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INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 3
1. HISTÓRICO ................................................................................................................................................. 5
2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO.............................................................................................................. 6
3. NOMENCLATURA E ACESSÓRIOS .............................................................................................................. 9
3.1. Nomenclatura da fresadora horizontal.............................................................................................. 9
3.2. Acessórios da fresadora ................................................................................................................... 10
4. TIPOS DE FRESADORAS E APLICAÇÕES.................................................................................................... 16
4.1. Quanto ao tipo de construção ......................................................................................................... 16
4.2. Quanto à modalidade de trabalho ................................................................................................... 19
4.3. Quanto ao movimento da mesa ...................................................................................................... 20
5. OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS ................................................................................................................. 22
5.1. Fresagem Plana ................................................................................................................................ 22
5.2. Usinagem de engrenagens ............................................................................................................... 25
5.2.1. Tipo Renania ............................................................................................................................. 25
5.2.2. Tipo Fellows .............................................................................................................................. 26
5.2.3. Tipo MAAG ................................................................................................................................ 28
6. FERRAMENTAS ........................................................................................................................................ 30
6.1. Classificação ..................................................................................................................................... 30
6.2. Tipos de fresas ................................................................................................................................. 33
7. CÁLCULOS PARA FRESAGEM PLANA ....................................................................................................... 37
7.1. Cálculo e seleção do número de rotações da fresa (rpm). .............................................................. 37
7.2. Cálculo e seleção do avanço. ........................................................................................................... 38
7.3. Cálculo do tempo principal na fresagem ......................................................................................... 40
7.4. Refrigeração na fresagem ................................................................................................................ 40
CONCLUSÃO ................................................................................................................................................ 42
FRESADORAS - Usinagem
FRESADORAS - Usinagem
INTRODUÇÃO
1. HISTÓRICO
A primeira fresadora de que se tem notícia é mencionada numa enciclopédia francesa de 1772. Naquela
época, a fresadora não teve grande aplicação na indústria. Em 1782, Jaques Vaucanson, mecânico francês,
construiu a primeira fresa de que se tem notícia. Os seus dentes eram em grande número e a ferramenta se
assemelhava a uma lima bastarda rotativa. Nesta época teve início a fabricação de peças em série e os
trabalhos de repetições.
Em 1818, Eli Whitney criou uma fresadora para fabricação de engrenagens de relógios, que foi
considerada por muitos como a primeira fresadora simples vertical, porém, o trabalho desta máquina não
evoluiu durante alguns anos.
O progresso da fresadora começou no ano de 1850, graças aos fabricantes de armas que precisavam,
para comporem seus aparelhos, de peças que poderiam a qualquer tempo serem substituídas em outras armas
do mesmo modelo.
Frederick Hove, mecânico americano, registrou a patente da mesa automática e uma bucha com divisor,
por ocasião da Guerra de Secessão.
Em 1861, Joseph R. Brown, da firma J. R. Brown & Sharp, inventou a Fresadora Universal para a
fabricação de peças de espingardas e de máquinas de costuras que a fábrica produzia. Em 1864, o mesmo J. R.
Brown inventou o cortador ou fresa circular, cuja ferramenta podia ser afiada sem alterar a forma de seu
contorno.
Mais tarde, a máquina de costura, a bicicleta, a máquina de escrever e finalmente o automóvel,
aumentaram os trabalhos e o aperfeiçoamento da fresadora de tal forma que, atualmente ela tornou-se
imprescindível nas oficinas de reparos e confecção de peças mecânicas.
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2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Máquina Fresadora é uma máquina ferramenta destinada a desbastar metais, por meio de uma
ferramenta de corte, animada de movimento de rotação da ferramenta sobre a peça a ser trabalhada. A
ferramenta da fresadora é denominada fresa, e possui dentes providos de arestas cortantes ou navalhas.
O fato da ferramenta de trabalho da fresadora ser de fios múltiplos e, se poder montar no eixo porta-
fresa, combinações de fresas de diferentes formas, confere a esta máquina características especiais e uma
vantagem sobre outras máquinas ferramentas. A fresadora possui dispositivos automáticos que permitem
variar a velocidade de corte e avançar o automático que controla a velocidade com que aproxima-se da
ferramenta de corte (fresa).
Portanto, um hábil operador poderá, com um alto grau de perfeição, fresar rasgos de chavetas, sulcos,
fendas, entalhes, perfis, contornos, engrenagens e muitas outras peças mecânicas, conforme consta das figuras
abaixo:
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O movimento principal é produzido por um motor alojado no interior da coluna, o qual transmite
movimento ao eixo principal (árvore), através do sistema de engrenagens da caixa de velocidade.
O deslocamento vertical, transversal e longitudinal da mesa pode ser processado manualmente, por meio
de manivelas ou volante, acoplados ao mecanismo de fuso e porca.
O movimento de avanço automático é produzido pela caixa de avanços, que transmite o movimento
através de um eixo com articulação “CARDAN” a um mecanismo com sistema de parafuso sem-fim e coroa.
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Observação: O acionamento mais comum é por motor elétrico com polias e correias em “V”. Poderão
ser encontradas fresadoras mais antigas, com acionamento através de correias planas, correntes silenciosas ou,
até mesmo, com motor acoplado diretamente ao eixo principal.
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3. NOMENCLATURA E ACESSÓRIOS
É uma peça oca de ferro fundido, que forma o corpo principal da máquina, cuja parte interior é usada
para abrigar o motor e o conjunto de engrenagens que permitem a variação de velocidade e reversão da árvore.
Alguns tipos abrigam um reservatório de óleo com bomba e um outro reservatório para refrigerante. A parte
frontal possui uma superfície aplainada, com elevado grau de precisão, denominado barramento.
3.1.2. Joelho
É uma peça fundida com duas faces, formando um ângulo reto entre si. A face vertical trabalha no
barramento da coluna permitindo mover-se para cima e para baixo ao longo da coluna. A face superior, situada
no plano horizontal, contém uma superfície em forma de prisma que dá ao cunho um movimento no plano
horizontal, perpendicular à coluna.
3.1.3. Cunho
Peça fundida situada entre o joelho e a mesa. Um corte em forma de prisma existente na sua parte
inferior permite o deslizamento que vai guiar o cunho em seu movimento transversal em relação à coluna. Na
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parte superior possui uma superfície também em forma de prisma que suporta e serve de passeio para o
movimento da mesa.
3.1.4. Mesa
É a parte que fornece a superfície de trabalho à fresadora. Sua parte inferior é encaixada no cunho. A
parte superior possui rasgos em forma de “T”, paralelos aos lados da mesa, com grande precisão; possui
também canaletes que servem para conduzir o óleo refrigerante para um depósito localizado no extremo da
mesa.
3.1.5. Árvore
É a parte da fresadora que recebe o movimento das engrenagens montadas na parte superior da coluna
que transmite o movimento ao mandril. A parte anterior possui um orifício cônico que permite receber o
extremo do mandril e a parte posterior possui um orifício circular que permite introduzir uma barra de tração
que serve para fixar o mandril à árvore.
3.1.6. Torpedo
Peça móvel que desliza horizontalmente sobre a coluna que permite ajustar mandris de comprimentos
variáveis. Sua forma varia para diferentes tipos de máquinas. Alguns fabricantes usam um ou dois eixos de
aço, outros uma peça em forma retangular, cuja superfície inferior desliza sobre a coluna.
É uma peça fundida, que encaixa e desliza sob o torpedo e possui um mancal que suporta o mandril.
O número de aplicações da máquina fresadora pode ser aumentado consideravelmente com o uso de
uma série de acessórios adaptáveis à máquina. Em alguns casos, estes acessórios permitem efetuar em uma
máquina, trabalhos próprios de outras.
a) Cabeçote divisor
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c) Contra-ponto
d) Chapas
São peças de aço, forjadas ou usinadas, de forma plana ou curva, com ranhura central para introduzir o
parafuso de fixação.
e) Braçadeira
São peças que ligam o joelho ao torpedo, possuem braços com rasgos que permitem o ajuste do joelho,
sendo o parafuso apertado somente depois de serem estabelecidas as relações entre a ferramenta e a obra; é
muito usada quando se quer obter apoio e rigidez além de maior precisão ou quando se trabalha com mais de
uma fresa.
f) Calços
Os calços são elementos de apoio, construídos de aço ou ferro fundido, usinados. Podem ser reguláveis,
planos, escalonados ou em V.
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g) Macacos
São elementos de apoio, geralmente de aço, compostos de um corpo e um parafuso com uma contra-
porca para bloqueá-lo. A parte superior pode ser articulada ou fixa.
h) Mandris portas-fresas
São acessórios utilizados para prender a fresa e transmitir o movimento que recebem do eixo principal.
Constroem-se de aço-liga duro (aço-cromo-níquel), tratado termicamente e com acabamento liso e preciso.
Possuem uma extremidade cônica para se ajustar ao furo cônico da árvore.
i) Cantoneiras
São elementos geralmente construídos de ferro fundido, cujas faces, planas e usinadas, fornam um
ângulo de 90°
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Há cantoneiras de diversos tamanhos. Têm ranhuras por onde se introduzem os parafusos de fixação.
j) Cabeçote universal
É acoplado à árvore da fresadora, formando qualquer ângulo com a superfície da mesa. Por suas
especiais características, dá à fresadora suas principais condições de universalidade, permitindo as mais
variadas operações de fresagens
k) Cabeçote vertical
Este acessório é similar ao cabeçote universal, porém, mais limitado para os serviços.
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I) Simples
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III) Universal
Desde a criação da primeira máquina fresadora, o mesmo princípio de funcionamento tem sido utilizado
para produzir-se os mais variados serviços, existindo hoje um grande número de tipos de fresadoras, utilizando
uma boa quantidade de acessórios, possuindo cada uma, funções particulares. Assim, as máquinas fresadoras
classificam-se: quanto ao tipo de construção, modalidade de trabalho e movimento da mesa.
A fresadora do tipo coluna e joelho, é um dos tipos mais usados em oficinas. O eixo porta-ferramenta é
fixado na árvore e a mesa se desloca para cima e para baixo ao longo das guias.
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A fresadora tipo plaina é empregada para aplainar grandes superfícies e para trabalhos de faceamentos.
c) Fresadoras especiais
I) Fresadora copiadora, também conhecida como pantógrafo. Trabalha com peça padrão.
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III) Fresadora tipo Fellow, utilizada para confeccionar engrenagens de dentes retos helicoidais.
IV) Fresadora tipo Renânia, utiliza a fresa matriz para a confecção de engrenagens helicoidais e parafuso
sem fim.
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V) Fresadora a Controle Numérico por Computador (CNC), adequadas para produção em série. Durante
a usinagem não há manipulação nem alavanca e tabelas; há apenas um painel com botões, teclas,
luzes e tela como as de um televisor.
Já a fresadora mista dispõem de dois eixos-(árvore), um horizontal e outro vertical. O fato da fresadora
mista dispor de dois eixos, permite que ela seja utilizada tanto na posição vertical quanto na posição
horizontal.
A fresadora simples possui a mesa permanentemente disposta a 90° da linha de centro da coluna. Sua
mesa possui três movimentos, que são: longitudinal, transversal e vertical.
Na fresadora universal a mesa possui os três movimentos da fresadora simples mais um movimento
giratório e sua base possui uma escala em graus, podendo a peça sofrer uma inclinação em relação ao centro
da coluna.
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5. OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS
São divididos, basicamente, em dois grandes grupos: Trabalhos a dois movimentos e trabalhos a mais de
dois movimentos. Os trabalhos a dois movimentos são trabalhos executados com os movimentos da ferramenta
de corte e da mesa simultaneamente e se dividem em trabalhos planos e trabalhos em canais. Os trabalhos a
mais de dois movimentos exigem um movimento contínuo da fresa, um outro circular contínuo da obra e o
retilíneo da mesa fresadora.
5.1. Fresagem Plana
Usinar uma superfície plana é uma das operações mais simples e comuns na fresagem mecânica. É uma
operação que pode ser executada em qualquer tipo de fresadora. Existem duas formas de fresar superfícies: a
tangencial e a frontal. Na fresagem tangencial, o eixo de rotação da fresa é paralelo à superfície da peça que
está sendo usinada. Na fresagem frontal, o eixo de rotação é perpendicular à superfície da peça. Tanto a
fresagem tangencial quanto a frontal podem ser executadas em qualquer tipo de fresadora.
O primeiro passo é escolher a fresa com relação ao material da peça. Escolhido o tipo de fresa quanto ao
material, é preciso especificá-la quanto ao trabalho que ela vai realizar. Para fresar superfícies planas, a fresa
indicada é a plana, também conhecida como fresa cilíndrica.
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Vamos supor que você entra na oficina e recebe a tarefa de usinar a superfície plana de uma peça de
ferro fundido de 50 x 50 mm e dureza de 240HB. Você dispõe de uma fresadora horizontal e fresa com 10
dentes e 40 mm de diâmetro. Para usinar ferro fundido com dureza de 240HB, a fresa recomendada é a de tipo
H.
Como vamos fazer uma fresagem tangencial em superfície plana utilizando fresadora horizontal,
escolhemos trabalhar com a fresa cilíndrica para mandril com chaveta longitudinal. Trata-se de um tipo de
fresa muito utilizada para usinar superfícies planas em fresadora horizontal. A fresa cilíndrica para mandril
com chaveta longitudinal permite uma fixação mais rígida à máquina. E isso garante maior retirada de material
e também um melhor acabamento da superfície.
Tendo escolhido a fresa, o passo seguinte é a fixação da peça. Como fazer? Você pode escolher entre
várias formas de fixação, de acordo com o perfil da peça e o esforço de corte que ela sofre. Pode-se fixar a
peça diretamente à mesa ou com o auxílio de dispositivos de fixação como: morsa, cantoneiras, calços
reguláveis (macaquinhos), aparelhos divisores e outros.
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Em nosso exemplo, o movimento adotado é o tangencial discordante, pois a peça a usinar é de pequena
dimensão e formato regular. Isso nos permite optar pela fixação em morsa, apesar de haver o risco de a peça
ser arrancada, durante a fresagem.
Agora podemos fixar a fresa. Esta fixação pode ser por pinças e mandris, também chamados eixos
porta-fresas. Os mandris dispõem de hastes com cones do tipo morse ou ISO. Esta é uma informação
importante na hora de fixar a fresa.
O mandril de cone morse é fixado por pressão e deve ser utilizado para trabalhos em que a fresa não seja
submetida a grandes esforços. Nesse caso, o mandril recomendado é o de cone ISO, cujo sistema de fixação
impede que ele se solte durante a operação de fresagem. Veja a seguir tipos de mandril e como eles são
fixados.
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Optamos por trabalhar com o eixo porta-fresas do tipo haste longo, por ser o mais adequado à nossa
fresa de trabalho, a cilíndrica com chaveta longitudinal. O mandril escolhido garante menor vibração da
ferramenta durante a usinagem e, portanto, melhor acabamento.
A utilização de uma engrenagem dentro de diversas indústrias é primordial, afinal, sem elas o
funcionamento de diversos equipamentos não aconteceria. É interessante salientar, que apesar da importância
da máquina fresadora no processo de usinagem de engrenagens, ela não é a única utilizada para desenvolver a
peça com formatos e tamanhos particulares.
Para que o trabalho de usinagem de engrenagens seja feito de maneira primorosa, são utilizadas também
ferramentas específicas desenvolvidas de modo especial, para cada perfil de engrenagem que se deseja fazer.
Elas trabalham junto com as máquinas fresadoras, normalmente.
A máquina empregada nesse processo é também chamada Renânia. Trata-se de uma máquina utilizada
para a produção, em larga escala, de engrenagens cilíndricas com dentes retos ou helicoidais e coroas para
parafusos sem-fim. Basicamente, a máquina Renânia é formada por um cabeçote porta-fresa e uma mesa
porta-peça.
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Nesse tipo de máquina a mesa porta-peça está ligada a uma grade de engrenagens que funciona como
um aparelho divisor. Graças a isso, dá-se o sincronismo de movimento entre a mesa e o deslocamento da fresa,
isto é, enquanto a mesa porta-peça realiza um movimento de giro, a fresa faz o movimento de corte.
Ainda, ao mesmo tempo em que ocorre o movimento entre a peça e a fresa, o cabeçote porta-ferramenta
descreve um movimento vertical, de forma que quando a ferramenta deixa a peça, todos os dentes da
engrenagem já terão sido usinados.
É a sincronização de movimento entre a fresa e a mesa que torna possível fresar maior número de dentes
da engrenagem por vez, sem que para isso seja necessária a intervenção constante do operador, como ocorre
nos sistemas de fresagem convencionais em que a fresadora fresa um só dente por vez. O resultado é que se
consegue maior produção de peças, com maior rapidez e exatidão nas medidas das peças.
No processo Renânia, a ferramenta utilizada é a fresa caracol. A fresa caracol é cilíndrica e dispõe de
uma hélice com ângulo de inclinação definido (b). A hélice pode ter sentido à esquerda ou à direita. Na hélice
encontram-se ranhuras. São as ranhuras que geram os dentes de corte que se sucedem em toda a espiral.
Veja abaixo a figura de uma fresa Fellows usinando uma peça. Como você pode perceber, trata-se de
uma fresa muito parecida com uma engrenagem cilíndrica com dentes retos. A diferença é que a fresa Fellows
apresenta em seus dentes uma cunha de corte que faz a usinagem do material.
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O aspecto construtivo da fresa mais os movimentos que ela executa constituem uma das vantagens do
processo Fellows de fresagem. São eles que permitem fresar engrenagens com dentes escalonados em um
mesmo eixo e em grande escala de produção. Veja, a seguir, alguns tipos de engrenagens produzidas pelo
processo Fellows.
Um dos movimentos da fresa é o de rotação, que é dado pelo cabeçote onde ela se encontra fixada.
Além desse movimento, a fresa Fellows executa também um movimento alternado de sobe e desce, o qual é
dado por um sistema de alavancas que trabalham em sincronia com o movimento da mesa. Trata-se de um
movimento semelhante ao movimento do torpedo da plaina vertical, que você já conhece. É o movimento de
sobe e desce da fresa que executa a fresagem propriamente dita do material.
Ainda há um terceiro movimento efetuado pela fresa, o qual é dado pelo movimento horizontal do
cabeçote porta-fresa. Trata-se de um movimento responsável pela penetração gradativa da fresa no blanque.
A penetração aumenta gradativamente graças a um came que se liga ao cabeçote. Este excêntrico
funciona como o comando de válvulas de um automóvel. Quando sua parte mais distante do centro do eixo
está em contato com a válvula, esta se abre. Caso contrário, isto é, quando a parte mais próxima do eixo está
em contato com a válvula, esta se fecha.
O mesmo ocorre com o cabeçote porta-fresa. Quando a parte mais distante do centro do eixo está em
contato com a mesa, maior é a profundidade de corte, isto é, mais a fresa penetra no blanque. Inversamente,
quando a parte mais próxima do centro do eixo estiver em contato com a mesa, menor será a profundidade de
corte da fresa.
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Assim, como já dissemos, são os movimentos da fresa Fellows mais seu aspecto construtivo que fazem
do processo Fellows um processo especial de fresagem.
Mas não é só a fresa que executa movimentos diferenciados com relação a outros processos de
fresagem. Também a mesa executa movimentos específicos como o movimento de rotação, graças a uma
grade de engrenagens que faz a função do cabeçote divisor, tal como ocorre no processo Renânia. Veja a
figura.
A mesa executa também um movimento horizontal. O movimento horizontal da mesa faz com que
durante o processo de usinagem ela seja aproximada da fresa no momento de descida desta e afastada dela no
momento de subida. Em outras palavras, não há contato entre peça e ferramenta no momento de subida desta.
Não havendo este contato, não há o risco de a aresta da cunha de corte se quebrar e, com isso, provocar danos
à superfície da peça.
Assim, o contato entre peça e ferramenta não ocorre porque mesa e fresa trabalham sincronizadas. A
sincronia de movimentos entre mesa e ferramenta é o que caracteriza processos especiais de fresagem como o
processo Fellows e lhe confere vantagens não encontradas nos processos convencionais de fresagem.
6. FERRAMENTAS
O que distingue a fresadora das demais máquinas ferramentas é o uso de sua particular ferramenta
denominada “fresa”. Esta possui a forma de disco, cilíndrico ou cone de revolução, providos de dentes em sua
periferia ou em sua face, cujas arestas cortantes permitem, como em nenhuma outra máquina, obter, mediante
combinações de movimentos, superfícies planas, cilíndricas, cônicas, helicoidais e uma variedade de canais e
perfis especiais.
A ferramenta da máquina fresadora possui dentes providos de arestas cortantes ou navalhas, cuja
finalidade é remover o material da obra a ser usinada. Existem ferramentas de vários tipos e tamanhos além
destas e os fabricantes podem fornecer outras projetadas para trabalhos especiais, podendo estas ferramentas
serem confeccionadas nas próprias oficinas.
Os principais fabricantes adotaram a classificação e termos baseados em padrões aprovados pela
AMERICAN STANDART ASSOCIATION S.A, com o propósito de obter uniformidade. O método de
montagem da ferramenta, o material de que ela é feita, a espessura, o diâmetro, o número de dentes e até
mesmo a forma de cada dente, varia com o tipo de trabalho a ser executado, com o tipo de fresadora e
acessórios disponíveis. Um hábil operador deve conhecer, de uma maneira geral, os tipos, a montagem e os
padrões das ferramentas fabricadas.
6.1. Classificação
As ferramentas se classificam quanto: às arestas de corte, quanto aos fios dos dentes e quanto à
disposição dos dentes.
I) Axiais
II) Radiais
III) Angulares
Produzem superfícies cônicas que se diferenciam das outras por não terem seus dentes paralelos nem
perpendiculares ao seu eixo.
Estas fresas são projetadas de acordo com a necessidade do serviço a ser executado.
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I) Agudos
Os seus dentes formam ângulos que variam de acordo com o modelo da fresa. Utilizada para desbaste de
materiais macios.
II) Rebaixados
Seus lados são em forma ligeiramente côncava, a fim de que o atrito entre as paredes da peça e a fresa
sejam reduzidos ao máximo. Também conhecida como fresa com dentes fresados. Seus dentes são afiados pela
face superior e/ou lateral.
Citamos como exemplo a própria fresa de topo, que corta pela periferia e pelo topo.
São fresas com dentes fresados e afiados pela face superior e/ou lateral. Utilizadas para usinar
superfícies planas, abrir rasgos de chavetas e canais. Suas navalhas são retas ou helicoidais. São fabricadas em
diversos diâmetros e larguras e, se diferenciam uma das outras pelo número de navalhas e pelo ângulo da
inclinação das mesmas. São tipos de fresas planas: fresas planas para trabalho leve, fresas planas para trabalho
pesado, fresas planas helicoidais, fresas Woodruff (para abrir rasgos de chavetas ou meia lua), fresas em “T”,
fresas de topo, fresas com serras circulares, fresas de entalhe, fresas de topo ocas, fresas laterais, fresas de
perfil constante, fresas côncava e convexa, fresa matriz, etc.
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Também chamado de cabeçote de fresamento. Seus dentes são pastilhas de metal duro, fixados por
parafuso, pinos ou garras, e podem ser substituídos facilmente, caso venham a avariar. São empregadas para
serviços em grandes produções.
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d) Fresas-lima
e) Fresas Fellow
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Exemplo: Usinar com uma operação de fresagem de desbaste utilizando uma fresa cilíndrica, uma placa
de material St 50.11 (Norma DIN St 50.11 = Aço com 50 Kg/mm² de Resistência [500N/mm²]); A fresa possui
um diâmetro de 75 mm. E a fresadora que será utilizada dispõe das seguintes (rpm): 37 – 49 – 64 – 86 – 113 –
147 – 197 – 260 – 338 – 455 – 600 – 700. Calcular número de rotação da fresa e selecionar uma rotação
disponível na fresadora?
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A quantidade máxima possível de cavaco por minuto obtém-se, multiplicando a quantidade máxima
admissível por kW por minuto (cm³/kW min) pela potência da máquina.
Exemplo: Para a fresagem com uma fresa cilíndrica de um aço com 55 kg/mm² de resistência, a
quantidade máxima de cavaco admissível é de 12 cm³/kW.min (Tab. 6.2). Qual a quantidade máxima de
cavaco admissível por minuto com uma fresadora de 2,5 kW de potência de acionamento?
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CONCLUSÃO
Referências