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21/11/2019 Módulo 1 - Alinhamento estratégico para a educação

1.1. Os direcionadores estratégicos da educação e o Plano Político-


Pedagógico

Uma organização, por definição, compreende um conjunto articulado de indivíduos com um objetivo em comum. Apesar do compartilhamento
do propósito, os caminhos a serem percorridos para alcançar a finalidade pretendida podem destoar e divergir. Nesse sentido, a
descoordenação dos esforços dos membros que compõem uma unidade escolar (diretor, vice-diretor, secretário escolar, coordenador
pedagógico, professores, servidores administrativos) repercute na ineficácia dos resultados almejados, ao passo que as iniciativas
coordenadas na mesma direção têm a capacidade de alavancar o desempenho da unidade escolar estadual (UEE).

Para que os objetivos pretendidos sejam alcançados é definida uma estratégia organizacional, a fim de auxiliar o direcionamento de quais
caminhos devem ser seguidos. A estratégia propõe quais devem ser as práticas empreendidas para que o seu propósito e o que se deseja
realizar em dado horizonte de tempo sejam alcançados. Segundo Ackoff (1966), estratégia é definida como “um futuro desejado e os meios
eficazes para alcançá-lo”. Sua função é auxiliar o direcionamento dos caminhos a serem tomados e definir os propósitos e os resultados
desejados, bem como os esforços necessários à sua consecução.

Para que o diretor e o vice-diretor escolares possam delimitar a estratégia da unidade escolar, é necessário se basear em algumas diretrizes
que norteiam a educação. No âmbito Federal, as orientações estratégicas são dispostas no Plano Nacional de Educação (PNE). Esse Plano
determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional no período de 2014 a 2024 e foi aprovado por meio da Lei nº
13.005/2014.

Em seu Artigo 8º, o PNE estabelece que “os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de
educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias” previstas no documento. Com
base nisso, desdobram-se os Planos Estaduais e Municipais de Educação.

No âmbito estadual, as diretrizes estratégicas estão dispostas no Plano Estadual de Educação (PEE). A Secretaria de Educação do Estado
da Bahia elaborou o seu PEE para o período entre 2016 a 2026 que foi aprovado por meio da Lei nº 13.559/2016, em consonância com o
PNE, com a Lei nº 13.005/2014, com o Artigo 214 da Constituição Federal (CF) e com o Artigo 250 da Constituição Estadual (CE), a serem
apresentados na sequência.

O Artigo 214º da CF aborda que “a lei estabelecerá o Plano Nacional de Educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema
nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes
públicos das diferentes esferas federativas.”

O Artigo 250º, por sua vez, da CE retrata que “a lei estabelecerá o Plano Estadual de Educação, de duração plurianual, proposto pelo Poder
Executivo, com vistas à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público, que
conduzam aos objetivos previstos na Constituição Federal.”

Os planos, tanto federal (PNE) quanto estadual (PEE), são compostos por diretrizes. Com exceção do item VIII (válido apenas para o PNE),
as demais diretrizes são compartilhadas por ambos os planos. São elas:

I. erradicação do analfabetismo;
II. universalização do atendimento escolar;
III. superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de
discriminação;
IV. melhoria da qualidade da educação;
V. formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI. promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII. promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII. estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que
assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX. valorização dos (as) profissionais da educação; e
X. promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

O PEE da Bahia definiu 20 metas, “seguidas de suas estratégias específicas, que terão como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios – PNAD, o censo demográfico e os 4 censos nacionais da Educação Básica e Superior, em bases a serem atualizadas e
observadas ao longo do processo de acompanhamento, sem prejuízo de outras fontes e informações relevantes.” (LEI Nº 13.559/2016).

Estabelecidas as diretrizes para o alcance das metas, por meio dos Planos, as unidades escolares, estando na ponta do desdobramento das
metas, são responsáveis por traçar o seu planejamento interno e a sua estratégia para que desenvolvam atividades em consonância com as
demais unidades e entes da educação.

Em cada unidade escolar a estratégia é definida pelo Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE). Esse Plano é um instrumento de gestão
empregado com a finalidade de assistir a unidade escolar na realização do seu trabalho da melhor maneira, isto é, focalizando sua energia,
assegurando que a equipe esteja trabalhando para atingir os mesmos objetivos e avaliando e adequando sua direção em resposta a um
ambiente mutável.

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O PDE é similar ao planejamento estratégico de qualquer organização e deve ser elaborado de modo participativo com a comunidade
escolar. Está sujeito às diretrizes definidas pelas autoridades públicas da educação nas esferas federal, estadual e municipal, conforme
citado anteriormente. Isto significa que, embora o gestor escolar tenha autonomia para definir os caminhos que serão seguidos para que a
unidade escolar obtenha os resultados desejados, é preciso que esses caminhos estejam alinhados às diretrizes educacionais definidas pela
Secretaria da Educação do Estado da Bahia e demais autoridades públicas.

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1.1.1. Tipos e Níveis de Planejamento Educacional

Para que o planejamento da unidade escolar seja eficiente e possibilite o alcance dos objetivos estabelecidos, é necessário que o diretor e o
vice-diretor se atentem a alguns aspectos, como: funcionamento da escola, processo de ensino-aprendizagem, formação do aluno, postura
pedagógica, projetos desenvolvidos, entre outros. Para isso, o planejamento escolar deve ser elaborado em níveis possibilitando a integração
entre as frentes administrativa e pedagógica da unidade escolar. Os níveis são:

Planejamento Educacional;
Planejamento Escolar;
Planejamento Curricular;
Planejamento de Ensino.

Planejamento Educacional

É o mais abrangente, referente aos Planos de Educação Nacional, Estadual e Municipal, ou seja, engloba as políticas educacionais gerais.
Trata-se do Plano Nacional de Educação (PNE), do Plano Estadual de Educação (PEE) e do Plano Municipal de Educação, já explicitados
anteriormente.

Planejamento Escolar

O Planejamento Escolar refere-se ao Projeto Político-Pedagógico (PPP), que será abordado na seção seguinte, e é elaborado com base no
Planejamento Educacional. Engloba as esferas pedagógica, administrativa e comunitária da unidade escolar, definindo os aspectos gerais
que pautarão as ações e atividades a serem desenvolvidas e, por isso, é considerado um plano integral da escola, pois aborda todas as
atividades do ambiente escolar.

Planejamento Curricular

Refere-se à programação da vida escolar do aluno e quais serão suas experiências de aprendizagem. Contém orientações e diretrizes a
respeito da definição do currículo escolar e dos fundamentos de cada disciplina. Segundo Turra et al. (1995), esse planejamento deve ser
funcional, visando a promoção da aprendizagem de conteúdo e habilidades específicas, bem como o fornecimento das condições favoráveis
à aplicação e integração desses conhecimentos.

Planejamento de Ensino

Refere-se ao aspecto didático, envolvendo as ações a serem desempenhadas pelos professores em sala de aula. Desse modo, o docente
elabora o seu programa de trabalho e define as estratégias a serem adotadas para o ensino, como a abordagem e as metodologias a serem
utilizadas, o conteúdo programático das matérias, as datas de avaliações e as atividades a serem desenvolvidas, visando o melhor
desempenho. Esse programa deve estar em consonância com os objetivos da unidade escolar já definidos nos demais planejamentos.

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1.1.2. O Projeto Político-Pedagógico

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) é o documento que pauta as práticas de ensino da unidade escolar, direcionando a gestão e as
atividades educacionais.

A obrigatoriedade da elaboração e da execução do PPP está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a Lei nº 9.364/96,
sob a nomenclatura de Proposta Pedagógica ou Projeto Pedagógico. Apesar das diferenças de designação, Lück (2009, p. 38) destaca que
esses documentos “são equivalentes naquilo que representam e não apresentam diferenciação naquilo que explicitam”.

O PPP deve responder, entre outras, às seguintes questões:

Como as pessoas serão formadas?


Quais valores serão transmitidos?
Quais capacidades serão desenvolvidas?
Como será a sociedade construída ou transformada a partir da atuação da unidade escolar?

O foco do PPP é centrado no aluno, em sua formação e na organização do processo pedagógico de ensino-aprendizagem. As respostas
para os questionamentos são concretizadas no cotidiano da unidade escolar por meio dos conteúdos trabalhados, das metodologias
utilizadas e das relações de convivência desenvolvidas. Além disso, o PPP é uma construção coletiva, ou seja, que envolve a participação
dos profissionais da educação e que deve representar os interesses da maioria.

O documento do Projeto Político-Pedagógico é composto por dois planos: a Proposta Pedagógica Curricular ou Plano de Curso, e o Plano de
Trabalho Docente.

Proposta Pedagógica Curricular

A Proposta Pedagógica Curricular pode receber diversas denominações, mas de forma geral, deve conter os seguintes elementos:

A caracterização dos destinatários principais do trabalho desenvolvido pela escola: os alunos, em suas diferentes idades e etapas da
escolarização;
O conjunto dos conteúdos a serem trabalhados;
As metodologias e os modos de avaliar o trabalho pedagógico;
As correntes pedagógicas que justificam e fundamentam os itens anteriores.

A construção da Proposta Pedagógica Curricular da unidade escolar tem referência na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nas
Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais e Estaduais de acordo com o respectivo nível de ensino.

A BNCC é o documento que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica, de maneira orgânica e progressiva. Além disso, assegura os direitos de aprendizagem e desenvolvimento
tal como preconiza o PNE.

As Diretrizes Curriculares são definidas pela Resolução CNE/CEB nº 2/98 como um “conjunto de definições doutrinárias sobre princípios,
fundamentos e procedimentos na Educação Básica que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na organização,
articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas”.

Os Parâmetros Curriculares configuram uma proposta flexível acerca dos currículos e dos programas de transformação da realidade
educacional conduzidos pelas escolas e professores. Esses parâmetros constituem um referencial de qualidade para a educação, sem
sugerir um modelo curricular homogêneo e impositivo (BRASIL, 1997).

Os Parâmetros Curriculares sugerem o que será ensinado, enquanto as Diretrizes Curriculares propõem como deve ser o processo de
ensino. Esses instrumentos atuam de maneira complementar na orientação da atuação pedagógica da unidade escolar, sob a gestão do
diretor e vice-diretor escolares. Sua flexibilidade possibilita que os direcionamentos educacionais sejam adaptados às realidades locais e
alinhados à estratégia da UEE.

Os aspectos da gestão pedagógica e da aprendizagem relacionados à proposta curricular serão discutidos com maior profundidade no
Módulo 4 do Curso de Certificação.

Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho Docente ou Plano de Aula é desenvolvido com base na Proposta Pedagógica Curricular e organiza o trabalho a ser
conduzido em sala de aula. A frequência de sua construção é relativa, podendo ser diária, semanal, quinzenal ou de acordo com a
necessidade. Ele deve conter os seguintes principais elementos:

Objetivos, que demonstram os resultados a serem alcançados pelo trabalho docente;


Conteúdos gerais (conhecimentos, conceitos ou práticas), normalmente associados aos objetivos gerais da disciplina ou área trabalhada;
Conteúdos específicos, geralmente associados aos objetivos específicos a serem atingidos nas aulas;
Justificativa, que cria o alinhamento entre objetivos gerais e específicos, assim como a Proposta Pedagógica Curricular e o Projeto
Político-Pedagógico;
Metodologia e recursos didáticos;
Critérios de avaliação, definindo o que se espera que o aluno aprenda e como se pode recuperar o aprendizado não alcançado pelos
alunos;

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Referências e bibliografias que apoiarão o trabalho didático do professor, que não necessariamente se resumem ao livro didático
escolhido por ele.

Lück (2009) justifica a importância do Plano de Aula como requisito para a condução de uma boa aula. É preciso que esse documento seja
criativo e interessante, garantindo o bom aproveitamento do tempo e aprendizagem significativa a todos os estudantes. Algumas perguntas
podem nortear o corpo técnico em sua elaboração:

Como o aluno vai receber os estímulos e orientações?


Como articular o conhecimento produzido com as experiências e conhecimentos do aluno?
Quais situações interessantes podem levar o aluno a envolver-se mais facilmente na aprendizagem dos novos conhecimentos
pretendidos?
Quais processos mentais serão exercitados pelo aluno para tal fim?
Como envolver todos os alunos nesse processo?

Para desenvolver os planos componentes do PPP (Proposta Pedagógica Curricular e Plano de Trabalho Docente) é preciso conhecer o nível
de desempenho atual das unidades escolares e dos alunos. De acordo com Guimarães (2017), a construção ideal de um Projeto Político-
Pedagógico deve representar efetivamente a unidade escolar e incluir a participação de todos os envolvidos, aplicando um modelo de gestão
democrática, que se baseia no trabalho em equipe e no compromisso com a transformação social.

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1.2. As etapas para o desenvolvimento do Planejamento Estratégico


Escolar

O Planejamento Estratégico Escolar é conhecido como o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), explicado anteriormente neste módulo.
Para que o PDE seja desenvolvido de maneira eficaz, recomenda-se que o diretor e o vice-diretor sigam algumas etapas no momento da sua
elaboração. São elas:

Análise de Cenários;
Análise das Partes Interessadas;
Análise Ambiental;
Agenda Estratégica.

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1.2.1. Análise de Cenários

A Análise de Cenários corresponde à primeira etapa para a elaboração do Planejamento Estratégico da unidade escolar e representa os
caminhos que a UEE possivelmente pode percorrer até um momento futuro, assumindo a possibilidade de ocorrência de diferentes eventos.

Três cenários costumam ser desenvolvidos para uma análise, são eles: pessimista, tendencial (mantendo-se a evolução das variáveis como
ocorrem hoje) e otimista. Dificilmente haverá um único cenário possível para a atuação escolar. Afinal, mudanças políticas ou no contexto
social, por exemplo, podem impactar nas estratégias e ações a serem desenvolvidas pela unidade escolar.

Para o desenvolvimento da análise de cenários, algumas perguntas devem ser realizadas, a saber:

Quais são as variáveis ou fatores do ambiente externo que mais impactam o desempenho da unidade escolar? Por exemplo: comunidade,
governo, professores, diretores, pais de alunos, orçamento, tecnologia, crise financeira, valores da sociedade, pobreza, violência etc. Para
cada uma dessas variáveis deve-se avaliar como elas podem ser alteradas: maior participação da comunidade na rotina escolar; greve de
professores; maior qualificação dos professores; maior participação dos pais na discussão das questões escolares; dificuldade de
utilização de novas tecnologias no ambiente escolar; melhor formação dos professores; maior violência entre alunos e professores; etc. Ou
seja, sobre cada tema deve-se pensar um juízo de valor, que pode ser positivo ou negativo.
Quais são as possibilidades de comportamento dessas variáveis nos próximos anos? Como impactam o ambiente escolar?
O que será feito para mitigar/minimizar os seus impactos e aproveitar as oportunidades? É possível elencar as questões citadas utilizando
uma matriz de impactos e probabilidades, como ilustra a figura a seguir.

Figura 1 – Matriz de Impacto e Probabilidade de Cenários

Nesse sentido, pode-se utilizar como exemplo a participação da comunidade na rotina escolar. A redução da participação tem pequeno ou
grande impacto no desempenho da unidade escolar? E a probabilidade desta redução é alta ou baixa?

Na hipótese de considerar um grande impacto sobre as unidades escolares e de alta probabilidade, a redução da participação deveria ser
registrada no campo superior direito da matriz. Em sentido contrário, ao se considerar de pequeno impacto e baixa probabilidade, este item
deveria ser anotado no campo inferior esquerdo. Ou seja, os itens anotados nos campos marcados em rosa requerem grande atenção, pois
impactam de forma significativa e tem alta probabilidade de ocorrência. Os itens anotados nos campos em azul devem ser acompanhados
com vistas a avaliar seus impactos ou probabilidades, e assim tomar as ações necessárias. Por fim, os itens marcados em amarelo têm
menos relevância e probabilidade de ocorrência, portanto, não precisam de ação imediata, devendo ser reavaliados de tempos em tempos
para checar se a situação permanece igual ou se sofreu alguma alteração significativa.

Em suma, as ações que possuem maior probabilidade de ocorrência e que causam grande impacto no desempenho da unidade escolar
devem ter seu desenvolvimento priorizado.

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1.2.2. Análise das Partes Interessadas

As partes interessadas são organizações ou indivíduos portadores de demandas e expectativas sobre a unidade escolar e que de alguma
forma afetam (positiva ou negativamente) ou são afetados pelas ações realizadas. A figura a seguir ilustra algumas das possíveis partes
interessadas relacionadas às unidades escolares e que podem contribuir com a elaboração do PDE.

Figura 2 – Partes Interessadas

Ao realizar a análise das partes interessadas, os gestores escolares conseguem captar diferentes perspectivas de atores que, direta ou
indiretamente, possuem interesse pelos resultados das ações desenvolvidas no ambiente escolar. Trata-se, portanto, de ouvir seus anseios e
como podem subsidiar as ações a serem desenvolvidas no âmbito dos planejamentos escolares (Plano de Desenvolvimento da Escola,
Proposta Pedagógica Curricular e Plano de Trabalho Docente). O diretor e o vice-diretor não devem, necessariamente, fazer exatamente o
que cada uma das partes propõe, mas sim, ouvi-los como forma de subsidiar o planejamento escolar a ser realizado. O quadro a seguir
exemplifica um modelo de análise das partes interessadas. Cada uma delas possui interesses distintos. A forma como a unidade escolar irá
abordar estes desejos nos seus planejamentos escolares fará toda a diferença para o alcance dos resultados pretendidos.

Quadro 1 – Modelo para análise das Partes Interessadas

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1.2.3. Análise ambiental

A análise ambiental requer que, inicialmente, sejam realizadas análises internas e externas à unidade escolar. A análise dos aspectos
internos apoia-se na cadeia de valor da organização (UEE, no caso), isto é, nas atividades realizadas que geram valor público para os
beneficiários, e se traduz nas suas forças e fraquezas (oportunidades de melhoria), que configuram características intrínsecas que lhe
conferem vantagens ou desvantagens em termos do alcance dos seus objetivos como, por exemplo, boas instalações físicas (força) e alta
rotatividade de professores (fraqueza).

A análise externa, por sua vez, parte da premissa de que toda unidade escolar está inserida em um ambiente composto por outras
organizações, instituições e indivíduos. As interações entre eles variam conforme a sua natureza e os seus objetivos. Seu trabalho analítico
consiste em compreender como se dão essas interações e como a organização pode se beneficiar com as oportunidades ou ser prejudicada
pelas ameaças existentes ou potenciais. Assim, ao analisar os aspectos externos que podem impactar a organização é possível desenvolver
ações que maximizem as oportunidades e reduzam as ameaças.

O cruzamento entre as forças e fraquezas com as oportunidades e ameaças evidencia ao diretor e vice-diretor escolares a necessidade de
obtenção de determinados posicionamentos para que a unidade escolar possa alcançar seus resultados de maneira sustentável. São eles:

Fraquezas e Ameaças: indicam aspectos internos negativos que tornam a unidade escolar suscetível às ameaças existentes no ambiente
externo. Exige que o gestor escolar proponha medidas para reduzir a possibilidade de que as fraquezas potencializem os impactos
provocados pelas ameaças.
Fraquezas e Oportunidades: indicam aspectos internos negativos que dificultam que a organização possa se beneficiar das
oportunidades existentes no ambiente. Exige que o gestor escolar proponha ações para o tratamento das fraquezas da unidade escolar, a
fim de aumentar as chances de ocorrência ou o aproveitamento de oportunidades e que contribuam para potencializar os resultados
educacionais gerados.
Forças e Ameaças: indicam aspectos internos positivos com potencial de neutralizar as ameaças do ambiente. Exige que o gestor escolar
proponha ações e que as utilize no gerenciamento das ameaças ambientais, de modo a prevenir a existência de impactos negativos na
unidade escolar.
Forças e Oportunidades: indicam aspectos internos positivos com potencial de aproveitamento das oportunidades existentes. Exige que
o gestor escolar proponha ações de fortalecimento de seus pontos fortes para se beneficiar destas oportunidades e, assim, contribuir com
o desenvolvimento da unidade escolar.

A estruturação analítica dos aspectos internos e externos, positivos e negativos, é conhecida como Matriz SWOT, sigla que em português
significa, respectivamente, Forças, Fraquezas, Oportunidades, e Ameaças.

No ambiente escolar, pode-se citar como exemplo de força a união das turmas e dos alunos; como oportunidade, possíveis parcerias
realizadas ou a participação da comunidade escolar; como fraqueza, possíveis conflitos e violência no ambiente escolar; e como ameaça, o
eventual corte de recursos para a educação.

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1.2.4. Agenda Estratégica

O olhar para dentro e para fora da organização fornece insumos fundamentais para a criação da Agenda Estratégica, que concentra as
definições de seu propósito, expressos por meio da missão, visão, valores e objetivos estratégicos; de seus resultados, sob a forma de
indicadores e metas; e da forma de alcançá-los, sob a forma de planos de ação com responsáveis, prazos e marcos críticos específicos.

Uma das metodologias para o desenvolvimento da estratégia organizacional mais difundidas atualmente chama-se Balanced Scorecard
(BSC). A construção e a comunicação da estratégia de acordo com a metodologia do BSC são simples e objetivas, pois são traduzidas na
forma de um Mapa Estratégico de fácil compreensão e visualização.

A elaboração da Agenda Estratégica parte da formulação do propósito institucional. A concepção do propósito sustenta as etapas a serem
desenvolvidas posteriormente, uma vez que delimita o que as unidades escolares são, onde elas pretendem chegar no futuro e quais são os
valores ou pressupostos que pautarão as suas ações durante o caminho. O propósito é formado por três elementos básicos: missão, visão e
valores.

A razão de existência da UEE é expressa por meio da missão. A missão é declarada de maneira objetiva, clara e orientadora para a atuação
de cada um dos servidores da organização, atendo-se ao que a unidade escolar produz (o que faz), qual impacto gera (para quê faz), como o
faz e para quem.

A visão, por sua vez, indica onde se deseja chegar no futuro, como um sonho, uma grande meta mobilizadora. Isto significa que a visão
pode ser racional, baseada em dados e análises realizadas, e imaginativa, visando exprimir os grandes anseios e desejos da comunidade
escolar. Ela deve descrever o estado futuro desejado em relação ao conjunto de seus beneficiários. Vale destacar que a visão é temporal e,
uma vez cumprida, uma nova visão deve ser formulada, sempre levando a organização a patamares melhores de desenvolvimento e
desempenho.

Por último, os valores são princípios que baseiam as decisões e comportamentos das pessoas na busca da missão e da visão estratégica da
UEE, tais como ética, responsabilidade social, comprometimento e trabalho em equipe. Os valores devem estar refletidos no exercício diário
das responsabilidades de cada membro da comunidade escolar para que haja sinergia no cumprimento de sua Agenda Estratégica.

A definição do propósito institucional permite que o processo estratégico avance para a etapa de criação do Mapa Estratégico. Esse
instrumento é a representação gráfica dos objetivos estratégicos, descrevendo como estes se inter-relacionam com vistas a suportar o
alcance do propósito da unidade escolar (missão, visão e valores) e é composto de quatro perspectivas: aprendizado e crescimento;
processos internos; clientes; e finanças, em que os objetivos estratégicos são dispostos.

Vale ressaltar que essas perspectivas vão ao encontro da natureza de organizações com fins lucrativos e que não condizem com os objetivos
de unidades escolares, especialmente as públicas. Não obstante, essa metodologia foi customizada para o setor público substituindo a
perspectiva finanças pela sociedade, e tem sido utilizada com sucesso ao longo dos últimos anos, conforme apresentado a seguir:

Perspectiva da Sociedade: indica o “valor público” que se deseja gerar para a comunidade escolar no que compete à educação;
Perspectiva do Beneficiário: indica o valor agregado que se deseja oferecer aos alunos e seus pais/responsáveis;
Perspectiva de Processos Internos: indica os parâmetros a serem atendidos para otimizar os processos organizacionais (fluxos de
atividades) da UEE;
Perspectiva de Aprendizado e Crescimento: indica as competências a serem desenvolvidas no âmbito interno.

A Figura 3, a seguir, ilustra um exemplo de Mapa Estratégico Escolar apoiado na metodologia do BSC:

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Figura 3 – Exemplo de Mapa Estratégico Escolar

Na ilustração apresentada é possível observar as perspectivas estratégicas delimitadas pelos retângulos maiores. As perspectivas são áreas
em que é preciso otimizar esforços de atuação da gestão escolar para alcançar os resultados. Os objetivos estratégicos (nos retângulos
menores, em azul) retratam desejos e interesses a serem perseguidos pela organização, cuja execução precisa ser acompanhada a partir de
indicadores e metas. Eles são declarados e posicionados em função de cada uma das perspectivas.

Embora os objetivos estratégicos estejam vinculados a uma perspectiva, eles devem se interconectar por meio de relações de causa e efeito
e expressar resultados quantificáveis. Isto significa que não se pode analisá-los de maneira isolada, mas como cada um deles impacta no
outro e vice-versa. Por exemplo, os objetivos da perspectiva de “Aprendizado e Crescimento”, mais abaixo no mapa, precisam suportar o
alcance dos objetivos de “Processos Internos” e assim sucessivamente.

As declarações dos objetivos estratégicos devem sempre começar com um verbo no infinitivo, tais como: promover, manter, ter, contribuir,
otimizar, aumentar, proporcionar, entre outros.

Uma vez construído o Mapa Estratégico, definem-se os indicadores de desempenho e as metas. Essa etapa é fundamental para a gestão
estratégica da unidade escolar, pois estabelece os parâmetros para o controle dos objetivos.

Os indicadores de desempenho e as metas determinam se o desempenho da unidade escolar está alinhado à sua estratégia e se o ritmo de
seu desenvolvimento permitirá alcançar os resultados almejados. Nesse sentido, eles mensuram o grau de alcance dos objetivos propostos e
influenciam o comportamento das pessoas na busca desses objetivos por meio da criação de planos de ação.

É preciso definir pelo menos um indicador de desempenho para cada um dos objetivos estratégicos. Vale ressaltar que um objetivo pode ter
mais de um indicador e que um mesmo indicador pode atender a mais de um objetivo, embora essa última situação seja menos comum.

Os indicadores devem buscar:

Mensurar os esforços e resultados e gerenciar o desempenho;


Embasar a análise crítica dos resultados obtidos e o processo de tomada decisão;
Facilitar o planejamento e o controle do desempenho;
Contribuir para a melhoria contínua da unidade escolar;
Viabilizar a análise comparativa entre o desempenho da unidade escolar e de diversas UEE da Bahia ou mesmo de outros estados.

Os indicadores devem ser de simples interpretação e comunicação e devem mensurar os aspectos mais importantes das unidades escolares
de maneira economicamente viável. O detalhamento dos indicadores definidos contempla a identificação da fórmula de cálculo (expressão
matemática do indicador), da unidade de medida, da especificação do responsável pela coleta, das metas, da polaridade (se quanto maior
melhor ou se quanto menor melhor), da periodicidade de mensuração (de quanto em quanto tempo aquele indicador será mensurado) e do
V0 (zero, valor mais recente de determinado indicador). Essas informações, bem como outras que o gestor julgue necessárias, devem estar
relacionadas em um documento chamado Ficha Técnica do Indicador.

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21/11/2019 Módulo 1 - Alinhamento estratégico para a educação

As metas quantificam os indicadores e determinam a intensidade do esforço das partes interessadas (servidores, colaboradores, dentre
outros) para alcançar os resultados em dado horizonte de tempo. A seguir estão descritos dois exemplos de indicadores com as respectivas
declarações de metas.

Exemplo 1:

Objetivo estratégico: diminuir a distorção idade-série dos alunos do ensino médio.


Indicador: índice de distorção idade-série.
Métrica (ou fórmula de cálculo): (número de alunos que apresentam idade superior à série que frequentam / total de alunos) x 100.
Meta: Reduzir de 39% para 36% a distorção idade-série ao final de 2018, 30% ao final de 2019 e 22% ao final de 2020.

Exemplo 2:

Objetivo estratégico: diminuir o número médio de faltas dos alunos.


Indicador: porcentagem de alunos que faltam 5 dias ou mais no mês.
Métrica (ou fórmula de cálculo): (número de alunos que faltaram 5 dias ou mais no mês / total de alunos da escola em questão) x 100.
Meta: Uma primeira aferição hipotética do indicador demonstrou que 12% dos alunos faltaram 5 dias ou mais no mês de março de 2017.
Com isso, uma possível meta para o mês de abril e maio seria a redução desse percentual para 10%.

Alguns indicadores são comumente mensurados na área educacional. A lista a seguir apresenta cinco deles, cuja mensuração para
verificação dos resultados das escolas é fortemente recomendada.

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB);


Taxa de aprovação;
Taxa de abandono;
Taxa de transferência; e
Taxa de distorção idade-série.

Os aspectos relativos ao monitoramento e à avaliação dos resultados escolares do processo estratégico serão discutidos em maior
profundidade no Módulo 9, sobre Monitoramento e Avaliação.

Em seguida à definição das metas, são propostas iniciativas ou projetos estratégicos. As iniciativas estabelecem o que será feito a fim de que
os objetivos sejam cumpridos e os resultados dos indicadores sejam alcançados e/ou superados. Afinal só é possível gerar resultados se os
esforços para tal forem planejados anteriormente e executados adequadamente.

Aos gestores escolares compete verificar quais são as iniciativas já desenvolvidas em sua unidade escolar e analisar se são eficazes, e por
isso devem continuar; se precisam ser readequadas aos resultados pactuados no PDE; ou se já não atendem mais às necessidades da UEE
ou geram resultados e podem ser descontinuadas. Outras iniciativas estratégicas podem ser criadas para atender a todos os objetivos
definidos no Mapa Estratégico da unidade escolar.

As iniciativas devem ser elaboradas seguindo modelo de implementação específico, que contenha as atividades a serem realizadas em seu
escopo, os responsáveis por executá-las, as entregas a serem feitas, os prazos de início e término de cada uma das atividades, os recursos
financeiros necessários, dentre outros elementos que o gestor escolar considerar relevante.

É necessário que cada objetivo estratégico possua, pelo menos, uma iniciativa ou projeto vinculado, para que todos os elementos existentes
no PDE sejam atendidos. Para evitar que existam erros na execução da estratégia da unidade escolar, o gestor deve atentar-se para que
haja integração entre os objetivos do mapa estratégico, os indicadores de desempenho, as metas e as iniciativas.

A Figura 4 ilustra a relação entre os conceitos constituintes da elaboração da Agenda Estratégica (PDE). De acordo com a figura, é possível
perceber que todos os elementos são interconectados e não podem ser vistos de maneira isolada.

Figura 4 – Relação entre os elementos componentes da Agenda Estratégica

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1.3. O papel do diretor e vice-diretor escolar em cumprimento aos


direcionadores estratégicos

A posição central da unidade escolar exige forte articulação para reunir toda a comunidade escolar – composta por diretor e vice-diretor,
especialistas, professores, servidores da secretaria e dos serviços gerais, pais, alunos etc. – na transformação da realidade.

O diretor e o vice-diretor, enquanto líderes escolares, são os responsáveis por conciliar demandas burocráticas e pedagógicas, estimular a
participação dos pais e comunidade, gerir os recursos públicos, formar seus professores e funcionários, trabalhar as relações interpessoais e,
sobretudo, garantir que todos os alunos se desenvolvam. Seus papéis são de fundamental importância no direcionamento da educação,
especialmente frente aos novos desafios de uma sociedade envolvida pelos processos de democratização, descentralização e transformação
do ambiente educacional. Isto significa empenhar esforços estratégicos em prol das metas delimitadas pela unidade escolar com sua
comunidade e, especialmente, com as metas dos Planos Estaduais de Educação.

Esses esforços se refletem na busca pela elevação do desempenho escolar dos alunos, pelo estabelecimento de um bom relacionamento
com os diversos públicos envolvidos com a unidade escolar e de uma gestão participativa e democrática, promovendo a resolução conjunta
dos problemas vivenciados e preservando o patrimônio escolar com vistas à melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

Ao diretor e vice-diretor compete detectar e analisar os sinais sociais, econômicos, ambientais, tecnológicos, culturais e da política
educacional nos âmbitos interno e externo, atuando como articulador entre a unidade escolar e a Secretaria de Educação.

Além do desenvolvimento de um plano estratégico, o papel do diretor e do vice-diretor no contexto da gestão escolar também remete à
coordenação das estratégias para que produzam resultados eficientes e eficazes. Isto significa que compete ao gestor escolar da unidade
monitorar sistematicamente indicadores e processos para propor ações corretivas que realinhem os caminhos percorridos no sentido dos
objetivos estratégicos.

Essas responsabilidades lhes conferem desafios que remontam tanto às necessidades da própria instituição, quanto às necessidades de
alinhamento com os direcionadores estratégicos emitidos pelas autoridades de Educação. Alguns importantes desafios são:

Alavancar o desempenho da unidade escolar;


Exercer a efetiva orientação dos professores e corpo técnico da unidade escolar;
Fomentar o aperfeiçoamento profissional de professores e demais servidores escolares;
Assegurar a comunicação fluida com a comunidade escolar;
Fomentar a melhoria contínua dos processos de trabalho;
Acompanhar indicadores e metas de desenvolvimento da unidade escolar;
Exercer o monitoramento e a avaliação contínua de resultados;
Ajustar as condutas profissionais dos professores e funcionários da unidade escolar;
Aprimorar a infraestrutura escolar como base para a melhoria da educação.

Cada um dos desafios citados será melhor explicitado a seguir.

O desempenho da unidade escolar é um dos principais desafios do diretor e vice-diretor escolares uma vez que resulta dos esforços de toda
a comunidade escolar e impulsiona o atingimento dos resultados do Núcleo Territorial de Educação (NTE) e do estado da Bahia como um
todo. Coordenar os esforços para que os resultados da unidade sejam positivos é responsabilidade do diretor e do vice-diretor, que devem
garantir o alinhamento do plano pedagógico da UEE aos resultados do Ideb, por exemplo, e definir um plano específico para alavancagem
dos indicadores com pior desempenho na unidade escolar.

Adicionalmente, espera-se que seja estruturada, em conjunto com a gestão escolar e professores, uma dinâmica de reuniões, que vise
identificar problemas, realizar um diagnóstico e encaminhar soluções relacionadas às necessidades de aperfeiçoamento profissional e
implantação das capacitações necessárias a partir de um planejamento de formação profissional definido (em alinhamento com o NTE e a
Secretaria da Educação do Estado da Bahia – SEC). Assim, exercita-se a efetiva orientação aos professores e corpo técnico da unidade
escolar por meio da gestão participativa e promove-se o aperfeiçoamento profissional de seus servidores técnicos e administrativos.

O diretor e o vice-diretor devem estabelecer uma estratégia de comunicação eficaz e avaliar a sua efetividade periodicamente. A garantia do
alinhamento de informações entre todos os membros da comunidade, embora complexa, é fundamental para que haja sinergia de esforços e
mitigação de ruídos potencialmente danosos à continuidade das atividades no âmbito escolar.

O êxito das atividades escolares também reside na otimização dos processos de trabalho da unidade. O papel do diretor e do vice-diretor na
interposição dos desafios relacionados aos processos consiste na realização de diagnósticos, sua decorrente priorização a partir do impacto
sobre o desempenho da unidade para fins de remodelagem e, ao cabo, a realização da avaliação dos resultados.

Para o acompanhamento de indicadores e metas de desenvolvimento e avaliação contínua dos resultados, a liderança escolar deve definir
os objetivos a serem alcançados no curto, médio e longo prazos e acompanhar os indicadores e as metas vis a vis os objetivos e os
resultados pretendidos. Além disso, faz-se necessário estabelecer a sistemática de monitoramento e avaliação contínuos e implementá-la,
visando realimentar a estratégia para a unidade escolar.

Realizar reuniões de sensibilização e tomar medidas cautelares em relação aos profissionais cujas condutas destoam do esperado são
ações sob a responsabilidade do diretor e do vice-diretor, que os direcionam à interposição do desafio relacionado ao gerenciamento das
condutas dos profissionais integrantes da comunidade escolar.

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Além disso, sob a alçada do diretor e do vice-diretor está o aprimoramento da infraestrutura escolar como base para a melhoria da educação.
A gestão dos recursos físicos da unidade configura um elemento estratégico fundamental para que os demais resultados sejam alcançados.
Neste sentido, um dos caminhos para a garantia da disponibilidade da infraestrutura necessária para as atividades escolares reside na
captação de recursos financeiros externos para a estruturação de salas de atendimento especializado, laboratórios de ciências, quadras
esportivas cobertas, dentre outros.

O atendimento dessas orientações configura a base do exercício das competências do diretor e do vice-diretor escolares para a superação
dos desafios. O desenvolvimento dessas ou de novas iniciativas para alinhar a unidade escolar aos direcionadores da educação garantem a
busca pelo aprimoramento contínuo e obtenção de resultados. O diretor e o vice-diretor escolares são figuras prioritárias para habilitar esse
processo de melhoria constante da UEE.

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1.4. O alinhamento do planejamento escolar aos resultados


pretendidos para a educação

Um ponto crucial no sentido de assegurar o alinhamento entre o Planejamento Escolar e os resultados pretendidos para a educação é
verificar se os objetivos definidos no Planejamento Escolar atendem direta ou indiretamente a cada um dos objetivos traçados nos Planos
Nacional e Estadual de Educação. Afinal, o Planejamento Escolar deve orientar-se pelos Planos, com vistas a viabilizar a execução conjunta
das estratégias para o desenvolvimento da educação na Bahia e, consequentemente, no Brasil.

Vale ressaltar que além dessa verificação de consistência entre o planejamento escolar e os Planos de Educação, o alcance de bons
resultados no âmbito escolar depende de um suporte adequado para que o PDE possa ser efetivamente implantado, como, por exemplo, o
suporte por bons processos de trabalho, compatíveis com os objetivos a serem alcançados, bem como uma estrutura física e condições de
trabalho favoráveis.

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1.4.1. Processos de Trabalho

Os processos de trabalho da unidade escolar dizem respeito a como ela se organiza para prestar adequadamente os seus serviços. Eles são
importantes pelo fato de a unidade escolar ser constituída por um conjunto de processos, fluxos de informação e trabalho e, muitas vezes,
envolverem estruturas externas, tais como a Secretaria de Educação, por exemplo.

Basicamente, pode-se dizer que um processo é composto por uma série de atividades ou ações inter-relacionadas e que são realizadas para
alcançar determinados objetivos.

Alguns exemplos de processos de trabalho de uma unidade escolar são:

Planejamento pedagógico;
Execução do planejamento pedagógico;
Aquisição de insumos (alimentação escolar, materiais de escritório, itens de estoque etc.) ou serviços (manutenção predial, informática,
limpeza, segurança etc.);
Aplicação e correção de provas;
Avaliação escolar (desempenho dos alunos e dos professores); e
Relacionamento com a comunidade (pais e responsáveis, por exemplo).

Os processos dizem respeito a tudo que se realiza na unidade escolar. Toda ação inter-relacionada que leva ao desenvolvimento de um
produto ou serviço escolar diz respeito a algum processo de trabalho. Bons processos de trabalho, nesse sentido, tendem a levar a bons
resultados. Assim sendo, acompanhar os seus desempenhos é fundamental, assim como identificar quais são os gargalos (o que limita o
desempenho do processo), atuando corretivamente sobre eles para o alcance dos resultados pretendidos.

O quadro a seguir pode ser utilizado pelo diretor e vice-diretor escolares para identificar pontos relevantes afins aos processos:

Quadro 2 – Modelo para identificação de pontos relevantes aos processos

Para o preenchimento do quadro, devem-se considerar como problemas as barreiras ou as não conformidades encontradas no ambiente
escolar, e como causas as razões primárias que ocasionam os problemas.

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1.4.2. Estrutura física e condições de trabalho

A motivação e o desempenho dos alunos e professores sofrem influência das condições físicas da infraestrutura escolar. O espaço da
unidade deve favorecer uma vivência que transmita paz, harmonia e possibilite o desenvolvimento da aprendizagem. A UEE cujas
instalações são malconservadas, insalubres, desprovidas de processos de manutenção adequados e carentes de alimentação escolar
apropriada não contribuem com a oferta dos requisitos básicos para a excelência da educação e desenvolvimento de crianças e jovens.

O estrutura física regular de uma escola abriga o prédio da unidade escolar, composto pelas salas de aula, biblioteca, laboratórios e quadra
de esportes, e seu entorno (espaços de uso comum aos estudantes e profissionais da educação, passíveis de serem utilizados como forma
de consolidar o ensino-aprendizagem, tais como corredores, murais, pátio escolar etc.). Esses locais desempenham importante papel no
processo de ensino-aprendizagem, em que professores conduzem os estudantes na ampliação de sua percepção sobre a realidade, na
solução de problemas e no desenvolvimento de projetos – por meio dos quais os conhecimentos adquiridos são aplicados em diferentes
áreas, em situações reais e desafiadoras.

O quadro 3 a seguir consiste em um modelo de planejamento para a gestão da estrutura física das unidades escolares, que pode ser
utilizado pelo diretor escolar para determinar quais são os itens de infraestrutura em piores situações e que possuem maior emergência em
serem solucionados.

Quadro 3 – Modelo para planejamento da gestão da estrutura física das unidades escolares

O preenchimento de um quadro, como esse apresentado, que atenda a finalidade de fomentar a gestão da estrutura física das unidades
escolares aproxima os gestores das necessidades físicas da unidade. É por meio deste instrumento que se manterão as informações
relacionadas àquilo que precisa ser reformado, consertado ou substituído, e quem é o responsável por fazê-lo. Ele também fornece insumos
de mensuração para controle por meio de indicadores da escola.

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Referências

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BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução dos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: Secretaria
de Educação Fundamental, 1997.

______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução CNE/CEB nº 2/1998.

______. Lei n° 13.005/2014, de 25 de jun. de 2014. Plano Nacional de Educação, Brasília, DF. jun. 2014.

______. Ministério da Educação. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola. Brasília, DF. 2006.

______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 04 out. 2019.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Manual de Execução Financeira dos Programas de Apoio à Educação
Infantil. Brasília: FNDE, 2017.

______. Programas. Disponível em: <https://www.fnde.gov.br/programas>. Acesso em: 2 set. 2019.

GUIMARÃES, S. S. C. O planejamento estratégico e a missão da escola: um estudo de caso. 2017. 150 f. Dissertação (Mestrado em
Educação) - Universidade Federal de Goiás, Jataí, 2017.

TURRA, C. M. G. et al. Planejamento de ensino e avaliação. Porto alegre:

Sagra,1995.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. 208 p. Editora Libertad: São Paulo,
2002.

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