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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Constituição: Direitos Fundamentais���������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Titulares e Destinatários dos Direitos e Garantias Fundamentais�������������������������������������������������������������������������2
Cláusulas Pétreas e os Direitos Fundamentais����������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Direitos x Garantias������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Tribunal Penal Internacional – TPI����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Força Normativa dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos�������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Constituição: Direitos Fundamentais


Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
Titulares e Destinatários dos Direitos e Garantias Fundamentais
Os direitos fundamentais surgiram tendo como titulares os seres humanos, tanto é que a CF no
caput do Art. 5º estabelece como titulares e destinatários dos direitos fundamentais os brasileiros e
estrangeiros residentes no país.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
rança e à propriedade, nos termos seguintes: (…)

Contudo, de acordo com a orientação do STF, esses direitos também devem ser estendidos aos
estrangeiros de passagem, aos turistas que estão no Brasil.
As Constituições mais modernas, como a brasileira, também consagram direitos fundamentais
às pessoas jurídicas, tanto de direito privado quanto de direito público, ou seja, o Estado – entes
estatais, também são titulares e destinatários de direitos fundamentais. Evidentemente que só
poderão exercer aqueles direitos que são compatíveis com a personalidade jurídica desses entes.
Assim, podemos dizer que os titulares e destinatários dos direitos fundamentais são:
˃˃ brasileiros natos ou naturalizados (Art. 5º, caput);
˃˃ estrangeiros residentes no país (Art. 5°, caput);
˃˃ estrangeiros em trânsito no país (STF);
˃˃ pessoas jurídicas, privadas ou públicas, quando o direito for compatível com a sua personalidade.
˃˃ apátridas.

Cláusulas Pétreas e os Direitos Fundamentais


O artigo 60, § 4º, da Constituição Federal traz o rol das chamadas cláusulas pétreas.
§ 4º – Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS. (grifo nosso)

As cláusulas pétreas são núcleos temáticos formados por institutos jurídicos de grande im-
portância, os quais não podem ser retirados da Constituição. Cumpre frisar que o texto proíbe a
abolição destes direitos e garantias, ou seja, a sua descaracterização, a violação de seu núcleo essen-
cial, contudo não impede que eles sejam modificados, relativizados, para melhor.
É importante notar que o texto constitucional prevê, no inciso IV, como sendo cláusulas pétreas
apenas os direitos e as garantias individuais. Dessa forma, pela literalidade da Constituição, não são todos
os direitos fundamentais que são protegidos por este instituto, mas apenas os de caráter individual.
Contudo, para o STF e para as principais bancas, especialmente a CESPE, todos os direitos fun-
damentais são considerados CLÁUSULAS PÉTREAS.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Direitos x Garantias
Outro tema relevante para a sua prova é a diferença entre direitos e garantias. Podemos dizer que
DIREITOS são bens, vantagens prescritas na norma constitucional, são normas de conteúdo decla-
ratório (por exemplo: direito à honra, à liberdade de locomoção).
As GARANTIAS, por sua vez, são os instrumentos mediante os quais se assegura o exercício dos
direitos fundamentais. São normas de conteúdo assecuratório, preservando o direito declarado (por
exemplo: indenização por dano à honra, Habeas Corpus para garantir a liberdade de locomoção).
Podemos dizer que os remédios constitucionais são espécies de garantias, isso porque as garan-
tias não se limitam aos remédios constitucionais.
A CF estabelece formas de garantia diferentes dos remédios constitucionais. Vejamos dois
exemplos:
˃˃ Ex. 1: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos — Art. 5.º, VI (direito) —, garantindo-se na forma da lei a proteção aos locais
de culto e suas liturgias (garantia);
˃˃ Ex. 2: direito ao juízo natural (direito) — o Art. 5.º, XXXVII, veda a instituição de juízo ou
tribunal de exceção (garantia).
→→ ATENÇÃO: as garantias também são direitos, porém nem todo direito é uma garantia!
Tribunal Penal Internacional – TPI
O § 4º do artigo 5º da Constituição dispõe a respeito do Tribunal Penal Internacional – TPI,
vejamos:
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão.
O TPI é um tribunal permanente, localizado em Haia, nos países baixos (Holanda), integra o
sistema de proteção da ONU – Organização das Nações Unidas, com competência criminal apenas
para julgamento de indivíduos, e não de Estados em crimes mais graves, como: genocídios, crimes
de guerra, crimes contra a humanidade.
Apesar de ser um tribunal com atribuições jurisdicionais, o TPI não integra o Poder Judiciá-
rio brasileiro. Sua competência é excepcional e complementar à jurisdição nacional, e somente será
exercida no caso de manifesta incapacidade ou falta de disposição do sistema judiciário nacional.
Dessa forma, a submissão brasileira ao TPI não ofende a soberania do Estado brasileiro, pois só
atuará na ineficácia ou omissão do Judiciário brasileiro.
Força Normativa dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos
Uma regra muito importante para sua prova é a que está prevista no parágrafo 3º do artigo 5º:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equiva-
lentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Este dispositivo constitucional apresenta a chamada Força Normativa dos Tratados Internacio-
nais de Direitos Humanos.
Segundo o texto constitucional, é possível que um tratado internacional de Direitos Humanos
possua força normativa de emenda constitucional, desde que preencha os seguintes requisitos:
˃˃ Deve tratar de Direitos Humanos.
˃˃ Deve ser aprovado nas duas Casas Legislativas do Congresso Nacional, ou seja, na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal.
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˃˃ Deve ser aprovado em dois turnos de votação em cada Casa.


˃˃ Deve ser aprovado pelo quórum de 3/5 dos membros em cada turno de votação, em cada Casa.
Preenchidos esses requisitos, o Tratado Internacional terá força normativa de Emenda à Consti-
tuição.
Mas surge a seguinte questão: e se o Tratado Internacional for de Direitos Humanos e não preen-
cher os requisitos constitucionais previstos no § 3º do artigo 5º da Constituição? Qual será sua força
normativa? De acordo com o STF, caso o Tratado Internacional fale de direitos humanos, e for
aprovado no Congresso Nacional, mas não preencha os requisitos do § 3º do Art. 5º da CF, ele terá
força normativa de NORMA SUPRALEGAL, é dizer, é uma norma acima da lei (supra), mas que
ainda está abaixo da Constituição Federal.
Dessa forma, frisa-se que os tratados internacionais de direitos humanos podem ter dois status:
ou de norma constitucional (emenda) ou de norma supralegal.

Apenas para complementar: aqueles tratados que não falem de direitos humanos, se aprovados
pelo Poder Legislativo, terão força normativa de Lei Ordinária.
Exercícios
01. O respeito aos direitos fundamentais deve subordinar tanto o Estado quanto os particulares,
igualmente titulares e destinatários desses direitos.
Certo ( ) Errado ( )
02. Os direitos e as garantias fundamentais constitucionais estendem-se aos estrangeiros em
trânsito no território nacional, mas não às pessoas jurídicas, por falta de previsão constitucio-
nal expressa.
Certo ( ) Errado ( )
03. O gozo da titularidade de direitos fundamentais pelos brasileiros depende da efetiva residên-
cia em território nacional.
Certo ( ) Errado ( )
04. Há direitos fundamentais cuja titularidade é reservada aos estrangeiros.
Certo ( ) Errado ( )
05. A Constituição Federal de 1988 é conhecida como a “Constituição Cidadã” em função de seu
vasto rol de direitos e garantias fundamentais. Nesse sentido, os direitos fundamentais dife-
renciam-se das garantias fundamentais na medida em que os direitos se declaram, enquanto
as garantias têm um conteúdo assecuratório daqueles.
Certo ( ) Errado ( )
06. Os tratados e as convenções internacionais sobre quaisquer temas que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Certo ( ) Errado ( )
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07. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifes-
tado adesão.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Errado
04 - Certo
05 - Certo
06 - Errado
07 - Certo
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
CANOTILHO, J.J. GOMES e outros. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2014.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 11. ed. Salvador: JusPodivm, 2016.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 15 ed. São
Paulo: Método, 2016.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2006.

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