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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Isabele Morais Costa, Stella Neves Duarte Lisboa, Talita Pitanga Santos
DCA447 - Departamento de Engenharia de Computação e Automação - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Av. Senador Salgado Filho, Campus Universitário, Natal RN, BRASIL
E-mails: {isabele,stella,talita}@engcomp.ufrn.br

Automação industrial é um assunto amplo e muitas


Resumo: Neste artigo é feito um estudo sucinto sobre os vezes com características multidisciplinares. Ela, em um
principais tópicos relacionados com a Automação Industrial, simples projeto, pode abranger informática, eletricidade,
que tem se mostrado uma das áreas que mais evoluem e que eletrônica, física, química, matemática, etc., além de um
contribuem para o avanço da tecnologia atualmente. conhecimento em engenharia de produção.
Podemos definir automação industrial como sendo um
Abstract: This paper presents a brief study about the main conjunto de técnicas através das quais se constroem sistemas
topics related to Industrial Automation, that is growing and ativos capazes de atuar com uma eficiência ótima pelo uso de
becoming one of the most important areas that contribute for informações recebidas do meio sobre o qual atuam, com base
the advance of technology, nowadays. nas informações o sistema calcula a ação corretiva mais
apropriada. Um sistema de automação comporta-se exatamente
como um operador humano o qual, utilizando as informações
1 INTRODUÇÃO sensoriais, pensa e executa a ação mais apropriada.
O conceito de automação inclui ainda a idéia de usar a
potência elétrica ou mecânica para acionar algum tipo de
No século XVII, com a revolução industrial, o máquina, acrescentando-se algum tipo de inteligência para que
trabalho muscular passou a ser substituído pelo trabalho das ela execute sua tarefa da maneira mais eficiente possível
máquinas, visando assim, o aumento da produtividade nas levando em consideração a segurança e a economia.
fábricas. Começa a partir daí a história da Automação
Industrial, marcada pela criação das linhas de montagem para
produção em massa de automóveis por Henry Ford na década 3 OBJETIVOS DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
de 20.
Após a Segunda Guerra Mundial, os sistemas de
controle aparecem na indústria de processos. Na década de 60, Quando uma indústria decide por automatizar suas
com o aparecimento dos transistores, toda a instrumentação funções, ela procura alcançar certos objetivos, que constituem
analógica foi substituída por um computador. Já na década de os benefícios oferecidos por essa modernização do processo de
80, aconteceu o barateamento do hardware devido à alta produção. Dentre estes objetivos citar :
competitividade a nível mundial. Novos requisitos surgiram
como a qualidade, o custo, o uso racional da energia e matéria- A melhoria das condições de operação, o que inclui a
prima, fazendo com que os computadores passassem a ser viabilidade técnica na execução de operações
utilizados em todos os setores de uma indústria, desde o nível impossíveis de realizar por métodos convencionais,
do processo até o nível de gestão ou administração da empresa. devido a, por exemplo, um ambiente que ofereça
Os anos 90 destacam-se pelo aparecimento de instrumentos e perigo ao operador;
componentes inteligentes, sistemas distribuídos abertos,
substituição por SDCDs (Sistemas Distribuídos para Controle A qualidade, ou seja, fabricação em faixas de
Digital) monolíticos e integração do chão-de-fábrica com redes tolerância a erros mais estreitas, utilizando um
locais de sistemas comerciais. controle de qualidade eficiente;
Na seção 2, trata-se o conceito de Automação
Industrial; em seguida, na seção 3, são abordados os principais A segurança;
objetivos e consequências da automatização de um processo de
produção; na seção 4, são listadas as diversas aplicações onde a A flexibilidade, ou seja, permitir com facilidade e
automação se faz presente e mostra ser de suma importância; rapidez, alterações nos parâmetros do processo de
na seção seguinte, apresenta-se os segmentos em que se divide fabricação;
a automação industrial; na seção 6, descreve-se os principais
elementos componentes de um sistema de automação; por fim, O aumento da produtividade, através do uso mais
na seção 7, é feita uma breve descrição sobre a utilização de eficiente da matéria-prima;
redes em ambientes industriais, as quais estão se firmando cada
vez mais no mercado. O aumento do nível de controle.

Pode-se observar, então, que a automação é um


caminho sem volta, uma vez que, atingidas estas metas, e
2 CONCEITO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL verificada a melhoria no processo, e o aumento da
competitividade daquela empresa no mercado, não haverá
mais a necessidade, e nem a vontade de regredir a uma

Automação Industrial / Maio de 2003


estrutura mais antiga, fazendo com que a tendência seja sempre Quanto ao tipo de implementação, os sistemas de
a melhoria. automação podem ser Programáveis, o que está relacionado a
movimentos e trajetórias; Fixos, quando há alta especialização
entre o controle e o processo; Flexível, encontra-se
4 APLICAÇÕES DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL intermediário entre o Fixo e o Programável.
Veremos agora com um pouco mais de detalhes os
principais elementos de um sistema de automação.
Podemos encontrar sistemas de automação nas mais
diversas áreas da indústria, entre as quais destacamos a área de
controle, principalmente na indústria química, de 6.1 PROCESSOS
comunicações, controle de mísseis, aeronáutica, etc. Na
ciência, podemos observar a evolução na execução de tarefas
como previsões meteorológicas, viagens espaciais, logística Processo é a totalidade de atividades concorrentes de
militar. A informática foi uma das principais beneficiadas, e um sistema, através das quais, matéria, energia e informação
também uma das maiores responsáveis pelo avanço das são transformadas, transportadas ou armazenadas.
técnicas de automação, como notamos nos campos de gestão de Os processos são classificados segundo a predominância
projetos e produção, controle de estoques, diagnose médica, das variáveis manipuladas e controladas. Quando as variáveis
representações visuais, sistema de informação, etc. são, em sua maioria, do tipo analógicas ou de tempo contínuo,
Outros impactos da automação industrial são tem-se o processo contínuo, onde a modelagem é realizada com
verificados nas áreas de projeto de circuitos integrados, técnicas matemáticas. Caso as variáveis sejam do tipo discreta,
máquinas de desenhar, projeto de navios e automóveis, ou digital, tem-se o processo discreto, onde a modelagem é
reconhecimento de formas, resolução de problemas e jogos, ou realizada com técnicas da álgebra booleana.
seja, são inúmeras as aplicações deste ramo de conhecimento. Como exemplos de indústrias que se caracterizam
pelo controle de processos discretos, são as manufatureiras e
automobilísticas. Já exemplos de indústrias que utilizam o
5 SEGMENTOS DA AUTOMAÇÃO controle de processos contínuos são a química, farmacêutica,
petroquímica, entre outras.
Importante realçar mais uma vez de que as diferenças
A automação é um campo muito heterogêneo, quando entre os tipos de processos relacionam-se com o processo fabril
nos referimos aos produtos englobados por ele e que, muitas em si, não de como as informações são tratadas (essas podem
vezes se complementam. Podemos então, dividi-lo em: ser de forma analógica ou digital).
Instrumentação; Automação de Processos Industriais e Não
Industriais (Controle de Processos); Automação da Manufatura.
A Instrumentação é a área que desenvolve e aplica 6.2 SENSORES
técnicas de medição, indicação, registro e controle de processos
de fabricação, visando a otimização na eficiência desses
processos. A Automação de Processos subdivide-se em dois São dispositivos que mudam seu comportamento sob
grandes setores: o de Processos Industriais (siderúrgica, a ação de uma grandeza física, podendo fornecer diretamente
química e petroquímica, geração de energia, etc.) e Não- ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. Quando
Industriais (sistemas de transporte, distribuição de energia, operam diretamente, convertendo uma forma de energia neutra,
sistemas de serviços urbanos, etc.). Já na Automação de são chamados transdutores. Os de operação indireta alteram
Manufatura, destacam-se as aplicações de Comando Numérico suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a
por Computador, projetos assistidos por computador (CAD- indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos
CAM), a robótica, entre outras. proporcional.
O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e
corrigir desvios em sistemas de controle, e nos instrumentos de
6 ELEMENTOS BÁSICOS medição, que frequentemente estão associados aos SC de
malha aberta (não automáticos), orientando o usuário.
Sistemas de controle são um conjunto de técnicas por Como características dos sensores podemos citar a
meio das quais se constroem sistemas ativos capazes de atuar linearidade que é o grau de proporcionalidade entre o sinal
com uma eficiência ótima pelo uso das informações recebidas gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta
do meio sobre o qual atuam. Eles são capazes de interferir em do sensor ao estímulo. Os sensores mais usados são os mais
um processo através de um atuador que é comandado por um lineares, conferindo mais precisão ao SC. Os sensores não
controlador, o qual utiliza as informações de um sensor. lineares são usados em faixas limitadas, em que os desvios são
Um sistema de controle completo, ou seja quando aceitáveis, ou com adaptadores especiais, que corrigem o sinal.
realiza todas as etapas descritas acima, é considerado como Outra característica é a faixa de atuação, onde o intervalo de
sendo de malha fechada, onde a existência de realimentação é valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem
tida como condição básica para esse tipo de sistemas. Já um destruição ou imprecisão
sem realimentação é considerado de malha aberta, ou seja, o Existem vários tipos de sensores, entres os quais
sistema não muda de comportamento em função do que ocorre podemos citar os de temperatura, vazão, óticos, de presença,
no processo, ao contrário do sistema de malha fechada. etc.
Geralmente o conceito de automação está relacionado
a sistemas de malha fechada e automatização e mecanização
estão relacionados a sistemas de malha aberta. É comum 6.3 ATUADORES
considerar automação e automatização como sinônimo, porém
existe tecnicamente essa diferença .
Automação Industrial / Maio de 2003
Dentro de uma malha de controle, o elemento que tem capacidade de fornecer o mesmo valor na saída em função da
por objetivo reposicionar uma variável, de acordo com um mesma entrada.
sinal gerado por um controlador, é chamado de atuador, pois
atua diretamente no processo, modificando as suas condições.
Ou seja, são dispositivos utilizados para conversão de sinais 7 REDES INDUSTRIAIS
elétricos provenientes dos controladores, em ações requeridas
pelos sistemas que estão sendo controlados.
Como exemplos de atuadores podemos citar os O processo de produção em uma indústria é composto
atuadores pneumáticos, os hidráulicos, os elétricos, entre por várias etapas, cada uma delas podendo ser executada por
outros. um elemento diferente do ambiente industrial. A tendência,
hoje em dia, é ter-se vários subsistemas interligados ao mesmo
meio físico por uma rede, cada um realizando uma parte deste
6.4 CONTROLADORES processo, de modo que as atividades sejam coordenadas, e o
processo como um todo adequadamente supervisionado.
Em um ambiente industrial, a rede permite a troca de
São os dispositivos que tornam possível uma efetiva informação entre controle e processo. Ela é constituída
ação de controle no meio onde atuam. Podemos citar como geralmente por quatro níveis hierárquicos, sendo cada um
principais controladores o CLP (Controlador Lógico responsável por interconectar diferentes tipos de equipamentos:
Programável); CP (Controlador Programável); SLC (Single
Loop Controller); MLC (Multi-Loop Controller); CNC Nível Administrativo e de Gestão: integra todos os
(Comando numérico Computadorizado); Interfaces para PC, outros níveis hierárquicos. Tipos de
CP ou CLP; Microcontroladores em qualquer dispositivo, equipamentos: estações de trabalho e servidores
incluindo sensores e atuadores. que supervisionam os processos industriais e os
Os controladores são de grande importância para os integram com sistemas de gerenciamento e
sistemas de controle e conseqüentemente para a automação automação comercial;
industrial, por isso vamos dar um pouco mais de ênfase aos
CLPs. Nível de Controle: faz os enlaces e controles dos
O CLP é um suporte eletrônico-digital para armazenar processos, conectando computadores e CLPs;
instruções de funções específicas, como de lógica, Nível de Campo e Processo: faz a integração de
sequencialização, contagem e aritméticas, todas dedicadas ao CLPs, multiplexadores de I/O e controladores
controle de máquinas e processos. dentro de sub-redes chamadas de ilhas;
Como principais características do CLP podemos citar
a utilização de processos discretos; a aplicação em automação Nível de Dispositivos de I/O: é composto pelo
fixa ou flexível; é o herdeiro direto dos antigos quadros de barramento de campo, que é responsável pela
relés; realiza lógica combinacional que significa produzir uma comunicação entre os dispositivos de chão de
combinação de variáveis de saída a partir de uma combinação fábrica, como sensores e atuadores, juntamente
de entradas; realiza lógica seqüencial, uma combinação de com seus respectivos controladores.
entradas juntamente com uma combinação das situações
anteriores dessas ou de outras variáveis, produzem Cada subsistema ou nível deve possuir uma certa
determinadas saídas; utiliza linguagens de programação entre autonomia, devendo adotar o tipo de rede mais adequado à
outras. atividade que executa, bem como ao equipamento que utiliza.
Porém o que acontece é que existem diversos níveis de
requisitos de comunicação em um mesmo ambiente industrial,
o que geralmente faz com que não exista um tipo único de rede
que possa atender a todos estes níveis, logo faz-se a
implementação de diferentes redes, para atender a cada
requisito específico.

Fig01 – Diagrama de blocos de um CLP

6.5 TRANSDUTORES

São dispositivos que convertem um estímulo ou fenômeno


físico de origem não elétrica para uma grandeza elétrica. As
principais características de um transdutor são a Faixa de
medida, que indicam os valores mínimos e máximos Fig 02 – Integração de um sistema industrial
permitidos; a Constante de proporcionalidade, que é a relação
entre valor de entrada e saída; o Erro de linearidade, indicado Pode até fazer-se necessário implementar-se redes
pelo valor do desvio da constante fixa; Precisão, desvio entre o específicas para ambientes industriais, visto que as
valor medido e o real; Velocidade de resposta, tempo entre o necessidades para este tipo de ambiente e de processo, bem
estímulo e a resposta; Estabilidade, variação do resultado em como os elementos que se interconectam (no caso das redes
função das condições de operação; Repetibilidade, que é a industriais são sensores, atuadores, etc.), são diferentes
Automação Industrial / Maio de 2003
daqueles para os tipos tradicionais de redes locais de
computadores. Exemplos destas necessidades incluem a alta
imunidade a ruídos, boa resistência mecânica, resistência às
chamas, umidade e corrosão, tempo de acesso e de propagação
limitados, tempo de reparo baixo, além da modularidade e
possibilidade de interconexão, etc.
É cada vez mais freqüente o desenvolvimento de
diferentes protocolos de comunicação para aplicações
industriais, sempre buscando estruturas que garantam a
segurança e a velocidade na transmissão dos dados, além do
aumento da flexibilidade da rede. Pode-se citar como os mais
difundidos o Fieldbus, Profibus, Interbus, entre outros, e cujos
detalhes não estão no escopo deste artigo.

8 CONCLUSÃO

A automação se faz presente nos mais simples


processos da vida cotidiana pois pode substituir tarefas, físicas
e mentais, árduas ou de alta periculosidade, bem como nas
atividades mais complexas dentro de uma indústria, o que a
torna de suma importância para o avanço da tecnologia. Para as
indústrias, ela proporciona um aumento na quantidade e na
qualidade de produção, o que gera um crescimento na
eficiência e na competitividade entre as empresas, ocasionando
preços mais acessíveis. É por isso que seu estudo e
desenvolvimento se fazem tão necessários nos dias de hoje.

9 BIBLIOGRAFIA

Maitelli, A. L. (2003), Controladores Lógicos Programáveis,


UFRN, Natal – Brasil.

Oliveira, V.F. (2002), Arquitetura fieldbus para Redes


Industriais, UFRN, Natal - Brasil..

Pereira, C.E. (1999), Automação Industrial.

Vianna, W. S. (2000), Instrumentação, Curso Pós-Técnico em


Automação - CEFET ,Campos – Brasil.

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