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EXERCÍCIO 8
2. no vocábulo:
posição inicial (Ex.: porta)
posição medial - intervocálica (Ex.: caro, azul)
não-intervocálica (Ex.: verde, astro)
posição final (ex.: lápis)
4. Preencha o quadro a seguir de acordo com a classificação de Callou & Leite dos fonemas consonânticos,
colocando [+] ou [-] para indicar presença ou ausência do traço.
p b t d k g f v s z m n l ɾ R
Soante - - - - - - - - - - - - + + + + + + +
Contínuo - - - - - - + + + + + + - - - + + + +
Anterior + + + + - - + + + + - - + + - + - + -
Coronal - - + + - - - - + + + + - + + + + + -
Sonoro - + - + - + - + - + - + + + + + + + +
Nasal - - - - - - - - - - - - + + + - - - -
Lateral - - - - - - - - - - - - - - - + + - -
5. Quais as consoantes que podem ocorrer em posição posvocálica?
uma líquida lateral que apresenta, em certos dialetos, uma variante posicional velarizada ou tende a
vocalizar-se, anulando a oposição [l] e [w] - Ex: mal e mau/ vil e viu. A mudança de [l] para [w] faz surgir
um ditongo [ów] em sol e [ôw] em soldado, que geralmente sofre monotongação.
uma nasal - um arquifonema nasal - cuja existência está diretamente relacionada à interpretação
fonológica das vogais nasais e cuja realização fonética depende da consoante subsequente, ou seja, há uma
assimilação do ponto de articulação da consoante seguinte pela nasal. Ex: labial em campo; alveolar em
canto; velar em canga; palatal em gancho.
uma líquida vibrante cuja realização varia.
uma fricativa não labial - um arquifonema sibilante resultante da neutralização entre a fricativa anterior
/s/ (alveolar) e posterior / / (palatalizada) e entre as respectivas sonoras /z/ e / /. Em 84,5 % dos casos,
há a palatização, exceto na posição final seguida de palavra iniciada por vogal quando ocorre sempre um
/z/ - doizolhos.
6. O que levou as autoras a afirmarem que as líquidas se relacionam com as vogais assilábicas?
Elas (o ‘r’ forte e a lateral ‘l’) estão relacionadas com as semivogais ou vogais assilábicas (= glides) pelo fato de
aparecerem nas mesmas posições que estas:
depois de vogal - mal/ mar (mais/mau)
entre consoante que precede a vogal que se segue - cravo/clave (quyeto/igual)
entre duas vogais - raro/ralo (rayo)
7. De que forma as autoras interpretam a oposição entre o “r” fraco e o “r” forte?
A oposição entre o “r” fraco e o “r” forte era na quantidade de vibrações. Hoje é uma oposição qualitativa, já
que houve uma mudança do ponto de articulação de anterior para posterior e de vibrante forte para fricativa.
A causa dessa mudança: o caráter consonântico do som fricativo (um reforço do caráter consonântico), uma
vez que ele estabelece um intenso contraste fônico com sons vocálicos em contato na sílaba.
8. Segundo Callou, quais os motivos para que o ‘r’ não se realize em final de vocábulo?
De acordo com ela, ele não se realiza nessa posição por três motivos:
devido à simplificação da estrutura silábica;
devido à debilidade da posição implosiva;
devido à natureza articulatória: a realização predominante neste contexto é a aspiração.
a) Em posição átona final (atonicidade máxima), desaparece a oposição entre as três vogais da
série anterior (ê, é, i) e as três da série posterior (ô, ó ,u), ficando o sistema reduzido a três
vogais: i, a, u (I U).
b) Em posição átona não-final (pretônica), desaparece a oposição entre [ê] e [é], [ô] e [ó],
reduzindo-se o sistema vocálico a cinco vogais ([a, e, i, o, u]) .
OBS: Esse sistema de cinco pode ser reduzido ainda para três vogais quando se pode ter, nas
palavras “menino”, “gordura”, “feliz” e “costura”, a seguinte realização: m[i]nino, g[u]rdura,
f[i]liz, c[u]stura etc.
11. A que conclusões Bisol chegou ao observar as variantes ‘e’ ~ ‘i’ e ‘o’ ~ ‘u’ pretônicas?
a) as vogais e e o da escrita se realizam como médias [e] [o] e também como altas [i] [u].
b) a mudança ei e ou é uma regra variável, condicionada por vários fatores, o mais forte dos quais é a
vogal alta da sílaba imediatamente seguinte (s[i]rviço, c[u]ruja, p[i]rigo)
c) a variação da pretônica não parece apresentar estigmatização social, pois ocorre tanto na fala popular
como na culta.
12. Quais os fatores linguísticos mais favoráveis à elevação das vogais médias pretônicas?
A elevação dessas vogais, ou seja, a realização do ‘e’ e do ‘o’ como ‘i’ e ‘u’, respectivamente, ocorre nos
seguintes contextos: