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Seg2217
Abril 2017
ESTRUTURA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. INTRODUÇÃO
2. COLIGAÇÃO DE SOCIEDADES NO CSC
3. INVESTIMENTOS EM PARTES DE CAPITAL NO SNC
4. ENQUADRAMENTO TEÓRICO DO RETGS
5. ÂMBITO E CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO DO RETGS
6. REGRAS DE APURAMENTO E PAGAMENTO DO IMPOSTO
7. INCIDÊNCIAS CONTABILÍSTICAS DO RETGS
8. VIRTUDES E VICISSITUDES DO RETGS
9. TÓPICOS DE REFLEXÃO E DESENVOLVIMENTOS RECENTES NA EU
10. INFORMAÇÃO ESTATISTICA
11. PERGUNTAS FREQUENTES
Os modelos de expansão evoluem na maior parte das vezes para estruturas societárias
complexas, que na sua génese constitutiva poderão estar os seguintes fundamentos:
Operacionais e de gestão: Com o propósito de garantir uma determinada segregação das
actividades ou áreas de negócio, subordinadas à mesma política comercial, económica e financeira;
Nos últimos anos, a influência das regras fiscais na vida das empresas não tem
cessado de crescer. Cada vez mais as empresas necessitam de estarem bem
assessoradas. O CC deve ser capaz de dar a resposta certa no momento apropriado.
Uma das matérias que é fonte de complexidade aparente é o RETGS. Também aqui o
CC deve estar preparado para elucidar e aconselhar.
Por fim, são apresentadas alguns tópicos de reflexão relacionados com a disciplina
restritiva que este regime impõe, incluindo os desenvolvimentos mais recentes a nível
comunitário.
Domínio total
Na relação de grupo, pelo contrário, as várias sociedades estão ligadas entre si, porque
se submetem à orientação de uma delas (ou de uma terceira sociedade). Ou seja, várias
sociedades estão em relação de grupo quando uma delas (ou uma terceira sociedade)
tem o poder de direcção unitária.
Há que notar que as normas do CSC aplicam-se às sociedades por quotas, sociedades
anónimas e sociedades em comandita por acções que se encontrem num destes tipos de
relações. Ficam de fora do âmbito da aplicação as sociedades em nome coletivo, as
sociedades em comandita simples, as sociedades civis sob a forma civil, empresas
públicas e cooperativas.
A 100% B 5% C
5%
Tal como nas relações de simples participação, tem por pressuposto a detenção de
participação em pelo menos 10%, e não enquadramento noutras formas de coligação. A
diferença é que, desta feita, a participação de uma sociedade na outra pressupõe que esta
também participe naquela (ex: a sociedade A detém 12% da sociedade B que, por sua vez,
detém 20% da primeira).
RELAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES RECIPROCAS
12%
A B
20%
Esta realidade afeta a consistência do capital social, que fica reduzido nos seus termos reais por
ser menor do que aparenta, colocando em risco o princípio da intangibilidade do capital
social.
Estas sociedades ficam sujeitas a deveres de comunicação e às cominações da proibição de
compra de participações e do bloqueamento do exercício dos direitos sociais que lhes
são inerentes. Uma vez que há sempre participações acima dos 10%, as sociedades estão
obrigadas a comunicá-lo. A última sociedade que o comunique, fica vedada de adquirir mais
participações e vê bloqueado o exercício dos direitos sociais inerentes às participações que
excedem os 10% do capital e os seus administradores podem responder civil e penalmente
pelos prejuízos causados.
Existe uma relação de domínio quando uma sociedade comercial – dominante – pode
exercer, direta ou indiretamente, uma influência dominante sobre outra sociedade – a
dependente. A possibilidade de participação indireta pode estender-se, virtualmente, até
ao infinito e são múltiplas as vezes em que as participações atingem vários graus.
O conceito chave para se determinar uma relação de domínio é a influência dominante.
O n.º 2 do artigo 486º do CSC prevê determinadas situações em que se presume existir
uma influência dominante e, subsequentemente, uma relação de domínio, a saber:
Detém uma participação maioritária no capital;
Dispõe de mais de metade dos votos;
Tem a possibilidade de designar mais de metade dos membros do órgão de administração ou do órgão de
fiscalização.
A 60% B 55% C
Neste exemplo, a sociedade A não só mantém uma relação de domínio com a sociedade
B, como também o faz, indiretamente, face à sociedade C.
Domínio total superveniente indireto: Quando o capital acaba por ser integralmente detido pela
sociedade dominante e outras sociedades dependentes da dominante que com ela estejam em
relação de grupo, ou por pessoas que agem por conta dessas sociedades.
Nos contratos de grupo paritário há duas ou mais sociedades independentes mas que se
encontram subjugadas a uma direcção unitária e comum, sem que nenhuma das sociedades
contratantes esteja em domínio ou em dependência de outra. Trata-se de uma situação de
escassa ou nula aplicação prática e sem um regime jurídico específico.
RELAÇÃO DE GRUPO PARITÁRIO
DIREÇÃO COMUM
A B C
Do contrato não nasce uma subordinação, mas apenas uma direcção, através da constituição de
um órgão comum de direcção e coordenação com uma participação paritária das sociedades
integrantes. Este órgão é extra-societário, atípico e limita-se a exercício da gestão.
Desta feita não estão previstos o direito de oposição dos sócios minoritários, o direito de
alienação das participações, o direito de garantia de lucros, nem qualquer outro mecanismo de
protecção de sócios ou credores sociais.
Contrato de subordinação
A B
Além disso, o CSC responsabiliza a sociedade diretora por perdas anuais da subordinada,
permitindo-lhe ser compensada quando as reservas constituídas não forem suficientes.
Empresa mãe
Grupo
Subsidiária
Associada
Participações sociais
Empreendimento conjunto
Outras
Subsidiárias: Existe um controlo exclusivo do investidor (maioria dos direitos de voto e controlo
do órgão de gestão);
Associadas: Existe influência significativa do investidor (poder de participar/influenciar nas
decisões das políticas de gestão);
Empreendimentos conjuntos: Operações, activos ou entidades conjuntamente controladas. São
participações onde existe um controlo partilhado (típico nas joint-ventures; implica a existência de
um acordo contratual);
Outras: Categoria residual. São entidades onde não se verifica uma das três situações anteriores.
A A A A
80%
A B
10%
GRUPO = % de participação real em A <=> A = 0,10xB + 0,9xA <=> A = 0,10x(0,7826) + 0,9x(0,7826) <=> A = 0,9783
Tendo em conta a influência e controlo nas políticas de gestão, e tal como previsto nas
NCRF13, NCRF15 e NCRF27, as bases de mensuração aplicáveis a cada um das
tipologias de participação financeira, são as seguintes:
MEP MEP
§8 §10
Subsidiária
NCRF15 NCRF15
Método do custo [A] Método do custo [A]
MEP MEP
§44 §44
Associada
NCRF13 NCRF13
Método do custo [A] Método do custo [A]
3. Obtenção das demonstrações financeiras individuais: As demonstrações financeiras a integrar deverão ter a
mesma data de reporte, sendo admissível o uso de demonstrações financeiras com datas diferentes, desde
que não excedam 3 meses;
4. Conversão das demonstrações financeiras para a moeda de relato da empresa mãe: Quando o perímetro de
consolidação englobar demonstrações financeiras que estejam expressas em moeda diferente da moeda de
relato da sociedade-mãe, verifica-se a necessidade de converter os valores para a moeda em que vão ser
apresentadas as contas consolidadas;
5. Harmonização das políticas contabilísticas: As políticas contabilísticas deverão ser consistentes, caso
contrário deverão ser harmonizadas.
2 Efetuar ajustamentos referentes a harmonia temporal, políticas contabilísticas e conversão/transposição de demonstrações financeiras em moeda estrangeira
4 Identificação dos interesses minoritários nos ativos líquidos das subsidiárias consolidadas
1.1 Lucro do exercício (quota-parte) Reconhecimento da quota-parte do lucro da investida nos resultados da investidora 41 785
1.2 Prejuízo do exercício (quota parte) Reconhecimento da quota-parte do prejuízo da investida nos resultados da investidora 685 41
Reconhecimento de outras variações patrimoniais Reconhecimento da quota-parte de outras variações patrimoniais ocorridas no período (para além do
2 41 5713
(quota-parte) lucro/prejuízo) investida nos capitais próprios da investidora
A quota-parte da investidora no lucro da investida, reconhecida pelo método de equivalência patrimonial,
representa um lucro contabilístico que não está realizado financeiramente. No ano seguinte ao do
3. Aplicação do ganho de equivalência patrimonial 56 5712
reconhecimento dos lucros por equivalência patrimonial, a investidora deverá transferir o lucro para a conta
SNC «5712 - Lucros não atribuídos»
Pela saída de património da investida (em favor da investidora) a qualidade do ativo altera-se. Deixamos de ter
12 41
partes de capital e passamos a ter meios financeiros líquidos
4. Distribuição de dividendos Os lucros da investida inicialmente classificados como «Lucros não atribuídos» e que agora foram distribuídos
deverão ser reclassificados para a conta SNC «56 - resultados transitados», ficando disponíveis para distribuição 5712 56
aos sócios/acionistas.
Esta operação altera o património líquido da investida, e a qualidade dos ativos da investidora (Deixamos de ter
5.1 Aumentos de capital em dinheiro 41 12
meios financeiros líquidos e passamos a ter partes de capital).
Esta operação não altera o património líquido da investida, pelo que não gera qualquer ajustamento na
5.2 Aumentos de capital por incorporação de reservas - -
investidora.
Regra geral o valor de aquisição da participação ("Preço de compra") não coincide com o
valor do capital próprio da fracção adquirida e o justo valor líquido da quota-parte do investidor
nos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis. Essa diferença, tecnicamente
denominada de Goodwill ou Negative Goodwill corresponde à parte da diferença de aquisição
que não é imputável a qualquer elemento patrimonial.
Preço de compra Negative Goodwill
EXEMPLO 1
Justo valor dos Ativos e Passivos identificáveis
Preço de compra
EXEMPLO 2
Justo valor dos Ativos e Passivos identificáveis Goodwill
O Goodwill deve ser registado como um ativo amortizável, nos termos da NCRF6, no período da sua vida
útil (ou no prazo de 10 anos, caso a sua vida útil não possa ser estimada com fiabilidade). Além disso, o
Goodwill deve ser sujeito a testes de imparidade se os acontecimentos ou circunstâncias indicarem que pode
estar com imparidade, de acordo com a NCRF12.
O Negative Goodwill deve ser reconhecido imediatamente nos resultados ("Rendimento") após se
(re)confirmar o justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes e o custo de aquisição.
O Goodwill adquirido (aquisições em ou após 1 de Janeiro de 2014) numa concentração de
actividades empresariais e que não respeite a participações sociais, passou a ser aceite como
gasto fiscal, em partes iguais, durante os primeiros 20 períodos de tributação após o
reconhecimento inicial.
Sempre que se apure um Negative Goodwill, o mesmo será tributado no período de
reconhecimento em resultados.
Em traços gerais, este regime tributava os grupos económicos, com base no lucro
consolidado apurado de acordo com as normas contabilísticas.
A essência do RETGS está disciplinada no CIRC, através dos artigos 69.º a 71.º, com a
redacção que lhes foi dada pela Lei n.º 82-C/2014, de 31 de Dezembro. Existem no
entanto, outras normas avulsas e dispersas pelo CIRC que completam a disciplina do
regime.
Fonte N.º Assunto
CIRC 67º Limitação à dedutibilidade de gastos de financiamento
CIRC 69º Âmbito e condições de aplicação do RETGS
CIRC 69º-A Sociedade dominante com sede ou direção efetiva noutro Estado membro da UE ou do EEE
CIRC 70º Determinação do lucro tributável do grupo
CIRC 71º Regime específico de dedução de prejuízos fiscais
CIRC 75º, n.º 6 Transmissibilidade dos prejuízos fiscais
CIRC 81º, n.º 2 Englobamento para efeitos de tributação dos sócios em resultado da partilha
CIRC 87º-A, n.º3 Derrama estadual
CIRC 88º, n.º 20 Taxas de tributação autónoma
CIRC 90º, n.º 6 Procedimento e forma de liquidação do IRC
CIRC 97º, n.º 1, alínea e) Dispensa de retenção na fonte dos rendimentos gerados dentro do grupo
CIRC 105º, n.º 5 a n.º 7 Cálculo dos pagamentos por conta
CIRC 105º-A, n.º 4 Cálculo do pagamento adicional por conta
CIRC 106º, n. 12 a n.º 13 Pagamento especial por conta
CIRC 115º Responsabilidade pelo pagamento no RETGS
CIRC 120º, n.º 6 Envio da declaração periódica de rendimentos
CIRC 130º, n.º 3 Processo de documentação fiscal
RFALEI 18º, n.º 8 Base de incidência da Derrama
CFI 29º, n.º 4 Dedução por lucros retidos e reinvestidos
Exemplo: Caso uma sociedade dominante adquira em 30/01/2015 uma participação que lhe permita
cumprir com os requisitos para inclusão no perímetro, essa sociedade apenas poderá ser incluída no
perímetro como sociedade dominada em 01/01/2017, uma vez que em 01/01/2016 a sociedade dominante
não detinha a participação há mais de um ano. Se em alternativa, nessa mesma data tivesse sido
constituída uma sociedade, a mesma poderia ser incluída no perímetro como sociedade dominada em
01/01/2016, considerando que se aplica a exceção do n.º13 do artigo 69.º do CIRC.
Nos casos em que a participação tiver sido adquirida no âmbito de processo de fusão, cisão ou
entrada de activos, considera-se o período durante o qual a participação tiver permanecido na
titularidade das sociedades fundidas, cindidas ou da sociedade contribuidora, respetivamente.
Perímetro potencial
N.º Requisitos de acesso ou aplicação do RETGS em 2016 - Check list CIRC
Soc iedade A … Soc iedade Z
1 A Sociedade dominante detém (direta e indiretamente) pelo menos 75% do capital social da sociedade dominada 69.º, n.º2
2 A participação detida pela sociedade dominante confere mais de 50% dos direitos de voto 69.º, n.º2
4 Totalidade dos rendimentos da sociedade está sujeita ao regime geral de IRC, à taxa mais elevada 69.º, n.º3, a)
A sociedade é detida pela sociedade dominante há mais de um ano face a 01/01/2016 (aquisição dos 75% anterior a 31/12/2015, 69.º, n.º3, b)
5
inclusive), exceto se constituída pela sociedade dominante ou dominada há menos de um ano e n.º13
6 A sociedade dominante não é considerada dominada por outra sociedade 69.º, n.º3, c)
7 A sociedade dominante não renunciou à aplicação do RETGS nos três anos anteriores 69.º, n.º3, d)
8 A sociedade mão se encontra inativa há mais de um ano e não se encontra dissolvida 69.º, n.º4, a)
9 A sociedade não se encontra em processo especial de recuperação de empresa nem foi decretada insolvência 69.º, n.º4, b)
A sociedade não regista prejuízos fiscais nos três períodos anteriores a 2016 (31/12/2013), exceto se dominada e respectiva
10 69.º, n.º4, c)
participação detida há mais de 2 anos
12 A sociedade assume a forma jurídica de Sociedade por Quotas, Sociedade Anónima ou Sociedade em comandita por ações 69.º, n.º4, g)
O nível de participação exigido não é obtido indiretamente através de entidade que não reúne os requisitos para fazer parte do
13 69.º, n.º5
grupo (sociedade externa à EU ou EEE em determinados casos)
14 Data de aquisição da participação quando adquirida no âmbito de processo de fusão, cisão ou entrada de ativos 69.º, n.º14
A sociedade dominante, não sendo residente no território português, é residente um Estado membro da UE ou do EEE que esteja
15 vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da EU, e preenche 69º-A, n.º1
cumulativamente as condições previstas no n.º 1 do artigo 69º-A do CIRC
Tenha sido contra elas instaurado processo especial de recuperação ou de falência em que
haja sido proferido despacho de prosseguimento da acção;
Registem prejuízos fiscais nos três exercícios anteriores ao do início da aplicação do regime,
excepto (i) no caso das sociedades dominadas, se a participação já for detida pela sociedade
dominante há mais de dois anos, e (ii) quando se trate de sociedades constituídas pela sociedade
dominante, ou por outra sociedade que integre o grupo há menos de um ano, desde que o nível de
participação exigido seja detido desde a data da constituição.
Estejam sujeitas a uma taxa de IRC inferior à taxa normal mais elevada e não renunciem à
sua aplicação;
Não assumam a forma jurídica de sociedade por quotas, sociedade anónima ou sociedade
em comandita por acções, salvo no caso de se tratar de entidades públicas empresariais, que
satisfaçam os requisitos aqui invocados relativamente à qualidade de sociedade dominante.
EXEMPLO ILUSTRATIVO
LT - Lucro tributável
PF - Prejuízo fiscal
Ótica Pressupostos
Contrato de subordinação
RETGS Mais de 75% do capital social e mais de 50% dos direitos de voto
Uma das dificuldades mais comuns está relacionada com o cálculo da percentagem de
participação indireta e da percentagem de controlo (direitos de voto) das sociedades
dominadas, pela sociedade dominante.
EX EMPLOS ILUSTRATIV OS
1 2 3
A A A
90% 80%
C 20% C
% Direta % Co ntro lo RETGS % Direta % Co ntro lo RETGS
- 72,0% N ão - 52,0% N ão
68,0% 30,0%
B D
21% 40%
(1%) (10%)
% Direta % Indireta RETGS % Direta % Indireta RETGS
68,0% ? ? 30,0% ? ?
88%
C
(2%)
% Direta % Indireta RETGS
0,0% ? ?
B- Representa a matriz com as mesmas dimensões da matriz "A" em que todos os termos, são nulos
com excepção dos primeiro e últimos da diagonal;
Matriz Matriz
Ac c A A B C D Out Ac c A A B C D Out
A I
Ac c A 0% 90% 0% 0% 0% 0% Ac c A 1 0 0 0 0 0
A 0% 10% 68% 0% 30% 0% A 0 1 0 0 0 0
B 0% 0% 1% 88% 40% 0% B 0 0 1 0 0 0
C 0% 0% 21% 2% 0% 0% C 0 0 0 1 0 0
D 0% 0% 0% 0% 10% 0% D 0 0 0 0 1 0
Out 0% 0% 10% 10% 20% 0% Out 0 0 0 0 0 1
Chec k 0% 100% 100% 100% 100% 0% Chec k 1 1 1 1 1 1
Matriz Matriz
Ac c A A B C D Out Ac c A A B C D Out
I-A B
Ac c A 1,00 -0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 Ac c A 1 0 0 0 0 0
A 0,00 0,90 -0,68 0,00 -0,30 0,00 A 0 0 0 0 0 0
B 0,00 0,00 0,99 -0,88 -0,40 0,00 B 0 0 0 0 0 0
C 0,00 0,00 -0,21 0,98 0,00 0,00 C 0 0 0 0 0 0
D 0,00 0,00 0,00 0,00 0,90 0,00 D 0 0 0 0 0 0
Out 0,00 0,00 -0,10 -0,10 -0,20 1,00 Out 0 0 0 0 0 1
Chec k 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 Chec k 1 0 0 0 0 1
Função XLS =MATRIZ.DETERM(matriz)-MATRIZ.DETERM(matriz)
Matriz Matriz
Ac c A A B C D Out Ac c A A B C D Out
B * (I-A)^-1 (I-A)^-1
Ac c A 100,00% 100,00% 84,85% 76,19% 71,04% 0,00% Ac c A 1,00 1,00 0,85 0,76 0,71 0,00
A 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% A 0,00 1,11 0,94 0,85 0,79 0,00
B 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% B 0,00 0,00 1,25 1,12 0,55 0,00
C 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% C 0,00 0,00 0,27 1,26 0,12 0,00
D 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% D 0,00 0,00 0,00 0,00 1,11 0,00
Out 0,00% 0,00% 15,15% 23,81% 28,96% 100,00% Out 0,00 0,00 0,15 0,24 0,29 1,00
Chec k 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Função XLS =MATRIZ.INVERSA(matriz)
Função XLS =MATRIZ.MULT(matriz1;matriz1)
68,0% 30,0%
B D
21% 40%
(1%) (10%)
% Direta % Indireta RETGS % Direta % Indireta RETGS
68,0% 84,8% Sim 30,0% 71,0% N ão
88%
C
(2%)
% Direta % Indireta RETGS
0,0% 76,2% Sim
Entrada de novas sociedades: Até ao fim do 3.º mês do período de tributação em que deva ser
efetuada a inclusão das novas sociedades, nos termos da alínea b) do n.º7 do artigo 69º do CIRC;
Exemplo: Caso uma sociedade dominante adquira em 30/01/2015 uma participação que lhe
permita cumprir com os requisitos para inclusão no perímetro, essa sociedade apenas poderá ser
incluída no perímetro como sociedade dominada em 01/01/2017, pela comunicação de alteração à
composição do grupo que deverá ser efetuada até 31/03/2017 (+ 3 meses).
Alerta: A partir de 2014, a não comunicação de alterações na composição do grupo deixa de ter
como efeito a cessação automática do regime. A falta de comunicação de entradas e saídas passa a
passa a ser punida com coima variável entre 500 €uros e 22 500 €uros.
Saída de sociedades por cessação da actividade: Até ao final do prazo previsto para a entrega
da correspondente declaração de cessação, nos termos da alínea b) do n.º7 do artigo 69º do CIRC,
e apenas nos casos em que esta cessação não deva ser comunicada na Conservatória do Registo
Comercial. Nos casos contrários, não será necessário é bastante a comunicação na Conservatória
do Registo Comercial;
Saída de sociedades por outros motivos: Até ao fim do 3.º mês do período de tributação
seguinte àquele em que ocorra a saída da sociedade (por alienação da participação ou por
incumprimento das demais condições, ou outras alterações na composição do grupo motivadas
nomeadamente por fusões ou cisões), nos termos da alínea b) do n.º7 do artigo 69º do CIRC;
Exemplo: No caso de alienação, se esta ocorrer em 15/12/2016, a comunicação de alteração
deverá ser efetuada até 31/03/2017 (que corresponde ao fim do 3.º mês do período de tributação
seguinte àquele em que ocorreu a saída da sociedade do perímetro).
Alerta: A partir de 2014, não comunicação de alterações na composição do grupo deixa de ter como
efeito a cessação automática do regime. A falta de comunicação de entradas e saídas passa a passa a
ser punida com coima variável entre 500 €uros e 22 500 €uros.
Opção 2: Limite à dedutibilidade dos gastos de financiamento, corresponde a 1 000 000 €uros
(independentemente do número de sociedades pertencentes ao grupo) ou, quando superior, a 30%
do EBITDA agregado (EBITDA consolidado para 2014) relativo à totalidade das sociedades que o
compõem.
A aplicação desta opção exige a manutenção desta opção por um período mínimo de 3
anos, a contar da data de início de aplicação.
Em conformidade com o disposto no n.º 6 do artigo 120º CIRC, cada uma das sociedades
do grupo, dominante e dominadas, deve enviar a sua declaração periódica de
rendimentos, como se aquele regime não fosse aplicável, devendo ainda, a sociedade
dominante apresentar a declaração periódica de rendimentos relativa ao lucro
tributável do grupo.
Esta autorização prévia deixa agora de ser exigida. Parece-nos no entanto, que continua válido o limite
imposto pelo n.º 4 do artigo 75º do CIRC: por cada período de tributação, o valor correspondente à
proporção entre o valor do património líquido da sociedade fundida e o valor do património líquido de todas
as sociedades envolvidos na operação de fusão, determinados com base no último balanço anterior à
operação.
EXEMPLO ILUSTRATIVO
GRUPO 1 GRUPO 2
10 0 ,0 % 10 0 ,0 %
A X
10 0 ,0 % 10 0 ,0 %
B Y
2. Opç ão pela inc lusão do GRUPO 2 no RETGS do GRUPO 1 (subalínea 1), alínea b) do n.º 7, artigo 69.º):
O GRUPO 2 cessa a sua tributação como grupo, mantendo-se o RETGS do GRUPO 1, o qual passa a incluir o GRUPO 2.
A s quotas-partes dos prejuízos fiscais do GRUPO 2 (500) são dedutíveis nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 71º do CIRC
De acordo com a nova redacção do artigo 67º do CIRC, os gastos de financiamento líquidos
são dedutíveis até ao maior dos seguintes limites:
1 000 000 €uros (3 000 000 €uros para 2013); ou
30% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos, tecnicamente
denominado de EBITDA.
A Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro (OE 2013), no seu artigo 192º, estabelece um
período transitório relativamente à percentagem do EBITDA a considerar no cálculo do limite.
De acordo com esta disposição, a percentagem é de 70% em 2013, 60% em 2014, 50%
em 2015, 40% em 2016 e 30% em 2017 (fim do período transitório).
O referido artigo 67º do CIRC, no seu n.º 2, prevê também um mecanismo de reporte para os
gastos de financiamento considerados excessivos num determinado período de tributação,
os quais poderão ser dedutíveis nos 5 períodos de tributação seguintes, desde que,
conjuntamente com os gastos de financiamento desse mesmo período, não sejam ultrapassados
os limites já referidos.
Nas situações em que o montante dos gastos de financiamento líquidos deduzidos seja
inferior a 30% do EBITDA, a parte não utilizada deste limite ("folga") é adicionada ao limite
máximo dedutível nos termos do n.º1 do artigo 67º do CIRC, em cada um dos cinco períodos
de tributação posteriores, até à sua integral utilização (reporte da "folga").
Alerta: O valor de referência para o cálculo desta "folga" é sempre, independentemente do período de tributação,
o que corresponde a 30% do EBITDA, não se aplicando para estes efeitos as percentagens definidas no n.º 2 do
artigo 192.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro (que estabelece o período transitório relativamente à
percentagem do EBITDA a considerar no cálculo do limite dos gastos de financiamento líquidos).
Para 2013 foi estabelecido que a disciplina fiscal relativa à dedutibilidade dos gastos de
financiamento líquidos era aplicável a cada uma das sociedades do grupo (lógica
individual).
As deduções ao lucro tributável obedecem à hierarquia preconizada nos artigos 15.º e 52.º do
CIRC. A matéria coletável obtém-se pela dedução, ao lucro tributável, dos prejuízos fiscais e
dos benefícios fiscais eventualmente existentes.
Após estas deduções é calculada a coleta, a qual pode ser objeto de dedução até à sua
concorrência quanto à dupla tributação internacional, benefícios fiscais e pagamento especial
por conta, a efetuar no quadro 10 da declaração Modelo 22 de IRC 22 do grupo.
Por regra, os benefícios fiscais à coleta, mesmo que atribuídos individualmente, são
dedutíveis até à concorrência da coleta do grupo (contrariamente aos benefícios fiscais
de dedução ao lucro tributável), nos termos do n.º 6 do artigo 90º do CIRC, com exceção
para os casos particulares do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento e da
Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos.
Não pode ultrapassar, em relação a cada sociedade e por cada exercício, o limite de 70 % da coleta
que seria apurada pela sociedade que realizou as despesas elegíveis, caso não se aplicasse o
RETGS.
Com a Lei das Finanças Locais, introduzida pela Lei nº 2/2007 de 15 de Janeiro, foi
alterado o método aplicável ao cálculo da derrama incidente sobre as entidades
residentes, para efeitos fiscais, a partir de 1 de Janeiro de 2007. A derrama passou a
ser deliberada por cada município e liquidada sobre o valor do lucro tributável do IRC,
até ao limite máximo de 1,5% do mesmo, nos termos do n.º1 do artigo 14º da referida
Lei das Finanças Locais.
(…) 8 - Quando seja aplicável o regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, a derrama
incide sobre o lucro tributável individual de cada uma das sociedades do grupo, sem prejuízo do
disposto no artigo 115.º do Código do IRC. (…)»
Esta disciplina mantém-se para o pagamento adicional por conta (artigo 105.º-A do
CIRC).
Inicialmente, o legislador apenas estabelecia no n.º 12 do artigo 106º do CIRC que seria
devido um PEC por cada sociedade do grupo, incluindo a dominante, e cuja entrega é
da responsabilidade desta última, não esclarecendo de forma cabal a forma de dedução
dos pagamentos por conta respetivos (base individual ou base grupal).
Contudo, esta norma sofreu uma posterior alteração com a aprovação da Lei nº 66-
B/2012 de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2013, no qual o
cálculo do pagamento especial por conta no âmbito do RETGS, continua a ser
determinado numa base individual e entregue pela sociedade dominante, passando a ser
considerado como montante a deduzir, o valor dos pagamentos por conta (PEC
individuais "virtuais") que seriam devidos se o regime não fosse aplicável.
Durante a
Apesar de omisso na lei, tem-se entendido que a dedução dos PEC deva e possa ser efetuada ao nível
aplicação do
Antes da do grupo
RETGS
aplicação do
RETGS A dedução deverá ser efetuada ao nível individual nos termos gerais, pois foram efetuados pela
Após a cessação do
sociedade a título individual antes da aplicação do regime, correspondem a direitos da própria
RETGS
sociedade
Durante a Parece-nos que a dedução dos PEC deverá ser efetuada pelo grupo, perdendo a sociedade dominada o
Após a cessação do
aplicação do direito à sua dedução após a saída do perímetro. Ao contrário dos prejuízos fiscais não há a perda do
RETGS
RETGS direito à dedução dos mesmos por parte do grupo
De acordo com Informação vinculativa da AT (Processo: 3724/2003) a dedução deverá ser efetuada a
No exercício de nível individual e não é dedutível à coleta do grupo. Todavia, a sociedade dominante atua como
Após a cessação do
cessação do representante do grupo e, portanto, é, no conjunto das sociedades, o "sujeito passivo de facto".
RETGS
RETGS Assim, os pedidos de reembolso feitos, oportunamente, pelas sociedades dominadas que saem do
grupo, são concretizados na esfera da sociedade dominante
Importa referir que este pagamento constitui pagamento por conta da derrama estadual
e que no seu cálculo dever-se-á aplicar, com as respetivas adaptações, o disposto quanto
aos pagamentos por conta.
Tendo em conta que a redacção do normativo previsto para o PAC foi introduzida pela Lei
nº 12-A/2010 de 30 de Junho, é facilmente perceptível as opções que têm vindo a ser
seguidas pelo legislador, ao estabelecer a obrigatoriedade do cálculo do referido
pagamento numa base individual, indiciando uma preocupação com objetivos
financeiros em detrimento dos princípios fiscais que lhe deveriam estar subjacentes,
sendo de resto notório que essas opções foram sendo alargadas a outras normas do
regime, em prejuízo dos benefícios do mesmo.
Lógica de Responsabilidade
Incidência fiscal Regras gerais Referencial normativo Fórmula de cálculo
apuramento de pagamento
O lucro tributável do grupo é apurado pela sociedade dominante, através da soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados nas
LTg = ∑LTi - ∑PFi + ∑GFL
Lucro tributável declarações periódicas individuais de cada uma das sociedades pertencentes ao grupo, corrigido, sendo caso disso, do efeito da aplicação da opção Artigo 70º do CIRC "Consolidada" N/a
(opc ional)
prevista no n.º 5 do artigo 67º do CIRC (Gastos líquidos de financiamento em lógica grupal).
N.º8 do artigo 18º da Lei
Quando seja aplicável o regime especial de tributação dos grupos de sociedades, a derrama incide sobre o lucro tributável individual de cada uma das
Derrama n.º 73/2013, de 3 de Dg = ∑Di Individual Sociedade dominante
sociedades do grupo, sendo preenchido, também individualmente, o Anexo A, se for caso disso.
Setembro (RFALEI)
Incide sobre o lucro tributável apurado na declaração periódica individual de cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante. Esta N.º 3 do Artigo 87º-A do
Derrama estadual DEg = ∑DEi Individual Sociedade dominante
efetua o somatório das derramas estaduais individualmente apuradas, indicando-o na declaração do grupo. CIRC
Os pagamentos por conta são calculados individualmente por cada uma das sociedades pertencentes ao perímetro, incluindo a sociedade dominante,
N.º 5 do artigo 105º do Cada uma das
Ano 1 como se não estivesse a ser aplicado o referido regime, bem como o pagamento deverá ser efetuado por cada uma das sociedades, sendo o valor desses PCg = ∑PCi Individual
CIRC sociedades
pagamentos dedutível à coleta do grupo no final do exercício.
O pagamento especial por conta deve ser efetuado pela sociedade dominante e corresponde ao somatório dos pagamentos especiais por conta apurados
N.º 12 do artigo 106º do
Pagamento especial por conta individualmente, incluindo a sociedade dominante. Esta deverá proceder à sua entrega, deduzindo ao valor global dos pagamentos especiais por conta o PECg = ∑PECi Individual Sociedade dominante
CIRC
montante dos pagamentos por conta respetivos.
Calculado individualmente e devido por cada uma das sociedades pertencentes ao perímetro do grupo, incluindo a sociedade dominante. Nº 4 do artigo105º-A do
Pagamento adicional por conta PACg = ∑PACi Individual Sociedade dominante
A entrega dos pagamentos adicionais por conta é efetuada pela sociedade dominante, numa única guia de pagamento. CIRC
Cálculo dos pagamentos especiais por conta: Esclarece-se que, para efeitos do cálculo
dos pagamentos especiais por conta, o montante a considerar é o correspondente à soma
dos pagamentos especiais por conta de todas as sociedades do grupo, incluindo a sociedade
dominante, cabendo a esta última a responsabilidade da entrega do valor global;
Regime específico de dedução de prejuízos fiscais: Fica estabelecido que nas
situações em que ocorram operações de fusão entre sociedades do grupo ou uma sociedade
incorpore uma ou mais sociedades durante a aplicação do RETGS, os prejuízos das
sociedades fundidas, verificados em períodos de tributação anteriores ao do início do
regime, podem ser deduzidos ao lucro tributável do grupo, até ao limite do lucro tributável
da nova sociedade, ou da sociedade incorporante, desde que a essas operações seja
aplicado o regime de neutralidade fiscal e nos termos e condições definidos para a
transmissibilidade de prejuízos ao abrigo do regime da neutralidade.
Limitação à dedutibilidade de gastos de financiamento: Nos casos de aplicação do
RETGS, a sociedade dominante pode optar pela aplicação do limite aos gastos de
financiamento líquidos do grupo, ao invés da sua aferição ser efetuada numa base
individual. Neste caso, os limites são calculados com base no resultado antes de
depreciações, amortizações, gastos de financiamento líquidos e impostos consolidado,
relativo à totalidade das sociedades que o compõem.
Esta opção deve ser mantida por um período mínimo de três anos e deverá ser comunicada
à ATA até ao fim do 3.º mês do período de tributação em que se pretenda iniciar a
respetiva aplicação.
Em 12 Junho de 2014, no âmbito do processo SCA Holding (C-40/13), o Tribunal de Justiça da União
Europeia considerou existir violação do princípio da liberdade de estabelecimento, nos casos em que
sejam excluídas do regime da consolidação fiscal, sociedades irmãs residentes (dominadas), e que a
sociedade-mãe não tenha a sua sede nesse Estado-membro, nem aí disponha de um estabelecimento
estável.
No seguimento, a Lei n.º 82-C/2014, de 31 de Dezembro, veio alterar o CIRC, transpondo a Directiva
n.º 2014/86/UE, do Conselho, de 8 de Julho, que altera a Directiva n.º 2011/96/UE relativa ao regime
fiscal comum aplicável às sociedades-mãe e sociedades afiliadas de Estados membros diferentes e
adequando o regime especial de tributação de grupos de sociedades à referida jurisprudência:
Localização da sociedade dominante: A sociedade dominante passa a poder ter sede efetiva
noutro Estado-membro da UE ou EEE (nos casos em que existe obrigação de cooperação
económica e administrativa), desde que:
Detenha a participação nas sociedades dominadas há mais de um ano, com referência à data em que se
inicia a aplicação do regime;
Não seja detida, direta ou indiretamente, pelo menos, em 75% do capital, por uma sociedade residente em
território português que reúna os requisitos previstos no RETGS para ser qualificada como dominante, desde
que tal participação lhe confira mais de 50% dos direitos de voto;
Não tenha renunciado à aplicação do regime nos três anos anteriores, com referência à data em que se
inicia a aplicação do regime;
Esteja sujeita e não isenta de um imposto referido no artigo 2.º da Directiva n.º 2011/96/UE, do Conselho,
de 30 de Novembro, ou de um imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC;
Revista a forma de sociedade de responsabilidade limitada;
Quando detenha um estabelecimento estável em território português através do qual sejam detidas as
participações nas sociedades dominadas e não se verifique relativamente a este qualquer das situações
previstas nas alíneas a), c), d) ou e) do n.º 4 do artigo 69.º do CIRC, com as necessárias adaptações.
EXEMPLO ILUSTRATIVO
EM EU / EEE
A
Outro
B
Até 2014 Sim
Após 2015 Sim
Portugal
D E C
Até 2014 Sim Até 2014 Sim Até 2014 Não
Após 2015 Sim Após 2015 Sim Após 2015 Sim
O valor tributável corresponde ao somatório dos VPT dos prédios urbanos detidos por
cada sujeito passivo, reportados a 1 de janeiro de cada ano, ao qual se aplica a taxa
de 0,3%. No caso dos grupos de sociedades, o valor tributável corresponde ao
somatório dos VPT dos prédios urbanos de todas as sociedades integrantes do grupo,
estando a dedução limitada a 600 000 €uros.
1 Opção pela aplicação do RETGS Comunicação Sociedade dominante 69º, n.º7, a) Início do período de tributação do RETGS Data relevante + 3 meses
Saída de sociedades por cessação da atividade, nos casos em que esta cessação não 69º, n.º7, b), Data limite para entrega da declaração de
3 Comunicação Sociedade dominante Data relevante
deva ser comunicada na Conservatória do Registo Comercial 2) cessação
Opção pela continuidade da aplicação do RETGS quando a sociedade dominante Nova sociedade Início do período de tributação seguinte à data
7 Comunicação 69º, n.º10 Data relevante + 3 meses
passe a ser dominada de outra sociedade residente em território português dominante em que ocorreu o facto
Opção pela aplicação dos limites à dedutibilidade dos gastos líquidos de Início do período de tributação em que se
9 Comunicação Sociedade dominante 67º, n.º7 Data relevante + 3 meses
financiamento em lógica grupal pretende aplicar
Transmissão dos prejuízos fiscais em caso de fusão que envolva a totalidade das Data de pedido do registo da fusão na
10 Requerimento Sociedade dominante 75º, n.º6 Data relevante + 90 dias
sociedades abrangidas pelo RETGS Conservatória do Registo comercial
120º, n.º2 e
12 Declaração de rendimentos do grupo Declaração Sociedade dominante Fim do período de tributação Data relevante + 5 meses
n.º6
O RETGS ao determinar que o lucro tributável do grupo é o que resulta da soma dos
lucros tributáveis e prejuízos fiscais apurados individualmente por cada uma das
sociedades pertencentes ao grupo fiscal, faz com que daí resulte, naturalmente, o
apuramento de uma matéria coletável, e consequentemente uma coleta, inferior àquela
que seria apurada, caso o regime não fosse aplicável. Constituindo esta realidade um
benefício de poupança fiscal, face à comparação com a realidade individual de cada
uma das sociedades. Neste contexto, importa aferir sob a melhor forma de
repartição e imputação dessa poupança fiscal.
Três perspetivas possíveis na atribuição desta poupança:
Perspetiva jurídica: A poupança fiscal pertence à sociedade dominante, dado que a possibilidade
de dedução dos prejuízos aos lucros tributáveis só é possível pelo facto da sociedade dominante
constituir um "grupo fiscal". Por esse motivo o apuramento, bem como o direito à utilização dos
prejuízos fiscais, pertence à sociedade dominante.
Perspetiva económica (ótica do gerador): A poupança fiscal pertence às sociedades que
geraram prejuízos, utilizáveis no exercício, para o apuramento do lucro tributável do grupo. Este
argumento assenta no pressuposto que o grupo apenas obteve a poupança fiscal devido aos
prejuízos de algumas sociedades e dessa forma deverão ser essas a serem beneficiadas, desde que
exista a possibilidade de os recuperar nos 5 anos seguintes.
Perspetiva económica (ótica do utilizador): A poupança fiscal pertence às sociedades que
contribuíram com lucros tributáveis, pois só dessa forma é que o grupo pôde utilizar os prejuízos
fiscais e obter poupança fiscal.
Por outro lado, acresce referir que, e apesar de esta matéria não ser concretamente
tratada pelo SNC, a "Directriz contabilística n.º 28 - Impostos sobre o
rendimento", no seu parágrafo 46, prescrevia um tratamento contabilístico semelhante
ao que preconizamos, a saber:
Se uma filial tiver prejuízos num dado período apenas deve registar na conta "25 - Accionistas"
o montante correspondente aos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades
do grupo.
Os prejuízos não deduzidos devem ser reconhecidos como activos por impostos diferidos apenas
se for previsível que a filial se mantenha no grupo em anos futuros e este venha, em tal período, a
obter lucros que permitam a dedução daqueles prejuízos.
Parece-nos que a lógica de contabilização dos impostos deverá manter-se em cada uma das
sociedades (impostos correntes e diferidos), como se o RETGS não se aplicasse, reforçando a
visibilidade e a fiabilidade das demonstrações financeiras individuais. Para o efeito, deverá o grupo de
sociedades manter um controlo do contributo de cada sociedade para o imposto "consolidado",
desdobrado por natureza (lucro tributável, prejuízo fiscal, benefícios fiscais à coleta,…), por sociedade
geradora, por sociedade beneficiária e por ano:
Sociedade beneficiária
Sociedades dominada Sociedade dominante
Principais incidências contabilísticas (dominada ou dominante)
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
Pagamento por conta imputável à sociedade dominada 241PPC 268RETGS 268RETGS 11/12
Pagamento adicionar por conta devido pela sociedade dominada 241PAC 268RETGS 268RETGS 11/12
Pagamento especial por conta imputável à sociedade dominante 241PEC 268RETGS 268RETGS 11/12
Transferência para a sociedade que utiliza os prejuízos fiscais 268RETGS 2741IDA-PF 241IE 268RETGS
Transferência para a sociedade que utiliza os benefícios fiscais 268RETGS 2741IDA-PF 241IE 268RETGS
Imposto corrente
Pagamento do imposto corrente das sociedades dominadas 241IE 268RETGS 268RETGS 11/12
Reembolso do imposto corrente das sociedades dominadas 268RETGS 241IE 11/12 268RETGS
Preços de transferência: Reduz o risco de correcção por parte da ATA dos débitos entre
sociedades do grupo, considerando que os ajustamentos correlativos estão implícitos no
RETGS. Aplicável apenas às sociedades do grupo empresarial que integram o RETGS.
Participação social >90% e Participação social > 75% e Participação social > 75% e
Definição de grupo
direitos de voto > 50% direitos de voto > 50% direitos de voto > 50%
Voluntária, mas obriga à integração total das Voluntária, mas obriga à integração total das Voluntária, mas obriga à integração total das
Tipo de adesão
sociedades do grupo (all-in all-out ) sociedades do grupo (all-in all-out ) sociedades do grupo (all-in all-out )
Anteriores à aplicação Até à concorrência do lucro tributável da Até à concorrência do lucro tributável da Até à concorrência do lucro tributável da
do regime sociedade a que respeitam sociedade a que respeitam sociedade a que respeitam
Dedução de
Durante a aplicação do Reportáveis nos restantes exercícios
prejuízos Repostáveis nos 5 exercícios posteriores Repostáveis nos 12 exercícios posteriores
regime posteriores
fiscais
Após a aplicação do
Extinguem-se os prejuízos Extinguem-se os prejuízos Podem ser utilizados pela sociedade que os gerou
regime
Total 360 299 373 021 379 772 388 958 390 498 393 891 419 546 421 430 429 148 440 168 429 148
Regime geral 306 852 323 286 325 096 329 923 350 775 362 513 397 753 415 076 424 913 421 737 433 719
Regime de isenção definitiva 3 625 3 722 3 814 3 958 3 748 3 626 12 480 14 218 18 288 19 377 20 772
Regime de isenção temporária 3 597 3 657 3 378 3 144 2 937 2 419 2 518 756 882 957 1 095
Regime de redução de taxa 28 809 32 537 36 065 40 666 27 509 25 588 18 267 5 607 3 689 2 397 1 908
Regime simplificado 26 978 19 476 20 072 21 664 8 565 2 608 39 Nd Nd 15 465 16 562
Transparência fiscal 3 764 3 983 4 159 4 374 4 398 4 573 4 727 4 829 5 349 9 018 9 227
Grupo de sociedades 2 010 2 187 2 350 2 609 2 943 3 127 3 300 3 495 3 516 3 902 4 101
Nd - Não disponível
Total 360 299 373 021 379 772 388 958 390 498 393 891 419 546 421 430 429 148 440 168 452 683
Declaração normal 339 029 347 387 337 868 347 173 351 683 355 923 374 888 379 053 383 026 395 293 403 632
Declaração do período de cessação 11 472 13 150 11 935 12 509 12 108 11 121 12 619 14 098 12 535 11 712 13 201
Após a alteração do período especial de tributação 278 300 326 338 360 358 369 365 392 413 448
Exercício de início de actividade 9 148 11 800 29 264 28 525 25 885 26 030 31 148 27 365 32 610 32 118 34 668
Declaração de Grupo 288 327 350 366 414 427 469 489 499 519 548
Número de declarações de Grupo 288 327 350 366 414 427 469 489 499 519 548
Média 7,0 6,7 6,7 7,1 7,1 7,3 7,0 7,1 7,0 7,5 7,5
Esta adesão e importância crescente que o RETGS está a merecer nos grupos
empresariais, apresentam a seguinte configuração gráfica:
Por fim, de sublinhar que a dimensão média dos grupos de sociedades é constante e
aproxima-se das 7-8 sociedades.
Nos termos do n.º 12 do artigo 106.º do CIRC, quando seja aplicável o regime especial
de Tributação dos Grupos de Sociedades, é devido um pagamento especial por conta por
cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, cabendo a esta
última as obrigações de determinar o valor global do pagamento especial por conta,
deduzindo o montante dos pagamentos por conta que seria devido por cada uma das
sociedades do grupo se este regime não fosse aplicável, e de proceder à sua entrega. Ou
seja, embora a obrigatoriedade deste pagamento no âmbito do grupo de sociedades
caiba à sociedade dominante, o montante devido é previamente calculado
individualmente por cada uma das sociedades integradas no grupo incluindo a sociedade
dominante, cabendo a esta determinar e entregar o somatório daqueles pagamentos
especiais por conta que seriam devidos por cada uma das sociedades do grupo se este
regime não fosse aplicável.
Como é calculado e por quem é efetuado o pagamento por conta no caso de aplicação
do regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades?
Nos termos do n.º 5 do artigo 105.º do CIRC, tratando-se de sociedades de um grupo a que
seja aplicável pela primeira vez o regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, os
pagamentos por conta relativos ao primeiro período de tributação são efetuados por cada uma
dessas sociedades e calculados nos termos do n.º 1, sendo o total das importâncias por elas
entregue tomado em consideração para efeito do cálculo da diferença a pagar pela sociedade
dominante ou a reembolsar -lhe, nos termos do artigo 104.º do mesmo Código. Durante os
períodos de aplicação do regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades os
pagamentos por conta são calculados no âmbito do grupo, com base na coleta deste e
entregues pela sociedade dominante.
Como é calculado e por quem é efetuado o pagamento adicional por conta no caso de
aplicação do regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades?
Nos termos do n.º 1 do artigo 105.º - A do CIRC o pagamento adicional por conta (PAC) é
efetuado nos casos em que no período de tributação anterior fosse devida derrama estadual nos
termos referidos no artigo 87.º-A do mesmo Código. Nos termos do n.º 4 daquele artigo,
quando seja aplicável o regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, é devido
pagamento adicional por conta por cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade
dominante sendo o total entregue pela sociedade dominante. Esta regra aplica-se também ao
período em que seja aplicável pela primeira vez o regime especial de Tributação dos Grupos de
Sociedadess.
A declaração de alterações deve ser sempre submetida pelo TOC da sociedade dominante
ou da sociedade dominada designada, nos prazos previstos no nº 7 do artº 69º do CIRC
conforme a situação em apreço. Caso o TOC pretenda efectuar outras alterações para
além das relativas aos grupos de sociedades deverá aceder ao Portal das Finanças e
assinalar a opção TOC/Entregar/Declarações/Actividade/Alter.Actividade. Após submissão
da alteração pretendida é questionado sobre se pretende efectuar qualquer alteração no
âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedadess. Em caso afirmativo
são-lhe imediatamente disponibilizados os campos para inserção dessas alterações.
Deste procedimento resulta a impressão de dois documentos comprovativos (duas
declarações de alteração de actividade). Caso pretenda apenas proceder a alterações no
âmbito do RETGS, deverá aceder ao Portal das Finanças e assinalar a opção
TOC/Entregar/Declarações/Actividade/Alter.Actividade/Grupos de Sociedades, indicando
o NIF no campo da Sociedade Dominante ou Sociedade Dominada designada, consoante
se trate de um grupo residente ou não residente em território português, e inserir os
elementos pretendidos. Deste procedimento resulta apenas um documento comprovativo
(uma declaração de alteração de actividade).
O processo de renúncia ou cessação da aplicação do RETGS deve ser feito pelo TOC da
sociedade dominante ou sociedade dominada designada, sendo que sempre que tenham
ocorrido saídas de sociedades do grupo durante o ano anterior, as mesmas deverão ser
comunicadas previamente. Para o averbamento do fim da opção pelo Regime Especial de
Tributação dos Grupos de Sociedadess devem ser preenchidos os campos relativos à data
da ocorrência dos factos, bem como seleccionado o motivo da cessação do grupo:
Renúncia/Aquisição do grupo por outro grupo dentro do RETGS/Aquisição do grupo por
sociedade fora do RETGS/cessação da aplicação do regime. Após inserção dos elementos
pretendidos os Contribuintes podem verificar a informação através de Informação de
Cadastro disponível no Portal das Finanças através da opçao Serviços Tributários/
Empresas/ Consultar /Situaçao cadastral atual /dados de atividade.
De acordo com informação vinculativa emanada pela ATA, não podem fazer parte do
grupo de sociedade tributado pelo RETGS, as sociedades que, no início ou durante a
aplicação do regime, tenham sido objecto de instauração de processos no âmbito do
Código da Insolvência e Recuperação de Empresas em que haja sido proferida sentença
de declaração de insolvência ou, no caso do PER, despacho de nomeação de
administrador judicial provisório.
Mais informa que o momento a partir do qual deve ser contado o prazo de comunicação a
que se refere a subalínea ii), da alínea b) do n.º7 do artigo 69º do CIRC, corresponde ao
momento de notificação ou citação da sentença de declaração de insolvência (artigo 37º
do CIRE) ou no caso do PER, da notificação ou citação do despacho de nomeação de
administrador judicial (n.º4, do artigo 17º do CIRE).
De acordo com informação vinculativa emanada pela ATA, o n.º 8 do artigo 47.º do CIRC
(actual artigo 52.º do CIRC) – perda do direito de reporte dos prejuízos fiscais por
alteração o objecto social ou de, pelo menos, 50% do capital social -, só poderá impor
limitações na dedução dos prejuízos fiscais gerados antes da aplicação do regime
especial de Tributação dos Grupos de Sociedades e não aos obtidos durante a aplicação
desse regime, visto que se tratam de prejuízos fiscais do grupo e não da sociedade que
os gerou e apenas nos casos em que a alteração da titularidade do capital tenha ocorrido
após a entrada em vigor da referida lei.
De acordo com informação vinculativa emanada pela ATA, para efeitos de aplicação do
disposto no n.º 14 do artigo 88.º do CIRC, nos casos em que os sujeitos passivos
integram um grupo abrangido pelo regime especial de tributação das sociedades
(RETGS), deve ser considerado o resultado (lucro tributável ou prejuízo fiscal) apurado
na declaração do grupo referente ao período de tributação a que respeitem quaisquer
dos factos tributários passíveis de tributação autónoma e não o lucro tributável ou o
prejuízo fiscal apurado por cada uma das sociedades que integram o perímetro de
consolidação abrangido pelo regime.