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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS LINGUISTICOS E LITERÁRIOS


Curso de Pós-Graduação em Nível de Especialização Lato Sensu Inglês como Língua Estrangeira

A MÚSICA COMO ALTERNATIVA PARA O ALCANCE DE OBJETIVOS


FUNDAMENTAIS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA.

TATIANE AMARAL LIMA

Vitória da Conquista – BA
Junho 2009
TATIANE AMARAL LIMA

A MÚSICA COMO ALTERNATIVA PARA O ALCANCE DE OBJETIVOS


FUNDAMENTAIS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA.

Artigo apresentado como avaliação para a disciplina


“Políticas do ensino de língua inglesa”, do Curso de Pós-
Graduação em Nível de Especialização Lato Sensu Inglês
como Língua Estrangeira, ministrada pelo professor
Diógenes Cândido de Lima.

TATIANE AMARAL LIMA

Vitória da Conquista – BA
Junho 2009
A MÚSICA COMO ALTERNATIVA PARA O ALCANCE DE OBJETIVOS
FUNDAMENTAIS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA.

Tatiane Amaral Lima1

O ensino de língua inglesa nas escolas públicas do Brasil é uma questão que merece
atenção especial. Muitos pesquisadores tem levantado problemas quanto ao processo de
ensino aprendizagem dessa língua e chegam à conclusão de que são muitos os motivos que
levam a falhas nesse processo. Dentre essas falhas podem ser citadas a falta de motivação dos
alunos e conseqüências como o não aprendizado desses; a desvalorização dos professores de
tal disciplina, o que pode levar ao sentimento de fracasso tanto de alunos quanto de
professores e a baixa freqüência nas aulas da disciplina. Este trabalho não tem como
finalidade abordar nem os problemas que ocorrem no processo de ensino aprendizagem de
língua inglesa e nem suas conseqüências. Encontra-se aqui uma discussão sobre a utilização
da música como uma das muitas maneiras de se trabalhar numa aula de língua inglesa que
tenha como meta o verdadeiro aprendizado de línguas. Para tal, são consideradas as
preocupações dos professores licenciados em língua inglesa, que sempre buscam soluções
para realizarem um trabalho positivo tanto para si quanto para seus alunos. Portanto, faz-se
necessário um comentário sobre a situação geral de ensino aprendizagem de língua inglesa,
sobretudo nas escolas públicas do Brasil para então se tratar da música como uma utilização
benéfica nesse contexto.
O trabalho é dividido em cinco partes: na primeira é apresentada uma visão geral
sobre os problemas encontrados no contexto do ensino aprendizagem de línguas estrangeiras e
as falhas na política educacional voltada para este fator. Depois, segue-se um breve
comentário sobre a importância da motivação dos alunos e como isso pode acontecer por
meio da música. Na terceira parte é feito um comentário sobre a relação entre música e a
cultura na história da língua inglesa. A quarta parte explica como a música pode ser utilizada
no contexto educacional e por fim a conclusão que aponta para a música como uma solução
para a melhora no ensino de língua inglesa.

UMA VISÃO GERAL SOBRE A POLÍTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS


1
Aluna Licenciada em Letras/Inglês (Universidade estadual do Sudoeste da Bahia – UESB), matriculada no
curso de Pós Graduação em Inglês como Língua Estrangeira do Departamento de Estudos Linguísticos e
Literários - DELL, UESB. E-mail <tatilimauesb@yahoo.com.br>
Quando nos deparamos com professores de língua inglesa – considerando os
professores que tiveram formação nessa área do conhecimento – podemos perceber que
muitos precisam por si mesmos tentar contornar a difícil situação em que se encontram.
Difícil porque apesar da obrigatoriedade da disciplina nas escolas brasileiras, o governo
educacional não oferece suporte para uma boa realização desse trabalho. Dessa maneira, o
inglês torna-se aos olhos da sociedade apenas uma disciplina a mais, que “para o aluno” não
faz diferença por não reprovar. Ao menos esta é a desculpa utilizada por boa parte dos alunos
para explicar sua falta de interesse. Isto ocorre porque não há como efetivar as leis sem o
auxílio de uma política que possa lidar com questões que resolvam problemas como pouca
carga horária da disciplina, carência de professores com formação lingüística e pedagógica e,
principalmente, a não disponibilização de materiais didáticos por parte do governo para essas
aulas específicas. Materiais não são disponilibizados nem mesmo para os professores. Assim,
o professor é levado a procurar soluções através de pesquisas. Se existem livros didáticos
disponíveis para professores e alunos nas outras disciplinas, deveriam, portanto, existir
também para esta disciplina, uma vez que todas devem ter a mesma importância. Tais
dificuldades levam à desmotivação, tanto por parte de alunos como de professores. Brown
(2001) afirma que os estudantes se sentem pouco motivados com analogias gramaticais,
traduções e exercícios rotineiros.
Há ainda outra dificuldade quando se trata dos objetivos para o ensino de Língua
Estrangeira, encontrados em documentos como os PCN’s para o ensino fundamental, segundo
os quais a principal meta é a “leitura, embora se possam também considerar outras habilidades
comunicativas” (pg. 63). O documento afirma que essa é a função social do conhecimento da
língua estrangeira na sociedade Brasileira. O que significa que o professor só tem
compromissos com a leitura, e mostra que o único fim, não para o aluno, mas para o brasileiro
em geral não é aprender a língua para outro propósito senão esse. Mas considerando o que
seja língua, tem-se que:

Uma língua possui quatro modos de passar informações, sendo dois de produção –
fala e escrita – e dois de recepção – escuta e leitura. Para haver interlocução, isto é, a
troca, e não apenas a recepção de idéias, é necessário que pelo menos dois canais
sejam usados, sendo um de recepção e outro de produção: fala e escuta ou escrita e
leitura. ( LEFFA, 2001, p. 350)

Sendo assim, quando o professor age segundo os pcn’s, ensinando o aluno apenas por
meio da leitura e/ou por outras habilidades comunicativas somente se desejar, ele vai contra a
maneira de ensinar que busca do aluno não apenas a recepção de informações, como se ele
estivesse ali somente para escutar ou ler e fosse apenas um saco vazio esperando ser
preenchido por quem detém o conhecimento, neste caso, o professor. Deve-se procurar uma
maneira de fazer com que o aluno aja, participe ativamente da construção do seu
conhecimento. A comunicação é um fator indispensável, inclusive numa aula de língua
estrangeira.
E sabemos que os motivos para se aprender uma língua são variados, o fim não é só a
leitura e nem deve ser. Mesmo levando em consideração as particularidades de cada aluno
como um ser social, percebemos que ele pode ter objetivos diferentes quanto ao uso de uma
língua que não seja a sua língua materna. E, no caso da falta de um objetivo particular, faz-se
necessário mostrar ao aluno as razoes globais para se aprender determinada língua. Como
afirma Le Breton (2005): “Não há nenhuma categoria humana que não se veja afetada pela
universalidade da difusão da língua inglesa [...]” (p.17). Não há como apresentar de maneira
específica todos os motivos que levam o ser humano contemporâneo a precisar saber ao
menos o mínimo desse idioma, no entanto, pode-se fazer uma visão geral para levar o aluno
ao entendimento da dimensão da disciplina rejeitada.
De qualquer maneira, é preciso existir um incentivo para que o aprendizado possa
realmente acontecer. Sem incentivo, a aprendizagem fica comprometida. Brown (2001)
afirma que nenhuma fórmula particularmente pode proporcionar uma aprendizagem de
sucesso. Neste caso, considerando as quatro habilidades – leitura, escrita, audição e fala – não
pareceria adequado focar em apenas uma delas para dar conta de um verdadeiro aprendizado e
para despertar interesse nos alunos. Afinal de contas, as línguas não são utilizadas com um
único fim, então por que focar na leitura quando se pode trabalhar com mais de uma dessas
habilidades de uma só vê? Utilizar várias estratégias pode levar ao sucesso da aprendizagem.
É certo que esse modo de trabalhar funciona melhor do que focar apenas em uma das
habilidades, por exemplo, a leitura. Uma das maneiras de se trabalhar com leitura, audição,
escrita e fala é o trabalho com música. E através desta maneira ainda é possível discutir
aspectos históricos e culturais tanto dos países de língua inglesa quanto do próprio Brasil.

MÚSICA - MOTIVAÇÃO
A motivação é fundamental para o sucesso no aprendizado. Quando professores e,
principalmente, os alunos se sentem mais à vontade no contexto de ensino aprendizagem de
línguas, aqueles ensinam melhor e estes ficam mais aptos ao aprendizado. Para Lightbown
(2001) a motivação é o fator de maior importância para a aquisição de uma segunda língua. O
professor pode transformar o ambiente de aprendizagem para estimular os alunos, de maneira
que eles se sintam engajados nas atividades, mas sempre levando em consideração as
diferenças culturais, de idade e de interesse de cada um. E a música pode ser uma boa
solução, visto que ela é universal, e por meio dela há como agradar vários gostos. Além disso,
sabemos da influência que a música internacional tem na vida de muitos brasileiros, que
mesmo sem conhecer a língua, apreciam os vários gêneros musicais, desde o romântico até o
hip-hop, rock, etc. Como afirma Paiva (2005, p. 25) “As emissoras de rádio valorizam mais a
música americana do que a nacional.”. E se fora do ambiente escolar qualquer pessoa no
Brasil tem inúmeras chances de se deparar com músicas no idioma inglês, por que, estão, não
estender este contexto ao ambiente de aprendizagem de línguas? Já que o que se pretende para
uma boa educação é que o aluno possa se perceber como ser participativo, através da
contextualização. E, se a música agrada a maioria das pessoas por estar presente em vários
momentos de suas vidas, sem dúvida a sua utilização nas aulas seria recebida pelos alunos
com grande motivação, o que despertaria interesse pelo aprendizado. Este é um fator positivo
para o ensino de línguas, pois com alunos mais interessados, o próprio professor percebe seu
valor, o que acaba influenciando a auto-estima deste e não só do aluno. Quando professor e
alunos estão satisfeitos com a maneira como o processo de ensino aprendizagem é conduzido
aumentam-se as chances de se construir uma educação de qualidade também no ensino de
língua inglesa.
Além do mais, para motivar e preparar o aluno, seja através da incitação, seja através
do relaxamento, a música pode ser utilizada inclusive de maneira indireta, ou seja, com o
intuito apenas de preparar o ambiente e os alunos para a aula. É uma maneira de deixá-lo mais
à vontade, podendo ser apenas instrumental quando a finalidade é esta última, ou pode-se
trabalhar com a letra, de maneira que se trabalhe tanto pronúncia quando audição dos alunos,
escrita e ainda tópicos gramaticais, que são exigidos nas escolas públicas brasileiras. Muitos
são os modos como se trabalhar através da música, mas a finalidade é atingir o aluno e
facilitar tanto o aprendizado quando o ensino. Se os dois lados ficam satisfeitos, todo o
processo funciona melhor.
MÚSICA E CULTURA NA HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA
O gosto pela música é uma realidade quase geral. Por isso ela pode desempenhar um
papel fundamental na disseminação da língua inglesa e da cultura de países que falam esta
língua pelo mundo. Segundo Crystal (1997), em 1960 a audiência de cantores da cena pop
tornou-se global, e assim a juventude de todo o planeta teve um rápido acesso à língua
inglesa. Daí por diante, o sucesso de cantores de várias partes do mundo aumentava quando
estes cantavam em inglês. A música inglesa foi ainda palco para expressão de liberdade,
rebelião, modernismo; e também teve seu lugar na realização de projetos internacionais como
o ‘Live Aid’ e ‘USA for África’, que procuraram, através da música, ajudar a países
necessitados. Tais projetos não teriam repercutido tanto se a música não fosse tão presente na
vida de todas as pessoas pelo mundo inteiro. Como se vê, a música nesse sentido é utilizada
em vários campos da cultura mundial; e foi considerada, como afirma Crystal (1997), uma
maneira de espalhar a cultura moderna popular em geral, possuindo ainda uma importante
ligação com a língua inglesa. Como se vê, não existe ligação apenas entre a música e o idioma
inglês, mas sim entre a música, o idioma e a cultura.
O aspecto cultural tem tido uma consideração relevante nas pesquisas relacionadas ao
sucesso nas aulas de língua estrangeira. Dessa maneira, o professor pode unir o útil ao
agradável ligando musica e cultura nas aulas para despertar no aluno maiores interesses em
estudar o idioma. Não porque os alunos se interessem particularmente por cultura, mas porque
cultura e vida estão inteiramente envolvidas. O trabalho com música pode fazer com que os
alunos encontrem um motivo para fazerem parte de uma turma de língua estrangeira. E pode
ser uma maneira de acabar com afirmativas ou questionamentos tais como: “não vou viajar,
não preciso estudar inglês”, “estou no Brasil, para quer vou precisar do inglês?”. Levar o
aluno a refletir o quanto ele está inserido em um contexto onde o inglês o rodeia de várias
maneiras pode levá-lo também a se doar pra melhor aprender. E assim, o processo de ensino
aprendizagem pode ganhar pontos positivos em detrimento de tantos problemas ainda por
resolver. Giblin (2005), considerando alguns gêneros musicais, afirma que:

O rock’n roll continua sendo uma escola de música que gerou, entre outros, a música
techno e o hip-hop. De uns 15 anos pra cá a juventude encontrou nesses dois novos
gêneros musicais aquilo que a geração de seus pais tinha encontrado no rock’n roll:
a revolta, a dança, a diversão. Além de porta vozes para suas dúvidas, aflições e
aspirações. (LACOSTE E RAJAGOPALAN , 2005, p.131)

Se o objetivo do ensino for despertar o senso crítico do aluno, e se a


transdisciplinaridade está envolvida neste processo, vê-se que a utilização da música nas aulas
de língua estrangeira tem sua justificativa, pelo papel histórico que esta vem desenvolvendo
desde muito tempo. E com a variedade de gêneros musicais ainda se pode conseguir atingir os
diferentes gostos existentes em uma única classe. Além de se ensinar a língua inglesa sem
deixar à parte seu aspecto cultural.
A música já vem interpretando seu papel de contribuinte para a imposição do inglês
como modo de comunicação internacional. E pode-se entender comunicação aqui também
como meio utilizado para a liberdade de expressão:

Ao suscitar as interrogações e ao se fazer portador de esperanças da juventude, ao


lançar mão do consumo de massa e da mídia para veicular suas mensagens, o rock e
seus herdeiros [...] mesmo sendo apenas ‘produtos’, continuam a exprimir idéias de
contestação e de rebelião diante da ordem estabelecida e a propor referencias à
juventude em um mundo que lhe oferece tão poucas. (LACOSTE E
RAJAGOPALAN 2005, p.132)

Tratando mais precisamente da relação entre a língua inglesa e o jovem, Giblin (2005)
afirma que:

O inglês é uma língua flexível, tanto em nível de sintaxe como de gramática, e o seu
numero de sotaques, portanto de sonoridades, é imenso, do texano ao escocês. Não
que a língua inglesa seja a mais rica. Os Beatles teriam tido o mesmo sucesso se
fossem de Londres e não de Liverpool? [...] é lógico que a juventude busque
adaptar-se a ele e tente compreendê-lo e aprendê-lo. (LACOSTE E
RAJAGOPALAN p.132)

Não apenas os Beatles, mas o trabalho com a música pode ser realizado considerando
tanto épocas importantes da história mundial como épocas e gêneros atuais. Está aí uma gama
de oportunidades de levar o jovem ou um aprendiz de língua inglesa de determinada idade a
conhecer o passado cultural que envolve a língua em questão, ao mesmo tempo em que o leva
a refletir sobre problemas sociais e mesmo individuais, além de dar a ele a oportunidade de
ouvir, falar, ler e escrever, ou seja, desenvolver as quatro habilidades necessárias no processo
comunicativo de qualquer língua, inclusive de uma língua estrangeira. É importante também
contrastar as diferenças e semelhanças entre artistas da época, conhecidos e apreciados pelos
estudantes e artistas anteriores que fizeram sucesso no mundo inteiro através da música no
idioma inglês, mesmo que estes artistas não tenham nascido em países cuja língua nativa não
tivesse sido esse.

COMO UTILIZAR A MÚSICA NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA


Cruz (2004) levanta o questionamento sobre como seria possível separar a música da
escola visto que ela faz parte da vida dos estudantes. A autora afirma que a música ajuda o
aluno a desenvolver a memorização e a criatividade, melhorar a auto-estima e se preparar para
receber as informações. O clima se torna mais agradável e os estudantes tem a oportunidade
de ouvir falantes nativos da língua inglesa, o que pode ajudar na pronúncia, que também não
precisa deixar de ser trabalhada, pois, como foi falado mais acima, língua também é fala, além
de escuta, leitura e escrita.
A música pode ainda promover a autonomia educacional. O aprendiz não precisa se
ater aos estudos realizados no ambiente escolar, pois o acesso tanto ao áudio quando ao vídeo
tem sido facilitado pelo alto avanço tecnológico. Mas é improvável que alguém que não
esteja estudando uma língua estrangeira possa aprender somente por meio da audição de
músicas em determinada língua em qualquer lugar e de qualquer maneira, pelo simples ouvir.
É necessário, portanto todo um labor do professor para que seu aluno possa alcançar essa
meta de aprendizagem. Para daí partir para um trabalho mais autônomo e individual. Paiva
(2009, p. 38) aconselha aos professores: “Leve música para a sala de aula, muita música,
deixe-os cantar.”. E acrescenta:

De uma coisa eu tenho certeza: ninguém vai se sentir motivado se, ano após ano,
ficar memorizando regras gramaticais e fazendo os mesmos exercícios cansativos e
sem sentido. Arrisco-me a dizer que os alunos se beneficiariam muito mais se, ano
após ano, cantassem as músicas de sua preferência e interpretassem suas letras ou
até tentassem traduzi-las. (PAIVA, 2009, p.38)

Segundo a autora - que responde a uma indagação de um professor de língua inglesa


sobre a questão da relação entre autonomia e o ensino de língua estrangeira - esta é uma
maneira em que a aquisição pode acontecer naturalmente, pois leva os alunos a vivenciarem a
língua e estes se sentem estimulados a procurar outras experiências longe da presença do
professor, portanto, fora da situação da sala de aula. Assim ele poderá perceber que o seu
aprendizado não se resume ao que acontece na sala de aula, mas que sua vida está
inteiramente ligada a esse processo, e que ele não depende apenas do que o professor diz em
classe ou escreve no quadro.
Uma pesquisa realizada por Cruz (2005) demonstra que, para muitos professores de
língua inglesa, o uso da música nas aulas facilita o trabalho, pois permite o dinamismo e a
criatividade, além de despertar interesse maior nos alunos. Gramaticalmente, esse trabalho
pode melhorar a pronúncia, a fluência a audição e a compreensão da língua.
Mas há uma diferença entre utilizar a música apenas com o intuito de agradar ao aluno
e integrar música e assunto. No primeiro caso, o professor não possui nenhuma razão
relacionada diretamente ao aprendizado da língua. E sem esse propósito, dificilmente isso
acarretaria num resultado tão positivo – como os citados mais acima – quanto no segundo
caso, quando se faz o uso adequado da música, provido de uma metodologia adequada. Os
temas das músicas escolhidas, através de uma tradução, podem ser base para discussão em
classe e a letra na língua alvo pode ser utilizada de várias maneiras para conduzir assuntos
gramaticais, que não são dispensados, segundo as exigências das escolas públicas do Brasil,
que prezam o conteúdo.

CONCLUSÃO

Neste trabalho foi feito um breve comentário sobre uma das maneiras como o
professor pode trabalhar em aulas de língua inglesa nas escolas públicas do Brasil, levando
em conta tantas dificuldades que apenas vem sendo discutidas, mas ainda sem uma solução
legal. Sabemos que se o professor esperar uma lei que possa ajudá-lo nessa missão, ele pode,
como tem acontecido muito comumente, se frustrar, o ensino vai sofrer conseqüências e a
aprendizagem também. Mas o próprio professor, enquanto espera estas políticas, pode, por
meio de pesquisas, realizar um bom trabalho. Muitos teóricos apontam para soluções, e
muitos pesquisadores estudam maneiras de melhorar o ensino de línguas, focando a
motivação do aluno e sua autonomia, bem como fazendo com que este compreenda a forte
ligação entre o que está apreendendo e sua própria história de vida.
Foi discutido que um ensino positivo de línguas deve focar não só em uma habilidade
de comunicação, mas em pelo menos duas delas. Isto leva a pensar que é preciso uma revisão
na maneira como a política do ensino de línguas trata desta causa. Uma alternativa para se
trabalhar dinamicamente, proporcionando um ambiente agradável de aprendizagem, tratando
de aspectos políticos, desenvolvendo no aluno as quatro habilidades de comunicação e ainda
dando conta dos aspectos gramaticais da língua inglesa é a utilização da música nas aulas.
Outras alternativas existem, cabe ao professor melhor estudá-las e decidir qual delas
utilizar para conseguir realizar bem o seu trabalho.

REFERÊNCIAS:
- BROWN, H. D. Teaching by principles: 2 nd Ed. Englewood Cliffs, NJ: Longman, 2001.
- CRUZ, G. F. Da. The power of music and songs in and out of the language classroom. In:
LIMA, D. C. De. ( ed.). Foreign-language learning and teaching: from theory to practice.
Edições UESB, Vitória da Conquista, Bahia, 2004.
- CRYSTAL, D. English as a global language. Cambridge, UK.:Cambridge University Press,
1997.
- GIBLIN, R. O inglês por meio da música. In: LACOSTE, Y. RAJAGOPALAN, K. (orgs).
A Geopolítica do Inglês. Parábola Editorial. São Paulo, 2005.
- LE BRETON, J. M. Reflexões Anglófilas sobre a Geopolítica do Inglês, In: In: LACOSTE,
Y.; RAJAGOPALAN, K. (orgs). A Geopolítica do Inglês. Parábola Editorial. São Paulo,
2005.
- LEFFA,V. J. Aspectos políticos da formação do professor de língua estrangeiras. In:
LEFFA,V. J. (org). O professor de línguas: construindo a profissão. Educat. Pelotas, 2001.
- LIGHTBOWN, P.; SPADA, N. How languages are learned. 2ª Ed. Hong Kong: Oxford
University Press, 2001.
- PAIVA, V. L. M. O. P. A língua inglesa no Brasil e no mundo. In: PAIVA, V. L. M. O. P.
(org.). Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências. 3ª Ed. Pontes. São Paulo, 2005.
______ O ensino de língua estrangeira e a questão da autonomia. In: LIMA, D. C. De (org.).
Ensino e aprendizagem de língua inglesa, conversa com especialistas. Parábola Editorial. São
Paulo, 2009.

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