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Universidade Federal de Viçosa

Centro de Ciências Humanas Letras e Artes

Departamento de Ciências Sociais

Disciplina Análise Política Comparada CIS420

Comparação dos modelos Majoritário e Consensual na Democracia


Representativa

Douglas Oliveira Dias 70593

Viçosa (MG)

Janeiro/ 2014
Análise Comparativa

Comparando-se os modelos de democracia representativa majoritária e consensual,


podemos escolher casos em que esses modelos são extremos para evidenciar suas
diferenças como a Inglaterra/Reino Unido com o majoritário, e a Suíça com o
consensual. Cabe lembrar que no Brasil e EUA, mantêm-se características de ambos os
sistemas. Separa-se então a comparação em duas dimensões, a primeira chamada de
Executivo-Partidos e a segunda de Federal-Unitário.

Na dimensão: Executivo-Partidos, podemos notar as seguintes diferenças entre os dois


modelos:

1. No modelo majoritário o poder executivo é concentrado em gabinetes


monopartidários de maioria enquanto no consensual ele é partilhado em amplas
coalizões multipartidárias (Brasil – PT e PMDB a exemplo).
2. No modelo majoritário o poder executivo é dominante enquanto no consensual
há um equilíbrio entre Executivo e Legislativo.
3. No modelo majoritário utiliza-se o bipartidarismo (dois partidos que são
hegemônicos na preferência do eleitorado e o ponto de discordância entre estes
se refere em sua maior parte nas políticas econômicas), já no consensual utiliza-
se o multipartidarismo.
4. Quanto ao sistema eleitoral, é majoritário no modelo de mesmo nome (utiliza-se
maioria simples para definir o ganhador da eleição), enquanto no consensual é
proporcional (divide-se o total de votos pelo número de cadeiras, é por legenda)
5. Existe um forte pluralismo dos grupos de interesse (grupos organizados que
exercem pressão sobre o governo) no sistema majoritário enquanto no
consensual há um pacto social, através do corporativismo (organizações das
forças sociais menos intensa).
Na dimensão Federal-Unitário, notam-se as diferenças:
1. Governo unitário e centralizado no sistema majoritário e governo federal e
descentralizado no consensual.
2. Concentração do Poder Legislativo numa legislatura unicameral no modelo
majoritário e divisão do Poder Legislativo em duas casas/ câmaras igualmente
fortes mas constituídas de formas diferentes no modelo consensual.
3. Constituições flexíveis que podem receber emendas por simples maioria no
modelo majoritário e rigidez constitucional no modelo consensual onde emendas
só podem ser feitas por maioria extraordinária.
4. No modelo majoritário há ausência de revisão judicial (as legislaturas tem a
palavra final sobre a constitucionalidade da legislação) enquanto no consensual
as leis estão sujeitas à revisão judicial de sua constitucionalidade por uma corte
suprema ou judicial.
5. No modelo majoritário o Banco Central é controlado pelo Executivo enquanto
no consensual, ele é independente de qualquer poder político.

Para Arend Lipjhart, o modelo consensual é o mais democrático. Em sociedades


divididas, com características plurais, somente um modelo que privilegie o consenso e a
inclusão pode se efetivar como mecanismo essencial de governabilidade. Sartori
ressalta que há uma tendência histórica nos EUA do aumento de atribuições ao
Executivo, sendo este o principal responsável por decisões relacionadas às políticas
públicas e isso é uma tendência mundial (sobreposição do executivo sobre o
legislativo). No Brasil, com o presidencialismo de coalisão, não há acordo entre
Legislativo e Executivo, tendo o último o controle das agendas do País e têm-se a
coalisão como garantia de funcionamento político do mesmo, a fim de evitar uma
paralisia decisória, ocasião que resultou no golpe militar de 1964.

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