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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

BRYAN
LUARA RAMOS MARTINS DE ALBUQUERQUE
LUCAS CAMPAROTO DE SOUZA
MARCOS ANTONIO DE OLIVEIRA SANTIAGO
PAMELA SILVANO SANTIAGO
SOFIA RIBEIRO DO VALLE DE SA

DIREITO ROMANO

Avaliação do 1º semestre apresentado em texto na


disciplina Direito Romano do Curso de Direito do
Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal
do Paraná sob a orientação da Professora Danielle
Regina Wobeto de Araujo.

CURITIBA
2019
SUMÁRIO

1. FICHAMENTOS ...............................................................................................................
1.1. MALERBA, Jurandir...................................................................................
1.2. ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira. .....................................................................
2. RELATÓRIO DE PESQUISA....................................................................................
2.1. Conceito e Finalidade do Direito Romano...................................................................
2.2. O que se fala e como se fala do direito romano e da sociedade romana na
internet......................................................................................................................
2.3. Entrevista com algum romanista ou civilista falando da sociedade romana e do
direito romano.........................................................................................................
3. ANÁLISE CRÍTICA DO USO DO DIREITO ROMANO PELA ACADEMIA E PELO
HISTORIADOR PÚBLICO...............................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................

ARRUMAR PÁGINAS QUANDO TERMINAR, COLOCAR NUMERAÇÃO.


1. FICHAMENTOS

1.1. MALERBA, Jurandir

A delicada situação dicotômica dos historiadores acadêmicos e não acadêmicos no


Brasil, pautada na discussão acerca da Public History. Essa é a síntese da reflexão redigida
pelo professor da PUCRS, Jurandir Malerba, que abarca o aumento da demanda por
história pelo público leigo nos últimos anos, a qual tem sido suprida por profissionais não
treinados nas universidades. Isso, segundo o autor, gera uma série de implicações técnicas
e éticas, cabendo aos historiadores graduados se manifestar. Além de se demonstrar
necessária a massificação do conceito de história pública e sua aplicabilidade no Brasil,
com o intuito de melhor compreender tal fenômeno.
Nesse sentido, inicialmente, é necessário distinguir os dois tipos de historiadores. O
primeiro grupo corresponde aos historiadores acadêmicos, isto é, graduados em
universidades. Por outro lado, o segundo grupo diz respeito àqueles que não foram
treinados nas academias, e por isso recebem diversas nominações, entre elas a de
“historiador público”. Esta última denominação é proveniente da Public History, a qual,
segundo Malerba, nunca foi debatida academicamente no Brasil, embora seja comum se
defrontar com trabalhos de diversos historiadores públicos no país. O texto ainda afirma
que o surgimento desse conceito de história pública é oriundo de uma crise de empregos
na década de 1970 nos Estados Unidos e, a partir dela, o historiador Robert Kelley teceu a
seguinte definição da Public History: “Refere-se ao emprego de historiadores e do método
histórico fora da academia”. Essa explicação de 1991 é apenas uma entre milhares, uma
vez que tal conceito faz parte de um campo abrangente, fértil e sem fronteiras muito
definidas, possuindo até mesmo acepções que diferem entre os países.
Ainda sobre a Public History, o texto traz à tona o sucesso protagonizado por elas em
países da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália, onde programas como “A Band Of
Brothers” e “A History Of Britain”, angariaram estrondoso sucesso. No Brasil não foi
diferente. Programas de todo tipo de mídia, como internet, TV e rádio passaram a contar
com atrações que envolviam a “história pública”, com devido destaque às minisséries. Tudo
isso foi impulsionado pela percepção de que o passado poderia representar bons negócios,
de modo que dois aspectos se tornaram comuns em todos os casos: o treinamento
profissional para todos que se propusessem em levar a história ao público e a audiência
como principal fator a ser considerado em qualquer produção. Um dos problemas
mencionados pelo professor é justamente quando “...a audiência cada vez maior a qualquer
custo se torna um fim em si mesma”, e assuntos relevantes, como a política, sequer são
colocados em pauta.
A crescente demanda por produções históricas supracitada, portanto, está articulado
à Public History, já que o interesse das massas está vinculado diretamente na história
popular. No Brasil, entretanto, tal fenômeno desencadeia maior preocupação, pois não há
o cuidado de que os historiadores públicos tenham algum tipo de preparo profissional. Isso
faz com que o único objetivo seja, cruamente, de acordo com o autor, os interesses
econômicos. O resultado disso, consonante a um dos maiores especialistas na área, Roy
Rosenzweig, é a péssima qualidade da história produzida. A exemplo disso, três autores
brasileiros que se tornaram best-sellers podem ser citados. O primeiro é um jornalista
esportivo gaúcho, Eduardo Bueno, que percebeu que poderia surfar na onda mercadológica
proporcionada pelo aumento do interesse em assuntos relacionados à história. Para tanto,
apresentou à uma editora um projeto de uma coleção composta inicialmente por três obras:
A viagem do Descobrimento: a verdadeira história da expedição de Cabral (1998);
Náufragos, traficantes e degredados: as primeiras expedições ao Brasil (1998); e Capitães
do Brasil: a verdadeira história da expedição de Cabral (1999). Posteriormente, em 2006,
lançou uma obra intitulada de “Mensalão”. Dessa forma, tendo em vista a venda de milhões
de exemplares, Bueno se tornou uma espécie de celebridade no país.
Outro historiador público que alcançou a mesma relevância foi Laurentino
Gomes, um jornalista que se aproveitou do aniversário de duzentos anos da vinda da corte
portuguesa para o Brasil, escrevendo seu primeiro best-seller, que recebeu o título de
“1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram
Napoleão e mudaram a história de Portugal e do
Brasil”. Por último, Leandro Narloch encerra os três exemplos de historiadores leigos,
trazidos pelo texto de Malerba. Seu primeiro best-seller foi o “Guia politicamente incorreto
da história do Brasil (2009).
Os historiadores acima mencionados, os quais ocuparam papel central na produção
historiográfica de caráter popular no Brasil, muito diferem dos historiadores acadêmicos, e
isso, de acordo com o texto, não está vinculado apenas com sua formação- ou a falta dela-
mas também, como afirma o autor Jack M. Holl, a cultura de trabalho é distinta. Isso porque,
segundo o mesmo autor, os historiadores públicos possuem identidade, perspectiva,
missão e valores distintos, que estão principalmente ligados ao poder, audiência e dinheiro.
Logo, essa história pública que por vezes tenta se autopromover como uma “nova história”,
expressamente não acadêmica e até mesmo superior àquela, vem trazendo uma série de
ônus para a história acadêmica e real. Esses prejuízos já são concretos e podem ser
elencados com base nas produções dos três historiadores leigos mencionados no parágrafo
anterior. A começar por Bueno, segundo o texto, suas obras são vistas como eurocêntricas
e conservadoras, além de o autor se referir desdenhosamente sobre os historiadores
acadêmicos, o que é hipocrisia, já que sua obra é descaradamente ancorada em trabalhos
científicos. O trabalho de Gomes, por sua vez, é demasiadamente simplista e, também,
conservador, ilustrando um Brasil incapaz de se autogovernar, necessitando, assim,
sempre da ajuda de um “herói” estrangeiro. Na sequência, Narloch é um dos autores que
mais esbanjam preconceito em suas produções, tratando a participação dos negros e índios
na história do Brasil como algo de relevância irrisória. O preconceito desse historiador, no
entanto, vai além e se estende também a generalizações feitas a partir de um conceito
criado por ele mesmo e denominado como “alma dos países”, no qual classifica, por
exemplo, o Chile como um país irrelevante. Além disso, o texto afirma que Narloch também
demonstrou ser um historiador pró militar na questão da ditadura civil-militar brasileira.
Vale lembrar, ainda, que de acordo com o texto, todas as histórias públicas de grande
sucesso possuem em comum o fato de serem versadas nos grandes “heróis”, nas grandes
personalidades que enfrentam de modo resiliente grandes desafios e são, assim,
responsáveis por movimentar a história. Os autores ainda se preocupam notadamente com
as características psicológicas dos personagens, como fidelidade, coragem, imaturidade,
moralidade etc. Esse tipo de narrativa, todavia, retoma algo que era recorrente na
modalidade da escrita da história antiga, na qual a brevidade e a não complexidade dos
fatos eram muito valorosos. Mais especificamente, isso recebe o nome de “anedota” e,
segundo o Oxford English Dictionary, é a “narrativa de um incidente individual, ou de um
único evento, narrado como sendo interessante e surpreendente por si só”.
Portanto, se torna evidente que existe de fato maior demanda por conteúdos
relacionados à história, contudo, não existe o cuidado de requerer que sejam
fundamentados em fontes reais, concretas e acadêmicas. Ao contrário, dá-se mais
importância aos conteúdos de veracidade duvidosa, visto serem mais atrativos e menos
complexos. Isso é corroborado pela declaração do etno-historiador e professor da
University of Missouri-St. Louis, Frederick Fausz: “Nesta era ‘Harry Potter’, a rentabilidade
dos livros que entretêm supera em muito a qualidade dos livros que educam, com base na
profecia autorrealizável de uma indústria editorial guiada pela oferta, indústria essa
determinada a demonstrar que há pouca demanda do público por estudos sérios.”
Em suma, o texto afirma que qualquer um pode escrever história, porém isso não
garante que toda produção possua o mesmo valor e relevância, bem como a existência dos
historiadores populares não exclui a importância dos historiadores acadêmicos. O foco,
dessa maneira, não é estabelecer uma rivalidade entre ambos, mas sim produzir uma
“história” de qualidade, que não seja voltada apenas para o mercado. Por conseguinte,
cabe aos historiadores acadêmicos a difícil missão de se fazer cada vez mais presente nos
diversos debates e produções literárias, de modo a incutir no senso comum que a história
acadêmica também é profundamente importante, e tão necessária quanto a popular.

1.2. ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira

No contexto de ataques ao ensino das ciências humanas nas escolas provocadas por
movimentos como o da Escola Sem Partido, principalmente da matéria de história, a
expansão da história pública se mostra como uma medida contra a tentativa de um ensino
supostamente neutro, o qual acabará tornando a história cada vez mais elitista, unilateral
e, consequentemente, desigual.
A história pública tem como característica um olhar diverso, que objetiva expandir os
espaços de discussão acerca da história, não sendo mais restrito ao ambiente acadêmico.
Além disso, procura aumentar o protagonismo de outros agentes sociais que buscam seu
espaço na sociedade, inclusive dentro da história, com a construção de uma visão histórica
sobre suas próprias identidades. Para isso, de acordo com o texto, a tecnologia se mostra
como um grande aliado na ampliação das relações de conhecimento, visto que inova a
noção do que é público e, assim, transforma a forma de narrar os acontecimentos históricos.
Mais do que explorar novos âmbitos de pesquisa, a história pública também requere que o
historiador tenha uma reconfiguração do seu papel, adaptando-se em relação a uma
história que pretende alcançar, cada vez mais, o público.
Embora falar sobre história pública pareça simplificar o debate histórico, a realidade,
segundo o texto, é que a publicização da história significa inserir múltiplas redes de
narrativas vivas da coletividade na discussão da história. Nessa perspectiva que reside a
grande dificuldade do historiador, que é conciliar tantas narrativas diferentes, fazendo com
que várias vozes possam ser ouvidas, construindo um passado funcional para os diferentes
grupos. A história pública é, antes de uma atividade intelectual, uma ação política, visto que
retrata de temas que não estão presentes no contexto da academia. Logo, por ser político,
de acordo com a autora, a publicização afasta-se da visão que haja uma ciência neutra e
sem aspectos políticos na construção histórica porque a história pública almeja ser o mais
acessível, ou seja, democrática possível. Tal fato não significa, porém, que há uma
despreocupação com a seriedade do trabalho histórico com o uso de métodos científicos e
procedimentos. O que se discute, na verdade, é uma reformulação no modo analítico de se
fazer história, tendo, como fim, ampliar o debate acadêmico e inserindo novos agentes e
demandas sociais na construção.
No texto, o cerne da questão é mostrar que uma publicização da história não significa
simplificar o debate histórico, e muito menos torná-lo não científico. Na realidade, não são
conceitos excludentes, mas complementares. Uma abordagem histórica mais democrática
e científica, segundo a autora, pode atingir um público amplamente maior e discutir as
questões históricas de maneira coletiva. Isso é exposto em contraste às tentativas de vários
historiadores que objetivaram criar uma história daqueles que eram excluídos, uma história
vista “de baixo”. Porém, de acordo com a autora, tal tentativa não dialogava com os agentes
sociais que se tentava retratar, ou seja, eram narrativas que não davam voz aos que
estavam sendo estudados e, muitas vezes, retratava-os como vítimas e ignorando eles
como os protagonistas de sua própria vida. Tal exposição seria um reducionismo histórico
e não incluiria os próprios retratados como auxiliares na construção da própria história,
sendo eles alvos, portanto, de produções históricas elitistas que visam a divulgação em
massa de produções que seguem a lógica do mercado.
Nesse âmbito, com o objetivo de se construir uma história com o público, o historiador
deve reconhecer os novos protagonistas que exigem reconhecimento dentro do espaço
social e, para isso, tem a sua disposição as novas tecnologias que o auxiliarão na expansão
de uma história democrática, inclusiva e, de acordo com o texto, empática. No processo, o
historiador é um ouvinte das diversas vozes, é o mediador do ambiente acadêmico, local
da intelectualidade, com os diversos grupos que serão estudados e, portanto, deverá
registrar a história deles a partir de suas memórias e demandas. Em suma, o trabalho de
construção de uma história pública que abarque os aspectos relacionais dos grupos e os
coloque como protagonistas da construção da própria história é um projeto conjunto.
Além dessa exposição, o texto procura mostrar como a história pública afasta-se de
ser um entretenimento. A publicização, embora seja popular, não é simples. Há uma grande
responsabilidade envolvida e, por isso, é preciso dar voz e respeitar os grupos que serão
estudados, com transparência nas metas e construção de projetos conjuntos. Uma história
pública com tais objetivos muito diverge de narrativas que não tem compromisso com a
veracidade histórica e muito menos com os grupos que são retratados, visto que, em prol
do entretenimento e arrecadação, retratam de forma estereotipada e sem dar voz aos
grupos que foram colocados ao esquecimento no debate histórico como, segundo a autora,
negros, mulheres, índios e homossexuais. Logo, para entender a entender a complexidade
das relações desses grupos, é preciso, primeiramente, não ligar o estudo de sua história à
lógica do mercado. O historiador, nesse âmbito, deve saber qual é o seu papel e, mais do
que isso, propiciar autonomia aos grupos para que eles narrem sua própria história e sejam
reconhecidos.
Embora a democratização da história traga muitas vantagens, é preciso, porém, ter
cuidado em relação ao volume de informação que se possui. Para tal reflexão, a autora cita
Joël Caudal para trazer reflexões acerca da intersecção entre memória e a história pública.
O historiador, nesse contexto, dialoga com a forma que o grupo representa a metamemória
- maneira que o indivíduo ou coletividade representa a própria memória - com a meta de
evitar uma história elitista, rígida e unilateral. A comunidade aqui possui um grande
protagonismo, visto que ela decide suas representações, selecionando lembranças e
elaborando a compreensão do passado. Entretanto, a autora adverte que tal própria
representação pode conter excessos de informação, os quais, sem reflexão, seriam apenas
traços informacionais. A história pública trata acerca de conhecimento e não a multiplicação
incansável de informações. Dessa maneira, a divulgação de grande quantidade de
informações não significa a democratização do debate histórico, mas sim usar a memória
como um estoque de informações, delegando a história uma construção sem significados
fadada ao esquecimento.
Para se construir uma publicização com significado, a reflexão é um elemento central,
visto que, sem ela, não há a elaboração do conhecimento histórico. Ao se relacionar a
reflexão com os acontecimentos dos fatos, é possível, segundo o texto, elaborar uma
consciência histórica, que é uma compreensão da importância da memória e das narrativas
passadas. Assim, a história pública possui um papel ativo no mundo, haja vista que
historiador e comunidades, com diálogo e reflexão, podem pesquisar sobre experiências
que eram ignoradas, ou seja, torná-las visíveis. A história pública deve reconhecer a
legitimidade da participação dos agentes sociais na construção de seu passado. Por isso,
no contato entre a memória e a publicização da história, deve haver uma contribuição
mútua, em que sejam feitos consensos entre ambos, para que as histórias não sejam
apenas expostas, mas sim valorizadas.
Por fim, na história pública, o historiador deve evitar a arrogância acadêmica, ou seja,
entender que o processo de os grupos quererem expor as memórias e histórias é
consensual. A publicização, no âmbito do agente social como protagonista, envolve
escolhas e consensos e, logo, muitas vezes, pode não haver consenso entre os
historiadores e os grupos. O historiador deve não só reproduzir as informações, mas
necessita sentar e ouvir as histórias como forma de construção e sentimento com o registro
e, assim, poder passá-lo adiante e mostrar que a história pública não é simplificar o debate
histórico, mas trazê-lo para mais perto das pessoas.

2. RELATÓRIO DE PESQUISA

2.1. CONCEITO E FINALIDADE DO DIREITO ROMANO

1. José Carlos Moreira Alves - Direito Romano.


Conceito: Direito romano é o conjunto de normas que regeram a sociedade romana
desde as origens (segundo a tradição, Roma foi fundada em 754 a.C.) até o ano
565 d.C., quando ocorreu a morte do imperador Justiniano.
Finalidade: A utilidade do estudo do direito romano atualmente decorre, segundo
José Alves, do fato de ser ele importante instrumento de educação jurídica. O direito
romano apresenta abrangência de fontes e, além disso, documenta mais de 12
séculos de história que incluem a evolução, expansão, decadência e extinção do
poderoso Império Romano.

2. Paulo Cesar Cusino Moura - Manual de direito romano: instituições de direito


privado.
Conceito: O direito existe desde a antiguidade, com maior ou menor
desenvolvimento. No entanto, foi com a civilização romana, que atingiu grande
esplendor. Podemos analisá-lo sob tríplice aspecto: histórico, jurídico e de direito
comum.
Aspecto histórico: o direito romano compreende o estudo das normas jurídicas que
vigoram em Roma e no Império Romano, desde a fundação da cidade (754 a.C.),
até o final do reinado do imperador Justiniano (565 d.C.).
Aspecto Jurídico: conjunto das obras de direito que o Imperador Justiniano mandou
compilar e que, bem mais tarde - somente no século XVI - recebeu o nome de corpus
juris civilis (corpo de direito civil).
Aspecto de direito comum: o direito romano deve ser entendido como a legislação
que deixou descer propriamente do povo romano e passou a ser o direito de vários
povos da Europa desde a Idade Média até a transformação dessas nacionalidades,
em vários estados politicamente organizados e com a respectiva "codificação do
direito privado em cada uma delas" (MATOS, PEIXOTO CURSO DE DIREITO
ROMANO, p.147).
Finalidade: É ensinado em muitos dos nossos cursos jurídicos e nas faculdades que
o adotam, o direito romano tem por objeto o estudo das instituições de direito privado
romano (Matos Peixoto, ob. cit.p.7)

3. Francisco Amaral - Direito Civil Introdução.


Conceito: Entende-se como Direito Romano o conjunto de normas jurídicas que
vigoraram em Roma e seus territórios desde a criação da Cidade em 753 a.C, até a
morte do Imperador Justiniano, em 565. É um Direito vigente por treze séculos, com
várias fases que se distinguem conforme as variações ocorridas nos sistemas
econômicos e sociais. O Direito Romano, portanto, não se apresenta como um todo
unitário, mas como a conjugação de vários sistemas, ou melhor, como um processo
evolutivo que nasce, desenvolve-se, atinge o apogeu e decai, até compilar-se no
Corpus Iuris Civilis.
Finalidade: O legado do Direito Romano até hoje está presente na cultura Ocidental,
como fator de unidade dos países de Direito escrito. Traduz-se em alguns institutos
de Direito Civil, como: a personalidade, a capacidade de Direito, os bens e os
Direitos reais, a posse, a sucessão e, principalmente, a técnica das obrigações e
dos contratos. A influência do Direito Romano na atualidade se torna se explícita,
por exemplo, no Código Civil Brasileiro de 1916, no qual quatro quintos dos seus
1807 artigos - ou seja 1445 -, eram produto da cultura romana.

4. CRETELA, Júnior J. Cretela - Curso de Direito Romano: O direito romano e o


direito civil brasileiro.
Conceito: O direito romano é, em um primeiro sentido, um conjunto de regras
jurídicas que vigoraram no Império Romano durante cerca de 12 séculos. Em um
segundo sentido, direito romano é expressão que designa um ramo apenas daquele
direito, isto é, direito privado romano. Por fim, a expressão direito romano é
empregada ainda para designar as regras jurídicas consubstanciadas no Corpus
Juris Civilis.
Finalidade: O estudo do direito romano nos dias atuais, tem razões de ordem
histórica, prática e técnico-jurídica. Segundo o autor, é necessário seguir os traços
das instituições romanas até nossos dias, em nosso direito moderno, e mostrar em
que medida o direito romano é fonte do nosso direito ou como as regras do direito
canônico ou nosso antigo direito costumeiro foram por ele influenciadas, porque
correspondem melhor ao estado dos costumes ou às necessidades da prática.

5. José Carlos de Matos Peixoto. Curso de Direito Romano.


Conceito: O Direito Romano é o conjunto de normas jurídicas que regeram o povo
romano nas várias épocas de sua história.
Finalidade: o objetivo principal de seu estudo nas faculdades de direito é a
compreensão das instituições de Direito Privado. Para isso, é necessário, também,
saber as instituições políticas vigentes na época romana, assim como as fontes de
manifestação do direito romano, tais como o costume e as leis escritas.

2.2. O QUE SE FALA E COMO SE FALA DO DIREITO ROMANO E DA SOCIEDADE


ROMANA NA INTERNET

I. DIREITO ROMANO
De modo geral, o site afirma que o direito romano representa o conjunto de
regras, normas e princípios jurídicos formulados pela antiga civilização
romana. Com aproximadamente 13 séculos de história, seu início se deu com
as origens lendárias da própria cidade de Roma, em meados do século VIII
a.C. Por outro lado, a morte do Imperador Justiniano, no ano de 565, é
considerada o marco do seu fim.
Nesse sentido, visto a grande perduração histórica do direito romano, os
juristas modernos costumam dividi-lo em períodos, aderindo a critérios
diversos para melhor compreendê-lo. Uma das divisões feitas, desse modo,
se refere ao direito romano antigo, também conhecido como juris quiritium ou
juris civile (quirites ou cives eram os cidadãos romanos), o qual concebia o
direito como sendo costumeiro, rudimentar- assim como a organização da
sociedade-, formalista e impregnado de elementos imaginários- a linha que
separava o direito divino e o direito humano era extremamente tênue. Já o
segundo período do direito romano foi iniciado com a codificação da Lei das
Doze Tábuas (450 a.C.) e perdurou até o falecimento do imperador
Alexandre Severo em 235 d.C. Esse período foi, sobretudo, protagonizado
pela crise da constituição republicana e a instauração do principado, com
Augusto (27 a.C.). Além disso, vale ressaltar a ocorrência de um vertiginoso
desenvolvimento econômico ocorrido nessa fase.
Por conseguinte, o direito romano acompanhou as mudanças propiciadas por
tal crescimento econômico, de maneira que configurou essas novas relações,
abandonou seu rígido formalismo, modificou seu caráter estritamente
citadino e nacional e passou a reger também as relações entre romanos e
estrangeiros. Posteriormente, já na fase de maior expansão imperial, se
tornou o direito universal dos povos e, devido a isso, passou por mais uma
série de transformações, entre elas se destaca o abandono definitivo das
fontes e influências primitivas, como o costume e a religião, além do
surgimento das leis, dos plebiscitos, das constituições imperiais e dos editos
dos pretores e magistrados- incumbidos de administrar a justiça. Ademais, a
equidade e a boa-fé emergiram como princípios basilares desse direito, o
qual passou, agora, a ser função do poder público.
Todavia, foi em meados do século I a.C, que o direito romano atingiu seu
apogeu no denominado direito romano clássico. É desse período que remete
o surgimento da jurisprudência romana. Por fim, o direito romano pós-
clássico- o último da divisão dos períodos históricos- tem como característica
principal o desenvolvimento da importante atividade de compilação jurídica,
que angariou extraordinárias proporções com o Imperador Justiniano. Sua
codificação, portanto, conhecida como o Corpus juris civilis diz respeito a
jurisprudência clássica e as constituições anteriores em quatro divisões: o
Digesto ou Pandectas, o Código, as Instituições e as Novelas.
Consequentemente, foi essa codificação a responsável pela sobrevivência e
a unidade da tradição jurídica latina.
Dessa forma, o texto da plataforma digital “Estudante de Filosofia” ainda
expõe a atuação dos criadores do direito romano como muito valorosa e
importante, visto que “formularam o mais grandioso e perfeito sistema jurídico
da idade antiga”, que em decorrência disso, sobrevive em incalculáveis
instituições e princípios no mundo contemporâneo. Ademais, ainda se afirma
que o direito romano influi sobremaneira sobre a ordem jurídica
principalmente do Ocidente e, se consagra como um dos principais
elementos da civilização moderna.
II. DIREITO ROMANO - CONCEITO, O QUE É, SIGNIFICADO
O direito romano corresponde não somente à organização jurídica que se fez
presente na antiga sociedade europeia, mas também às ideias e
experiências concebidas desde o surgimento das cidades até a
desagregação do Império, com a morte de Justiniano. Sendo assim, de
acordo com o site, os três pilares que regiram o direito romano são resumidos
em três: “não prejudicar ninguém, viver honestamente e dar a cada um aquilo
que lhe corresponde.” Essa foi a síntese elaborada por Ulpiano, importante
jurista romano, da qual se pode extrair interpretações mais minuciosas para
cada um dos três preceitos supracitados. Dessa forma, segundo o site,
quando se afirma no direito romano que não se deve prejudicar ninguém, isso
se refere ao fato de que as leis devem amparar tanto as pessoas quanto aos
bens, de tal maneira que sejam estabelecidos mecanismos capazes de evitar
danos casuais. Por outro lado, o segundo pilar que preconiza a vida honesta
na sociedade romana, faz jus ao princípio de que o direito deveria defender
a honestidade, a moral e os bons costumes, de modo a punir aqueles que
transgredissem tal prerrogativa, isto é, que possuíssem comportamento
contrário ao “Honestae Vivere”- viver honestamente. Por fim, o último
fundamento diz respeito a particularidade de cada um perante a justiça
romana.
No site, é abordado, também, a importância do direito romano, bem como
sua aplicabilidade nos dias de hoje. Por conseguinte, se constata que o
processo de dominação romana não se restringiu apenas a uma conquista
territorial, mas também protagonizou um característico processo de
colonização que impôs aos dominados os costumes, tradições e valores
romanos. Nesse âmbito, o direito ocupou um papel central, sendo o
aglutinador das relações sociais e humanas que regeriam aquela sociedade,
mediante, entre outros fatores, a premissa de que autoridade e liberdades
não são conceitos antagônicos, mas sim complementares. Ademais, com
toda essa acepção, foi possível também estabelecer novos conceitos que até
então eram inexistentes para aqueles povos.
Destarte, o estudo minucioso do direito romano, ainda de acordo com o site,
é crucial para se compreender a evolução da mentalidade europeia. Além
disso, diversas criações daquele período ainda são utilizadas até mesmo por
juristas modernos, os quais se respaldam muitas vezes em fontes romanas
e nas suas metodologias para angariar uma solução que seja condizente e
fiel às normas vigentes.

III. DIREITO ROMANO


Direito Romano é o nome que se dá ao conjunto de princípios, preceitos e
leis utilizados na antiguidade pela sociedade de Roma e seus domínios. O
corpo jurídico romano constituiu-se em um dos mais importantes sistemas
jurídicos criados desde sempre, influenciando diversas culturas em tempos
diferentes.
Em sua longa história, podemos assinalar as seguintes fases como capitais
no desenvolvimento e aperfeiçoamento do Direito Romano (de acordo com
sua organização estatal): Período Régio, período que vai desde a fundação
da cidade de Roma (753 a.C.) até a República (510 a.C.), onde predominava
um direito baseado no costume (mores), tendo o Direito Sagrado ligado ao
humano. Período Republicano, período que vai desde 510 a.C. até o período
imperial com Augusto, em 27 a.C. A fase seguinte do Direito Romano ocorre
no período imperial, com o primeiro monarca, Augusto, onde prevalecia o jus
gentium sobrerssaindo sobre o jus fas (Direito Sagrado, religioso), direito
comum a todos os povos do Mediterrâneo, bem como o conceito do bonum
et aequum, e o conceito da boa fé. Período do Principado, período do Direito
clássico, época áurea da jurisprudência, que vai do reinado de Augusto até
o imperador Diocleciano. Há uma participação maior dos jurisconsultos, os
conhecedores do Direito à época, além da substituição do direito
magistratural (jus honorarium) que auxiliava, e supria o cerne originário do
Direito Quiritário; no lugar deste surge o cognitio extra ordinem,
administração da justiça de aplicação particular do imperador. Período da
Monarquia Absoluta, período após o imperador Diocleciano (século IV d.C.),
até a morte do imperador Justiniano. É neste período que surge o direito pós-
clássico, havendo a ausência de grandes jurisconsultos, ocorrendo uma
adaptação das leis em face à nova religião predominante, o Cristianismo. É
neste período que ocorre a formação do direito moderno, que começa a ser
codificado a partir do século VI d.C. pelo imperador Justiniano.
É importante notar que para o melhor entendimento do Direito Romano fez-
se crucial a obra de jurisconsultos como Pompônio, Paulus, Upianus,
Justinianus. Há também escritos dos gramáticos como Flaccus, Valerius
Probus, Nonius Marcellus, entre outros, cujas obras foram importantes para
a compreensão do que era o Direito na época da Roma antiga.

IV. DIREITO ROMANO


O direito romano compreende não só a ordem jurídica que teve lugar ao longo
da história de Roma, mas também as ideias e experiências surgidas desde o
momento da fundação da cidade até a desagregação do Império após a
morte de Justiniano. Uma das principais características da expansão do
Império Romano por todo ocidente e parte do oriente é que não se limitou a
uma simples conquista territorial, houve um processo de colonização que
impôs seus usos e costumes a todos os habitantes do império. Além disso, o
direito romano teve grande importância na hora de dar novos conceitos aos
que anteriormente não existiam nestas comunidades, apresentando
autoridade e liberdade não como termos opostos, mas sim como termos
complementares.
Desta maneira, o estudo do direito romano foi decisivo para entender a
evolução da mentalidade europeia, proporcionando uma série de
ferramentas que ainda hoje são úteis para os juristas modernos. Ulpiano,
importante jurista romano, resumiu em três os conceitos pelos quais devia
ser regida a sociedade romana e consequentemente suas leis: não prejudicar
ninguém, viver honestamente e dar a cada um aquilo que lhe corresponde.
Aquilo que diz respeito em viver honestamente se refere à importância do
direito romano como veículo de garantia de honestidade e bons costumes,
estabelecendo as sanções adequadas para todos aqueles que tiveram um
comportamento contrário ao “Honestae Vivere”. Ou seja, de outra forma, a
intenção da justiça não deve limitar-se apenas ao respeito das leis, mas
também deve ser capaz de estabelecer quais prerrogativas correspondem a
cada membro da comunidade.
Advindo o direito civil brasileiro do direito romano-germânico em todas as
suas categorias jurídicas fundamentais, o estudo deste se faz imensamente
útil, principalmente no que toca sua evolução histórica. Nestes treze séculos,
a constante evolução política, social e econômica de Roma correspondeu a
um similar avanço no campo do direito, que precisava acompanhar os
progressos da civilização. Para melhor compreender esta evolução,
costuma-se dividir a história do direito romano, para fins didáticos, no período
arcaico, da fundação de Roma até o século II a.C.
Período arcaico -fundação a século II a.C
Observavam-se principalmente as regras religiosas, a guerra e a punição dos
delitos mais graves, isto é, as funções então essenciais à sobrevivência do
Estado. Foi um direito extremamente cruel, primitivo e religioso, com
disposições como a de que “Se alguém matar o pai ou a mãe, que se lhe
envolva a cabeça e seja colocado em um saco costurado e lançado ao rio.”
No entanto, graças ao ferrenho tradicionalismo romano, não se
desconsiderou o direito arcaico mesmo na época de Justiniano.
Período clássico - século II a.C. a III d.C.
A transição para o período clássico vem da conquista romana de todo o
Mediterrâneo, no auge de sua história, exigindo assim inovações e
aperfeiçoamentos do direito, que encontraram alternativas à legislação
formal. A evolução clássica do direito romano se deu mormente por
modificações práticas, aplicadas pelos magistrados e jurisconsultos a casos
concretos, de forma a suprir as lacunas das normas vigentes ou mesmo
contraria-las ou negá-las em todo. Seu amplo poder de mando, denominado
imperium, lhes dava discrição para negar ações propostas ou admitir ações
até então desconhecidas pelo ius civile. Suas reformas e inovações
pretendidas eram publicadas em editos, ao início de seu mando de um ano,
e estes se sucediam num corpo estratificado e finalmente codificado por volta
de 130 d.C., sendo este direito pretoriano intitulado ius honorarium.
Instruindo o pretor os juristas sobre as particularidades da apreciação do
caso, estes adaptavam as regras às novas exigências, via uma interpretação
jurisprudencial similar à que encontramos nos tribunais de hoje, conquanto
mais ampla. Com está grande produção jurídica concreta por parte dos
magistrados e jurisconsultos, o direito romano viveu, no período clássico, sua
época de maior gênio criativo.
Período pós-clássico -século III d.C. a VI d.C., de Justiniano
O terceiro e último período, pós-clássico, já encontra sua definição no nome:
se resume a uma codificação do legado jurídico clássico, sem grandes
produções de cunho original além das constituições imperiais,
acompanhando a decadência da civilização em quase todos os setores.
Embora aparentemente negativa, é desta decadência que surge a
necessidade de superar a natural aversão romana à codificação, não se
empreendendo nenhuma entre as do pós-clássico e as XII Tábuas, lá no
período arcaico. Sob suas ordens, produziram-se, com impressionante
eficiência, o Digesto, compilando três milhões de linhas redigidas por
jurisconsultos clássicos.
Fontes do direito romano
O Direito como fenômeno refletor da cultura de uma determinada sociedade
é alicerçado nos valores que impregnam a alma de cada cidadão e nos fatos
cotidianos da existência do grupo para haver a formularização das normas
que terão vigência durante os períodos da história social, sejam elas positivas
ou apenas transmitidas pelos costumes do agrupamento. Dessa variação de
fatores sociais e políticos brotaram as fontes do "rio que irrigaria e daria
sustento aos modernos sistemas jurídicos vigentes" na Europa e todos os
pontos do mundo que sofreram sua influência nos últimos cincos séculos
como colônias.
As fontes do Direito podem ser os modos de conhecimento das instituições
vigentes em um determinado complexo jurídico em uma determinada época,
tendo um caráter mais informativo e histórico. Durante o império a autoridade
delegada ao chefe supremo lhe permitia de "próprio punho" a elaboração das
normas e parâmetros de governo, constituitiones dando assim o costume e
oratória, típicos das práticas jurídicas romanas, lugar à norma que escrita
procuraria a própria prevalência no espaço e no tempo.
A principal fonte do Direito em Roma durante o período em que os reis eram
seus governantes maiores foi o costume dos antepassados, o mos maiorum.
Modernamente, a assertiva de Pompônio de que os reis propunham aos
comícios curiatos a votação de determinadas leis régias é negada pois estas
assembleias teriam realmente deliberação na apreciação de casos
concretos. Pela afirmação de Pompônio haveria sido elaborado ao fim da
Realeza em trabalho de compilação das leis régias o chamado lus
Papirianum, escrito por Sexto Papirio. A constatação da existência da obra
foi feita tendo a compilação o mesmo objetivo citado, mas sua autoria não
pode ser comprovada, pois Papírio seria provavelmente, uma personalidade
fictícia, pois Cícero, Tito Lívio e Varrão se referem às leis régias e nunca aos
lus Civile Papirium.
Durante o período republicano, com o Senado no topo da esfera de poder, o,
costume continuou como importante fonte jurídica, ao lado da Lex, do
Plebiscitum e dos Editos dos Magistrados (pretores). O costume, como forma
primordial e espontânea da formação do Direito, o costume transpôs o
período da Realeza chegando à República Romana. Com o surgimento da
lei escrita veio ele (costume) ser institucionalizado passando a vigorar ao lado
daquilo que seria editado pelos elaboradores da lex. A Lex, com seu
aparecimento surgiu no cenário jurídico a possibilidade do registro daquilo
que fosse Direito e pôde haver uma primeira distinção entre os conceitos de
norma e práticas usuais (costume).
A partir do século XII, surgiram várias escolas do direito, as quais
proporcionaram a criação do que se chama de direito comum, por meio do
uso e aplicação prática de suas normas. Um exemplo de escolas do direito é
a escola Jusnaturalista, a qual foi base para o código da Prússia, por meio
do qual foi criado o código Francês e diversos outros ao redor do mundo,
como o Alemão.
No Brasil ainda há grande influência do direito romano, pois o mesmo possuiu
importante papel na aplicação prática do direito no país. Entre todos os
códigos civis instituídos no Brasil, destaca-se a grande influência do direito
romano na elaboração da constituição federal e diversos outros normativos
jurídicos nacionais. A importância do direito romano concentra-se no
fantástico desenvolvimento e refinamento atingidos principalmente no campo
do direito civil. Desde o renascimento do direito romano na idade média,
passando pelos glosadores, comentadores, humanistas, pela Escola
Histórica e pela pandectística, até os dias atuais, como uma ciência histórica
do direito romano, as antigas fontes romanas sempre nos revelaram e
revelam inesperados e fundamentais novos conhecimentos. As estradas
romanas, perfeitamente pavimentadas, uniam todas as províncias do império
e continuaram a facilitar os deslocamentos por terra dos povos que se
radicaram nas antigas terras imperiais ao longo dos séculos, apesar de seu
estado de abandono. As obras públicas, tais como pontes, represas e
aquedutos ainda causam impressão pelo domínio da técnica e o poderio que
revelam.
O cristianismo se valeu do Império Romano para sua expansão e
organização e depois de vinte séculos de existência são evidentes as marcas
por ele deixadas no mundo romano. O estudo do direito romano se realizada
por meio da sua evolução histórica, demarcada em três períodos: arcaico, de
direito religioso e primitivo. O Direito que todos exercemos e é tutelado pelo
Estado, tem origem no Direito Romano que rompeu barreiras por mais de
doze séculos até chegar aos nossos dias, redesenhado a nossa realidade,
entretanto vigora institutos dentre os quais o de compra e venda, da
liberdade, arrendamento de terras, empréstimo, depósito, comodato, penhor,
hipoteca, pátrio poder (poder familiar), usucapião, divórcio, testamento,
tutela, curatela, adoção e outros.

V. DIREITO ROMANO
O Direito Romano, infiltrou-se nos costumes judiciários de todos os povos e
tem resistido à corrente dos códigos, que inauguram contra ele o espírito
reacionário. O Direito Romano, em vez de surgir de um jacto, como Minerva
na cabeça de Júpiter, bem ao contrário sofreu uma longa gestação, no longo
percurso entre a fundação de Roma até a constituição do Império Bisantino.
Assim, três fases características se assinalam (Afonso Cláudio):
1ª – quando a ideia de unificação do Direito surgiu com Tarquínio, o Soberbo,
sem que houvesse participação do povo;
2ª – quando, sob a República, todas as classes, de comum acordo, reclamam
a codificação, cuja necessidade ficou acentuada com o aparecimento da
complilação Papiriana.
3ª – quando aos imperadores e ao povo se juntam os jurisconsultos, que
elaboram o Edicto Perpétuo, os Códigos Gregoriano e Hermogeniano, o
Código Teodosiano, e, sob Justiniano, o Corpus Juris Civilis Romanorum.
Prevalência do jus gentium, o direito comum a todos os povos do
Mediterrâneo, a fundação sobre o bonum et aequum e a boa-fé, o direito
universal se aplica a todos os homens livres, constrói-se um sistema jurídico
magistratural, o jus honorárium que, por influência do jus gentium auxilia,
supre, emenda com elasticidade o cepo originário do jus civile.
O direito magistratural é substituído pelo cognitio extra órdinem,
administração da justiça assumida diretamente pelo imperador. Faltam os
grandes jurisconsultos, porém o direito se adapta aos novos princípios
sociais firmados pelo Cristianismo.
Para o estudo do Direito Romano têm notável importância os escritos dos
Jurisconsultos (Pomponius, Paulus, Ulpianus, Justinianus), ao lado dos
monumentos epigráficos. Estes constituem testemunhas fiéis das épocas
desaparecidas, embora reste um pequeno número de inscrições relativas ao
direito privado Romano dos primeiros séculos. O tratado De ré rústica, de
Catão (520-605) oferece interesse capital para o conhecimento do direito
Romano do VI século.

VI. O DIREITO ROMANO E SUAS FASES


O Império Romano teve início com a fundação da cidade e o período histórico
em que Roma foi governada por reis foi chamado de realeza. Existiam quatro
classes: patrícios, clientes, escravos e plebeus. Os poderes públicos eram
exercidos pelo rei, pelo senado e pelo povo. O fim da realeza teve como
marco a expulsão de Tarquínio. Na fase da república, houve a substituição
do rex por dois comandantes militares. As classes sociais eram classe baixa
e nobreza. A economia se baseava na mão-de-obra escrava. A organização
política era composta por cônsules, pelo senado e pelo povo. Alto império é
o período histórico do reinado de Augusto até a morte de Diocleciano. Os
poderes públicos eram exercidos pelo imperador, consilium principis,
funcionários imperiais, magistraturas republicanas, senado, comícios e pela
organização das províncias. A fase do baixo império é caracterizada pela
monarquia absolutista. E o fim dessa fase é marcado pela morte do
Imperador Justiniano. Os poderes públicos eram exercidos pelo Senado,
pelas magistraturas republicanas e pelo Imperador. Chama-se período
bizantino a fase histórica que vai desde a morte de Justiniano até a tomada
da cidade de Constantinopla. Nesse período os poderes ainda estavam
concentrados nas mãos de um imperador. O direito romano é considerado a
mais importante fonte histórica do direito. Sua atualidade é evidente. Ele está
presente em vários institutos jurídicos e princípios atuais. Ao estudá-lo,
ocorre a análise das origens do direito vigente.

VII. O QUE É DIREITO ROMANO? FONTES, IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA


NO DIREITO BRASILEIRO
O direito romano trata-se do conjunto de princípios e regras jurídicas
desenvolvido em Roma entre 150 a 250 a.C., as quais foram promulgadas
pelo imperador da época Justiniano I, sendo observadas pela sociedade
romana e pelos territórios dominados por ela.
As fontes do direito romano foram (e são) utilizadas para pautar as ações do
Estado e de seus governantes. Àquela época já se pensava em estruturar o
ordenamento jurídico através de pilares, sendo as fontes do direito e seus
princípios.
É importante destacarmos a importância e influência do direito romano na
formação jurídica que há no Brasil. Até hoje se debatem sobre vários
princípios, fundamentos, normas e a própria estrutura de alguns instrumentos
jurídicos romanos serem utilizados até hoje, em muitos países.A partir do
século XII, surgiram várias escolas do direito, as quais proporcionaram a
criação do que se chama de direito comum, por meio do uso e aplicação
prática de suas normas.Um exemplo de escolas do direito é a escola
Jusnaturalista, a qual foi base para o código da Prúsia, por meio do qual foi
criado o código Francês e diversos outros ao redor do mundo, como o
Alemão.
No Brasil ainda há grande influência do direito romano, pois o mesmo possuiu
importante papel na aplicação prática do direito no país. Através das
Ordenações de Portugal o Direito Romano teve aplicações práticas no Brasil.
Essas Ordenações possuíram validade até que a instituição do Código Civil
de 1916, sendo este o primeiro conjunto de leis civis nacionais. Entre todos
os códigos civis instituídos no Brasil, destaca-se a grande influência do direito
romano na elaboração da constituição federal e diversos outros normativos
jurídicos nacionais.

VIII. ORIGEM DO DIREITO


No princípio de tudo o homem passou maus bocados em decorrência do caos
e anarquia gerada pela convivência em bando ou em grupo, e o ser animal,
denominado de humano careceu de regras para evitar caos na convivência
em grupo, daí, surge o Direito como um fixador de regras para convivência
em grupo, que a priori estabelecia limites de cada indivíduo de tal sorte que
também lhe atribuía direitos.
Segundo a Escola Sociológica, o homem, por sua necessidade de
organização e para viver com segurança e paz, cria normas de conduta,
reforçando a ideia contextualizada no primeiro parágrafo. Todavia, cumpri
salientar que também existem outras correntes doutrinarias que ventilam
acerca deste assunto, tal como a Escola Jusnaturalista, a Escola
Contratualista, a Escola Culta ou Histórica e a Escola Marxistas.
O Direito na visão sociológica, esta alicerçada na ideia que consiste em um
conjunto de normas de condutas padronizadas, abstratas, de cunho
obrigatório e mutável de acordo com a evolução nas relações entres os
indivíduo com fito de prevenir e estabelecer lides em decorrências dos
interesses a cunho subjetivo em consonância ao exercício arbitrário das
próprias razões de cada indivíduo.
Desta forma pode-se compreender o Direito como um fato social manifestado
na convivência da raça humana, que nos traduz também ser um fenômeno
social, tal como outros, sendo-os a religião, a linguagem e a cultura que
nasce a partir das inter-relações sociais e tem o escopo de sanar as
necessidades sociais decorrente das relações entre os indivíduos.

IX. LUCAS PODE BRILHAR AQUI


X. LUCAS PODE BRILHAR AQUI²

2.3. ENTREVISTA COM ALGUM ROMANISTA OU CIVILISTA FALANDO DA


SOCIEDADE ROMANA E DO DIREITO ROMANO

Entrevista com Aloísio Surgik, concedida à Gazeta do Povo em novembro de 2010,


na qual é abordado além de aspectos gerais do direito romano, alguns assuntos
concernentes à modernidade que são respondidos à luz do direito romano.
O entrevistado possui curso de graduação (equivalência) em Filosofia pela
Universidade Federal de Santa Catarina (1974), graduação em Licenciatura em Letras pela
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1969), graduação em Direito pela Universidade
Federal do Paraná (1969) e doutorado em Direito pela Universidade de São Paulo (1985).
Atualmente é professor adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná, professor titular -
Faculdades Integradas Curitiba, professor contratado da Universidade do Contestado - SC,
professor contratado da Facinter e professor titular da Pontifícia Universidade Católica do
Paraná. Além de ser professor aposentado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)
em 1992. Surgik tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Romano e
História do Direito.
Em que medida o Direito Romano ainda influencia o Direito Contemporâneo?
A influência mais marcante concentra-se no Direito Civil, em que, infelizmente, ao
longo da História, o Direito Romano sofreu deturpações, principalmente por influência do
Baixo Império, através das famosas interpolações de Justiniano. É aí que hoje se faz
necessário um intenso estudo, para o resgate do autêntico Direito Romano popular da
época da República, que foi de uma riqueza imensa. Já no campo processual, a herança
tipicamente romana manifesta-se abundantemente, por exemplo, nas ações populares, no
mandado de segurança, nas medidas cautelares, no habeas corpus.
Por falar em campo processual, o Código de Processo Civil (CPC) está em via de ser
alterado por projeto que tramita no Con-gresso. Em sua avaliação, o que precisa ser
alterado no atual CPC?
Conforme avaliação de estudiosos, esse projeto que tramita no Congresso pode
reduzir em pelo menos 50% a morosidade dos processos. Eu, por exemplo, venho atuando
como síndico de um processo de falência desde fevereiro de 1971 e o caso ainda está
longe de terminar. Assim, partindo da minha experiência como advogado e estudioso do
Direito Romano, digo que essa redução de 50% no tempo dos processos não é nada
significativa, se compararmos com a prática romana que geralmente resolvia os casos em
oito ou dez dias, no máximo. Hoje, quando se faz uma reforma, geralmente ela mais
deforma do que reforma. Daí pergunto: por que não voltarmos ao estudo do Direito
Romano, ao invés de ficarmos procurando meros paliativos na busca de soluções para a
crise do Direito?
O sr. é um entusiasta do latim, língua que ainda hoje é bastante aplicada no Direito. Esse
uso de termos em latim não dificulta o acesso ao Direito e à Justiça?
Ao contrário, o que dificulta o acesso ao Direito e à própria Justiça é precisamente
a ignorância do latim, hoje, lamentavelmente, ignorância oficializada, dado o abandono total
do seu estudo. Toda a nossa cultura sofre com esse desprezo ao latim.
O sr. é advogado desde 1968. Como analisa as mudanças no Direito e na Justiça brasileiros
nesses mais de 40 anos de atividade jurídica?
Infelizmente, mudou para pior. Apesar dos maravilhosos progressos da tecnologia,
que facilita a vida humana em muitos aspectos, no campo do Direito e da Justiça parece
que estamos retrocedendo. É muita burocracia, muita inversão de valores e lamentável
despreparo de muitos profissionais. Mas aposto no futuro. Certamente os jovens
construirão um mundo melhor.
O sr. também é formado em Filosofia. Hoje, os estudantes de Direito buscam o estudo de
fórmulas práticas, deixando de lado matérias da propedêutica jurídica, como a Filosofia.
Qual é a importância da Filosofia para o Direito?
O pragmatismo decorrente da ilusão capitalista busca três coisas: lucro, lucro e
lucro. Costumo dizer que meu compromisso com os alunos não é o de impor
"conhecimentos" na busca imediata de dinheiro fácil e inconsistente. Prefiro ajudá-los a
pensar. Aí entra a importância da Filosofia. O hábito de decorar fórmulas para fins
imediatistas faz-me lembrar a grande lição que recebi do saudoso Professor Moacyr Lobo
da Costa, meu orientador na tese de Doutorado: "Não vamos plantar couve hoje para colher
amanhã; vamos plantar árvores de grande porte que desenvolverão seus troncos robustos
daqui a muitos anos e renderão frutos perenemente".
São famosas, no meio jurídico, suas posições contra as cobranças de pedágio e de EstaR.
Por quê?
Tais cobranças são uma verdadeira agressão à inteligência humana. Estavam
certos os romanos ao entenderem o espaço público como coisa fora do comércio
(res extra commertium). Hoje, o sistema capitalista inventa as formas mais absurdas
de espoliação do patrimônio público, sob disfarce de parceria público-privada (na
verdade "privataria", para não dizermos pirataria). E com a cumplicidade até mesmo
das leis, que hoje são produtos do Estado, nem sempre do povo. Que fundamento
podemos encontrar, por exemplo, nas leis de concessões, se é de elementar
conhecimento que ninguém pode dar o que não tem (nemo dat quod non habet), ou
seja, nenhum governante é dono do espaço público para poder entregar a
aproveitadores de ocasião?

3. ANÁLISE CRÍTICA DO USO DO DIREITO ROMANO PELA ACADEMIA E PELO


HISTORIADOR PÚBLICO

Este trabalho tem como objetivo central analisar de maneira crítica as diferentes
concepções do Direito Romano retratadas por fontes variadas. Considerando as reflexões
acerca da história pública reproduzidas nos textos de Jurandir Malerba e Marta Gouveia de
Oliveira, faremos uma análise crítica do conceito de direito romano apresentado em
manuais de direito civil e direito romano e plataformas digitais. O direito romano abrangeu
mais de 1000 anos da história e têm influência até os dias atuais. Entretanto, nem sempre
é retratado em seu formato ideal, muitas vezes retratado de maneira anacrônica. É
importante ter um conhecimento consistente acerca do direito romano devido a sua forte
influência no direito atual.
O texto de Jurandir Malerba trata sobre os conflitos entre história pública e acadêmica.
A tradicional história acadêmica vem perdendo espaço pois sua linguagem e estrutura não
é acessível ao público em geral. Além disso, esse formato não atende a crescente demanda
por conhecimentos históricos e em contra partido os historiadores públicos facilitam o
acesso e atendem a demanda. Entretanto, os historiadores públicos operam segundo
interesses econômicos, por esse motivo nem sempre disponibilizam um conteúdo completo
e verídico. De acordo com o autor, a história pública tem seu apogeu com grandes
programas midiáticos em países europeus, nos Estados Unidos e na Austrália.
Posteriormente este tipo de conteúdo chega ao Brasil se tornando também um grande
sucesso até os dias atuais. O grande problema apresentado pelo autor é que o principal
fator considerado para produzir esses programas é a audiência, desse modo assuntos
relevantes, como política, não são discutidos.
Por outro lado, a história pública possibilita um conhecimento acessível a todos.
Portanto, apesar de não apresentarem formação acadêmica, os historiadores públicos
necessitam ter um conhecimento histórico pautado na realidade pois atingem um grande
público. Os historiadores acadêmicos, por outro lado, deveriam aumentar a acessibilidade
a suas produções pois essas se encontram limitadas a comunidade acadêmica, além disso
deveriam se mostrar importantes para o público. Uma síntese do pensamento de Malerba
revela que, apesar de que a história possa ser escrita por todos, isso não garante a
relevância das produções. Além disso, a rivalidade entre dois tipos de historiadores não
deveria existir pois o seu objetivo central deveria ser produzir conhecimento histórico de
qualidade.
Sob outro ponto de vista, a autora Marta Rovai destaca a democratização do
conhecimento proporcionada pela história pública. Rovai aponta que a história pública é
uma biente que propõe discussões e análises mais críticas pois dá voz a diversos grupos
e não apenas ao grupo dominante. A história pública tem um papel político de retratar
assuntos que não estão na acadêmia mas estão no cotidiano de grande parcela da
sociedade e são de extrema importância de serem compreendidos. Além das diversas
vantagens elencadas pela autora ela também demonstra algumas preocupações em
relação ao volume de informações e com a simplificação do debate histórico, que deve ser
evitada.
O objeto desta análise crítica é o direito romano. Tal análise será embasada nos dois
pontos de vista históricos apresentados anteriormente. No âmbito acadêmico, o direito
romano é retratado de maneira simplista, ou seja, seus mais de dez séculos de duração
são limitados ao conjunto de normas que vigoram até a morte do Imperador do Justiniano.
Limitar toda a complexidade e diversidade de um sistema jurídico a algumas normas é uma
visão dogmática imposta pela academia. A maneira com que os manuais apresentam o
conceito, servindo apenas para a finalidade desejada é de certa forma uma apropriação
cultural. Há um aproveitamento apenas das partes que interessam para a constituição do
direito privado atual, e o tema acaba sendo tratado de maneira anacrônica.
A finalidade do direito romano apresentada na maioria dos manuais se limita ao ensino
jurídico com enfoque no direito privado. No entanto, o direito romano poderia ser explorado
de uma maneira mais abrangente e realista. Em seus longos séculos de duração teve
grandes efeitos na sociedade que abrangem muito mais do que apenas um código escrito.
Portanto o recorte da finalidade feito pelos manuais é extremamente restrito e não condiz
com o período de tempo que vigorou o direito romano.
Com base em tudo que foi apresentado, podemos inferir que a academia deveria ter
uma maior preocupação em retratar a complexidade do sistema jurídico romano. O
protagonismo intelectual da academia a coloca como referência tanto para a comunidade
acadêmica quanto para os historiadores, e estes atingem o público em geral.
Em contrapartida, analisando os sites nota-se uma maior preocupação com a
contextualização do momento histórico em que vigorou o direito romano. Em muito dos sites
prevalece uma visão eurocêntrica e romantizada, exemplificada pela frase: “formularam o
mais grandioso e perfeito sistema jurídico da idade antiga”. Em contraste com os manuais
os sites utilizam uma linguagem mais acessível ao público mesmo que alguns deles sejam
escritos por acadêmicos. Dentre os sites analisados existem divergências nos conteúdos
abordados em relação à qualidade. A história pública tem como objetivo tornar acessível
os conteúdos mas de maneira nenhuma deve ocorrer uma simplificação dos debates
históricos. O compromisso com a qualidade e veracidade são indispensáveis pois as
informações são de fácil acesso e têm grande circulação.
Considerando os sites pesquisados notamos claramente o contraste sobre as
diferentes formas de se fazer história pública, ao olharmos em site que tratam de diversos
assuntos, como o infoescola, percebemos uma história extremamente limitada. Já os sites
mais especializados, como jusbrasil, trazem conteúdos mais consistentes.
Os manuais conceituam o direito romano como apenas o conjunto de normas que
vigoraram em Roma em um determinado período. Em contraste a essa definição os sites
iniciam seus conceitos pautando que direito romano não se limita apenas ao conjunto de
normas jurídicas, mas também as ideias e experiências surgidas desde o momento da
fundação da cidade até a desagregação do Império após a morte de Justiniano.
PARA O BRYAN
- falar mais do site
- falar da entrevista
- wikipedia/ sugestões
- conclusão
- encher linguiça até dar no mínimo 8 página

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História? Uma


reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz
dos debates sobre Public History. História da historiografia, n. 15, p. 27-50, 2014.

ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira. Publicizar sem simplificar. O historiador como mediador
ético. In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo; MENESES, Sonia. História Pública em Debate.
Patrimônio, Educação e Mediações com o passado. São Paulo: letra e voz, 2018, p. 185-
196.

ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ: Forense, (1983).

MOURA, Paulo Cesar Cusino. Manual de direito romano: instituições de direito privado. Rio
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AMARAL, Francisco. Direito Civil Introdução. 6ª ed. ver., atual. E aum. - Rio de Janeiro:
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CRETELA, Júnior J. Curso de Direito Romano: O direito romano e o direito civil brasileiro.
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O DIREITO ROMANO E SUAS FASES: PRINCIPAIS EVENTOS, ORGANIZAÇÃO


SOCIAL, POLÍTICA, JUDICIÁRIA E FONTES DO DIREITO. Disponível em:
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O QUE É DIREITO ROMANO? FONTES, IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA NO DIREITO


BRASILEIRO. Disponível em: <https://dicionariodireito.com.br/direito-romano>. Acesso em:
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LUCAS SUAS REF. AQUI

UM HERÓI DA RESISTÊNCIA DO DIREITO ROMANO: Aloísio Surgik, professor de Direito


Romano. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/um-heroi-da-
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