do recomendado de energia,
carboidrato, lipídio e proteína. Em um estudo realizado em Curitiba, 44% das
gestantes analisadas possuía a adequação do consumo de energia acima de
110% do recomendado. Quanto ao consumo de proteína, 63% das gestantes
consumiam acima de 110% do recomendado (GUERRA; HEYDE; MULINARI,
2007). Outro estudo realizado no Rio de Janeiro mostrou que a adequação de
energia, proteína, carboidrato e ácidos graxos saturados estava acima de
110% do recomendado (LACERDA et al., 2007). Segundo Santana (2013), a
ingestão energética e lipídica acima do recomendado tem uma associação
positiva com o ganho de peso semanal. Fato esse que pode justificar o ganho
22

de peso excessivo observado em mais da metade das gestantes no presente


estudo.
No que se refere a ingestão de fibra, metade das gestantes (50%)
consumiam abaixo do recomendado (28g) pela IOM (2006), com uma média de
consumo de 24,6g ± 6,9. No artigo de Gomes et al., (2015), 48,8% das
gestantes não consumiam frutas todos os dias e 55,1% negaram consumir
verduras e legumes diariamente. A baixa ingestão desses alimentos resulta
consequentemente na redução do consumo de fibras. A ingestão de fibra
durante a gravidez favorece a regulação do funcionamento intestinal reduzindo
o risco de obstipação, muito comum nesse período (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2012).
Quando observamos apenas a média energética consumida pelas
gestantes (2465,3 ± 786,6 kcal), pudemos verificar que ela se encontra acima
da média recomendada (2025,6 ± 157,3 kcal) para o grupo estudado. Este
resultado é semelhante ao estudo de Azevedo e Sampaio (2003) onde eles
mostraram um consumo médio de 2347,0 kcal/dia durante a gestação.
O consumo médio de proteína (114,8 ± 26,1 g) e lipídio (81,4 ± 35,5 g)
também encontrava-se acima do recomendado, semelhante aos dados
encontrados por Lacerda et al. (2007), onde as gestantes consumiam uma
média de 100g de proteínas e 71 g de lipídios por dia. Em outro estudo
realizado no Rio de Janeiro, resultados similares foram encontrados com
gestantes no terceiro trimestre consumindo cerca de 118,1 g/dia de proteínas e
98,6 g/dia de lipídios (CASTRO; TRINDADE; KAC, 2013).
A quantidade média consumida de carboidratos pelas gestantes foi de
314,5 ± 115,6 g, estando apenas 2,9% acima do recomendado. Jerônimo et al.,
(2018) mostraram um consumo similar de 368,81 g de carboidrato por dia em
gestantes no terceiro trimestre de gravidez. Portanto, o aumento do consumo
médio energético observado no presente estudo é provavelmente decorrente
do excesso de consumo de proteína e gordura.
23

7 CONCLUSÃO

Partindo dos dados relatados no presente estudo, pode-se concluir que:


 As gestantes atendidas pela USF- Bonfim I no período avaliado
apresentaram um hábito alimentar rico em energia, carboidratos,
lipídios e proteínas, e uma baixa ingestão de fibras de acordo com a
adequação.
 As medidas antropométricas revelaram maior percentual de
gestantes com excesso de peso segundo o IMC pré-gestacional e
gestacional
 O ganho de peso excedeu o recomendo em mais da metade das
gestantes.

Isso demostra a importância de um profissional de nutrição durante o


acompanhamento pré-natal, com objetivo conscientizar sobre a importância do
ganho de peso durante a gravidez e fornecer orientações nutricionais a fim de
garantir saúde para mãe e o bebê.
24

8 REFERÊNCIAS

ALLEN L. H. Pregnancy: Nutrient Requeriments. In: Caballero B, editor.


Encyclopedia of Human Nutrition 3 ed. Amsterdam: Elsevier; 2013. p. 61-67.

ARORA, P.; AERI, B. T. Gestational Weight Gain among Healthy Pregnant


Women from Asia in Comparison with Institute of Medicine (IOM) Guidelines-
2009: A Systematic Review. Journal of Pregnancy, v. 2019, p. 1–10, 2019.

ATALAH, E. et al. Proposal of a new standard for the nutritional assessment of


pregnant women. Revista medica de Chile, v. 125, n. 12, p. 1429-1436, 1997.

AZEVEDO, D. V.; SAMPAIO, H. A. DE C. Consumo alimentar de gestantes


adolescentes atendidas em serviço de assistência pré-natal. Revista de
Nutricao, v. 16, n. 3, p. 273–280, 2003.

BANG, S. W.; LEE, S. S. The factors affecting pregnancy outcomes in the


second trimester pregnant women. Nutrition Research and Practice, v. 3, n.
2, p. 134, 2009.

BARROS, D. C. DE et al. O consumo alimentar de gestantes adolescentes no


Município do Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, p. 121–129,
2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília:


Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica, v. 32, p 81-88, 2012.

BRASIL, Vigitel. vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas


por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição
sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas
capitais dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal em 2017. Brasília:
Ministério da Saúde, v. 160, 2018.

CAMPOS, A. B. F. et al. Ingestão de energia e de nutrientes e baixo peso ao


nascer: Estudo de coorte com gestantes adolescentes. Revista de Nutricao, v.
26, n. 5, p. 551–561, 2013.

CASTRO, P. DA S.; TRINDADE, M. B. DE C.; KAC, G. Aderência às


recomendações dietéticas do Institute of Medicine (Estados Unidos) e o seu
efeito no peso durante a gestação. Cadernos de Saúde Pública, v. 29, n. 7, p.
1311–1321, 2013.

COELHO, N. DE L. P. et al. Dietary patterns in pregnancy and birth weight.


Revista de Saude Publica, v. 49, 2015.
25

DAI, Z. Y. et al. Association between gestational weight gain per trimester/total


gestational weight gain and gestational diabetes mellitus. Zhonghua liu xing
bing xue za zhi= Zhonghua liuxingbingxue zazhi, v. 37, n. 10, p. 1336-1340,

EISENSTEIN, E. et al. Nutrição na adolescência. Jornal de pediatria, v. 76, n.


3, p. 263-274, 2000.

FAZIO, E. DE S. et al. Consumo dietético de gestantes e ganho ponderal


materno após aconselhamento nutricional. Revista Brasileira de Ginecologia
e Obstetrícia, v. 33, n. 2, p. 87–92, 2011.

FAO/WHO/UNU. Energy and protein requirements. WHO Technical series. v.


936, p. 1–265, 2007.

GOMES, C. B. et al. Adherence to dietary patterns during pregnancy and


association with maternal characteristics in pregnant Brazilian women.
Nutrition, v. 62, p. 85–92, 2019.

GOMES, C. DE B. et al. Práticas alimentares de gestantes e mulheres não


grávidas: há diferenças? Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia, v.
37, n. 7, p. 325–332, 2015.

GUERRA, A. F. F. DA S.; HEYDE, M. E. D. VON DER; MULINARI, R. A.


Impacto do estado nutricional no peso ao nascer de recém-nascidos de
gestantes adolescentes. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v.
29, n. 3, p. 126–133, 2007.

HOFFMANN, J. F. Padrões Alimentares na Gestação e Associação com


Características Sócio-demográficas em Mulheres Atendidas em Unidades
Básicas de Saúde no Sul do Brasil. Dissertação (Mestrado em
Epidemiologia). Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul, Faculdade de
Medicina. Porto Alegre, 2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de


Orçamentos Familiares 2008-2009. Avaliação Nutricional da
disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil. Rio de Janeiro, 2010.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de


Orçamentos Familiares 2008-2009. Tabelas de Composição Nutricional
dos Alimentos Consumidos no Brasil. Rio de Janeiro, 2011.
26

INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes; the essential guide to


nutriente requirements. National Academy Press. Washington DC. 2006

INSTITUTE OF MEDICINE. Weight gain during pregnancy: reexamining the


guidelines. National Academy Press. Washington DC. 2009

JERÔNIMO, A. L. et al. Perfil Epidemiológico e Nutricional de Gestantes no


Terceiro Trimestre de Gravidez. Revista UNIABEU, v. 11, n. 2179–5037, p.
271–282, 2018.

JUZWIAK, C. R.; LOPEZ, F. A. Programação metabólica: a influência da


nutrição intra-uterina na saúde da vida adulta. Nutr Saúde Perform, v. 30, p.
22-7, 2006.

LACERDA, E. M. DE A. et al. Consumo alimentar na gestaçã e no pós-parto


segundo cor da pele no município do Rio de Janeiro. Revista de Saude
Publica, v. 41, n. 6, p. 985–994, 2007.

LIMA, G. de. S. P; SAMPAIO, H. A. de. C. Influência de fatores obstétricos,


socioeconômicos e nutricionais da gestante sobre o peso do recém-
nascido&58; estudo realizado em uma maternidade em Teresina, Piauí.
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 4, n. 3, p. 253-261, 2004.

MANTAKAS, A.; FARRELL, T. The influence of increasing BMI in nulliparous


women on pregnancy outcome. European Journal of Obstetrics and
Gynecology and Reproductive Biology, v. 153, n. 1, p. 43–46, 2010.

MENDES, B. C.; MOURA, P. C. Avaliação do estado nutricional e do consumo


alimentar de gestantes adolescentes de um hospital em Curvelo - MG. Revista
Brasileira de Ciências da Vida, v. 6, n. 3, p. 1–25, 2018.

MONTOVANELI, L.; AULER, F. Consumo Alimentar De Gestantes


Adolescentes Cadastradas Na Unidade Básica De Saúde De Mandaguaçu-Pr.
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 3, p. 349–355, 2009.

NOGUEIRA, A. I. et al. Diabetes Gestacional: perfil e evolução de um grupo de


pacientes do Hospital das Clínicas da UFMG. Rev Med Minas Gerais, v. 21, n.
1, p. 32–41, 2011.

NOMURA, R. M. Y. et al. Influência do estado nutricional materno ganho de


peso e consumo energético sobre o crescimento fetal, em gestações de alto
risco. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 34, n. 3, p. 107–112, 2012.
27

OLIVEIRA, A. C. M. DE; BARROS, A. M. R. DE; FERREIRA, R. C. Fatores de


associados à anemia em gestantes da rede pública de saúde de uma capital do
Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 37, n.
11, p. 505–511, 2015.

OLIVEIRA, A. C. M. DE; TAVARES, M. C. M.; BEZERRA, A. R. Insegurança


alimentar em gestantes da rede pública de saúde de uma capital do nordeste
brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 2, p. 519–526, 2017.

OLIVEIRA, C. V. A., & Lima, G. D. S. P. Consumo Alimentar De Gestantes


Adolescentes Assistidas no Instituto de Perinatologia Social do PiauÍ.
2013.

PINHEIRO, A..B.V.,et al. Tabela para avaliação de consumo alimentar em


medidas caseiras. 5ª ed. São Paulo: Atheneu, 2004

ROCHA, D. da S. et al. Estado nutricional e anemia ferropriva em gestantes;


relação com o peso da criança ao nascer. Revista de Nutrição, v. 18, n. 4, p.
481-489, 2005.

SANTANA, A, C. Consumo alimentar na gestação e ganho ponderal: um


estudo de corte de gestantes da zona oeste do município de São Paulo.
Dissertação. (Mestrado em Nutrição). Universidade de São Paulo, Faculdade
de Saúde Pública. São Paulo, 2013

SANTANA, J. DA M. et al. Patrones de consumo de alimentos durante el


embarazo: un estudio longitudinal en una región del noreste de Brasil.
Nutrición Hospitalaria, v. 32, n. 1, p. 130–138, 2015.

SICHIERI, R.; EVERHART, J. E. Validity of a Brazilian food frequency


questionnaire against dietary recalls and estimated energy intake. Nutrition
Research, v. 18, n. 10, p. 1649-1659, 1998.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Tabela brasileira de composição de


alimentos-TACO. 4ª ed. Campinas, SP: NEPA- UNICAMP, 2011.

WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Diet, nutrition and the prevention of chronic
disease. Geneva: WHO. 2003.
28

APÊNDICE A

Questionário de frequência alimentar

Frequência
Porção
PRODUTOS consumida 1 vez 2 ou mais 5a6 2a4 1 vez 1a3
(n°/descrição) por vezes por vezes por vezes por por vezes R/N
dia dia semana semana semana por mês

LEITE E DERIVADOS
Leite desnatado ou
semi-desnatado
Leite integral
Iogurte
Queijo branco
(coalho/minas)
Queijo amarelo
(prato/mussarela)
Requeijão
CARNES E OVOS
Ovo frito
Ovo cozido
Carne de boi (charque)
Carne de boi
Carne de porco
Frango (peito)
Frango (sobrecoxa/
coxa)
Peixe (cozido)
Peixe (frito)
Peixe enlatado
(sardinha/atum)
Embutidos(presunto/
fiambre/mortadela)
Embutidos(salsicha/
linguiça)
Carne em conserva
29

Vísceras
(fígado/rim/coração)
ÓLEOS
Azeite
Molho pra salada
Bacon e toucinho
Manteiga
Margarina
Maionese
PETISCOS E ENLATADOS
Batata frita
Salgadinho (cheetos)
Salgados (pizza/pastel/
sanduíches)
Enlatados (milho/
ervilha/azeitona)
CEREAIS E LEGUMINOSAS
Arroz integral
Arroz branco
Pão integral
Pão francês/forma
Biscoito salgado
Biscoito doce
Bolos
Macarrão
Feijão
Cuscuz
Farinha
HORTALIÇAS E FRUTAS
Folha crua
-
-
Folha refogada/cozida
-
-
Hortaliça crua
-
-
Hortaliça cozida
-
-
Tubérculos(cará/
macaxeira/batata
doce/inhame)
Frutas
-
-
30

Sobremesas e doces
Sorvete
Torta
Doces/balas
Chocolates/
achocolatado/ bombons
BEBIDAS
Café c/ açúcar
Café s/ açúcar
Suco natural c/ açúcar

Suco natural s/ açúcar

Suco artificial c/ açúcar

Suco artificial s/ açúcar

Refrigerante
PRODUTOS DIET E LIGHT
Refrigerante
Iogurte
Margarina
Requeijão
Adoçante
31

APÊNDICE B
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (CCS)
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(PARA MAIORES DE 18 ANOS OU EMANCIPADOS)

Convidamos o (a) Sr. (a) para participar como voluntário (a) da pesquisa
“LEVANTAMENTO DO CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES
ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO
DE IGARASSU-PE”, que está sob a responsabilidade do (a) pesquisador (a)
Juliana Maria Carrazzone Borba, Endereço: Avenida Visconde de
Jequitinhonha, Boa Viagem, 2902/1203 Recife - Pernambuco 51130-020 –
Telefone : (81) 9633-1323, e-mail: jucarrazzone@gmail.com, também
participará da pesquisa a pesquisadora Jéssica Francisca Soares Ribeiro,
Telefone: (81) 2126 8470, e-mail:. jesyribero@gmail.com.
Todas as suas dúvidas podem ser esclarecidas com o responsável por
esta pesquisa. Apenas quando todos os esclarecimentos forem dados e você
concorde com a realização do estudo, pedimos que rubrique as folhas e assine
ao final deste documento, que está em duas vias. Uma via lhe será entregue e
a outra ficará com o pesquisador responsável.
Você estará livre para decidir participar ou recusar-se. Caso não aceite
participar, não haverá nenhum problema, desistir é um direito seu, bem como
será possível retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa, também
sem nenhuma penalidade.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

A referida pesquisa tem como objetivo avaliar o consumo alimentar das


gestantes acompanhadas pela Unidade de Saúde da Família Bonfim I (USF-
BI).
A pesquisa será conduzida através de um questionário de frequência
alimentar que perguntará sobre o consumo alimentar habitual da participante e
aferição de medidas antropométricas como: peso e altura, tendo como objetivo
verificar a adequação da ingestão dietética de energia, proteína, carboidrato e
gordura, e avaliar a qualidade dos alimentos mais consumidos.
Riscos diretos para voluntario: Os riscos indicados referem-se aos possíveis
constrangimentos causados aos participantes da pesquisa ao responder o
questionário. Para minimizá-los propõe-se a realização das entrevistas de
forma reservada e individual.
Benefícios diretos e indiretos para os voluntários: A elaboração desta
pesquisa além da contribuição cientifica para uma maior compreensão sobre o
tema proposto, os resultados obtidos poderão colaborar para o
32

desenvolvimento de atividades educacionais sobre nutrição com grupos de


gestantes atendidas pela USF-BI.
Todas as informações desta pesquisa serão confidenciais e serão
divulgadas apenas em eventos ou publicações científicas, não havendo
identificação dos voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo,
sendo assegurado o sigilo sobre a sua participação. Os dados coletados nesta
pesquisa (questionário de frequência alimentar), ficarão armazenados em
pastas de arquivos, e posteriormente tabulados no computador de propriedade
do pesquisador, sob a responsabilidade do mesmo no endereço acima
informado, pelo período de mínimo 5 anos.
Nada lhe será pago e nem será cobrado para participar desta pesquisa,
pois a aceitação é voluntária, mas fica também garantida a indenização em
casos de danos, comprovadamente decorrentes da participação na pesquisa,
conforme decisão judicial ou extra-judicial. Se houver necessidade, as
despesas para a sua participação serão assumidas pelos pesquisadores
(ressarcimento de transporte e alimentação).
Em caso de dúvidas relacionadas aos aspectos éticos deste estudo,
você poderá consultar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres
Humanos da UFPE no endereço: (Avenida da Engenharia s/n – 1º Andar,
sala 4 - Cidade Universitária, Recife-PE, CEP: 50740-600, Tel.: (81)
2126.8588 – e-mail: cepccs@ufpe.br).

___________________________________________________
(assinatura do pesquisador)

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO VOLUNTÁRIO


(A)
Eu, _____________________________________, CPF _________________,
abaixo assinado, após a leitura (ou a escuta da leitura) deste documento e de
ter tido a oportunidade de conversar e ter esclarecido as minhas dúvidas com o
pesquisador responsável, concordo em participar do estudo LEVANTAMENTO
DO CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES ATENDIDAS EM UMA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE IGARASSU-PE, como
voluntário (a). Fui devidamente informado (a) e esclarecido (a) pelo(a)
pesquisador (a) sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-
me garantido que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem
que isto leve a qualquer penalidade.

Local e data __________________


Assinatura do participante: __________________________
33

Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a


pesquisa e o aceite do voluntário em participar. (02 testemunhas não
ligadas à equipe de pesquisadores):

Nome: Nome:

Assinatura: Assinatura:
34

ANEXO 1
APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA
35

Вам также может понравиться