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ECA408 – REDES INDUSTRIAIS DE COMUNICAÇÃO

O Protocolo Profibus

Introdução a Tecnologia PROFIBUS


O PROFIBUS (acrónimo de PROcess FIeld BUS) é um padrão de rede de campo aberto
e independente de fornecedores, onde a interface entre eles permite uma ampla
aplicação em processos, manufatura e automação predial. Esse padrão é garantido
segundo as normas européias EN 50170 e EN 50254. Em 2000, o PROFIBUS foi
estabelecido com a IEC 61158, ao lado de mais sete outros fieldbuses. A IEC 61158
está dividida em partes, nomeadas 61158-1 a 61158-6, nas quais estão as especificações
segundo o modelo OSI. Mundialmente, os usuários podem se referenciar a um padrão
internacional de protocolo, cujo desenvolvimento procurou e procura a redução de
custos, flexibilidade, confiança, orientado ao futuro, atendimento as mais diversas
aplicações, interoperabilidade e múltiplos fornecedores.
Em termos de desenvolvimento, vale a pena lembrar que a tecnologia é estável, porém
não é estática. As empresas-membro do PROFIBUS Internacional estão sempre
reunidas nos chamados Work Groups atentas às novas demandas de mercado e
garantindo novos benefícios com o advento de novas características.
A tecnologia da informação tornou-se determinante no desenvolvimento da tecnologia
da automação, alterando hierarquias e estruturas no ambiente dos escritórios e chega ao
ambiente industrial nos seus mais diversos setores, desde as indústrias de processo e
manufatura até prédios e sistemas logísticos. A comunicação expande-se rapidamente
no sentido horizontal, nos níveis inferiores, assim como no sentido vertical integrando
todos os níveis hierárquicos de um sistema.
No nível de campo, a periferia distribuída, tais como: módulos de E/S, transdutores,
acionamentos (drives), válvulas e painéis de operação, trabalham em sistemas de
automação via eficientes sistemas de comunicação em tempo real. A transmissão de
dados do processo é efetuada ciclicamente, enquanto alarmes, parâmetros e diagnósticos
são transmitidos somente quando necessário, de maneira acíclica.
No nível de célula, os controladores programáveis, como os CLPs e os PCs,
comunicam-se entre si, requerendo, dessa maneira, que grandes pacotes de dados sejam
transferidos em inúmeras e poderosas funções de comunicação. Além disso, a
integração eficiente aos sistemas de comunicação corporativos existentes, tais como:
Intranet, Internet e Ethernet, são requisitos absolutamente obrigatórios.
O PROFIBUS, em sua arquitetura, está dividido em três variantes principais, que são:
Profibus FMS, Profibus DP e Profibus PA.

Comunicação Industrial Profibus

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PROFIBUS FMS
FMS foi projetado para a comunicação no nível de células. Neste nível, controladores
programáveis (CLP’s ou PC’s) comunicam-se uns com outros. Nesta área de aplicação,
mais importante que um sistema com tempos de reação rápida é um sistema com uma
diversidade grande de funções disponíveis.
Pelo fato de ter como função primária a comunicação mestre-mestre (peer-to-peer), vem
sendo substituída por aplicações em Ethernet.

PROFIBUS DP
O PROFIBUS-DP foi projetado para comunicação de dados em alta velocidade no nível
de dispositivo. Os controladores centrais (por exemplo: PLCs/PCs) comunicam com
seus dispositivos de campo distribuídos: (I/O’s), acionamentos (drivers), válvulas, etc.,
via um link serial de alta velocidade.
A maior parte desta comunicação de dados com os dispositivos distribuídos é feita de
uma maneira cíclica. As funções necessárias para estas comunicações são especificadas
pelas funções básicas do PROFIBUS DP, conforme EN 50170. Além da execução
destas funções cíclicas, funções de comunicação não cíclicas estão disponíveis
especialmente para dispositivos de campo inteligentes, permitindo assim configuração,
diagnóstico e manipulação de alarmes.
Essa variante está disponível em três versões: DP-V0 (1993), DP-V1 (1997) e DP-V2
(2002). A origem de cada versão aconteceu de acordo com o avanço tecnológico e a
demanda das aplicações exigidas ao longo do tempo.

Versões do Profibus.

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PROFIBUS PA
O PROFIBUS PA é a solução PROFIBUS que atende os requisitos da automação de
processos, onde se tem a conexão de sistemas de automação e sistemas de controle de
processo com equipamentos de campo, tais como: transmissores de pressão,
temperatura, conversores, posicionadores, etc. Existem vantagens potenciais da
utilização dessa tecnologia, onde resumidamente destacam-se as vantagens funcionais
(transmissão de informações confiáveis, tratamento de status das variáveis, sistema de
segurança em caso de falha, equipamentos com capacidades de autodiagnose,
rangeabilidade dos equipamentos, alta resolução nas medições, integração com controle
discreto em alta velocidade, aplicações em qualquer segmento, etc.). Além dos
benefícios econômicos pertinentes às instalações (redução de até 40% em alguns casos
em relação aos sistemas convencionais), custos de manutenção (redução de até 25% em
alguns casos em relação aos sistemas convencionais), menor tempo de startup,
oferecem um aumento significativo em funcionalidade e segurança.
O PROFIBUS PA foi desenvolvido em cooperação com os usuários da Indústria de
Controle e Processo, satisfazendo as exigências especiais dessa área de aplicação:
_ O perfil original da aplicação para a automação do processo e interoperabilidade dos
equipamentos de campo dos diferentes fabricantes.
_ Adição e remoção de estações nos barramentos mesmo em áreas intrinsecamente
seguras sem influência para outras estações.
_ Uma comunicação transparente através dos acopladores do segmento entre o
barramento de automação do processo PROFIBUS PA e do barramento de automação
industrial PROFIBUS DP.
_ Alimentação e transmissão de dados sobre o mesmo par de fios baseado na tecnologia
IEC 61158-2.
_Uso em áreas potencialmente explosivas com blindagem explosiva tipo
“intrinsecamente segura”.
A descrição das funções e o comportamento dos dispositivos estão baseados no
reconhecido modelo de Blocos Funcionais (Function Block Model). As definições e
opções do perfil de aplicação PA, tornam o PROFIBUS um conveniente substituto para
transmissão analógica com 4 a 20 mA ou HART.

Topologia da rede Profibus PA

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Arquitetura do Protocolo
O PROFIBUS é baseado em padrões reconhecidos internacionalmente, sendo sua
arquitetura de protocolo orientada ao modelo de referência OSI (Open System
Interconnection) conforme o padrão internacional ISSO 7498. Neste modelo, a camada
1 (nível físico) define as características físicas de transmissão, a camada 2 (nível de
enlace) define o protocolo de acesso ao meio e a camada 7 (nível de aplicação) define as
funções de aplicação.

Arquitetura de comunicação do Protocolo PROFIBUS.

O PROFIBUS-DP usa somente as camadas 1 e 2, bem como a interface do usuário. As


camadas 3 a 7 não são utilizadas. Esta arquitetura simplificada assegura uma
transmissão de dados eficiente e rápida. O Direct Data Link Mapper (DDLM)
proporciona à interface do usuário acesso fácil à camada 2. As funções de aplicação
disponíveis ao usuário, assim como o comportamento dos dispositivos e do sistemas dos
vários tipos de dispositivos DP, são especificados na Interface do Usuário.
No PROFIBUS-FMS as camadas 1, 2 e 7 são de especial importância. A camada de
aplicação é composta do FMS (Fieldbus Message Specification) e do LLI (Lower Layer
Interface). O FMS define uma ampla seleção de serviços de comunicação mestre-mestre
ou mestre-escravo. O LLI define a representação destes serviços FMS no protocolo de
transmissão de dados.
O protocolo de comunicação PROFIBUS PA usa o mesmo protocolo de comunicação
PROFIBUS DP. Isto porque os serviços de comunicação e mensagens são idênticos. De
fato, o PROFIBUS PA = PROFIBUS DP - protocolo de comunicação + Serviços
Acíclico Estendido + IEC 61158 que é a Camada Física, também conhecida como H1.

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TRANSMISSÃO RS 485
A transmissão RS 485 é a tecnologia de transmissão mais utilizada no PROFIBUS,
embora a fibra ótica possa ser usada em casos de longas distâncias (maior do que
80Km).
Normalmente se aplica em áreas envolvendo alta taxa de transmissão, instalação
simples a um custo baixo. A estrutura do barramento permite a adição e remoção de
estações sem influências em outras estações com expansões posteriores sem nenhum
efeito em estações que já estão em operação.
Quando o sistema é configurado, apenas uma única taxa de transmissão é selecionada
para todos os dispositivos no barramento.

Sempre que possível, consulte a EN50170 e a IEC60079-14 para as regulamentações


físicas, assim como para as práticas de segurança em instalações elétricas em atmosferas
explosivas.
Para minimizar o risco de problemas potenciais relacionados à segurança, é preciso
seguir as normas de segurança e de áreas classificadas locais aplicáveis que regulam a
instalação e operação dos equipamentos. Estas normas variam de área para área e estão
em constante atualização. É responsabilidade do usuário determinar quais normas
devem ser seguidas em suas aplicações e garantir que a instalação de cada equipamento
esteja de acordo com as mesmas. Uma instalação inadequada ou o uso de um
equipamento em aplicações não recomendadas podem prejudicar o desempenho de um
sistema e conseqüentemente a do processo, além de representar uma fonte de perigo e
acidentes.
Para casos com mais de 32 estações ou para redes densas, devem ser utilizados
repetidores. Segundo a EM 50170, um máximo de quatro repetidores são permitidos
entre duas estações quaisquer. Dependendo do fabricante e das características do
repetidor, é permitido instalar até nove repetidores em cascata. Recomenda-se não
utilizar uma quantidade maior que a permitida, devido aos atrasos embutidos na rede e
ao comprometimento com o slot time (tempo máximo que o mestre irá esperar por uma
resposta do escravo).

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O comprimento máximo do cabeamento depende da velocidade de transmissão,
conforme a Tabela abaixo.

Na figura a seguir mostra o efeito do posicionamento da terminação ativa na posição


incorreta (à esquerda) mostra que tanto o nível quanto a forma de onda são degradados.
A ativação incorreta do terminador causa descasamento de impedância e reflexões do
sinal, uma vez que além do terminador há um cabo com tal impedância. Na forma de
onda à direita, é possível observar a terminação adequada.

A falta de terminação, ilustrada na forma de onda à esquerda da próxima figura,


promove o não casamento de impedância, fazendo com que o cabo Profibus fique
susceptível à reflexão de sinal, atuando como uma antena. Na forma de onda à direita, é
possível observar a terminação adequada.

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TECNOLOGIA DE TRANSMISSÃO NO PROFIBUS PA - IEC 61158-2

Transmissão síncrona em conformidade à norma IEC 61158-2, com uma taxa de


transmissão definida em 31,25 Kbits/s, veio atender aos requisitos das indústrias
químicas e petroquímicas. Permite, além de segurança intrínseca, que os dispositivos de
campo sejam energizados pelo próprio barramento. Assim, o PROFIBUS pode ser
utilizado em áreas classificadas. As opções e limites do PROFIBUS com tecnologia de
transmissão IEC 61158-2 para uso em áreas potencialmente explosivas são definidas
pelo modelo FISCO (Fieldbus Intrinsically Safe Concept). O modelo FISCO foi
desenvolvido pelo instituto alemão PTB - Physikalisch Technische Bundesanstalt
(Instituto Tecnológico de Física) e é hoje internacionalmente reconhecida como o
modelo básico para barramentos em áreas classificadas.
A transmissão é baseada nos seguintes princípios, e é freqüentemente referida como H1:
 Cada segmento possui somente uma fonte de energia, a fonte de alimentação.
 Alimentação não é fornecida ao barramento enquanto uma estação está
transmitindo.
 Os dispositivos de campo consomem uma corrente básica constante quando em
estado de repouso.
 Os dispositivos de campo agem como consumidores passivos de corrente.
 Uma terminação passiva de linha é necessária, em ambos os fins da linha
principal do barramento.
 Topologia linear, árvore e estrela são permitidas.

A tabela a seguir mostra algumas características do IEC 61158-2:

Para se operar uma rede PROFIBUS em área classificada é necessário que todos os
componentes utilizados na área classificada sejam aprovados e certificados de acordo
com o modelo FISCO e IEC 61158-2 por organismos certificadores autorizados tais
como PTB, BVS (Alemanha), CEPEL, UL, FM (EUA). Se todos os componentes
utilizados forem certificados e se as regras para seleção da fonte de alimentação,
comprimento de cabo e terminadores forem observados, então nenhum tipo de
aprovação adicional do sistema será requerido para o comissionamento da rede
PROFIBUS.

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TRANSMISSÃO POR FIBRA ÓTICA

A solução utilizando-se de fibra ótica vem atender às necessidades de imunidade a


ruídos, diferenças de potenciais, longas distâncias, arquitetura em anel e redundância
física e altas velocidades de transmissão.

O SISTEMA DE COMUNICAÇÃO E SUA CAMADA DE SEGURANÇA E ACESSO

Profibus é uma rede multimestre. A especificação fieldbus distingue dois tipos de


dispositivos:
Dispositivos Mestre:
Um mestre é capaz de enviar mensagens independente de solicitações externas quando
tiver a posse do token. São também chamados de estações ativas.
Dispositivos Escravos:
Não possuem direito de acesso ao barramento e podem apenas confirmar o recebimento
de mensagens ou responder a uma mensagem enviada por um mestre. São também
chamadas de estações passivas. Sua implementação é mais simples e barata que a dos
mestres.
A eficiência da comunicação é determinada pelas funções do nível 2, onde são
especificadas tarefas de controle de acesso ao barramento, as estruturas dos frames de
dados, serviços básicos de comunicação e muitas outras funções.
As tarefas do nível 2 são executadas pelo FDL (Fieldbus Data Link) e pelo FMA
(Fieldbus Management), sendo que o primeiro é responsável pelas seguintes tarefas:
_ Controle de acesso do barramento (MAC-Medium Access Control).
_ Estrutura dos telegramas.
_ Segurança dos dados.
_ Disponibilidade dos serviços de transmissão de dados:
SDN (Send Data with no acknowledge)
SRD (Send and Request Data with reply)
O FMA provê várias funções de gerenciamento, como por exemplo:
_ Configuração de parâmetros de operação.
_ Reporte de eventos.
_ Ativação dos pontos de acesso de serviços (SAPs).
A arquitetura e a filosofia do protocolo PROFIBUS asseguram a cada estação envolvida
nas trocas de dados cíclica um tempo suficiente para a execução de sua tarefa de
comunicação dentro de um intervalo de tempo definido. Para isso, utiliza-se do
procedimento de passagem de “token”, usado por estações mestres do barramento ao
comunicar se entre si, e o procedimento mestre-escravo para a comunicação com as

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estações escravas. A mensagem de “token” (um frame especial para a passagem de
direito de acesso de um mestre para outro) deve circular, sendo uma vez para cada
mestre dentro de um tempo máximo de rotação definido (que é configurável). No
PROFIBUS o procedimento de passagem do “token” é usado somente para
comunicações entre os mestres.

Comunicação Multi-mestre.

Comunicação Mestre e Escravo

O procedimento mestre-escravo possibilita ao mestre que esteja ativo (o que possui o


“token”) acessar os seus escravos (através dos serviços de leitura e escrita).

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Comunicação token ring e por polling na rede Profibus

PROFIBUS: TELEGRAMA
O FDL é que define os telegramas, sendo que se pode ter:
_ Telegramas sem campos de dados (6 bytes de controle).
_ Telegramas com um campo de dado de comprimento fixo (8 bytes de dados e 6 bytes
de controle).
_ Telegramas com campo de dados variável (de 0 a 244 bytes de dados e de 9 a 11 de
controle).
_ Reconhecimento rápido (1 byte).
_ Telegrama de token para acesso ao barramento (3 bytes).
A integridade e a segurança das informações são mantidas em todas as transações, pois
se incluem a paridade e a checagem do frame.
A figura 10.8 ilustra o princípio de transferência dos dados de usuários. Somente
lembrando que, no lado DP, os dados são transmitidos de modo assíncrono sob a 485 e,
no lado PA, de forma bit-síncrona, no H1.

Princípio de transferência dos dados de usuários utilizado pelo FDL

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Para trocar dados com um escravo é absolutamente essencial que o mestre observe a
seguinte seqüência durante o startup:
_ O endereço da estação.
_ Pedido de diagnóstico.
_ Parametrização do escravo.
_ Checagem em pedido de diagnose antes de se estabelecer a troca de dados cíclica,
como confirmação de que a parametrização inicial está OK.
_ Troca de dados cíclicos.
_ Controle global.

TIPOS DE DISPOSITIVOS

ELEMENTOS DA REDE PROFIBUS DP

Cada sistema DP pode conter três tipos diferentes de dispositivos:


MESTRE DP CLASSE 1 (DPM1)
É um controlador principal que troca informações ciclicamente com os escravos. Os
controladores lógicos programáveis (CLPs) são exemplos desses dispositivos mestres.

MESTRE DP CLASSE 2 (DPM2)


São as estações de engenharia utilizadas para configuração, monitoração ou sistemas de
supervisão.

ESCRAVO
Um escravo DP é um dispositivo periférico, tais como: dispositivos de I/O, atuadores,
IHM, válvulas, transdutores, etc. Há também dispositivos que têm somente entrada,
somente saída ou uma combinação de entradas e saídas. Aqui, ainda podem-se citar os
escravos PA, uma vez que são vistos pelo sistema com se fossem escravos DP.
A transmissão de dados entre o DPM1 e os escravos é executada automaticamente pelo
DPM1 e é dividida em três fases: parametrização, configuração e transferência de
dados.
Segurança e confiabilidade são indispensáveis para que se possam adicionar ao
PROFIBUS-DP as funções de proteção contra erros de parametrização ou falha do
equipamento de transmissão. Para isso, o mecanismo de monitoração é implementado
tanto no mestre DP, quanto nos escravos, em forma de monitoração de tempo
especificada durante a configuração. O Mestre DPM1 monitora a transmissão de dados
dos escravos com o Data_Control_Timer. Um contador de tempo é utilizado para cada
dispositivo. O timer expira quando uma transmissão de dados correta não ocorre dentro
do intervalo de monitoração e o usuário é informado quando isso acontece. Se a reação
automática a erro (Auto_Clear = true) estiver habilitada, o mestre DPM1 termina o
estado de OPERAÇÃO, protegendo as saídas de todos os seus escravos e passando seu
estado para “CLEAR”. O escravo usa o “watchdog timer” para detectar falhas no mestre
ou na linha de transmissão. Se nenhuma comunicação de dados com o mestre ocorrer
dentro do intervalo de tempo do “watchdog timer”, o escravo automaticamente levará
suas saídas para o estado de segurança (fail safe state).
As funções DP estendidas possibilitam funções acíclicas de leitura e escrita e
reconhecimento de interrupção que podem ser executadas paralelamente e independente
da transmissão cíclica de dados. Isso permite que o usuário faça acessos acíclicos dos

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parâmetros (via mestre classe 2) e que valores de medida de um escravo possam ser
acessados por estações de supervisão e de diagnóstico.
Atualmente essas funções estendidas são amplamente usadas em operação online dos
equipamentos de campo PA pelas estações de engenharia. Essa transmissão tem uma
prioridade mais baixa do que a transferência cíclica de dados (que exige alta velocidade
e alta prioridade para o controle).

ELEMENTOS DA REDE PROFIBUS PA


Basicamente, podem-se citar os seguintes elementos de uma rede PROFIBUS PA:
Mestres: são elementos responsáveis pelo controle do barramento. Podem ser de duas
classes:
_ Classe 1: responsável pelas operações cíclicas (leitura/escrita) e controle das malhas
abertas e fechadas do sistema de controle/automação (CLP).
_ Classe 2: responsável pelos acessos acíclicos dos parâmetros e funções dos
equipamentos PA.
Acopladores (Couplers): são dispositivos utilizados para traduzir as características
físicas entre o PROFIBUS DP e o PROFIBUS PA (H1: 31,25 kbits/s). E ainda:
. São transparentes para os mestres (não possuem endereço físico no barramento).
. Atendem aplicações seguras (Ex) definindo e limitando o número máximo de
equipamentos em cada segmento PA. O número máximo de equipamentos em um
segmento depende, entre outros fatores, da somatória das correntes quiescentes, de
falhas dos equipamentos (FDE) e distâncias envolvidas no cabeamento.
. Podem ser alimentados com até 24 Vdc, dependendo do fabricante e da área de
classificação.
. Podem trabalhar com as diferentes taxas de comunicação, dependendo do fabricante.

Arquitetura básica com couplers.

Link devices: São dispositivos utilizados como escravos da rede PROFIBUS DP e


mestres da rede PROFIBUS PA. São utilizados para se conseguir altas velocidades (de
até 12Mbits/s) no barramento DP. E ainda:
. Possuem endereço físico no barramento.

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. Permitem que sejam acoplados até 5 couplers, mas limitam o número de equipamentos
em 30 em um barramento “Non-Ex” e 10 em barramento “Ex”. Com isso, aumentam a
capacidade de endereçamento da rede DP.

Arquitetura básica com couplers e links (IM157).

Terminador: consiste de um capacitor de 1μF e um resistor de 100 ohms conectados


em série entre si e em paralelo ao barramento, tendo as seguintes funções:
. Shunt do sinal de corrente: o sinal de comunicação é transmitido como corrente mas
recebido como tensão. O terminador faz esta conversão.
. Proteção contra reflexão do sinal de comunicação: deve ser colocado nas duas
terminações do barramento, um no final e outro geralmente no coupler.

Quanto ao endereçamento, podem-se ter duas arquiteturas a analisar onde


fundamentalmente tem-se a transparência dos couplers e a atribuição de endereços aos
links devices, conforme se pode ver nas figuras a seguir.

Endereçamento com couplers. Endereçamento com links.

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Note que pela figura a capacidade de endereçamento é aumentada com a presença dos
links, uma vez que são escravos para o DP e mestres do PA.

TOPOLOGIA
Em termos de topologia, podem-se ter as seguintes distribuições: estrela, barramento e
ponto a ponto:

Topologia Estrela.

Topologia Barramento.

Topologia Ponto-a-Ponto.

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Configuração
Arquivo de Configuração: GSD – General Slave Data
Profibus definiu uma folha de dados eletrônica denominada GSD que são
proporcionados pelo fabricante do dispositivo Profibus. O GSD se divide em três partes:
especificações gerais, informações relacionadas ao mestre (para dispositivos mestres),
informações relacionadas ao escravo.
As especificações gerais definem informações do fabricante, velocidade de
comunicação, pinagem de conectores, etc.
As especificações do mestre definem o número máximo de escravos permitidos e
opções de upload e download.
As especificações do escravo definem os parâmetros do escravo: número e tipo de
canais de I/O, especificação de textos de diagnósticos, etc.
Um editor de GSDs está disponível no sítio oficial da rede Profibus. GSDs são visíveis
até o nível de controle e são usados pelas ferramentas de configuração para visualizar os
dados do instrumento.

Blocos Objetos
A padronização do Profibus-PA determina um conjunto de parâmetros universais que
devem ser implementados. Isso assegura a compatibilidade de configuração entre dois
tipos idênticos de dispositivos, construídos por diferentes fabricantes (Transmissores de
temperatura e pressão, por exemplo).
Existem parâmetros ditos obrigatórios, que sempre devem estar presentes.
Outros, ditos opcionais, dependem da implementação de cada fabricante e do tipo de
equipamento, por exemplo, alguns tipos de medidores mássicos.
No caso dos dispositivos Profibus-PA que estão em conformidade com o padrão, esses
parâmetros são organizados em blocos objetos. Dentro desses blocos, os parâmetros
individuais recebem índices relativos para poderem ser acessados com eficiência e
repetibilidade.
A figura a seguir esquematiza o modelo de blocos para um sensor. Ele é composto de
quatro tipos de blocos distintos, a saber: bloco de gerenciamento de dispositivo (Device
Management), bloco físico (physical block), bloco transdutor (transducer block) e bloco
de função (function block).

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Estrutura básica de um equipamento Profibus-PA

Bloco gerenciador de dispositivo


Compreende o diretório para o bloco e as estruturas de objetos para o dispositivo. Ele
fornece informações sobre:
- Que bloco está presente no dispositivo;
- Onde se localiza o endereço inicial (slot/index);
- Quantos objetos cada bloco suporta;
Com essas informações, o programa de aplicação do mestre pode encontrar e transmitir
os parâmetros obrigatórios e específicos de um bloco perfil.
Bloco Físico
Ele contém as propriedades dos dispositivos de campo. Esses são parâmetros e funções
que não são dependentes do método de medição. Isso assegura que os blocos de função
e transdutor sejam independentes do hardware. Ele disponibiliza as seguintes
informações:
1. Dados de identificação do dispositivo;
2. Dados do Fabricante;
3. Número de revisão do software e hardware do dispositivo;
4. Dados de instalação do dispositivo;
5. Dados de operação do dispositivo;
6. Mensagens de diagnóstico, tanto para os parâmetros padrões quanto para os
específicos de fornecedores;
Blocos transdutores
Os blocos transdutores situam-se como elementos separadores entre os sensores,
atuadores e display, e os blocos funcionais. Com esse objetivo, eles se subdividem em
três tipos: Transdutores de entrada, saída e display. São responsáveis pelo
processamento dos sinais de sensores ou atuadores no campo e disponibilizam um valor
de saída que é transmitido através de interface particular a cada dispositivo, ou seja, ele
reflete os princípios de medição. Os blocos transdutores também possuem parâmetros
genéricos que permitem a todo dispositivo, que esse seja configurado através do modo
básico de operação, mesmo que o seu arquivo GSD correspondente não esteja
disponível na ferramenta de configuração. Os blocos transdutores estão associados aos
blocos funcionais através de um parâmetro para o canal de hardware de E/S, no bloco de
entrada e saída correspondente. Essa associação só pode ser feita entre blocos de um

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mesmo dispositivo. Blocos transdutores como os de pressão, nível, vazão, temperatura,
corrente e de análise, entradas e saídas discretas para switches além de blocos
transdutores eletropneumáticos estão disponíveis.
Blocos funcionais
Devido à demanda dos aplicativos de automação para que os valores cíclicos se
comportem sempre da mesma maneira, os blocos são concebidos para serem os mais
independentes quanto possíveis dos sensores e atuadores e do barramento de campo.
Abaixo, são apresentados os cinco blocos atualmente padronizados:
1. Entrada Analógica: Alimentado por um bloco transdutor de um sensor permite que
sejam feitas simulações, caracterizações e escalonamento dos valores de saída. Esse
valor de saída é requisitado ciclicamente pelo mestre classe 1 e aciclicamente pelo
mestre classe 2.
2. Totalizador: usado quando se deseja somar periodicamente os valores da variável de
processo. Um exemplo clássico são os medidores de vazão. Semelhante ao bloco
anterior, o valor de saída é requisitado ciclicamente pelo mestre classe 1 e aciclicamente
pelo mestre classe 2.
3. Entrada Discreta: Alimentado pelo bloco transdutor de uma chave de limite,
permitindo a inversão do sinal. O valor de saída é requisitado ciclicamente pelo mestre
classe 1 e aciclicamente pelo mestre classe 2.
4. Saída Discreta: Ele recebe o sinal do bloco transdutor de um atuador “on-off”. O
valor de entrada é fornecido pelo mestre classe 1.
5. Saída Analógica: Ele recebe o sinal do bloco transdutor de um atuador contínuo (ou
“analógico”). O valor de entrada é fornecido pelo mestre classe 1.

Exercícios
1) Marque Verdadeiro ou Falso:
( ) A arquitetura e a filosofia do protocolo PROFIBUS asseguram a cada estação
envolvida nas trocas de dados cíclico um tempo suficiente para a execução de sua tarefa
de comunicação dentro de um intervalo de tempo definido.
( ) O PROFIBUS PA permite a manutenção e a conexão/desconexão de equipamentos
até mesmo durante a operação sem interferir em outras estações em áreas
potencialmente explosivas.
( ) A distribuição do controle depende sempre de um mestre externo. O mestre deve ler
as PVs dos transmissores, executar os algoritmos de controle e definir os valores de
saída.
( ) A rede Profibus-DP admite apenas um único mestre na rede.
( ) O PROFIBUS DP oferece funções para serviços de acesso acíclico, como
configuração,monitoração, diagnósticos e gerenciamento de alarmes de equipamentos
de campo.
( ) Linkers são dispositivos inteligentes enquanto couplers apenas acoplam sinais
RS485 com IEC 61158-2.
( ) O perfil PROFIBUS-DP foi desenvolvido para atender comunicação cíclica de
forma rápida entre os dispositivos distribuídos.
( ) Mestre classe 1 é um controlador principal que troca informações ciclicamente com
os escravos. Os controladores lógicos programáveis (CLPs) são exemplos desses
dispositivos mestres.

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2) Caracterize o sistema Profibus com o auxílio da figura abaixo.

3) Explique o sistema de comunicação do Profibus.(Comunicação Multi-mestre e


comunicação mestre-escravo).
4) Faça uma comparação entre Profibus PA e HART.
5) Faça uma comparação entre Profibus PA e FF.
6) Explique: Bloco gerenciador de dispositivo, bloco físico, bloco transdutor e
bloco funcional.
7) Na estrutura básica de um dispositivo Profibus, representada abaixo, explique
como é feito a leitura de uma variável através de um sensor pelo mestre
controlador. Explique também a escrita de uma variável em um posicionador de
válvula, por exemplo.

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