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Inconformado, o Ministério Público apela, sustentando que o
tombamento estadual decorreu da lei estadual nº 3317/99, de autoria do Deputa-
do Carlos Dias, que tombou, in verbis, “o antigo externato São José, posteriormente
Colégio Marista São José, situado na Rua Barão de Mesquita, nº 164, Tijuca” e que na es-
fera municipal o tombamento decorreu do Decreto nº 19010/2000, assinado pelo
prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Aduz que ambas as instâncias administrati-
vas, sem qualquer razão ou motivo legitimador, procederam à revisão dos atos
normativos.
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Argumenta que, como os atos de destombamento são nulos,
e como as licenças de demolição e construção decorreram de tais atos, também
são nulas. Aponta a necessidade de aplicação do Estatuto da Cidade (Lei nº
10257/2001) em razão de o bairro da Tijuca possuir alta densidade populacional,
insistindo que o art. 37 da citada lei institui o estudo de impacto de vizinhança co-
mo instrumento hábil a evitar o crescimento urbano desorganizado, o qual não foi
realizado na espécie. Alega que a concessão da licença para construir viola o art.
222, p.ú., do Plano Diretor do Rio de Janeiro, que prevê que as edificações em
lotes resultantes de remembramento observarão os parâmetros urbanísticos esta-
belecidos para cada lote original. Aduz haver possibilidade jurídica do pedido for-
mulado na exordial.
É O RELATÓRIO.
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No que pertine ao ato legislativo estadual (Lei estadual nº
3452/00) que tombou o bem em questão, padece de vício formal de iniciativa.
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foram feitos ao projeto original de 1928. Foram construídos então: (...).” (documentos a-
pensados por linha).
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Por fim, a inexigibilidade de estudo de impacto de vizinhança
decorre do fato de ainda não haver sido editada a lei municipal definidora dos em-
preendimentos que dependerão do prévio estudo, conforme disposto no art. 36 do
Estatuto da Cidade (Lei nº 10257/01).