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O tenentismo surgiu na década de 1920. Desde o início, despontou para a história como
um marco relevante para explicar a crise da Primeira República, a Revolução de 30 e as
Forças Armadas, em especial a participação do Exército na política. Para os dicionários
brasileiros de língua portuguesa, "tenentismo" pode se referir tanto a uma determinada
ação política ou à ideolgoia dessa ação. No primeiro caso, o tenentismo tem seu tempo
bem delimitado: da década de 1920 até o início de 1930. No segundo caso, não existiria
propriamente um tempo; seriam idéias que movimentam um aspecto da história do país.
Epitácio Pessoa conseguiu agrupar toda a classe política civil contra o movimento
rebelde. Ao contrário de enfraquecer as oligarquias, o tenentismo agiu como inimigo
comum e atuou como agente estranho no corpo político brasileiro. A reação consistiu na
união e no fortalecimento das oligarquias. "Apesar de vencida a batalha, mais por
incapacidade do governo, eles não alcançaram o prêmio maior de derrubar o presidente
da República. Ficaram inertes, sem iniciativa de ação, em posição de guarda. O desfecho
da revolta em São Paulo partiu da retaliação promovida pelo governo federal". "Em
pleno bombaerdieo, e acuados pelas forças governistas, cada vez mais enérgicas, os
militares rebeldes, em atitude irresponsável para com a cidade e sua população, ainda
insisitam nos objetivos revolucionários. Exigiam a entrega imediata do governo a uma
junta de notáveis, "de reconhecida probidade e da confiança dos revolucionários".
323 inteira.
"Formava-se em São Luís a Coluna Prestes ou Coluna Gaúcha. Liderada pelo capitão
Luís Carlos Prestes, marchou em direção a Foz do Iguaçu com o objetivo de juntar forças
com os militares paulistas ali estacionados".
"Contribuía para a pouca simpatia da coluna junto à população rural e aos pequenos
núcleos urbanos e propaganda do governo, "que apregoava não passarem os
revolucionários de um bando desorganizado e mal armado de ladrões, estupradores e
assassinos. Também contribuíam para criar hostilidade à Coluna as potreadas e as
requisições revolucionároas".
"Em sua primeira passagem por Goiás, a Coluna Miguel Costa-Prestes estava convicta de
sua estratégia de luta, a guerrilha. Porém não tinha clareza em relação aos objetivos dessa
luta. A facção paulista, liderada por Miguel Costa, pretendia, com "sucessivos
enfrentamentos com as forças legais, criar condições para um assalto direto ao centro do
poder nacional no Rio de Janeiro". A facção do Rio Grande do Sul, liderada por Luís
Carlos Prestes, "concebia como objetivos imediatos da Coluna manter a revolução em
armas e propagá-la em todo o território nacional".
"A coluna locomovia-se, de acordo com o clima político, em direção aos estados onde
existia possibilidade de levantes revolucionários de apoio".
"Os tenentes compunham as classes médias na Revolução de 1930. Com essa máxima,
Virgílio Santa Rosa inaugurava uma importante vertente historiográfica que considera
determinantes as origens sociais dos militares revoltosos".
"Essa versão defenderia uma quarta alternativa, que considera os militares como caixa de
ressonância dos anseios da sociedade. Que considera os militares como camadas sociais,
não necessariamente representantes de uma classe determinada, mas inseridos na
sociedade e, portanto, com interesses sociais".
346, 347 e 348 (resumo do artigo).