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PROJETO DE LEI DO SENADO

Nº 169, DE 2014
Insere o art. 336-A no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, para incriminar a
comunicação de falsa ocorrência à Polícia Militar, ao
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, ao
Corpo de Bombeiros Militar ou a órgão de defesa civil e
dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal,


passa a viger acrescido do seguinte art. 336-A:

“Comunicação de ocorrência inexistente


Art. 336-A. Comunicar à Polícia Militar, ao Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, ao Corpo de Bombeiros ou a
órgão de defesa civil a falsa ocorrência de crime, de contravenção, de
sinistro ou de situação de perigo:
Pena: detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º Se a comunicação for prestada por via telefônica:
Pena: detenção, de quatro meses a um ano, e multa.
§ 2º Se a falsa comunicação provoca a atuação do Corpo de
Bombeiros ou do órgão de defesa civil:
Pena: detenção, de um a dois anos, e multa.” (NR)
2
Art. 2º O art. 340 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 –
Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 340.......................................................
Pena: detenção, de um a dois anos, e multa.” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O popular “trote” para os telefones de emergência das polícias e das


unidades do Corpo de Bombeiros Militar é conduta extremamente nociva, que merece
reprimenda de natureza penal.

Segundo informações publicadas na imprensa, no Caso do Corpo de


Bombeiros, as falsas comunicações podem chegar a 60% das ligações1 , sendo certo que
a maioria delas é filtrada e desconsiderada pela corporação. Todavia, as que conseguem
passar por esse filtro acarretam grave prejuízo ao erário e, pior ainda, podem atrasar ou
obstar o atendimento a uma situação de verdadeiro risco.

Identificamos no Código Penal (CP) o art. 340, situado no capítulo dos


Crimes Contra a Administração da Justiça, que criminaliza a conduta de provocar a ação
de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não
se ter verificado. A pena é de detenção, de um a seis meses, ou multa.

Entretanto, foge à incidência desse tipo a comunicação de falso sinistro ou


falsa situação de perigo dirigida ao Corpo de Bombeiros. Para contemplar essa
modalidade, observamos que não seria conveniente prever sua tipificação no mencionado
capítulo do CP, pois obviamente não se trata de Crime Contra a Administração da Justiça.
Preferível, do nosso ponto de vista, inserir novo dispositivo no capítulo que trata dos
Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em Geral.

1
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/01/01/interna_gerais,484012/bombeiros-sao-alvo-de-trote-para-apagar-
incendio-em-madeireira-em-venda-nova.shtml
3
Desse modo, propomos a inserção do art. 336-A no CP, para tipificar a
comunicação de falso crime, contravenção, sinistro ou situação de perigo, com pena de
detenção, de um a seis meses, e multa. Se a comunicação for prestada por meio
telefônico, que dificulta a identificação do agente e potencialmente pode perturbar o
atendimento de outras chamadas, a pena é de detenção, de quatro meses a um ano,
além de multa.

Note-se que, nesse dispositivo, basta que haja a comunicação da falsa


ocorrência, enquanto no art. 340 é necessário que se provoque a atuação da autoridade
policial.

No caso da efetiva mobilização do Corpo de Bombeiros, provocada pela


comunicação inverídica, a pena, mais severa, é de detenção de um a dois anos, e multa.

Além de acrescentar esse art. 336-A, propomos, por razões de


proporcionalidade, o incremento da pena prevista no art. 340 do CP. Que passaria para
detenção, de um a dois anos, e multa.

Esperamos que, transformado em lei, esta proposição contribua para a


diminuição dos casos de “trote” telefônico dirigidos às unidades de emergência das
polícias e dos bombeiros.

Em vista disso, pedimos aos ilustres Parlamentares que votem pela


aprovação deste projeto.

Sala das Sessões,

Senador CLÉSIO ANDRADE


4

LEGISLAÇÃO CITADA

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.

Código Penal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180


da Constituição, decreta a seguinte Lei:

PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Comunicação falsa de crime ou de contravenção
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou
de contravenção que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
5
CAPÍTULO II
DOS CRIMES PRATICADOS POR
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os crimes contra a existência, a


segurança e a integridade do Estado e contra a guarda e o emprego da economia
popular, os crimes de imprensa e os de falência, os de responsabilidade do Presidente da
República e dos Governadores ou Interventores, e os crimes militares, revogam-se as
disposições em contrário.

Art. 361 - Este Código entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1942.

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940; 119º da Independência e 52º da República.

GETÚLIO VARGAS
Francisco Campos

(À Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em decisão terminativa )

Publicado no DSF, em 13/05/2014.

Secretaria de Editoração e Publicações – Brasília-DF


OS: 12085/2014

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