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concessão.
INTRODUÇÃO
Graduandos em Direito pela Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal.
1
BONAVIDES, Paulo. Do Estado liberal ao Estado social. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 1996, p. 996.
2
BERCOVICI, Gilberto ; MASSONETTO, L. F. . Os Direitos Sociais e as Constituições Democráticas Brasileiras:
Breve Ensaio Histórico. In: David Sánchez Rúbio; Joaquín Herrera Flores; Salo de Carvalho. (Org.). Direitos
Humanos e Globalização: Fundamentos e Possibilidades desde a Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2004, p. 250.
3
SILVA, Naiane Louback da. A judicialização do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. Serv.
Soc. Soc., São Paulo , n. 111, p. 555-575, Sept. 2012 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000300009&lng=en&nrm=iso>.
access on 20 Aug. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-66282012000300009.
1
Tal benefício, inaugurando uma nova forma de compreender a pobreza e seus efeitos no
país, revelou-se como uma das mais importantes ferramentas de efetivação dos Direitos Sociais
da nação.
De tal maneira, nos debruçaremos sobre seu estudo, aplicando, neste breve trabalho de
feição compreensiva, revisão bibliográfica e análise documental4, observando tanto as
disposições normativas a respeito do tema quanto as discussões jurisprudenciais que a seu
respeito já foram instauradas, permitindo, assim, um melhor entendimento do objeto.
4
REGINATO, Andréa Depieri de A. Introdução à pesquisa documental. In: MACHADO, Maira Rocha. (Org.).
Pesquisar empiricamente o direito. 1ed.São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito, 2017, v. 1, p. 189-
224.
5
GABAN, Luiz Fernando Molan. Benefício de prestação continuada: a aplicação do artigo 34, parágrafo único,
da Lei 10.741/2003 como parâmetro complementar do critério da renda per capita e os caminhos para um novo
critério econômico. 2016. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento no Estado Democrático de Direito) -
Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, Universidad de São Paulo, Ribeirão Preto, 2016, p. 27.
doi:10.11606/D.107.2017.tde-01092017-082813. Acesso em: 2019-08-20.
2
a Renda Mensal Vitalícia (RMV), instituída pela Lei nº 6.179/1974 e recebida até então por
aqueles que atualmente se enquandram no rol de beneficiários do BPC.
2. DOS BENEFICIÁRIOS
6
CARMO, Michelly Eustáquia do; GUIZARDI, Francini Lube. O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para
as políticas públicas de saúde e assistência social.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 34, n. 3, 2018, p. 7.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2018000303001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 Ago. 2019.
7
Há de se mencionar, porém, que o BPC pode ser cumulado com outro benefício de assistência médica, bem como
com a pensão especial de natureza indenizatória, como prefixa o § 4º do sobredito artigo 20, com a redação dada
pela Lei 12.435/11. No mais, nos termos do artigo 20, § 9º, o titular deficiente pode receber o BPC
concomitantemente com a remuneração por estágio supervisionado e aprendizagem.
3
O artigo 20, § 12, introduzido pela Lei nº 13.846/19, prevê também a necessidade, para
revisão e manutenção do benefício, do requerente estar inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) e no Cadastro único para Programas Sociais
2.2 A MISERABILIDADE
4
A situação de vulnerabilidade, porém, tem seus aspectos constitutivos não restritos,
todavia, à simples análise da renda-familiar, se revelando, como um fenômeno social, cujas
dimensões e efeitos devem ser, portanto, socialmente analisadas.
Justamente portanto, os critérios para aferição do requisito econômico são polêmicos e
segundo orientação do STJ o magistrado não está sujeito a um sistema de tarifação legal de
provas, motivo pelo qual a delimitação do valor da renda familiar per capita não deve ser tida
como único meio de prova da condição de miserabilidade do requerente (REsp n.
1.112.557/MG, 3a Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 20.11.2009).
Um dos pontos polêmicos pautados na PEC 6/2019 proposta pelo atual governo,
popularmente conhecida como Reforma da Previdência, é a modificação no Benefício de
Prestação Continuada.
Dentre as principais alterações apresentadas inicialmente, a proposta impunha, por
exemplo, a mudança da idade mínima para que idosos pudessem ser beneficiários, elevando-a
de 65 para 70 anos. Não bastasse, também alterava o valor do benefício, o qual passaria a ser
dividido em duas categorias8.
A justificativa para tais modificações era de que haveria uma economia de
aproximadamente 34,8 bilhões no período de 10 anos para os cofres públicos. Contudo, diante
da reprovação social e parlamentar com o que fora proposto, o relator da reforma da previdência
na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, Samuel Moreira (PSDB-SP), retirou as
mudanças inicialmente apresentadas quanto ao Benefício de Prestação Continuada.
Atualmente, resta uma única proposta de mudança ao BPC, consistente na
constitucionalização do critério de elegibildiade ao benefício. A questão se encontra em análise
pelo Senador Tasso Jereissati, na CCJ e, caso aceita, impacto total da reforma cairira R$ 901,1
bilhões em uma década9.
8
Para os idosos que atingirem os 70 anos e possuírem renda familiar mensal de até R$238,00 terão direito ao
recebimento de um salário mínimo, e para aqueles com 60 anos em situação de necessidade, receberão R$400,00
mensais
9
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,texto-da-previdencia-no-senado-eliminara-mudancas-no-
bpc,70002983826
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