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LANNA JR., Mário Cléber Martins. Tenentismo e crises políticas na Primeira República.

In FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil


Republicano. Volume 1. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2003, p. 313 a 350.

O tenentismo surgiu na década de 1920. Desde o início, despontou para a história como
um marco relevante para explicar a crise da Primeira República, a Revolução de 30 e as
Forças Armadas, em especial a participação do Exército na política. Para os dicionários
brasileiros de língua portuguesa, "tenentismo" pode se referir tanto a uma determinada
ação política ou à ideolgoia dessa ação. No primeiro caso, o tenentismo tem seu tempo
bem delimitado: da década de 1920 até o início de 1930. No segundo caso, não existiria
propriamente um tempo; seriam idéias que movimentam um aspecto da história do país.

A participação no poder - dos tenentistas - se explica mais corretamente como uma


política de cooptação: desde 1927, quando terminaram suas ações conspiradoras, até
1930, quando viveram no exílio e foram seduzidos pelos políticos dissidentes para
legitimarem a Revolução de 1930. A participação dos tenentes no governo deve ser
entendida dentro dessa estratégia. Nessa fase heróica, de 1922 a 1927, o tenentismo,
como movimento de conspiração, pegou em armas para lutar contra as oligarquias
dominantes".

Epitácio Pessoa conseguiu agrupar toda a classe política civil contra o movimento
rebelde. Ao contrário de enfraquecer as oligarquias, o tenentismo agiu como inimigo
comum e atuou como agente estranho no corpo político brasileiro. A reação consistiu na
união e no fortalecimento das oligarquias. "Apesar de vencida a batalha, mais por
incapacidade do governo, eles não alcançaram o prêmio maior de derrubar o presidente
da República. Ficaram inertes, sem iniciativa de ação, em posição de guarda. O desfecho
da revolta em São Paulo partiu da retaliação promovida pelo governo federal". "Em
pleno bombaerdieo, e acuados pelas forças governistas, cada vez mais enérgicas, os
militares rebeldes, em atitude irresponsável para com a cidade e sua população, ainda
insisitam nos objetivos revolucionários. Exigiam a entrega imediata do governo a uma
junta de notáveis, "de reconhecida probidade e da confiança dos revolucionários".

323 inteira.

"Formava-se em São Luís a Coluna Prestes ou Coluna Gaúcha. Liderada pelo capitão
Luís Carlos Prestes, marchou em direção a Foz do Iguaçu com o objetivo de juntar forças
com os militares paulistas ali estacionados".

"Contribuía para a pouca simpatia da coluna junto à população rural e aos pequenos
núcleos urbanos e propaganda do governo, "que apregoava não passarem os
revolucionários de um bando desorganizado e mal armado de ladrões, estupradores e
assassinos. Também contribuíam para criar hostilidade à Coluna as potreadas e as
requisições revolucionároas".
"Em sua primeira passagem por Goiás, a Coluna Miguel Costa-Prestes estava convicta de
sua estratégia de luta, a guerrilha. Porém não tinha clareza em relação aos objetivos dessa
luta. A facção paulista, liderada por Miguel Costa, pretendia, com "sucessivos
enfrentamentos com as forças legais, criar condições para um assalto direto ao centro do
poder nacional no Rio de Janeiro". A facção do Rio Grande do Sul, liderada por Luís
Carlos Prestes, "concebia como objetivos imediatos da Coluna manter a revolução em
armas e propagá-la em todo o território nacional".

336 - segundo parágrafo

"A coluna locomovia-se, de acordo com o clima político, em direção aos estados onde
existia possibilidade de levantes revolucionários de apoio".

"Os tenentes compunham as classes médias na Revolução de 1930. Com essa máxima,
Virgílio Santa Rosa inaugurava uma importante vertente historiográfica que considera
determinantes as origens sociais dos militares revoltosos".

"O sentido do tenentismo para Carvalho é institucional e os oficiais revoltosos seriam


agentes do processo de institucionalização do Exército durante a Primeira República. O
segundo aspecto na análise de Carvalho diz respeito à ação política do Exército. Nesse
aspecto, o tenentismo da década de 1920 é entendido como a continuidade de um
primeiro tenentismo manifestado nos primórdios da República, durante os governos
militares de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, de 1889 a 1904. Na década de 1920,
o tenentismo seria um fenômeno de transição, dentro de um processo político mais
amplo, de constituição do intervencionismo militar. O tenentismo seria um tipo de
intervenção contestatória, com fundamentos institucionais, que teria contribuído para o
desenvolvimento de um outro tipo de intervenção, a controladora. Esta última explicaria a
ação dos militares em 1930, 1937, 1945 e 1964, quando, no lugar da política no Exército,
instituiu-se a política do Exército.

Esboçada por Bello na decada de 1940, as interpretações do tenentismo como movimento


militar e social foram mais bem representadas nas análises de Maria Cecília Spina Forjaz,
para quem, na conjuntura da década de 1920, com a dependência estrutural das camadas
médias em relação às oligarquias cafeeiras, "o tenentismo assumiu o papel de porta-voz
das aspirações das camadas médias urbanas". Entretanto, embora "integrantes das
camadas médias urbanas, os militares guardam uma autonomia própria advinda de suas
funções no aparelho de Estado".

"Essa versão defenderia uma quarta alternativa, que considera os militares como caixa de
ressonância dos anseios da sociedade. Que considera os militares como camadas sociais,
não necessariamente representantes de uma classe determinada, mas inseridos na
sociedade e, portanto, com interesses sociais".
346, 347 e 348 (resumo do artigo).

O tenentismo ultrapassou os muros do quartel em 1924. Ganhou novos adeptos, como a


Força Pública de São Paulo e os políticos civis, principalmente no Rio Grande do Sul e
no Maranhão. O principal objetivo era destituir Artur Bernardes, político que, desde o
advento das "cartas falsas", era a própria corporação do mal, símbolo da corrupção dos
ideais democráticos fundadores da República brasileira.

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