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Portal Educação
CURSO DE
TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
Aluno:
1
EaD - Educação a Distância Portal Educação
CURSO DE
TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1. PSICOTERAPIA
1.1 Conceitos de Psicoterapia
1.2 Fatores comuns a toda psicoterapia
1.3 Equívocos sobre a terapia cognitiva e comportamental
MÓDULO II
2 TERAPIA COMPORTAMENTAL
2.1 Histórico
2.2 Fundamentos Teóricos
2.3 Indicações e Contraindicações
2.4 Técnicas da Terapia Comportamental
2.5 Conceitos Básicos
3 TERAPIA COGNITIVA
3.1 Histórico
3.3 Fundamentos teóricos da terapia cognitiva
3.3 Indicações e Contraindicações
3.4 Técnicas da terapia cognitiva
MÓDULO III
3.5 Conceitos Básicos da Terapia Cognitiva
3.6 Teoria Focada em Esquemas de Young
3.7 Diferença entre Cognitivismo e o Construtivismo
MÓDULO IV
3.8 Princípios Fundamentais
3.9 Distorções Cognitivas
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3.10 Perfil Cognitivo dos Transtornos Psiquiátricos
3.11 Estruturação das sessões
3.12 Instrumentos Utilizados
MÓDULO V
3.13 Relação Terapêutica
3.14 Componentes Relevantes para se chegar ao problema
3.15 A TCC e a família
3.16 Mitos Equivocados sobre Terapia Cognitiva
3.17 Recaídas
3.18 Algumas resoluções referentes a atendimento psicoterápico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 PSICOTERAPIA
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problemas de natureza emocional, cognitiva e comportamental, já que ele procurou
com essa finalidade”. (Strupp, 1978 citado por Cordioli, 2008).
Em termos etimológicos, terapia está relacionada à cura, então quando nos
referimos à psicoterapia, estamos falando da cura por intermédio da psique.
Na psicoterapia a psique é trabalhada a favor do paciente buscando
desenvolvimento de habilidades que o ajudem a enfrentar as adversidades no
presente, ou seja, podemos conceituá-la também como um processo de mudança,
de solução dos problemas causados pela falta de adaptação frente as dificuldades
da vida, de aprendizado de como refletir, analisar e tentar viver melhor.
Wampold (2001), diz que a psicoterapia é um tratamento primariamente
interpessoal, baseado em princípios psicológicos, que envolve um profissional
treinado e um paciente ou cliente portador de transtorno mental, problema ou
queixa, o qual solicita ajuda, sendo o tratamento planejado pelo terapeuta com o
objetivo de modificar o transtorno, problema ou queixa, e é adaptado a cada
paciente ou cliente em particular.
E de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Psicologia sobre
esse tema, temos no:
"Art. 1º - A Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e
conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que
se realiza por meio da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas
psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional,
promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de
conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos." (Resolução CFP N.º
010/00).
Veja algumas resoluções sobre prestação de serviço por meio da
psicoterapia no final deste módulo.
Veremos adiante, que à psicoterapia se distingui de outras modalidades de
tratamento por ser muita mais uma atividade colaborativa entre o paciente e o
terapeuta do que uma ação predominantemente unilateral, exercida por alguém
sobre outra pessoa, como ocorre com outros tratamentos médicos.
Quando falamos de tempo de duração da psicoterapia, isso pode variar de
semanas até anos, vai depender muito do tipo de psicoterapia, da abordagem usada
e dos objetivos que se buscam. Por exemplo, a psicoterapia breve trabalha com
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objetivos mais específicos, então são bem mais rápidas que uma psicoterapia que
vai trabalhar com uma psicopatologia mais severa, que envolverá conteúdos muito
mais profundos.
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psicoterapia faz o sujeito parar para refletir sobre a própria vida e quando fazemos
isso permitimos muitas mudanças de orientação, sentido, rumo e aprofundamento
de nossas experiências; O psicoterapeuta vai ajudar a perceber as coisas de um
ângulo que você não tinha visto antes e nem suspeitava ser possível; O
psicoterapeuta recebeu formação adequada e conhece teorias psicológicas que
ajudam na compreensão do que ocorre com esse sujeito, auxiliam a identificar o que
pode estar errado em sua vida, a direção que você está seguindo e as mudanças de
rumo necessárias; Ele também tem prática com técnicas que tornam possível
descobrir aspectos da personalidade que seriam inacessíveis a uma observação não
treinada e está preparado para compreender você a partir do vínculo que você
estabelece com ele, das respostas emocionais que você suscita nele; Essa
presença autêntica no vínculo com o cliente permite que essa relação funcione como
catalisador de processos de mudança como superação dos efeitos de traumas de
relacionamentos anteriores.
De acordo com Cordioli (2008) a psicoterapia originalmente chamada de
cura pela fala, tem suas origens na medicina antiga, na religião, na cura pela fé e no
hipnotismo. Entretanto ao final do século XIX que ela passou a ser utilizada no
tratamento das doenças denominadas nervosas e mentais, tornando-se uma
atividade médica inicialmente restrita aos psiquiatras, só no século XX outros
profissionais passaram a exercê-la, como médicos clínicos, psicólogos, enfermeiros,
assistente sociais, assim ultrapassando as fronteiras do modelo médico.
Na atualidade existe um relativo consenso que as terapias são efetivas, além
de uma concordância que uma boa parte dos seus efeitos deve-se a um conjunto de
fatores que envolvem as técnicas efetivas utilizadas, em que cada abordagem
possui as suas e também fatores específicos a todas as psicoterapias.
Então podemos conceituar a psicoterapia como um tratamento
primariamente interpessoal sendo realizada por um profissional treinado, utilizando
meios psicológicos como forma de influenciar o paciente sendo a comunicação
verbal o principal recurso, como já citamos.
São vários os tipos de psicoterapia, mas todas possuem o mesmo objetivo,
que é de reduzir ou remover um problema, queixa ou transtorno, trazido pelo
paciente que busca ajuda.
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Cordioli (2008) cita alguns elementos comuns a toda psicoterapia:
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A psicoterapia ocorre em um contexto terapêutico, no qual o paciente
acredita que o terapeuta irá ajudá-lo e confia que esse objetivo será alcançado;
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Segundo o autor citado, é indispensável o reconhecimento, por parte
do paciente, da necessidade de mudança e de um esforço pessoal para conseguir
os resultados desejados.
FIM DO MÓDULO I
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