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Mercado
O Brasil possui o maior mercado de reciclagem da América Latina.
Apresentam-se abaixo alguns dados sobre a reciclagem no Brasil:
Localização
A definição da localização deverá ser baseada em uma área industrial
destinada à reciclagem em cada município. Caso não exista área
industrial, o empreendedor deverá identificar uma região que
contemple fácil acesso, principalmente de veículos de porte médio e
Estrutura
O tamanho da estrutura varia de empresa para empresa, segundo o
interesse e a expectativa do empreendedor. No entanto, dever-se-á
atentar à disponibilização de alguns espaços específicos, como:
Pessoal
A contratação de empregados variará de acordo com o tamanho do
empreendimento e com o material a ser reciclado. No entanto,
poder-se-á iniciar as atividades operacionais com um número
aproximado de 12 (doze) funcionários, sendo eles:
• uma secretária;
• um auxiliar de administrativo;
• um encarregado de produção;
• um operador de máquina de produção;
• um auxiliar de produção;
• três operários para a recepção do material;
• três operários para a expedição de material;
• um vendedor; e
• um motorista.
Além desse quadro fixo, a empresa poderá contar com uma grande
quantidade variável de colaboradores indiretos, como os catadores de
materiais utilizados na reciclagem.
Ressalta-se que o proprietário do negócio deverá estar presente em
todas as operações da empresa, acompanhando a linha de
indústria/transformação e a gestão administrativo-financeira.
Caso o empresário entenda como importante, será viável a contratação
Equipamentos
Os equipamentos necessários para a montagem de uma indústria de
reciclagem são, basicamente, os listados abaixo:
http://www.datamaq.com.br/Sebrae/ListOfF...&partnerInstallation=EMPRESA
DE RECICLAGEM
1. Papel ondulado
Deve-se proceder à seleção do papel ondulado recebido na indústria,
pois vários produtos contaminam e inviabilizam sua reciclagem, tais
como: cera, plástico, manchas de óleo, terra, pedaços de madeira,
barbantes, cordas, metais, vidros, etc. Outro fator limitante a
reciclagem desse material é a mistura com a chamada “caixa ondulada
amarela”, que é composta por fibras recicladas que perderam a
resistência original.
Para que as substâncias contaminantes não inviabilizem a reciclagem
de papel ondulado, elas não podem exceder a 1% do volume e a perda
total no reprocessamento não deve passar de 5%. Deve-se atentar ao
excesso de umidade, tendo em vista que altera as condições do papel,
o que dificulta e até mesmo inviabiliza sua reciclagem.
Alguns tipos de tintas usadas na fabricação do papelão tecnicamente
impedem a reciclagem de papel ondulado. Também ocorre
impossibilidade de aproveitamento se o papel tiver recebido
tratamento anti-umidificação com resinas insolúveis em água.
Ressalta-se que o rendimento no processo de reciclagem de papel
ondulado dependerá basicamente do sistema adotado no
pré-processamento do material, que vai desde a seleção criteriosa da
matéria-prima, limpeza e, finalmente, na forma que o aparista irá
proceder à prensagem do produto.
2. Papel de Escritório
O lixo derivado do papel de escritório é formado por diversos tipos de
papéis. Com isso, as empresas de reciclagem que processam esse
material são forçadas a elaborar esquemas especiais de seleção e
coleta de algumas categorias mais valiosas, como o papel branco e o
de computador.
3. Pneu
Uma das alternativas mais utilizadas na reciclagem de pneus é a
trituração para obtenção de borracha regenerada, fazendo a adição de
óleos aromáticos e produtos químicos desvulcanizantes. A tecnologia
vem avançando muito na reciclagem desse material, tanto que já existe
no Brasil maquinário em escala industrial capaz de produzir borracha
regenerada a frio, obtendo um produto reciclado com elasticidade e
resistência semelhantes ao do material virgem. Além do processo
mecânico, existe também tecnologia que emprega solventes capazes
de separar o tecido e o aço dos pneus, permitindo também o
reaproveitamento de matérias-primas.
Além do processo químico, há a possibilidade de reciclagem somente
por intermédio de processo mecânico de granulação, por meio de um
sistema de peneiras e aspiração que permite um custo bem menor e de
reduzido impacto ambiental. O processamento ocorre em autoclaves
giratórios, onde o material recebe oxigênio, calor e forte pressão,
provocando o rompimento de sua cadeia molecular. Posteriormente, a
4. Plástico Filme
O plástico filme reciclado, após seu reprocessamento, resulta em
matéria-prima para a fabricação de artefatos plásticos, como conduítes
e sacos de lixo. Até pouco tempo, sua reciclagem era relativamente
complexa e baixa, pois as empresas de reciclagem conseguiam atuar
apenas na cadeia industrial primária, ou seja, regenerando um único
tipo de resina separadamente. Havia o aproveitamento de apenas 5%
de todo o plástico consumido no país e era usado apenas na linha de
produção industrial, denominada pré-consumo.
Já existe hoje uma tecnologia chamada reciclagem secundária que
processa polímeros misturados ou não, entre os mais de 40 tipos
existentes no mercado. Assim, pode-se usar simultaneamente
diferentes tipos de resíduos plásticos sem que haja incompatibilidade
entre os materiais, não ocorrendo perda de resistência e de qualidade
do produto reciclado.
No processo de reciclagem, o plástico filme passa pelo aglutinador,
uma espécie de batedeira de bolo grande, que aquece o plástico pela
fricção de suas hélices, transformando-o em uma espécie de farinha.
Em seguida, é aplicada uma pequena quantidade de água com
finalidade de provocar um resfriamento repentino, resultando na
aglutinação: as moléculas dos polímeros se contraem, aumentando sua
densidade, transformando o plástico em grãos (extrusão). Logo depois
os grãos passam a ter peso e densidade suficiente para descer no funil
da estrutura, momento que a máquina funde o material e o transforma
em tiras (spaghetti). Na última etapa, elas passam por um banho de
resfriamento e são picotadas em grãos chamados “pellets”, que são
5. PET
O maior mercado para o PET pós-consumo atualmente no Brasil tem
sido o da produção de fibra de poliéster para indústria têxtil
(multifilamento), em que será aplicado na fabricação de fios de
costura, forrações, tapetes, carpetes e mantas de TNT (tecido não
tecido). É freqüentemente usado na fabricação de cordas e cerdas de
vassouras e escovas (monofilamento). O produto resultante da
reciclagem do PET é ainda destinado à produção de filmes e chapas
para boxes de banheiro, termo-formadores, formadores a vácuo, placas
de trânsito e sinalização em geral.
Há um crescimento do uso de embalagens PET pós-consumo
recicladas na fabricação de novas garrafas para produtos
não-alimentícios. É possível também aproveitar os flocos resultantes
do processo industrial de reciclagem do PET na fabricação de resinas
alquídicas, usadas na produção de tintas e também de resinas
insaturadas, para a produção de adesivos e resinas poliéster. Novas
tecnologias têm possibilitado a aplicação desse material e estão
relacionadas à extrusão de tubos para esgotamento predial (estilo
PVC), cabos de vassouras e na injeção para fabricação de torneiras.
Os principais elementos contaminantes do PET reciclado de garrafas
de refrigerantes são os adesivos (cola) usados no rótulo e outros
plásticos da mesma densidade, como o PVC, por exemplo. A maioria
dos processos de lavagem não impede que traços desses produtos
indesejáveis permaneçam no floco de PET. A cola age como
catalisador da degradação hidrolítica quando o material é submetido à
alta temperatura no processo de extrusão, além de escurecê-lo e
endurece-lo. Fato semelhante pode ocorrer com o cloreto de polivinila
(PVC), que compõe outros tipos de garrafas e não pode se misturar
Automação
O empreendedor do segmento empresarial de reciclagem deverá ter
em mente que, por se tratar de indústria, há diversas fases em sua
cadeia produtiva, fazendo com que seja fundamental a automatização
de todos os processos. É importante cadastrar em um banco de dados
os catadores autônomos e cooperativas de catadores por municípios,
com indicações dos principais pontos de fornecimento de materiais de
reciclagem para empresa.
Além de cadastrar as principais fontes para a reciclagem, há também a
necessidade de registro dos materiais recebidos por qualidade, espécie,
quantidade por fornecedor e pesagem, já que todos os fornecedores de
Canais de distribuição
Canais de distribuição
O produto reciclado é distribuído principalmente via área comercial
direta, ou seja, o empreendedor deverá dotar sua empresa de
reciclagem com uma estrutura que viabilize a venda de seus materiais
reciclados por esse canal.
É fundamental que os produtos processados na própria empresa
tenham, se possível, um comprador final. Então, o ideal é que a
empresa recicladora tenha uma indústria que utilize a matéria-prima
resultante de sua atividade, o que, no início, significará a venda líquida
e certa de toda a sua produção. Isso também funciona como um
limitador de mercado, pois o valor de seu produto estará vinculado a
apenas um consumidor, o que não é muito interessante, pois qualquer
Investimentos
O investimento irá variar segundo a concepção e expectativa produtiva
do empreendedor. Uma análise prévia de que produto(s) a empresa irá
reciclar deverá ser feita. Partindo da decisão inicial, passa-se para a
definição do espaço físico, tipo de estrutura a ser construída ou locada,
entre outras informações, o que culmina obrigatoriamente no tamanho
do espaço que será instalada a indústria de reciclagem.
Apresenta-se aqui montantes de valores como referências para o
investimento inicial, auxiliando na avaliação de espaço, estrutura e
local.
1. Calandra – R$ 5.000,00
1. Prensa – R$ 7.000,00
2. Moinho – R$ 17.250,00
3. Extrusora – R$ 48.000,00
4. Triturador – R$ 15.000,00
5. Aglutinador – R$ 5.000,00
6. Centrífuga – R$ 10.000,00
7. Batedor – R$ 8.000,00
8. Caminhão para coleta – R$ 40.000,00
Total - R$ 150.250,00
c) Reciclagem de Pneus
A área requerida é de aproximadamente 700 m² onde deverão ser
instaladas todas as máquinas necessárias ao desenvolvimento da
atividade de reciclagem, além de englobar as demais áreas que
envolvem o complemento industrial, como local de recepção de
1. Triturador – R$ 15.000,00
2. Autoclave – R$ 7.000,00
3. Peneiras – R$ 5.000,00
4. Caminhão para coleta – R$ 40.000,00
Total - R$ 67.000,00
e) Adequação do imóvel
Para funcionamento da empresa de reciclagem é ideal que o espaço
esteja na forma de galpão, adaptado para o tipo de empresa que se
Capital de giro
Capital de giro é um montante de recursos financeiros necessários para
a empresa garantir a dinâmica do seu processo de negócio. Ele precisa
de controle permanente, pois tem a função de minimizar o impacto das
mudanças no ambiente de negócios no qual a empresa atua.
O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à
ocorrência dos fatores a seguir:
Custos
Os custos são todos os gastos incorporados posteriormente no preço
dos produtos ou serviços prestados, relativos à sua produção, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de
vendas, matéria-prima e insumos consumidos no processo de
produção.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos
na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o
negócio, indicam o sucesso ou insucesso do empreendedor. Os pontos
fundamentais para o êxito são a redução de desperdícios, a compra
pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto
menor o custo, maior a chance de ganhar no resultado final do
negócio.
Os custos para abrir uma empresa de reciclagem devem ser estimados
considerando os itens abaixo:
Divulgação
A divulgação de empresa de reciclagem deverá seguir os conceitos
I - Sem empregado
• R$ 51,15 → a título de contribuição previdenciária do empreendedor
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de
Mercadorias.
II - Com um empregado
Neste caso o empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores
acima, os seguintes percentuais:
Eventos
É muito importante que o empreendedor esteja sempre atento aos
conteúdos e informações disponibilizadas nos sites dos seguintes
órgãos:
Entidades em Geral
Associação Brasileira da Indústria PET
www.abipet.org.br
IBAMA
www.ibama.gov.br
Normas Técnicas
O empresário deverá estar atento a algumas legislações e normas que
regulamentam o seu segmento empresarial, que é o de uma empresa de
reciclagem.
a) Lei 6.938/81. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, foi regulamentada
pelo Decreto 99.274/1990, alterada pelas leis 7.804/1989, 8.028/1990,
9.960/2000, 9.966/2000, 10.165/2000 e 11.284/2006.
b) Lei 9.605/98. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Foi
alterada pelas leis 9.985/2000 e 11.284/2006. e ainda pela Medida
Provisória 2.163-41/2001.
c) NBR 13.230 da ABNT, que trata da padronização dos símbolos que
identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens;
d) NBR 10.004 da ABNT, que trata da Classificação de Resíduos
Sólidos;
e) levantar na Vigilância Sanitária do município de instalação da
empresa de reciclagem, todos os pontos requeridos para que não haja
contaminação de rios, lagos e solo;
f) estar sempre atento às resoluções do CB-23 – Comitê Brasileiro de
Embalagem e Acondicionamento. O comitê congrega diversas
Glossário
Biodegradação: Decomposição de substância biodegradável.
Dicas do Negócio
O candidato a empresário no segmento de reciclagem deve entrar no
negócio consciente de que terá de estar presente na empresa em tempo
integral, principalmente no início das atividades, tanto nas partes
comercial, operacional e na gestão financeira do negócio.
Com a tendência mundial de preservação ambiental, o empreendedor
deverá inserir-se nesse mercado, visando a valorização do meio
ambiente, respeitando as leis que regulamentam o setor,
transformando o processo de reciclagem em uma atividade rentável
economicamente e financeiramente, ao fazer uso do grande apelo
popular de praticamente todas as nações mundiais em favor à defesa
dos recursos naturais.
Assim, o empreendedor deverá vincular sua empresa às oportunidades
requeridas pela sociedade como um todo, ou seja, o empreendimento
deverá estar inserido no conceito de despoluição e descontaminação
ambiental por meio da reciclagem de produtos que até então eram
descartados em lixo comum ou mesmo em aterros sanitários. Cria-se,
dessa forma, uma empresa com fins lucrativos mas com forte apelo
socioambiental.
Bibliografia Complementar
Associação Brasileira da Indústria PET
www.abipet.org.br
IBAMA
www.ibama.gov.br