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Resumo: O presente trabalho tem como objetividade de relatar minha formação e

educação musical. Tratando sobre minha trajetória musical, que vai do período da
minha infância até os dias atuais, minha aprendizagem, constrangimentos, minhas
paixões musicais, novas descobertas e meu crescimento em toda essa minha trajetória.
Esta ponderação dialogou com o trabalho do autor Marco Toledo Nascimento expondo
os motivos das seguidas evasões das turmas de iniciantes.

Palavras-chave: Banda de música, teoria musical, adaptação, desafios.

Abstract: The present work has the objectivity of reporting my musical education and
formation. Treating about my musical trajectory, which goes from the period of my
childhood to the present day, my learning, embarrassments, my musical passions, new
discoveries and my growth in all my trajectory. This consideration dialogued with the
work of the author Marco Toledo Nascimento exposing the reasons for the continued
evasions of the beginner classes.

Key words: Music band, music theory, adaptation, challenges.

O inicio

O meu primeiro contato com banda de música foi quando eu era muito pequeno,
em meados de 2006, nos tradicionais festejos que acontecem em meu munícipio, desde
pequeno eu já observava as bandas das cidades vizinhas, como a Banda municipal de
Guaraciaba e a Banda municipal de Ipu. Aquilo me chamava bastante atenção, e
despertava em mim o desejo de me tornar um músico e tocar algum instrumento
daqueles. Em Agosto de 2006, chega ao meu munícipio, Pires Ferreira, um kit de 19
instrumentos, doados pela Fundação Nacional das Artes (FUNARTE), e a partir dali é
lançada a proposta de criar uma banda de música e dar oportunidades para as crianças e
os jovens do munícipio a aprenderem tocar um instrumento musical. A prefeitura
contratou o experiente maestro Jorge Antônio Martins Nobre, o então conhecido
simplesmente por Jorge Nobre que na época era o maestro da banda de música de Ipu
para dar inicio ao projeto com aulas de iniciação musical. Muitos alunos se inscreveram
e a partir dali foi formado um grupo de 19 músicos o que seria a primeira formação da
Banda de Música Moacir Pinto de Oliveira, de Pires Ferreira. Nesse período, meu tio
era um dos trombonistas da banda, e me repassava alguns conhecimentos de teoria

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musical em casa, já que eu era muito novo para entrar nas aulas de musica. Em 2012,
incentivado pelo meu tio e por meus pais, comecei a frequentar as aulas de teoria
musical, que aconteciam na sede da banda de musica, antes dos ensaios. No começo,
éramos uma turma pequena, 10 alunos apenas, já que variava muito, pois alguns
entravam e outros desistiam, por motivos pessoais ou puro desinteresse mesmo, já que
as aulas eram de teoria musical e só depois de duas semanas teríamos aulas utilizando a
flauta doce. Tínhamos aulas duas vezes por semana, na quinta-feira e no sábado, e o
método utilizado era a Apostila de Teoria Musical elaborada pelo maestro Jorge Nobre,
onde continuávamos a ver sobre teoria musical, mas dessa vez com o uso do
instrumento de sopro, a flauta doce, onde passamos a executar pequenas musicas
populares em conjunto.

O Clarinete

Com um mês de aula o maestro Jorge Nobre me entregou um clarinete, o que


seria o meu primeiro instrumento na banda de musica. O instrumento não estava em
boas qualidades mecânicas, não aparentava ter sido bem cuidado, e pertencia a um
musico que na época, havia saído recentemente da banda. No meu primeiro contato com
o clarinete senti uma emoção inexplicável, senti que era ali que começava minha
trajetória na musica. Porem, não foi tudo como eu esperava, tinha muita dificuldade
com o clarinete, não conseguia tocar algumas notas, e tinha pouca orientação da parte
do maestro e dos meus colegas. Então veio a frustração, passei a estudar apenas nos dias
de ensaio, e como não obtive nenhum progresso não compareci mais as aulas, e cheguei
a pensar em desistir de me tornar um musico.

No ano seguinte, abriram novas vagas para a banda, com a saída de alguns
músicos, e por incentivo do meu pai fui tentar mais uma vez. Dessa vez a turma de
iniciantes era de um pouco mais de 10 alunos e parecia um pouco mais interessada,
talvez por conta de serem mais jovens. Permaneci eu e uma colega minha da ultima
turma, e logo nos foram repassados instrumentos da banda, e para mim foi repassado
um clarinete mais uma vez.

O Saxofone

Após algumas semanas estudando o clarinete, voltam alguns instrumentos de


sopro da banda que estavam em manutenção, e que seriam repassados para os alunos da

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turma iniciante, dentre deles o Saxofone Alto da banda. Devido ser um pouco pesado
para os alunos iniciantes, o maestro me perguntou se eu queria estudar e posteriormente
tocar o Sax Alto, e eu aceitei. Começava ali uma das grandes paixões da minha vida.

Como a digitalização do Saxofone se assemelha a da flauta doce, logo tive uma


grande facilidade a me adaptar ao instrumento, tornando os estudos com o novo
instrumento mais prazerosos e de certa forma divertidos.

Um momento crítico na Banda Municipal

Em 2017, por uma decisão da administração, houve uma troca de maestros da


banda. Por conta de vários problemas, como a falta de assiduidade do maestro aos
ensaios, uma desistência considerável dos músicos, reduzindo o numero de músicos da
banda, entre outros, o maestro foi demitido e um novo seria contratado.

O maestro contratado foi Antônio Walison Ferreira Araújo, ex-músico da banda,


que havia saído a pouco tempo, e acabara de ingressar no Curso de Licenciatura em
Música da Universidade Federal do Ceará (UFC) Campus de Sobral. A metodologia
aplicada pelo novo professor era diferente, aplicando na banda métodos como; o Da
Capo de Joel Barbosa (Barbosa 2004), para o ensino coletivo para instrumentos de
sopro, Método Amadeu Russo (1991), para estudo individual dos instrumentos.

O numero de desistência de músicos reduziu consideravelmente, e nos dias


atuais a banda é constituída por 22 músicos, e vários jovens alunos iniciantes.

O ingresso na Universidade

No terceiro ano do ensino médio ainda existiam muitas duvidas sobre qual curso
eu escolheria fazer, mas estava determinado a entrar em uma universidade. Foi então
que o meu maestro e grande amigo Walison Araújo me incentivou a entrar no curso de
Música.

No ano de 2018 entrei no Curso de Licenciatura em Música da Universidade


Federal do Ceará (UFC) no Campus de Sobral. Um desafio e tanto pela frente, mas que
eu estava disposto a enfrentar.

Nas primeiras aulas me deparei com um mundo muito diferente do que eu estava
acostumado. As disciplinas eram muito interligadas, uma sempre ajudando no melhor

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entendimento da outra, já tinha ouvido falar que os professores eram excelentes, e de
perto tive a minha confirmação.

As tão esperadas aulas de pratica instrumental trouxeram a tona a mesma


metodologia que estava sendo aplicada na banda de musica da minha cidade, onde
vimos nos primeiros semestre o método Da Capo, e alem da pratica em conjunto tive a
oportunidade de estudar sobre a metodologia inserida no método, a Metodologia de
Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais, e vi o quão ela era eficiente e que as taxas
de desistência onde o método era empregado era mínima, como vemos em uma pesquisa
feita pelo Prof. Dr. Antonio Marco Toledo do Nascimento em 2007, sobre a aplicação
do método Da capo na Banda 24 de Setembro da cidade de Mar de Espanha em Minas
Gerais:

... Segundo depoimentos dos músicos oriundos da Banda 24 de


Setembro, a taxa de evasão das turmas de iniciantes anteriores a pesquisa
era bastante elevada. Vale ressaltar que as duas evasões ocorridas foram
atribuídas a motivos particulares, impossibilitando a continuidade dos
estudos musicais dos dois alunos e não por qualquer desejo de abandonar
os estudos musicais. (NASCIMENTO, 2007, p.7)

No decorrer do Curso fui compreendendo ainda mais esse processo, adquiri um


pouco mais de autonomia, e estou levando isso para minha vida e para o melhor
empenho nos meus estudos.

A ligação entre as disciplinas foi algo que me ajudou muito, pois os conteúdos
vistos nas aulas de Percepção e Solfejo são utilizados em disciplinas como Canto Coral,
Pratica Instrumental e nessas mesmas disciplinas vemos conteúdos de Historia da
Musica, Antropologia, Etnomusicologia, Sociologia da Musica e das disciplinas
Pedagógicas, como Metodologia, Didática, Estudos Socio-historicos e culturais da
educação entre outras, formando assim professores mais competentes e músicos com
muito mais conhecimento, ultrapassando a barreira de apenas tocar um instrumento
musical. A formação se torna prazerosa e de alta qualidade quando são propostas
atividades como apresentações artísticas, apresentações de seminários, orientação de
trabalhos acadêmicos, estágio, extensões e etc.

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Reflexão sobre a minha trajetória

A cada dia venho aumentando minhas convicções de que a trajetória musical é o


que eu realmente quero para o meu futuro. Tanto como professor, quanto instrumentista
de sopro. Já que as aulas na universidade vem me proporcionando uma evolução
considerável como saxofonista e um outro olhar para o mundo da docência. Do inicio
dessa minha caminhada desde o meu inicio na vida musical até a minha experiência
acadêmica pude fazer uma reflexão detalhadamente sobre o meu processo de
musicalização. Se no inicio dessa minha caminhada eu não conseguia obter êxito nos
meus estudos musicais e tivera minha primeira decepção ao pegar um instrumento de
sopro, o tempo e a paciência me proporcionaram uma reflexão de como o caminho na
vida musical é cheio de coisas novas a serem aprendidas dia após dia. As variadas
formas de aprendizagem a qual passei, faço uma reflexão bem critica, será que estavam
corretas? Ou será que eu apenas não conseguia absorver pelo simples fato de estar
apenas começando na época? Simplesmente para responder tais perguntas sobre o meu
ensino na banda de música, tive como base a pesquisa feita pelo Prof. Dr. Antônio
Marco Toledo do Nascimento em 2004 que fala sobre os problemas no ensino da banda:

... Apesar da grande contribuição para a educação musical, a maioria das


bandas de musicas amadoras em nosso pais utiliza eu sua pratica
pedagógica antigos conceitos de aprendizagem calcados em um currículo
onde a iniciação musical acontece de forma sintética e, por conseguinte,
demorada para se chegar a pratica do instrumento. Dessa forma se
começa pela aprendizagem da clave, das notas, dos valores rítmicos,
leitura métrica, etc, ou seja, se passa muito tempo na aprendizagem da
teoria até se chegar a praticar um instrumento e participar do grupo
musical (NASCIMENTO, 2004).

Partindo dessa ideia, talvez a falta de experiência pedagógica por parte do meu
primeiro professor de musica, tenha feito com que no inicio da minha caminhada eu
ficasse desanimado e perdido o foco. Vale ainda recordar que a minha vontade de
aprender persistiu graças aos incentivos que recebi. Mantive o foco necessário para
realmente aprender a tocar um instrumento de sopro, se a primeira experiência com o
clarinete não foi muito boa, e a segunda chance também não, encontrei no sax minha
paixão musical e vontade de me engajar nos estudos do novo instrumento.

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