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Ciência Economica

e Administrativa
Material Teórico
Evolução do Pensamento Econômico

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Marcello de Souza Marin

Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Evolução do Pensamento Econômico

• Introdução;
• A Econômia;
• Evolução do Pensamento Econômico;
• Necessidades Humanas;
• Fatores Produtivos;
• O Problema Econômico.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Trazer à tona o assunto Ciência Econômica e o seu estudo, desvendan-
do a evolução do pensamento econômico, as necessidades humanas
e focar nos fatores de produção e como isso impacta na nossa vida.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico

Introdução
Todos nós conhecemos um pouco de economia, seja por conta da nossa linha
de estudo ou porque assistimos televisão à noite em casa todos os dias, este assun-
to está em pauta em algum telejornal e também nos grandes jornais de todos os
países. Mas, para que possamos entender o que os jornais dizem, é importante que
tenhamos um conhecimento prévio desta importante ciência, que nos ajuda a en-
tender a forma que a sociedade caminha e se desenvolve no quesito crescimento,
como os fatores de produção estão sendo empregados, definir se a politica macro-
economia está alinhada com o desenvolvimento do país, se a politica cambial está
realmente ajudando o pais a crescer, entre outras coisas.

A ideia desta unidade inicial é trazer o conhecimento básico sobre economia, des-
vendando alguns mistérios e elucidando ao leitor temas extremamente interessantes,
que servirão de base para que o conhecimento seja alcançado ao longo do curso.

Trataremos da economia como uma ciência e o que ela traz de benefícios à


sociedade, o porquê o estudo da economia é importante, por que essa ciência tem
cada vez mais adeptos e como ela pode ainda hoje revolucionar o pensamento
crítico das pessoas, fazendo com que o entendimento e o crescimento sejam algo
intrínseco da sociedade e dos indivíduos.

Também demonstraremos o quanto se evoluiu com o pensamento econômico,


como esse pensamento mudou ao longo dos anos, décadas e séculos.

Falaremos sobre a necessidade humana, como essas necessidades moldam a


forma que a sociedade vai trabalhar com os fatores de produção, esses fatores que
são diversos, o capital, aqui não só entendido como dinheiro, mas como a força
que impulsiona uma sociedade em busca de seus objetivos, temos também a mão
de obra, essa é uma ferramenta importantíssima para a sociedade, que hoje em dia
está com uma oferta muito grande dentro da nossa sociedade por conta da falta de
emprego e oportunidades a todos.

Com todos os itens que serão expostos ao longo da unidade, conseguiremos ao


final dela pensar no problema econômico, agora com mais propriedade e conhe-
cimento, não somente supor razões para as coisas que acontecem, mas sim tentar
com o conhecimento adquirido entender o processo econômico e as suas razões
de acontecer.

Essa evolução do pensamento econômico será descrita de forma didática e bem


direcionada, para que o estudo e o conhecimento agregado seja algo de longa du-
ração e prazeroso.

Vamos desvendar esse novo mundo!!!

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A Economia
A vida cotidiana é cheia de ligações, sejam elas entre indivíduos de uma mesma
religião, de um mesmo clube, torcedor do time A ou do time B, relações politicas,
amorosas, entre outras diversas que podem ocorrer, tanto de forma única como de
forma de grupo.

Tais relações determinam as necessidades individuas de cada um dentro de uma


sociedade, a pessoa que tem uma relação com um time A, tem uma necessidade
diferente da pessoa que tem uma relação com um time B, cada indivíduo é molda-
do pelas suas relações.
As relações econômicas, de forma específica, tratam das ações adotadas
pelas pessoas com o objetivo de satisfazer suas necessidades materiais
ou fisiológicas, como alimentação, transporte, vestuário, habitação, lazer
etc., e levam as pessoas a adotar ações para obterem meios para a satis-
fação dessas necessidades. (DIAS, 2015 – pag. 9)

A Ciência Econômica é uma ciência social por tratar das relações estabelecidas
entre as pessoas, ela estuda a forma como essas pessoas se portam dentro da so-
ciedade que estão inseridas, utilizando métodos de modelos abstratos para verificar
e analisar como as diversas camadas da sociedade se portam dentro de um mesmo
contexto ou dentro de contextos diferentes. É uma ciência que sempre está em
foco, pois analisa os indivíduos, suas preferências e como esses indivíduos se por-
tam nas mais diversas situações expostas.

Tem sua origem na Grécia antiga, onde os grandes pensadores já introduziam


o tema nas suas arguições politicas e filosóficas, já demonstrando preocupações
econômicas. A própria palavra “Economia” é derivada de uma expressão gre-
ga oikosnomos (oikos, que significa casa, lar, e nomos, que significa norma, lei,
administração), a Grécia sempre foi o berço de grandes pensadores e esses pen-
sadores revolucionaram muitas ciências, e a Ciência Econômica não ficou de fora
dessa revolução Grega.

A definição de economia pode ser expressa da seguinte maneira:


A Economia é um ramo das Ciências Sociais cujo foco é a forma pela qual
a sociedade realiza suas escolhas de produção de bens e serviços com o ob-
jetivo de satisfazer as necessidades humanas, considerando que os recursos
disponíveis para tal produção são escassos. (DIAS, 2015 – pag. 10)

Existem dois métodos de análise econômica, o primeiro é o dedutivo e o segun-


do o indutivo.

O método dedutivo se baseia em fatos concretos e os relaciona com outros fatos


para assim chegar a conclusões sobre os diversos temas, um exemplo bem simples

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UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico

que os gregos usavam é de que todos os homens são mortais, Aristóteles é um


homem, logo, Aristóteles é mortal.

Já o método indutivo trabalha com observações específicas e não somente um


fato, deve ser analisado “n” coisas para que se chegue a uma conclusão, devemos:
1. identificar um problema;
2. formular hipótese;
3. coletar, organizar e analisar dados;
4. formular conclusões;
5. verificar, rejeitar ou modificar hipótese após testá-la.

O método indutivo é muito utilizado nos dias de hoje, principalmente, em estu-


dos acadêmicos, como dissertações e teses.

Muito se discutiu no passado sobre qual seria o melhor método, mas isso real-
mente ficou no passado e hoje se verifica que os dois métodos têm a sua contribui-
ção e devem ser utilizados, podendo ser utilizados separadamente ou em conjunto.

A economia como ciência, como conhecemos hoje, veio crescendo ao longo do


tempo, a escola clássica dos pensadores trouxe esse avanço econômico que conhe-
cemos, principalmente a escola clássica de pensadores.
A Economia atual é uma ciência que analisa de que forma as pessoas e
as empresas, individual ou coletivamente, organizam a produção de bens
e serviços para a satisfação das necessidades humanas, considerando es-
cassos os recursos disponíveis para a produção desses bens ou serviços.
Em outras palavras, a Economia estuda como as pessoas tomam decisões
sobre compra, venda, investimento, poupança, consumo, trabalho etc.,
e como interagem umas com as outras com o objetivo de satisfazer suas
necessidades econômicas. (DIAS, 2015 – pag. 11)

Na concepção dos autores clássicos, o que dá valor aos bens é o trabalho hu-
mano. Um determinado bem é mais valioso se há necessidade de muito trabalho
humano para que ele seja obtido; enquanto que um outro bem será menos valioso
se pode ser obtido ou construído com relativamente pouco trabalho.

Apesar de mais satisfatória que teorias anteriores, essa interpretação não expli-
cava, por exemplo, por que o mesmo bem era comprado e vendido a preços dife-
rentes em diferentes situações. Afinal, se um determinado bem, em determinado
momento, tem um dado custo social em horas de trabalho por unidade de produto,
seria de se esperar que seu valor (e, portanto, seu preço) não oscilasse tanto.

A partir da segunda metade do século XIX, começou a tomar corpo uma nova
visão sobre o valor e os preços das mercadorias. Segundo diversos economistas,
o valor das mercadorias não poderia ser atribuído a características intrínsecas dos
bens, nem somente ao trabalho que era exigido para serem obtidos. Esta nova es-

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cola de pensamento considerava que, ao determinar o valor de um bem, as pessoas
levem em conta as quantidades adicionais deste bem que estariam à sua disposição
e, além disso, considerem também os aspectos de valor subjetivos que cada pessoa
atribui aos bens. Tratava-se de uma visão tão distinta das anteriores e que ganhou
tanta importância que tomou o nome de Revolução Marginalista. Seus principais
expoentes, à época, foram William Jevons (1862), Carl Menger (1871) e León
Walras (1874).

Essa visão efetivamente revolucionou a forma de se compreender o valor, abo-


lindo a interpretação do valor intrínseco dos bens (relativo ao seu material ou aos
seus custos de produção), passando a explicar o valor dos bens em função de sua
abundância relativa e, também, dos aspectos derivados do desejo das pessoas em
adquirir tal bem.

A Ciência Econômica, muitas vezes, deve trabalhar com a questão de que tudo
permanece constante dentro de um contexto de análise, pois como utiliza diversas
teorias matemáticas e estatísticas em alguns momentos, é impossível de se prever
todas as variáveis que podem ocorrer dentro do contexto de uma sociedade e, por
essa questão, muitas vezes temos que invocar a condição Ceteris Paribus, uma
expressão em Latim que significa “tudo o mais permanece constante”, dessa ma-
neira podemos muitas vezes isolar um fator e analisar ele de maneira mais fácil.

A economia é divida em dois grandes grupos de estudos, a microeconomia e a


macroeconomia. A seguir discorreremos um pouquinho sobre cada um deles.

O estudo da microeconomia, conforme proposto aqui, corresponde a uma visão


chamada de “neoclássica”. Nessa visão, a economia é tratada como uma ciência
objetiva, em que são definidos alguns axiomas (princípios básicos e dados como
certos), e toda a teoria é desenvolvida a partir desses axiomas de forma lógica e,
por vezes, matemática.

Existe, naturalmente, a possibilidade de testar, ao final, se as teorias encontram


respaldo na realidade, o que denominamos de “testes empíricos”.

Princípios básicos no estudo da Microeconomia:


• Economia como ciência objetiva;
• Utilidade;
• Escassez;
• Bens;
• Agentes Econômicos;
• Racionalidade;
• O que dá valor aos produtos e serviços.

A microeconomia estuda como os agentes econômicos se relacionam, como é


que se dá a questão de oferta, demanda, e como se dá o equilíbrio do mercado; a

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UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico

microeconomia estuda os agentes econômicos e suas inter-relações e influências


no estabelecimento das relações econômicas.

Na macroeconomia se aborda os temas mais amplos das economias que afetam


a todos os agentes que de alguma forma atuam neste meio. Os principais temas
tratados na macroeconomia são o PIB dos países, inflação, os juros, o câmbio (re-
lação de troca entre moedas de diferentes países), o emprego, as contas do setor
público, as contas externas, o papel do Estado na economia (políticas monetária e
fiscal), entre outros pontos.

Através da macroeconomia, por sua vez, tentaremos entender de forma mais


abrangente como se dá o ambiente econômico em que nossa empresa opera.
Tentaremos entender por que há inflação e quais seus malefícios aos negócios, o
que determina o crescimento de um país ou região, de que forma mudanças nas
taxas de câmbio podem afetar este ambiente e de que maneira os juros interferem
também em nossos negócios.

Você Sabia? Importante!

Por que a Economia é uma ciência humana?


Uma questão que gera dúvidas para muitas pessoas se refere ao fato de por que a econo-
mia é uma ciência humana? De forma geral, a justificativa para a inclusão da economia
no mesmo ramo em que estão ciências como Sociologia, Antropologia e Ciência Política é
porque ela estuda aspectos da vida social, como iremos abordar em detalhes nos seguintes
tópicos: Principais Dúvidas Relacionadas com a Economia sendo Ciência Humana; Motivos
que fazem da Economia uma Ciência Humana; Principais Áreas de Atuação da Economia
Conclusão. Para saber os detalhes abordados, acesse o link a seguir: https://goo.gl/9MHu4D

Evolução do Pensamento Econômico


Nesta parte, vamos tratar de como se deu a evolução do pensamento econômi-
co ao longo dos anos, vamos tratar dos diversos tipos de pensamentos destacados
por grandes autores e fazer um paralelo com o crescimento da ciência econômica
como um todo.

O Pensamento Econômico Judaico


A origem do povo judeu remonta a mais de 2500 anos antes de Cristo. Esse
povo é um dos percussores da economia, desde sempre pensou na economia em
conjunto com a sociedade, trazendo à tona os assuntos de politica, religião, ética
em conjunto com o tema economia. Os judeus já trabalhavam com a questão dos
juros e tinham regras específicas para isso, por exemplo, era permitido o emprésti-
mo, mas este deveria ser sem cobrança de juros para o povo judeus; se o emprés-
timo fosse concedido a alguém não judeu, a cobrança deveria ocorrer.

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Na questão do comércio, eles deveriam cobrar o preço justo sobre a mercadoria
e era proibido alterações de qualidade ou peso.

Definiram o sábado, também, como o dia de descanso para o povo, dia esse que
deveria ser para desfrutar com a família e se dedicar a religião.

A Economia Medieval
Esse período, que se iniciou em 476 depois de Cristo e foi até a queda de
Constantinopla, foi o período da Idade Média desenvolvido via o feudalismo, bem
fundamentado na questão da agricultura, com um crescimento grande do escambo.
As moedas já estavam em circulação em algumas regiões do planeta, mas, ainda
assim, o escambo dominava a economia. A igreja católica, nessa época, era ex-
tremante presente e forte na sociedade, desempenhando um papel importante no
processo de produção.

O Mercantilismo
Esse período, que aconteceu entre os séculos XV e XVIII, foi o período pós-
-feudalismo, que nas nações, principalmente da Europa, começaram a corrida ex-
pansionista, elas procuravam crescer os seus territórios via descoberta de novos
locais para que pudessem ser novos centros comerciais e que, assim, acumulassem
mais riqueza para as suas nações.

A questão do aumento de exportações de mercadorias era um ponto que


essas nações sempre estavam buscando para elevar o saldo positivo de suas
balanças comerciais.

Nessa época, os governos é que investiam muito nas economias e nesta


expansão territorial.

Para os mercantilistas, a principal atividade era o comércio, enquanto a produ-


ção agrícola e a indústria vinham em segundo plano.

Após esse período forte do mercantilismo, tivemos um período que os fisiocra-


tas entraram em cena, o termo “fisiocracia” significa “governo da natureza”, eles
acreditavam que as coisas tinham uma ordem e uma razão (Deus). Consideravam a
agricultura como principal atividade, as demais atividades como secundárias.

Para os fisiocratas, o estado deveria ter papel mínimo na sociedade, somente


com funções de proteção à vida e à propriedade, a liberdade de comércio e a pro-
priedade privada.

A Escola Clássica
A escola clássica, que teve sua origem no século XIX, também no continente
europeu, pregava um sistema econômico baseado na liberdade de mercado e de

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UNIDADE Evolução do Pensamento Econômico

comércio, com pouca interferência estatal, já era o início do que conhecemos hoje
como Capitalismo, o processo que o mercado se auto regula.

Os principais representantes dessa linha de pensamento foram Adam Smith


(1723–1790), que se dedicou a investigar a natureza e as causas da riqueza das
nações; David Ricardo (1772–1823), que discutiu os problemas da distribuição da
riqueza na sociedade; e Thomas Malthus (1766–1834), que criou uma teoria sobre
populações e estudou a prosperidade e a pobreza das nações.

O Marxismo
O filósofo alemão Karl Marx (1818–1883) questionou o Capitalismo e suas na-
turezas, ele defendia que a Mão de Obra era o item mais sensível dentro do proces-
so de produção, mas que como o trabalhador não tinha noção do processo como
um todo, ficaria alienado e não conseguiria entender a sociedade.

Pregava que esse seria o fim do Capitalismo como o conhecemos, pois os tra-
balhadores entenderiam o poder que tinham e tomariam o poder pela revolução.

Ele criou o que conhecemos hoje como socialismo e que alguns países utilizam
como forma de economia até hoje.

A Economia Keynesiana
Escola de pensamento econômico foi fundada pelo economista britânico John
M. Keynes (1883–1946) no início do século XX. Como os países, principalmente
os Estados Unidos da América, foram afetados pela grande depressão entre os
anos de 1920 e 1930, Keynes sugeriu que o Estado tivesse mais poder e contro-
lasse as políticas monetárias e fiscais, dessa maneira criando o desenvolvimento
sustentável e aumentando o número de empregos e renda na sociedade.

A escola de Keynes foi seguida pelos Estados Unidos. Com esse tipo de pensa-
mento econômico conseguiu superar a crise econômica e se tornar uma das nações
mais bem-sucedidas do planeta.

ADAM SMITH - Conhecido por sua obra principal, An Inquiry Into the Nature and
Causes of the Wealth of Nations (“Uma Investigação sobre a natureza e as causas
da riqueza das nações”), de 1776, Adam Smith foi na verdade um filósofo social,
não um economista. Quando se examina o contexto de seu pensamento que inclui
o seu The Theory of Moral Sentiments (“A Teoria dos Sentimentos Morais”), de 1759,
além da obra que almejava publicar sobre os princípios gerais da lei e do governo
e as diferentes revoluções que sofreram em diferentes épocas e períodos da socie-
dade, vê-se que sua obra prima “Riqueza das Nações” não é meramente um tratado
de economia, mas uma peça dentro de um sistema filosófico amplo que parte de
uma teoria da natureza humana para uma concepção de organização política e de
evolução histórica. Disponível em: https://goo.gl/Lf17sw

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KARL MARX - Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e
equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Hein-
rich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História
nas Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das ideias de Hegel.
Este filósofo alemão foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu
radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período
de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema
capitalista. Segundo este economista, o capitalismo era o principal responsável pela
desorientação humana. Ele defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria
unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica
abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se
viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
Este grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações
clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra O Capital, livro publicado
em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre
o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores
acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica a custa
do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu
também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo. Dis-
ponível em: https://goo.gl/Hz4Vdw

Necessidades Humanas
Todos os dias a população mundial cresce de maneira vertiginosa e com esse
crescimento, também, cresce o consumo de bens e serviços, pois essas pessoas
precisam satisfazer as suas necessidades básicas ou não, a sociedade é movida pela
necessidade de satisfação.

Essas necessidades se dão por carência ou insatisfação e podem, com certeza,


ter relação com algo que deve ser satisfeito. Elas são separadas em duas categorias,
primárias e secundárias: as primárias são as necessidades vitais do ser humano,
não geram satisfação pessoal, mas são uteis e primordiais para a sobrevivência tais
como alimentação, saúde etc. Já as secundárias são consideradas as sociais, são
importantes, mas não dependemos delas para a sobrevivência, tais como cultura,
esporte, educação etc.

O quadro a seguir apresenta as características e a natureza das necessida-


des humanas.

Tabela 1 - Características e a natureza das necessidades humanas


Características
Multiplicidade Substitutibilidade Saciabilidade
Existem vários tipos de necessidades huma- As necessidades podem ser satisfeitas por As necessidades humanas por bens ou ser-
nas, e são ilimitadas, ou seja, à medida que bens ou serviços diferentes, ou seja, os viços vão sendo satisfeitas gradualmente,
uma necessidade é satisfeita, novas surgirão. bens ou serviços podem ser substituídos. até cessarem por completo.

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Natureza
Primárias Secundárias
São as necessidades consideradas naturais São as necessidades consideradas sociais,
ou vitais aos seres humanos, e sem a satis- ou seja, são as importantes para a sobrevi-
fação das quais não se consegue sobrevi- vência, porém sua insatisfação não implica
ver. Ex: alimentação, saúde, habitação etc. em sofrimento imediato.
Ex: lazer, cultura, esporte, educação etc..
Fonte: DIAS (2015) p. 18

Bens
Um bem, no sentido econômico, é qualquer produto ou serviço que tem utilida-
de e é escasso.
Bens podem ser subdivididos em dois grupos, conforme o seu tipo e sua natureza,
bens livres (ar, mar, luz do sol) ou bens econômicos (roupas, máquinas, alimentos).

Utilidade de um Bem
Utilidade é a característica que os produtos e serviços têm de satisfazerem neces-
sidades ou desejos das pessoas e empresas, possui sua utilidade na medida em que
permite a satisfação de uma necessidade humana.

Existem 2 tipos:
• abstratas;
• subjetiva.

A utilidade abstrata é aquela que não é essencial ao ser humano, um exemplo


básico é a compra de um anel de ouro por exemplo, ele não é essencial para a vida
daquela pessoa, mas é extremamente importante, às vezes, para o ego e para que
a pessoa fique bem.

A questão da utilidade subjetiva é a percepção da real utilidade de determinado


produto, isso vai depender do seu utilizador ou comprador. A água não tem o mes-
mo valor para nós aqui no Brasil e para uma pessoa no Saara que está com muita
sede, o valor para essa pessoa é muito maior.

Utilidade Marginal de um Bem


O conceito de utilidade marginal se refere ao comportamento do grau de utilida-
de de um bem que vai sendo adicionado ao consumo das pessoas.

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Fatores Produtivos
A produção é realizada através da combinação de diversos fatores. Esses fatores
são comumente categorizados em capital, trabalho e terra. Atualmente, capital e
terra confundem-se, pois, a terra posta à produção também tem as mesmas carac-
terísticas de capital.

É aquilo que nós pegamos de matéria prima e transformamos em produtos aca-


bados pronto a serem disponibilizados no mercado para consumo da sociedade.

Os inputs são os fatores produtivos e os outputs são os bens colocados no mercado.

Esses fatores produtivos são tradicionalmente divididos em três categorias:


• Terra – O mais antigo utilizado pelo ser humano, seja para a agricultura ou
seja para a construção de moradias e empresas.
• Trabalho – Os trabalhos realizados pelos trabalhadores em empresas, comér-
cios etc.
• Capital – Aqui que não falamos de dinheiros, falamos de bens, máquinas,
equipamentos etc., que são empregados na produção.
Ao serem combinados entre si por meio da tecnologia dotada pela unidade
produtiva, esses fatores produtivos resultarão em bens e serviços finais
que serão adquiridos pelas pessoas para a satisfação de suas necessidades.
(SILVA, 2015 – pág. 19)

Esses fatores de produção vêm sendo combinados há anos, só um deles sem o


componente do segundo não funciona, eles têm que trabalhar pelo menos em dois.

A Escassez de Recursos
Escassez significa, literalmente, a falta ou a iminência da falta de algo.

Entretanto, escassez, no seu sentido econômico, não significa que não há ne-
nhuma quantidade disponível de um determinado objeto, mas sim que não há
quantidades infinitas desse objeto à disposição e/ou que há um custo para a obten-
ção deste objeto.
Explor

Bens e Fatores de Produção ECONOMIA, disponível em: https://youtu.be/YJ16BrqXFx0

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O Problema Econômico
Um bem, no sentido econômico, é qualquer produto ou serviço que tem utilida-
de e é escasso.

Agentes econômicos são todas as pessoas que tomam qualquer tipo de decisão
na economia, seja pessoal, para suas empresas, governo etc. As próprias empresas
e o governo podem ser considerados agentes econômicos.

Racionalidade, no sentido microeconômico, significa duas coisas. Primeiro, que


os agentes econômicos desejam sempre obter o máximo de utilidade. Isto é co-
nhecido pelo termo “maximização da utilidade”. Trata-se de um princípio bastante
intuitivo, mas ao mesmo tempo de fundamental importância para a teoria micro-
econômica. Segundo é o fator da racionalidade, a consideração de que os agentes
econômicos conhecem as regras básicas de funcionamento de seus negócios e de
economia como um todo, conseguindo, com base nessas regras, tomar decisões
de consumo e produção.

Buscamos então explicar como podemos conciliar as necessidades humanas por


bens e serviços, sendo que esses mesmos bens e serviços são escassos.

O dilema da economia é compatibilizar as necessidades com a produção dos


bens para satisfazer as necessidades, considerando a escassez dos recursos dispo-
níveis para a produção desses bens. Por isso, precisamos definir, precisamos que
entenda-se os formadores de politicas publicas e de teorias econômicas.

O que a sociedade irá produzir?

Como serão produzidos esses bens ou serviços?

Para quem produzir?

Com a solução ou definição das questões acima é que a sociedade irá se organi-
zar no sentido econômico, buscará a combinação de recursos (bens escassos) para
a produção de bens e serviços e a sua destinação correta dentro da sociedade.

Você Sabia? Importante!

A Economia, a Escassez, o Problema Económico, a Competição e as Escolhas


A ciência a que chamamos Economia estuda a gestão dos recursos escassos nas socieda-
des humanas. Economia Política é quando aquela intervenção se acrescenta o propó-
sito de descrever como o voluntarismo de determinados grupos sociais dominantes ou
entidades políticas se projeta na gestão dos recursos, conformando-a segundo os seus
desígnios próprios. Para ler o artigo na íntegra, acesse o link a seguir:
https://goo.gl/HRqLMA

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda - John Maynard Keynes Editora:
Palgrave Macmillan, 1936
Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas
SMITH, Adam. Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas.
São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.

Leitura
Fundamentos de um sistema monetário
https://goo.gl/aYcmhS
A unidade salarial e o multiplicador na Teoria geral de Keynes
https://goo.gl/RTezHT

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Referências
CIÊNCIA HUMANAS. A economia, a escassez, o problema económico, a
competição e as escolhas. Disponível em: <http://www.cienciashumanas.com.
br/resumo_artigo_5800/artigo_sobre_a_economia-_a_escassez-_o_problema_
economico-_a_competicao_e_as_escolhas - Acesso em: 24/07/2018>. Acesso
em: 24/07/2018.

COLÉGIO WEB. Por que a Economia é uma ciência humana? Disponível em:
<https://www.colegioweb.com.br/curiosidades/por-que-economia-e-uma-ciencia-
-humana.html>. Acesso em: 24/07/2018.

DIAS, Marcos Carvalho.  Economia Fundamental - Guia Prático. São Paulo:


Érica, 2015.

ECONOMIA NET. Época, vida, filosofia e obras de Adam Smith. Disponível em:
<http://www.economiabr.net/biografia/smith.html>. Acesso em: 24/07/2018.

SUA PESQUISA.COM. Karl Marx. Disponível em: <https://www.suapesquisa.


com/biografias/marx/>. Acessa: em 24/07/2018.

VASCONCELLOS, M. A. S.; ENRIQUEZ GARCIA, M. Fundamentos de Econo-


mia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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