Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Abstract: The research studies the Knowledge Management as a management model for the
Administration of the State Information Technology combined with the use of Web 2.0 tools
like spring driving force to improve the intellectual capacity of the public organization of
state public for their managers make decisions that, in together, will achieve positive results
for the benefit of citizens and economic agents. The developed methodology was based on
literature prospection and a case study. There were observed difficulties due to the rigid
governmental structure as the hierarchy, guarantees and the excess of labor standards and
legal apparatus to be followed. The perception of the governmental body as the loss of
authority and credibility promoted innovation initiatives presented in the case study.
1 Introdução
O conceito de inovação no serviço público ainda se encontra em fase de consolidação.
Portanto, o Estado como operador de serviços tem como requisito a atualização de seus
recursos para que cumpra com suas finalidades precípuas. Devido a estes aspectos está em
permanente comparação com as atividades do setor privado.
1
23/11/2010 - 10:39:35
A inovação no serviço público deve aperfeiçoar os recursos disponíveis, por meio de ações
inovadoras de gestão e organização, promovendo melhores e mais qualificados benefícios à
sociedade. Assim, a forma de inovação por meio da Gestão do Conhecimento serve como
ferramenta para melhorar o desempenho do Estado.
A falta de inovação em órgãos públicos para o bom funcionamento da máquina pública
conduz a uma atuação deficiente provocando descontentamento e descrença por parte dos
cidadãos, que no extremo, colocam a própria democracia representativa em risco. Isto leva à
escolha de representantes com propostas inexeqüíveis que agravam ainda mais as atividades
do Estado. As rápidas mudanças na sociedade, nos recursos tecnológicos e, principalmente na
economia caracterizam uma ameaça e ao mesmo tempo uma oportunidade se bem orientada.
Ameaça de estagnar atividades devido ao emperramento dos órgãos públicos que concedem,
autorizam, supervisionam e outras próprias do serviço público. Oportunidade de recompor os
serviços prestados com modernidade, presteza e qualidade. As forças que impedem a
inovação em órgãos públicos são inerentes à ela e há três principais razões: 1- se baseia num
orçamento e não por receber pagamentos por resultados; 2- o número de stakeholders é muito
grande, o Estado precisa satisfazer a todos eles, e; 3- a sua missão deve ser absoluta e não
econômica medida por custo/benefício, deve buscar a maximização e não a otimização
(DRUCKER, 1987).
Propostas de inovação no âmbito público podem ser realizadas de muitas formas e contam
atualmente com contribuições de diversos setores do conhecimento. A Gestão do
Conhecimento (DAVENPORT, PRUSAK, 2003) propicia escolhas eficientes para aplicação
em uma gama de situações encontradas no setor público.
A crescente importância do conhecimento tem possibilitado o surgimento de diversas técnicas
gerenciais voltadas para o tratamento desse fator. Muitas delas são apenas variações sobre um
mesmo tema, rebatizadas por conveniência mercadológica. Tais como brainstorming,
Captação de Idéias, Coaching, Mapas de Competências e Interesses, Storytelling
(conhecimento tácito), entre outros (FUNDAP, 2009).
Ação de governança do Estado não se resume à orientação para a promoção de mudanças
culturais, educacionais, organizacionais, metodológicas e tecnológicas. Ele assume ação
operacional na execução de atividades de produção, serviços e supervisão, portanto deve ter
competência estratégica e gerencial. Para tanto não pode prescindir de inovações necessárias
para garantir ao Estado efetividade de suas atividades. O estímulo, a criação de conhecimento
e de inovações são mecanismos que poderiam favorecer sistematicamente as mudanças para a
obtenção de melhores resultados para o governo. A dificuldade para quebrar os paradigmas e
buscar soluções inovadoras acentua o descompasso entre as demandas sociais e a capacidade
de resposta pelo setor público.
2 Objetivos
1. Sintetizar contribuições dos Modelos de Gestão.
2. Conceituar o processo do conhecimento e sua gestão.
3. Apresentar a aplicação de um modelo de Gestão do Conhecimento no Estado.
2.1 Contribuições dos Modelos de Gestão
Modelo, segundo Houaiss (2001), significa a maneira de se conduzir, ou de se dirigir, ou de
fazer algo. Em Ferreira (2009), “...podemos definir como aquilo que serve de exemplo ou
norma em determinada situação.”. Gestão é o ato ou efeito de gerir, gerência, administração
ou ação de administrar, logo gerir é organizar os recursos, tais como recursos humanos,
2
23/11/2010 - 10:39:35
3
23/11/2010 - 10:39:35
4
23/11/2010 - 10:39:35
de que o mesmo é criado e expandido através da interação social entre suas facetas tácita e
explícita. A figura 1 demonstra que o conhecimento é cíclico e evolutivo.
FIGURA 2 - O processo do conhecimento. Fonte: adaptado de Davenport, Knowledge Management and Beyond
Wednesday, November 7 (2001).
Segundo Valentim (2002), as organizações são formadas por três diferentes ambientes: o
organograma, a estrutura de recursos humanos e a estrutura informacional, “a partir do
5
23/11/2010 - 10:39:35
6
23/11/2010 - 10:39:35
1
O termo Web 2.0 foi cunhado por Tim O’ Reilly em outubro de 2004, durante uma conferência de
desenvolvedores web realizada em São Francisco, nos EUA, referindo-se a uma assim chamada “segunda
geração” de aplicações web, caracterizadas por um grau maior de interação e colaboração entre usuários.
7
23/11/2010 - 10:39:35
8
23/11/2010 - 10:39:35
wikis: Serviço voltado para a criação coletiva de um documento “web”. Tal como a
grande maioria das ferramentas sociais, também este serviço prima pela facilidade de
utilização. A “wikipedia”, enciclopédia livre criada em 2001, que conta hoje com mais
de 300.000 verbetes, é o mais conhecido exemplo de ambiente produzido com o uso
de ferramentas desta categoria.
Podcasts: Os “podcasts” são serviços on-line que permitem gravar, hospedar e
distribuir o registro de áudios, com o formato de arquivos de áudio MP3. Esta
ferramenta possibilita aos usuários montarem sua própria estação de rádio, cujo
conteúdo e público alvo serão definidos por seus produtores. Seguindo uma tendência
comum a quase todas as ferramentas sociais, também os “podcasts” são utilizados por
pessoas, empresas privadas e governos.
videocasts: Serviço gratuito, destinado ao armazenamento e compartilhamento de
vídeos. Estes registros abrangem desde material caseiro produzido de forma
rudimentar até produções mais sofisticadas que são enviados por usuários, empresas
privadas e organizações governamentais. O mais típico exemplo desta família de
serviços é o Youtube, site que armazena 20 novas horas de vídeo, a cada minuto.
redes sociais: Ambiente, aberto ou exclusivo, que congrega pessoas com interesses
comuns, dispostas a interagir e ampliar relações, por meio da troca de idéias, discussão
de temas de interesse comum, busca de soluções para questões propostas, sejam elas
de cunho profissional ou pessoal. As mais conhecidas redes hoje disponíveis são:
Orkut, Myspace, Facebook, Ning e Linkedin.
Porém, acima de ser uma rede de sistemas e computadores, a Rede Paulista de Inovação em
Governo é uma rede de pessoas, construída por técnicos, funcionários, dirigentes e servidores
públicos que contribuem para o seu desenvolvimento.
A implementação do Programa de Gestão do Conhecimento e Inovação está sendo realizada
da seguinte forma: as 21 Secretarias e 35 órgãos e entidades vinculadas da Administração
Estadual designaram 127 servidores para constituírem Grupos Setoriais de Inovação. Esses
grupos, em seus respectivos âmbitos de atuação, pretendem promover ações de gestão do
conhecimento e indutoras de inovação, articulando-as em programas setoriais, previstos
no Decreto 53.963/2009. Os servidores designados participarão de curso para capacitá-los às
tarefas preliminares de constituição dos grupos setoriais e delineamento de ações de GCI. A
coordenação da constituição dos GSI’s e da sua capacitação é da Secretaria de Gestão Pública
do Estado de São Paulo (SGP), através do Grupo de Apoio Técnico à Inovação – GATI.
3 Considerações Finais
Este estudo permitiu perceber que a Gestão do Conhecimento no serviço público é incipiente,
onde a própria administração pública começa a perceber a necessidade de explorar
adequadamente os recursos disponíveis, tanto humanos como tecnológicos, em função de uma
atuação deficiente provocando descontentamento e descrença por parte dos cidadãos. A
dificuldade do Estado em inovar está em sua característica essencial, principalmente por
fundamentar-se em orçamentos, no número de entidades com as quais se relaciona e necessita
atendê-las e, por último e não menos importante, sua missão com a sociedade em maximizar
seus recursos e serviços. Trata-se de um aspecto relevante para atendimento dos cidadãos que
necessitam do Estado e que precisa ser inovado para o exercício competente de suas funções.
A forma como o Governo do Estado de São Paulo está inovando é por meio da Gestão do
Conhecimento e Inovação, em que pretende organizar as principais políticas, processos e
9
23/11/2010 - 10:39:35
Referências
BUKOWITZ, W. R., WILLIAMS, R. L., Manual de Gestão do Conhecimento: ferramentas e técnicas que criam
valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman, ISBN 85-7307-933-9, 2002.
CARLOS, J. A., Gestão do Conhecimento e da Inovação: Uma abordagem orientada para o setor público.
Fevereiro de 2008. Disponível em: < http://www.docstoc.com/docs/5714405/ gesto-do-conhecimento-e-inovao-
no-setor-pblico-1203348064945509-5>. Acesso em: 15 dez. 2009.
DAVENPORT, T. H., PRUSAK, L., Conhecimento Empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital
intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
DRUCKER, P. F., Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. 5 ed. São Paulo:
Pioneira, 1987.
______, Administrando para o futuro: os anos 90 e a virada do século. 6. ed. São Paulo: Pioneira, ISBN 85-221-
0147-7, 2001.
FERREIRA, W. M., Gestão do Conhecimento como parte do processo de inovação. Disponível em <
http://www.uniemp.br/livros/educacao-para-inovacao/i-Wesley-Marinho.pdf>. Acesso em 27 jul 2009.
FUNDAP – Fundação do Desenvolvimento Administrativo. Secretaria de Gestão Pública. Disponível em <
http://www.slideshare.net/inovagestao/inova-gesto-cgpei-gci-slides-final>. Acesso em: 08 dez 2009.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
LARA, C. R. D., A atual gestão do conhecimento: a importância de avaliar e identificar o capital humano nas
organizações. São Paulo: Nobel, ISBN 85-213-1265-2, 2004.
MACHADO, G., QUEIROZ, V., Inserção de um agente catalisador de inovações para a modernização do
serviço público : o caso da Fundação Luís Eduardo Magalhães. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DEL
CLAD SOBRE LA REFORMA DEL ESTADO Y DE LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA, 7., 2002, Lisboa,
Portugal. In: United Nations Public Administration Network – UNPAN. Disponível em: <
http://unpan1.un.org/intradoc/ groups/public/documents/CLAD/clad0043624.pdf >. Acesso em: 15 dez. 2009.
MARINI, C., MARTINS, H. F., Governança em ação. Brasília: Publix, 2009.
10
23/11/2010 - 10:39:35
11