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Diferindo dessa escola de pensamento, encontra-se Ciro Cardoso, autor de “O Trabalho

na Colônia”. Ciro Cardoso, com suas ideias, faz parte da “Escola do Modo de Produção
Escravista Colonial” (Desenvolvida pelo historiador Jacob Gorender), que mostra a
dinâmica interna da produção colonial brasileira, evidenciando o papel central que o
trabalhador direto (o escravo) desempenha em sua estrutura.

Em sua obra, Ciro Cardoso apresenta críticas sobre a concepção dos ciclos da economia
colonial, criticando historiadores que utilizam somente da escravidão negra,
monocultura e latifúndios para formar a economia colonial. Ele refere-se a isso como
uma visão reducionista. E diz ainda que tal limitação na história se dá por interesse dos
grupos mais ricos, os grupos dominantes.

No texto é citado Caio Prado que em sua visão mostra apenas 2 classes: escravos e
senhores de escravo. Para ele quem não pertencia a essas 2 classes, era tido como
“forma inorgânica da sociedade colonial”. Existiam os brancos pobres, mestiços,
pessoas livres em geral, que faziam parte da sociedade e da economia, mas que foram
ignorados.

Ciro Cardoso mostra que além dessas 2 classes, haviam mais sujeitos que faziam parte
da sociedade e da economia, como os camponeses sem terras que trabalhavam nos
engenhos, negros já livres, mestiços...

Ele se refere a 3 fatores das configurações básicas do trabalho colonial:

1- Os que se referem às forças produtivas:

A base de trabalho que dá a sustentação à economia é a mão de obra escrava, já que


foram traficados aos montes para o Brasil. De 1600 a 1800 estimas-se 2,5 milhões.
E também a mão de obra de pobres brancos

2- Os que resultam do impacto do sistema colonial mercantilista

Ciro fala da forma de trabalho mercantil, que teria como compromisso, saciar as
demandas comerciais da colônia. Mostra que a ausência de uma moeda na colônia
favorecia a pressão vinda da metrópole.

3- Os que definem mecanismos básicos na estruturação das relações de produção

A base da produção colonial, demandava uma quantidade maior de trabalho acerca dos
escravos que eram resignados à produção de bens de consumo.
As formas de trabalho compulsório (principalmente a escravidão de africanos e de seus
descendentes) se dão por conta de motivos relacionados às forças produtivas inerentes a
colônia num aspecto histórico.

Ciro fala que as necessidades da lógica mercantil teriam que ser atendidas pelas formas
coloniais de trabalho, sendo assim, colaborando na introdução da divisão mundial do
trabalho, sendo gerada pela primeira vez na história.

Nos meios de produção que possuíam como base a escravidão, havia uma ligação com a
ideia de propriedade. Com essas relações de propriedade vinha o argumento de que se
escravizava por conta da inferioridade de negros e índios aos colonos vindos da Europa.

Havia um impasse entre os missionários (apoiados pelo estado português) que


desejavam catolizar os índios e os colonos que queriam transformar os índios em
escravos por conta da urgente necessidade de mão de obra.

Os escravos era definidos por:

“1) Sua pessoa e propriedade de outro homem; 2) sua vontade esta subordinada à
autoridade de seu dono; 3) seu trabalho e obtido mediante coação.”

A intimidade do escravo com o seu senhor, o setor de trabalho do qual fazia parte e seu
nível de mestiçagem, fazia com que o seu trabalho variasse. Essa intimidade, junto da
humildade, obediência e fidelidade, aumentava as chances desse escravo conseguir
alforria.

Porém, com a mineração, a urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e


diversificação agrícola, houve uma intensificação da escravidão, sendo assim,
aumentando o tráfico negreiro. Entre 1701 e 1810, é calculado o tráfico de 1.891.400 de
africanos.

Portanto, percebemos que o período colonial foi algo que não pode se resumir ou ser
visto superficialmente, foi um período cheio de particularidades além da visão
reducionista.

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