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INTRODUÇÃO AO MÉTODO

DE ELEMENTOS FINITOS

3 – MÉTODO DE ELEMENTOS
FINITOS
BREVE HISTÓRICO DO MÉTODO

• O MEF possui origens em diversos conceitos e metodologias


numéricas clássicas.
– Análise diferencial de tensões (1850 a 1875);
– Método de Ritz (1900);
– Análise matricial pelo método de deslocamentos (1920);
– Método da rigidez direta (1959);
– Primeiros elementos sólidos e de placas (década de 50);
– “Batismo” do Método de Elementos Finitos (1961);
– Aplicação do MEF para transferência de calor (1965);
– Elementos isoparamétricos (1968);
– Surgimento da Swanson Analysis Systems – ANSYS (1969);
– Aplicação do método explícito para impacto (1976);
– Avanço da infraestrutura de informática (década de 80).
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE
MECÂNICA DOS SÓLIDOS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• O MEF tem suas origens na análise estrutural, se


aproveitando de conceitos e teorias clássicas de mecânica
dos sólidos.

• Para uma melhor compreensão do método, é feita a seguir


uma breve revisão desses conceitos.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Deslocamentos estão associados ao “movimento” sofrido por


um dado ponto da estrutura.
– Por exemplo, na figura abaixo, o deslocamento dos pontos
imaginários A, B e P pode ser definido pelos vetores (A.A’), (B.B’) e
(P.P’).

Fonte: Astley
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Deformações correspondem a uma medida normalizada dos


deslocamentos relativos de pontos em um corpo.

• Devem respeitar os seguintes critérios:


– A deformação é nula quando não há deslocamento relativo entre
pontos desse corpo  movimento de corpo rígido.
– A deformação será não-nula quando ocorrer deslocamento relativo
entre pontos do corpo.
– A deformação deve se relacionar com a tensão por meio de uma
equação constitutiva.

• Como a matéria é contínua, diferentes componentes de


deformação devem obedecer equações de compatibilidade,
que as relaciona.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Formalmente, as deformações podem ser caracterizadas em


componentes normais e cisalhantes, associadas à
translações e rotações respectivamente.

u v v
x    tan   
x x  u x
u u
  tan   
y  v y
Relações análogas para as u v
demais direções e planos  xy      
y x
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• As tensões representam as forças internas atuantes em um


corpo, em uma área infinitesimal A. Também apresenta
componentes normais e cisalhantes.

FN
F
A

FS

FN
Tensão Normal :   lim
A 0 A
FS
Tensão Cisalhante :   lim
A 0 A
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Tipicamente, o estado geral de deformações e tensões em


um ponto qualquer, com base em uma orientação cartesiana,
podem ser descritos por tensores, como mostrado abaixo:

 1 1   x  xy  xz 
 x  xy  xz   
1
2 2
 T    yx  y  yz 
E     yx y
1
 yz   zx  zy  z 
 
2 2 
1  1
 zy  z 
 2 zx 2 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• O estado geral de tensões pode ser calculado segundo uma


nova orientação, de forma a caracterizar um estado com
tensões normais somente. Essas três componentes 0 são
estimadas pelo determinante abaixo.
– O mesmo é válido para as deformações.

 x 0  xy  xz
 yx  y 0  yz  0
 zx  zy  z  0

• Nessa condição, tem-se as tensões


principais, sendo que:

1   2   3
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Para a avaliação de estruturas, é comum representar o


estado geral de tensões por um valor equivalente.

• A tensão equivalente de von Mises corresponde a uma


tensão de tração uniaxial, que cria a mesma energia de
deformação associada ao estado de tensões geral.
– Essa componente equivalente é tipicamente comparada com o limite
de escoamento do material, obtido em ensaio uniaxial de tração.

 eqv 
1
2
 
 x   y 2   y   z 2   z   x 2  6  xy 2   yz2   xz2 

 eqv 
1
2

1   2 2   2   3 2   3  1 2 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Como mencionado acima, uma equação constitutiva faz a


relação entre os tensores de deformação e tensão.
– Este tensor é de quarta ordem e apresenta a princípio 81 coeficientes,
que em função da simetria se reduzem para 36 coeficientes.

T   CE 
– Para o caso de relação linear, corresponde à Lei de Hooke.

 xy
 x   x   y   z 
1  xy 
E G
 xz
 y   y   x   z 
1  xz 
E G
 yz
 z   z   x   y 
1
 yz 
E G
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Cabe ressaltar que existem diversas formas de medir


tensões e deformações.

• Para um caso simplificado de barra em tração:


– Deformações e tensões de engenharia (pequenas deformações)

Lfinal  Linicial F
 eng  ,  eng 
Linicial Ainicial

– Deformação real e tensão real (Cauchy)

Lfinal F
  ln , 
Linicial Afinal
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MECÂNICA DOS SÓLIDOS

• Pode-se estabelecer relações entre essas medidas de


tensão e deformação.

Curva Real
Até aproximadamente 2x a
deformação de escoamento

   eng    eng Curva de Engenharia

Até o ponto de estricção (região 4)

   eng 1   eng 

  ln 1   eng 
1 - Tensão Última (Ultimate)
2 - Tensão de Escoamento (Yield)
3 - Tensão de Ruptura (Rupture)

http://www.thefullwiki.org/Tensile_strength
ANÁLISE MATRICIAL
ANÁLISE MATRICIAL

• Para uma melhor compreensão do Método de Elementos


Finitos, é possível avaliar o método de Análise Matricial.

• Esta metodologia é antecessora ao MEF e apresenta


diversos pontos em comum, como:
– Conceito de discretização da estrutura
– Modelo matemático empregado
– Formulação matricial das equações diretas
– Métodos de solução numérica
ANÁLISE MATRICIAL

• Idéia principal do método:


– Discretizar o contínuo em pequenas regiões, chamadas de elementos,
e descrever o comportamento de todo o sistema com a superposição
dos comportamentos individuais de cada elemento.
ANÁLISE MATRICIAL

• Por exemplo, essa estrutura é formada por diversas barras,


atuantes como vigas, treliças ou colunas.
ANÁLISE MATRICIAL

• Os sistemas estruturais passam a ser representados por


elementos lineares (treliças, vigas) conectados através de
pontos discretos chamados nós.

• Sob carregamento, os nós sofrerão deslocamentos sob a


forma de translações e rotações.

• Os deslocamentos nos nós serão conhecidos quando


constituírem as restrições impostas à estrutura (condições
de contorno).

• Os deslocamentos restantes serão obtidos após uma análise


completa da estrutura. Esses deslocamentos nodais são os
graus de liberdade e representam a indeterminação
cinemática da estrutura.
ANÁLISE MATRICIAL – CONCEITOS ESSENCIAIS

• Rigidez:
– É a relação entre um esforço aplicado e o deslocamento ocorrido
devido a esse esforço.

F  k1 x1
F  k 2 x2

Se : k1  k 2  x1  x2
ANÁLISE MATRICIAL – CONCEITOS ESSENCIAIS

• Grau de liberdade:
– É o número de coordenadas necessárias para descrever com
exatidão uma posição de um sistema mecânico.

A estrutura acima possui 3 graus de liberdade, e portanto pode ser


descrita de maneira unívoca através de 3 coordenadas
ANÁLISE MATRICIAL – CONCEITOS ESSENCIAIS

• Coeficiente de influência de rigidez:


– Kij = esforço que surge no i-ésimo grau de liberdade para
deslocamento unitário segundo o j-ésimo grau de liberdade, mantidos
nulos todos os demais deslocamentos

Exemplos:

K11 – esforço que surge em 1, quando ocorre deslocamento unitário em 1

K12 – esforço que surge em 1, quando ocorre deslocamento unitário em 2


ANÁLISE MATRICIAL – EXEMPLO DE BARRA DE TRELIÇA

• Considerando a barra de treliça abaixo.

Aplicando uma força axial F na barra,


distribuída de maneira uniforme na
seção transversal de área A, tem-se:

F L  L0 L
Tensão axial :   Deformação axial :   
A L0 L0

Adotando a hipótese de material linear elástico (Lei de Hooke)

  E
 EA 
F L F   L  F  kaxialL
E  L0 
A L0
ANÁLISE MATRICIAL – EXEMPLO DE BARRA DE TRELIÇA

• Considerando a barra somente com translações axiais,


entende-se que ela possui 2 graus de liberdade.

– Considerando a relação vista no slide anterior, pode-se escrever um


sistema matricial para caracterizar o elemento de barra.

f  x  k k12 
f   1 x   1 K   11
f2   x2  k21 k22 

EA
Onde: k axial 
L A matriz K ao lado é chamada de
EA  1  1 matriz rigidez do elemento de
K
L  1 1 
treliça
ANÁLISE MATRICIAL – EXEMPLO DE BARRA DE TRELIÇA

• O elemento de treliça visto acima pode ser usado para a


análise de estruturas mais complexas, com vários elementos
conectados.

• Para isso, deve-se construir uma matriz rigidez global,


combinando as matrizes de elementos.
– O mesmo é válido para as forças e graus de liberdade.

• É feita então uma equivalência entre graus de liberdade do


elemento e graus de liberdade globais.
– Essa equivalência pode ser feita considerando ou não as condições
de contorno aplicadas nos graus de liberdade globais.

• Exemplo:
ANÁLISE MATRICIAL – EXEMPLO DE BARRA DE TRELIÇA

Elemento A Elemento B

• Elemento A: Considerando condições de contorno

GL Local 1 = ...

GL Local 2 = GL Global 1

• Elemento B:

GL Local 1 = GL Global 1

GL Local 2 = GL Global 2
ANÁLISE MATRICIAL – EXEMPLO DE BARRA DE TRELIÇA

• Com base na equivalência entre os graus de liberdade local


e global, constrói-se a matriz rigidez global.

 k11 1 k12 1  k11 2 k12 2 


K1   K2  
k21 1 k22 1  k21 2 k22 2 

GL 1 GL 2

 k11 1 k12 1 0 
Matriz
Rigidez K  k 21 1 k22 1  k11 2 k12 2  GL 1

Global  0 k21 2 k22 2  GL 2

Considerando treliças com EA  2  1


K
mesmo material e geometria L  1 1 
ANÁLISE MATRICIAL – EXEMPLO DE BARRA DE TRELIÇA

• Com a matriz rigidez global definida, pode-se construir o


sistema global (f = Kx).

f1  EA  2  1  x1 
     
f2  L  1 1  x2 

– Neste sistema, normalmente as forças são conhecidas, enquanto que


os deslocamentos são as incógnitas.
– Para a solução, uma forma consiste em inverter a matriz K e
multiplicar pelo vetor f, para assim encontrar os deslocamentos
ANÁLISE MATRICIAL

• O procedimento acima pode ser replicado para diversas


situações mais complexas, com uma quantidade maior de
graus de liberdade por nó.
– Exemplo: treliça no plano, treliça no espaço tridimensional

• Se necessário, matrizes de rotação podem ser usadas para


ajustar graus de liberdade locais.
– Usado quando estes não estão alinhados com as direções globais.

• Pode-se aplicar a mesma metodologia para vigas.


– Possuem rigidez à flexão e à torção, além da rigidez axial.
SOLUÇÃO PELO MÉTODO DE
ELEMENTOS FINITOS
SISTEMAS MATEMÁTICOS CONTÍNUOS

• O método de montagem de matriz mostrado anteriormente é


baseado em modelos analíticos para elementos de viga.

• Para sistemas mais complexos, não é possível utilizar este


recurso, de forma que se utiliza outros métodos para
resolução de sistemas matemáticos contínuos.

• Entretanto, como mencionado acima, muitos conceitos são


aproveitados nestas metodologias.

• Além disso, no MEF são tipicamente usados elementos com


geometrias simples, muitas vezes com representação
semelhante à vista acima para treliças e vigas.
SISTEMAS MATEMÁTICOS CONTÍNUOS

• Alguns métodos contínuos comuns:

– Método Diferencial (forma forte de equilíbrio)


– Método Variacional: Método de Ritz (forma variacional de equilíbrio)
– Método de Resíduos Ponderados: Método de Galerkin (forma fraca de
equilíbrio)
– Método Direto (utiliza-se do Princípio dos Trabalhos Virtuais)
MÉTODO DIRETO

1. Escrever, para cada elemento, o campo de deslocamentos


através de funções de forma
2. Expressar o campo de deslocamentos do elemento em função
dos deslocamentos nodais
3. Através de uma integral no volume no elemento, obter a matriz de
rigidez do mesmo (já definida uma relação constitutiva)
4. Montar um sistema global de equações, através da superposição
dos efeitos de cada elemento baseando-se em uma numeração
global de graus de liberdade
5. Com a relação deslocamento-deformação (baseada nas
equações de compatibilidade), calcular a deformação dentro de
cada elemento
6. À partir das deformações, obter a distribuição de tensões em cada
elemento
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• Considerando o elemento de treliça abaixo.


– Elemento composto por dois nós, i e j.
– Cada nó possui 1 grau de liberdade de deslocamento (i e j).
– Elemento possui área de seção transversal A e comprimento L
conhecidos.
y L
i A j
x

i j

• O elemento de treliça pode ser representado por uma


equação de reta.
– As variáveis a0 e a1 são os coeficientes da reta.

u  a0  a1 x
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• A função de forma pode ser reescrita de forma matricial:

a0 
u  1 x 
a1 
• Considerando que o elemento é isoparamétrico (a função de
forma também descreve os graus de liberdade), pode-se
estimar os coeficientes com base nos deslocamentos nodais.

u 0    i  u 0   a0  a1  0 a0   i
 j  i
u L    j  u L   a0  a1  L a1 
L
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• É possível organizar os coeficientes também de forma


matricial.
 0 
a  1 0   
   1 1  i
 
 1   L L   j 
a   

• Substituindo os coeficientes na função de forma, pode-se


definir o campo de deslocamentos do elemento em função
dos deslocamentos nodais.

a0  1 0   
u  1 x   u  1 x 1 1   
i

a1     j 
 L L

 x x   i 
u  1     
 L L   j 
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• O primeiro termo da expressão acima corresponde à função


de forma do elemento [N].

 x x   i 
u  1       N  
 L L   j 

• Assumindo pequenas deformações:

du  1 1   i 
      
dx  L L   j 

• O primeiro termo da equação acima é a matriz de relação


deslocamentos-deformações [B].

  B 
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• Calculadas as deformações, pode-se aplicar a relação


constitutiva para estimar as tensões.
  C 
  C B  

– Considerando treliça com tensão axial somente em comportamento


linear elástico, a lei constitutiva se resume ao módulo de elasticidade:

  E
PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS

• As matrizes que definem o comportamento estrutural podem


ser derivadas a partir do Princípio de Trabalhos Virtuais.

• Princípio de Trabalhos Virtuais:


– Para a condição de equilíbrio, o incremento de trabalho virtual das
forças externas We deve ser igual ao incremento do trabalho virtual
das tensões Wi, para qualquer campo de deslocamentos virtuais u
que satisfaça as condições de contorno do sistema.

Wi  We
PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS

• Considerando um domínio genérico  abaixo:

FB = Forças inerciais
FS = Forças Superficiais
FN = Forças Nodais

Wi  We

    dV   B
F  u dV   S
F  u dS   N
F i
 u i

  Si j

Energia Interna de Deformação Carregamentos Externos


PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS

• O termo de energia interna está associado à rigidez do


domínio (que pode ser um elemento).

• Conhecidas as relações abaixo:

  Bu ;   C  

• Pode-se definir a rigidez do domínio como:

ke    BT C BdV


V

– Para o caso de treliça (Lei de Hooke):

ke    BT EBdV


V
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• Substituindo a matriz [B] para o exemplo da treliça:


 E E
T
 L2  2
 1 1  1 1
ke      E   dV   
E
L dv
E 
V 
L L  L L V  
 L2 L 
2

• Conhecida a área A e o comprimento L do elemento, pode-se


fazer a integração ao longo de seu volume.
– Matriz já conhecida da modelagem matricial.

 EA EA 
 L 
ke    EA L 
EA 
 
 L L 
MÉTODO DIRETO – ELEMENTO DE TRELIÇA

• Seguindo a mesma metodologia vista na Análise Matricial,


uma matriz rigidez global é construída, através da
composição das matrizes de elemento.
– Observando a equivalência entre grau de liberdade de cada elemento
e grau de liberdade global.

N
K    K e i 
i 1
WORKSHOP 02

EXEMPLO DE SOLUÇÃO
FUNÇÕES DE FORMA

• Uma questão fundamental na análise pelo MEF é a seleção


do tipo de elemento finito e sua correspondente função de
forma.

• As funções de forma mais comuns são polinômios.

i x     j x j
j

i x , y     jk x j y k
j k

i x , y , z     jkl x j y k z l
j k l
FUNÇÕES DE FORMA

• Em análises de elementos finitos, as funções de forma são


tipicamente polinômios de baixa ordem (lineares ou
quadráticos).

• Geometricamente, estes elementos possuem formas


relativamente simples.
– Linhas, triângulos, quadrados, tetraedros, hexaedros...
CARACTERÍSTICAS DOS
ELEMENTOS
ELEMENTOS FINITOS

• Para a discretização do problema, o analista deve escolher


determinados elementos para representar numericamente
seu sistema.
– A escolha de um elemento já está associada à definição da função de
forma [N], e consequentemente da matriz de associação de
deformações e deslocamentos [B] e da matriz rigidez [K].

• Os elementos podem ser classificados de acordo com as


seguintes informações:
– Geometria
– Graus de liberdade
– Número de nós
– Formulação
– Integração
ELEMENTOS FINITOS – GEOMETRIA

• Os elementos tipicamente podem ser:


– Unidimensionais (treliças, vigas ...)
– Bidimensionais (membrana, casca, placa ...)
– Tridimensionais (sólidos)

• Existem também elementos especiais / auxiliares


– Elementos rígidos
– Elementos infinitos
– Molas e amortecedores
– Massas concentradas
– Elementos superficiais (carregamentos, contatos ...)
– Acústicos
– Gaxeta
– User-defined elements
ELEMENTOS FINITOS – GEOMETRIA

Elementos de Casca Contínuos (elementos


sólidos)

Elementos Rígidos Elementos de


Membrana Elementos de Viga

Especiais: molas,
Elementos de
amortecedores e
Treliça
massas
ELEMENTOS FINITOS – GEOMETRIA

• Em termos de geometria, tipicamente eles assumem


formatos simplificados.
– Bidimensionais: quadrados e triângulos
– Tridimensionais: hexaedros, tetraedros, prismas e pirâmides
ELEMENTOS FINITOS – GEOMETRIA

• Também pode-se classificar as geometrias de acordo com os


esforços presentes.
– Esforços no plano: treliças e membranas
– Esforços laterais devido a momentos fletores: vigas e placas
– Ambos esforços: vigas e cascas

Elementos de Treliça
Elementos de Casca

Elementos de Membrana

Elementos de Viga
ELEMENTOS FINITOS – GRAUS DE LIBERDADE

• São as variáveis fundamentais calculadas durante as


análises, localizados nos nós.

• Para as simulações envolvendo tensão – deformação, os


graus de liberdade dependem do tipo de geometria:
– Elementos tridimensionais: translações
– Elementos unidimensionais e bidimensionais: translações e rotações

• Para transferência de calor os graus de liberdade são as


temperaturas em cada nó.
ELEMENTOS FINITOS – NÚMERO DE NÓS

• A dimensão dos polinômios que caracterizam a geometria do


elemento definem a sua ordem, diretamente associada à
quantidade de nós.

• Os elementos podem ser:


– Elementos de 1ª ordem: somente nós nos vértices
– Elementos de 2ª ordem: incluem também nós intermediários

Hexaedro de 1ª ordem (8 nós) Hexaedro de 2ª ordem (20 nós)


ELEMENTOS FINITOS – FORMULAÇÃO E INTEGRAÇÃO

• Formulação:
– A formulação matemática define o comportamento do elemento.
Todos os elementos utilizados em análise estrutural são baseados na
descrição Lagrangeana. Mais recentemente estão sendo
disponibilizados elementos ALE (Arbitrarian Lagrangian – Eulerian
Formulation).

• Integração:
– Os programas normalmente utilizam a quadratura de Gauss para
avaliar a resposta material em cada ponto de integração de cada
elemento. É possível escolher o número de pontos de Gauss para
determinar a precisão da integração numérica.
ELEMENTOS FINITOS – FORMULAÇÃO E INTEGRAÇÃO

• Configuração da integração gaussiana nos elementos,


podendo ser completa ou reduzida.
– A ordem do elemento contribui para a quantidade de pontos de
integração.

Integração Integração
Completa Reduzida

Primeira
Ordem

Segunda
Ordem
ELEMENTOS SÓLIDOS

• Em geral os elementos sólidos são usados para


representação de volumes, podendo assumir formatos
hexaédricos, tetraédricos, etc.

• Também podem ser usados para modelos planos


idealizados, com comportamentos específicos:
– Estado Plano de Tensões
– Estado Plano de Deformações
– Axissimétrico

• Possuem 3 graus de liberdade por nó.


– Translações.
– Elementos planos possuem 2 graus de
liberdade.
ELEMENTOS SÓLIDOS

• Estado Plano de Tensões


– Tensão fora do plano nula. Aplicável para estruturas com espessura
muito pequena com carregamento no plano.

• Estado Plano de Deformações


– Deformação fora do plano nula. Aplicável para estruturas com um
comprimento muito grande, com carregamento no plano.
ELEMENTOS SÓLIDOS

• Axissimétrico
– Modela-se somente a seção de revolução
da geometria, aplicável quando os
carregamentos e restrições também são
axissimétricos.

– Permite o levantamento de componentes de


tensão axial, radial e circunferencial.
ELEMENTOS DE CASCA

• São usados para geometrias tridimensionais, onde uma das


dimensões é muito menor que as demais.
• Embora o elemento não tenha espessura, esta é definida
internamente como propriedade do elemento, caracterizando
assim sua rigidez.
• Possuem 6 graus de liberdade por nó
– Translações e rotações
ELEMENTOS DE CASCA

• Elementos de casca são usados para geometrias com


chapas metálicas e paredes finas, onde o uso de uma malha
tridimensional resultaria em malhas muito grandes ou muito
distorcidas.
– Tipicamente em condições com espessura até 1/10 das dimensões
características do modelo.

Elemento baseado na espessura Elemento baseado na superfície


Malha muito grande Malha muito distorcida
ELEMENTOS DE CASCA

• Embora o elemento seja uma superfície, tipicamente é


realizada uma integração ao longo da espessura.

Resultado no lado Top Resultado no lado Bottom


ELEMENTOS DE VIGA / TRELIÇA

• São usados em geometrias onde duas dimensões são muito


menores em relação ao comprimento.
• Podem apresentar rigidez somente axial (treliça) ou também
à flexão e torção (viga).
• Possuem até 6 graus de liberdade por nó
– Translações e rotações (somente vigas)
ELEMENTOS DE VIGA / TRELIÇA

• Estes elementos são muito comuns para estruturas metálicas


de grande porte, construídas com vigas e barras.
• As propriedades de seção (área, momentos de inércia, etc)
podem ser definidas manualmente ou calculadas com base
na geometria da seção transversal.
ELEMENTOS DE VIGA / TRELIÇA

• Elementos lineares tipicamente apresentam resultados


uniformes na seção, que se comporta de forma rígida.

• Alguns recursos de extrapolação podem ser usados para


visualizar resultados ao longo da seção.

• Certos elementos de viga avançados fazem uso de termos


de Fourier, o que permite distorção da seção transversal.
ESCOLHA DO ELEMENTO

• A escolha do elemento deve ser feita com base nas


características da geometria, assim como no tipo de resposta
esperado.

• Na prática qualquer geometria é tridimensional; logo


elementos sólidos são tipicamente os mais indicados, sendo
os mais completos em termos de resultados.

• Elementos idealizados (cascas e vigas) normalmente têm


limitações em termos de resultados, porém apresentam
melhor desempenho em termos de tempo de análise para
determinadas geometrias.
EXEMPLO DE SELEÇÃO DE ELEMENTO

• Exemplo: estrutura metálica composta por perfis


retangulares, fixada nas extremidades e submetida a um
carregamento de 2000 kg distribuído na superfície superior.

• Avaliar a resposta considerando elementos sólidos, cascas e


vigas.
EXEMPLO DE SELEÇÃO DE ELEMENTO

• Modelo com elementos sólidos (malha com 25 mm)


EXEMPLO DE SELEÇÃO DE ELEMENTO

• Modelo com elementos de casca (malha com 33 mm)


EXEMPLO DE SELEÇÃO DE ELEMENTO

• Modelo com elementos de viga (malha com 80 mm)


EXEMPLO DE SELEÇÃO DE ELEMENTO

• Comparação de resultados

Sólido Casca Viga

Número de Nós 91045 3190 152

Número de Elementos 45435 3138 76

Graus de Liberdade 269679 18708 888

Tamanho arquivo (Mb) 41 4,2 0,576

Tempo de solução (s) 26 5 3

Deflexão (mm) 0,098 0,098 0,09

Tensão de von Mises (MPa) 18,104 12,547 11,603*

* - Tensão combinada (componente axial + componente de flexão)


EXEMPLO DE SELEÇÃO DE ELEMENTO

• Modelo sólido
– Fornece bons resultados, porém devido às pequenas dimensões foi
necessário o uso de uma malha muito refinada, consequentemente
resultando em maior tempo de solução.

• Modelo de casca
– Traz bons resultados, com uma malha não muito pesada. Permite a
avaliação ao longo da espessura, com a correta identificação das
superfícies Top e Bottom.

• Modelo de viga
– Malha bem reduzida e tempo de solução extremamente rápido.
Permite uma avaliação global da resposta, porém com pós-
processamento limitado.
QUALIDADE DA MALHA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• A definição da malha de elementos finitos é uma etapa de


grande importância na modelagem.
– Determina a qualidade dos resultados obtidos.

• Fisicamente, o modelo é contínuo; a divisão proposta em um


modelo de Elementos Finitos é uma abordagem para
viabilizar a solução numericamente.

• De uma forma geral, quanto mais refinada for a malha


(elementos menores), melhores serão os resultados.
– Em uma análise de MEF, o refino está relacionado com o tamanho do
elemento e até mesmo com sua ordem.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Por outro lado, malhas muito refinadas resultam em uma


quantidade maior de nós e elementos.
– Consequentemente, gerando mais equações para o sistema e um
maior tempo de análise.
– Isso é ainda mais crítico em análises não-lineares e/ou transientes,
que são por definição mais demoradas.

• Dessa forma, é necessário buscar um equilíbrio entre tempo


de simulação e precisão de resultados.

Tempo de simulação Precisão de resultados


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Considerando as questões acima, é possível pensar:


– “O ideal é usar uma malha bem refinada, pois a precisão de
resultados é indispensável. Não adianta nada ter uma resposta mais
rápida e errada com uma malha grosseira.”

• Entretanto, sob uma ótica prática o tempo de resposta


também é uma variável importante.
– Associado a custos de fabricação, prazos de manutenção, etc.
– Com uma malha demasiadamente refinada, os resultados da análise
podem não ser economicamente viáveis ou não ficar disponíveis em
tempo hábil de ser implementados.

• Há casos que mesmo uma malha grosseira pode ser


adequada para resolver o problema.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Analisando essas considerações, pode-se definir que:

A malha ideal é aquela que fornece


resultados com precisão suficiente para o
objetivo do estudo dentro de um prazo
admissível.

• A pergunta é: qual é essa malha ideal?


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Muitas vezes será necessária uma avaliação da qualidade da


malha com base nos resultados.
– Estudo de convergência de malha.

• Boas práticas de modelagem e experiência permitem a


criação de uma malha mais próxima do ideal.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Na convergência de malha, inicia-se com uma malha mais


grosseira.

• Em seguida, aplica-se um refino na malha.


– Preferencialmente em regiões mais críticas, onde foram observados
maiores gradientes de tensão e deformação.

• Os resultados são avaliados e comparados com a malha


anterior.

• Observando-se que os resultados não variaram muito,


entende-se que a convergência de malha foi alcançada; caso
contrário, uma nova iteração é realizada, refinando mais a
malha.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Considerando o exemplo de chapa com furo abaixo.

Valor da tensão
converge

Model Element Size (mm) Nodes Elements Max. Displacement (mm) Displacement Variation von Mises Stress (MPa) Stress Variation Time (s)
1 10 995 120 4.3406E-02 - 155.04 - 2
2 8 1415 175 4.3414E-02 0.02% 169.98 9.64% 2
3 6 2476 318 4.3418E-02 0.01% 173.19 1.89% 2
4 4 5188 689 4.3421E-02 0.01% 168.69 -2.60% 3
5 2 30923 5410 4.3421E-02 0.00% 171.76 1.82% 10
6 1 164732 32304 4.3421E-02 0.00% 172.04 0.16% 31
WORKSHOP 03

CONVERGÊNCIA DE MALHA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Elementos mais refinados proporcionam respostas mais


precisas, porém com um tempo de solução maior.
– Deve-se evitar malhas que sejam demasiadamente refinadas para a
aplicação necessária.

• Elementos de 2ª ordem, devido ao formato parabólico, são


mais adequados para geometrias complexas e com muitas
curvaturas.
– São necessários elementos de 1ª ordem mais refinados para
representar essas geometrias.

• Elementos de segunda ordem também tendem a representar


melhor as deformações, principalmente se for observada
flexão.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Exemplo: estimativa de constante elástica de mola:

3,0 mm 1,0 mm 5,0 mm 2,5 mm

Elementos de 1ª ordem Elementos de 2ª ordem


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Pode-se observar que os elementos de 1ª ordem tornam a


mola mais rígida, para malhas grosseiras. Resultados
convergem mais facilmente para malhas de segunda ordem
do mesmo tamanho.

60

50
Spring stiffness [N/mm]

40

1. Order
30
2. Order

20

10

0
5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.75 0.5

Element size [mm]


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Entretanto, deve-se observar que os elementos de 1ª ordem


podem ser úteis, e mesmo mais indicados, para
determinadas situações, tais como:
– Análises térmicas
– Análises dinâmicas não-lineares e/ou explícitas (impacto)
– Conformação com grande distorção de malha

• Além disso, pela menor quantidade de nós, os elementos de


1ª ordem são recomendados para análises preliminares para
validação do modelo.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• De uma forma geral, ao preparar um modelo numérico, as


malhas criadas são não-estruturadas.
– Não seguem nenhum padrão geométrico.

• Caso a geometria seja relativamente regular, recomenda-se


a construção de uma malha estruturada.
– Segue um padrão regular de distribuição de elementos
– Utiliza tipicamente elementos quadrados ou hexaédricos
– Fornece resultados de melhor qualidade
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MALHA

• Exemplo: chapa com furo

Malha Não-estruturada Malha Estruturada


CRITÉRIOS DE QUALIDADE DE MALHA

• Para avaliar a qualidade da malha, existem diversos critérios


geométricos, aplicados para determinadas geometrias de
elementos.
– Qualidade de Elemento
– Razão de Aspecto
– Razão de Jacobiano
– Fator de Distorção (warping)
– Desvio Paralelo
– Máximo Ângulo dos Vértices
– Skewness
– Qualidade Ortogonal
CRITÉRIOS DE QUALIDADE DE MALHA

• Qualidade do elemento
– Indicativo global de qualidade, com base na área/volume do elemento

0 1
Pior Melhor

• Razão de Aspecto
– Relação entre base e altura do elemento

1 N
CRITÉRIOS DE QUALIDADE DE MALHA

• Razão de Jacobiano
– Associado à posição dos nós intermediários

1 N

• Fator de Distorção (warping)


– Associado à torção do elemento

0 N
CRITÉRIOS DE QUALIDADE DE MALHA

• Skewness
– Indica o quanto o elemento é equilateral ou equiangular

0 1

• Qualidade Ortogonal
– Associado aos vetores das faces ou arestas do elemento

0 1
Pior Melhor
ERROS NUMÉRICOS EM ELEMENTOS

• Mesmo com elementos de qualidade relativamente razoável,


deve-se avaliar a ocorrência de determinados erros
numéricos.

• Estão associados tipicamente com o tipo de integração e


ordem do elemento.

• Alguns erros comuns:


– Shear Locking
– Hourglassing
– Volumetric Locking
ERROS NUMÉRICOS EM ELEMENTOS

• Shear Locking
– Ocorre com elementos contínuos lineares, sujeitos à flexão.
– O campo de deslocamentos não consegue representar a cinemática
da flexão.
– As arestas dos elementos permanecem retas, com ângulo entre as
mesmas diferente de 90º após a deformação.
– Surgem tensões cisalhantes artificiais, com comportamento rígido à
flexão.

Solução:

 Elementos de modos incompatíveis


 Elementos quadráticos
 Elementos de integração reduzida
ERROS NUMÉRICOS EM ELEMENTOS

• Elementos de Modos Incompatíveis


– Nestes elementos são introduzidos graus de liberdade adicionais.
– Modos são calculados diretamente a partir do gradiente de
deformação, que passa a ser linear.
– Esses graus de liberdade adicionais não influenciam no deslocamento
dos nós, somente nos cálculos internos dos elementos.
– São comparáveis a elementos quadráticos, porém com custo
computacional mais baixo.
– Porém são suscetíveis à distorções.
ERROS NUMÉRICOS EM ELEMENTOS

• Hourglassing
– Ocorre com elementos contínuos lineares de integração reduzida.
– Embora o elemento apresente tração e compressão, como só há um
ponto de integração, o elemento apresenta um valor único de tensão.

Solução:

 Elementos com integração completa


 Malhas uniformes
 Não aplicar carregamentos em
pontos singulares
ERROS NUMÉRICOS EM ELEMENTOS

• Volumetric Locking
– Ocorre com materiais incompressíveis ( = 0,5) ou quase
incompressíveis ( > 0,475).
– A resposta de um material incompressível não pode ser modelada
com elementos regulares porque a tensão devido à pressão no
elemento é indeterminada.
– Volumetric Locking está associado a uma rigidez excessiva nos
campos cinemáticos admissíveis.
– Campo de tensões não pode ser computado a partir dos
deslocamentos.

Solução:

 Elementos híbridos de formulação u-P, que incluem um grau


de liberdade de pressão no elemento.
 Deslocamentos são usados somente para calcular as tensões
e deformações desviatórias.
SINGULARIDADE NUMÉRICA

• Tipicamente, espera-se que a medida que a malha é


refinada, os resultados convergem para uma resposta mais
precisa.

• Entretanto, podem haver situações onde o resultado diverge,


quando a malha é refinada.
– Ocorre com grandezas derivadas dos graus de liberdade, como
deformações, tensões e fluxos de calor.

• Nessas situações, tem-se uma singularidade numérica.


SINGULARIDADE NUMÉRICA

• Considerando uma análise estrutural, pode-se afirmar de


forma simplificada que:

Força

Área

• Se a área tende a zero, a tensão tende a infinito!


SINGULARIDADE NUMÉRICA

• Exemplo: avaliar na geometria em L abaixo a convergência


de malha.
– Dimensões de 40 x 40 x 5 mm, com largura de 20 mm, fixa na
extremidade superior e com carga de 500 N na outra.
SINGULARIDADE NUMÉRICA

• A resposta não converge, com a tensão aumentando a cada


refino de malha.

Model Element Size (mm) Nodes Elements Max. Displacement (mm) Displacement Variation von Mises Stress (MPa) Stress Variation Time (s)
1 5 518 60 0.86149 - 246.07 - 2
2 2.5 2949 480 0.87696 1.80% 250.46 1.78% 2
3 1.25 19313 3840 0.88128 0.49% 290.22 15.87% 4
4 1 36126 7500 0.88203 0.09% 326.94 12.65% 6
5 0.8 76400 16625 0.88291 0.10% 368.13 12.60% 14
6 0.625 138369 30720 0.88310 0.02% 414.52 12.60% 26
7 0.5 264101 60000 0.88345 0.04% 462.01 11.46% 57
8 0.25 2015601 480000 0.88411 0.07% 640.91 38.72% 673
SINGULARIDADE NUMÉRICA

• Normalmente essas situações ocorrem devido à presença de


simplificações no modelo numérico, provocando estas
tensões artificiais.

Nessas situações, o refino de malha leva a tensões infinitas.


SINGULARIDADE NUMÉRICA

• Se a singularidade ocorre longe da região de interesse e não


afeta seu comportamento, ela pode ser ignorada.

• Caso contrário, deve-se minimizar as simplificações,


aproximando mais o modelo numérico da condição real.
– Incluir detalhes geométricos que possam distribuir melhor as tensões,
como arredondamentos e chanfros.
– Aplicar carregamentos e restrições em áreas, evitando a concentração
em pontos ou arestas.
– Se as tensões forem superiores ao limite de escoamento, considerar
também a plasticidade do material.
SINGULARIDADE NUMÉRICA

• Exemplo: considerando o mesmo caso da geometria em L,


porém adotando um raio de adoçamento de 1 mm na
transição.
SINGULARIDADE NUMÉRICA

• O resultado de tensão converge.

Model Element Size (mm) Nodes Elements Max. Displacement (mm) Displacement Variation von Mises Stress (MPa) Stress Variation Time (s)
1 5 646 84 0.86611 - 259.21 - 3
2 2.5 3010 488 0.87062 0.52% 318.86 23.01% 4
3 1.25 19698 3920 0.87173 0.13% 481.32 50.95% 11
4 1 36043 7480 0.87181 0.01% 437.66 -9.07% 12
5 0.8 75396 16400 0.87189 0.01% 467.42 6.80% 29
6 0.625 139810 31072 0.87198 0.01% 437.62 -6.38% 48
7 0.5 264101 60000 0.87202 0.00% 457.76 4.60% 108
8 0.25 2015682 480080 0.87209 0.01% 447.54 -2.23% 1227
RESUMO

• Nesta lição foram vistos diversos aspectos relativos a:


– Mecânica dos sólidos
– Conceitos numéricos fundamentais do MEF
– Características da geração da malha de elementos finitos

• Maiores informações sobre a geração de malha, e as


ferramentas necessárias para avaliação de sua qualidade,
serão apresentadas na continuação deste treinamento.

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