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RELAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES COM A COMUNIDADE

Eduardo de Oliveira Vieira


Felipe Gonçalves
Vinicius Ramos
Professor: Wiliam Silva
Universidade Federal do Paraná – UFPR
Engenharia de Produção – Gerenciamento de projetos
18/10/2018

1. INTRODUÇÃO

Segundo o conceito de Etzioni e Scott (1964, 3) as organizações são


entidades sociais (ou agrupamentos humanos) deliberadamente criados e
recriados para atingir metas especificas. Portanto entenderemos que
organizações assumirão, neste estudo, o papel de empresas. Sabendo que
existem outros tipos de organizações, como times de futebol, ONGs, o próprio
estado tribos indígenas, etc. Nesse cenário, as organizações, sejam públicas
ou privadas, são núcleo dessa sociedade, porquanto sustentam a economia,
geram empregos, profissionalizam e especializam a formação e atuação dos
indivíduos, em suma, influenciam a cultura e a própria sociedade.
Cada vez mais, as organizações complexas estão se aproximando das
comunidades do seu entorno. A convivência pacífica de empresa e
comunidade passa por uma cuidadosa estratégia, na maioria das vezes, criada
pela organização, já que a comunidade se apresenta multifacetada em termos
de organismos representativos e lideranças. Isso não significa que a
comunidade não se organize para estabelecer um relacionamento com a
empresa. O mais comum é a comunidade se unir diante de um fenômeno
provocado pela empresa que a atinge negativamente.

2. DESENVOLVIMENTO

Todo trabalho de relacionamento empresarial com comunidade precisa ser


precedido de uma pesquisa quantitativa e qualitativa. É ela quem orientará o
planejamento. Entre outras informações, há que se saber quais as demandas
da comunidade em relação a ela mesma e em relação à organização; quais
são os pontos positivos e negativos da empresa percebidos pela comunidade;
quais suas principais lideranças. Certamente, a organização não vai ocupar o
papel da administração pública e muito menos dos clubes de serviço e
associações de pais e mestres. Porém, um programa de relações com a
comunidade tende a abranger um pouco de cada uma dessas áreas. Relações
com a comunidade demandam equipes multidisciplinares e uma cuidadosa
coordenação. Nunca é demais lembrar: fatos positivos precisam ser
divulgados; fatos negativos, ao que parece, têm vida própria e se propagam
rapidamente e de forma descontrolada e, muitas vezes, incontrolável.
Devido a todas essas circunstâncias que as organizações estão expostas,
torna-se necessário para os empreendedores, repensarem sobre qual o
impacto que eles querem causar e também qual o impacto que estão causando
sociedade. Ou seja, até qual momento da vida eles querem ter interação com
seus clientes. Para isso e necessário que a organização tenha um pensamento
estratégico, buscando ter a compreensão do mercado em que está inserido,
com quais empresas ela terá de competir, e também saber qual o momento
que o cliente passa a ter uma interação, e até quando essa interação poderá
durar. Portanto, a construção de uma sociedade recebe grande influência das
organizações. Nesse sentido, as organizações são de fato núcleos sociais de
extrema importância, para cada um dos segmentos que compõem uma
determinada sociedade. Ela tanto influência o meio em que está inserida,
quanto recebe influência do meio influenciado. Essa dinâmica transforma,
pouco a pouco, os princípios, os valores, as crenças, os comportamentos, as
atitudes etc. O resultado dessas interações e interdependência entre as
organizações e o meio em que atuam, pode ser considerado como o que
sustenta a estrutura da sociedade, neste caso a Sociedade da Informação.
Discutir a Sociedade da Informação e discutir as organizações e o papel que
elas têm nesse contexto, portanto, é fundamental. Os fenômenos
organizacionais são aqueles que de certa forma, se inserem na sociedade,
visto que os indivíduos participam de ambos os contextos.
Dentre as boas práticas de gestão empresarial de stakeholders, o
relacionamento com a comunidade do entorno tem papel importante nas
estratégias de mercado. Para além da simples política de ‘boa vizinhança’,
afinar-se ao desenvolvimento dessas comunidades faz parte do crescimento
sustentável de uma empresa. As empresas podem gerar ações que
contemplem trabalho voluntário corporativo dentro dessas comunidades; criar
comitês comunitários, onde questões relevantes sejam discutidas; realizar
palestras sobre saúde e meio ambiente nas comunidades; promover oficinas
de capacitação para geração de renda ou até mesmo formação
empreendedora para os microempresários locais. Há muitos pontos nos quais
investir, basta apenas perceber qual deles poderá gerar melhores impactos e
contemplarem, preferencialmente, uma atuação a longo prazo com objetivos
claros.
A comunidade em que a empresa está inserida fornece-lhe infraestrutura e
o capital social representado por seus empregados e parceiros, contribuindo
decisivamente para a viabilização de seus negócios. O investimento pela
empresa em ações que tragam benefícios para a comunidade é uma
contrapartida justa, além de reverter em ganhos para o ambiente interno e na
percepção que os clientes têm da própria empresa. O respeito aos costumes e
culturas locais e o empenho na educação e na disseminação de valores sociais
devem fazer parte de uma política de envolvimento comunitário da empresa,
resultado da compreensão de seu papel de agente de melhorias sociais.
(ETHOS, 2007). Esse relacionamento garante o desenvolvimento sustentável,
além de aumentar o valor agregado a imagem da empresa junto ao governo,
trabalhadores, concorrentes, clientes, parceiros e fornecedores. Se
considerarmos que boa parte dos trabalhadores de uma empresa geralmente
são moradores das áreas adjacentes, o impacto da empatia gerada com a
comunidade tem grande reflexo na motivação e integração desses
funcionários.
Não deve esquecer-se da premissa básica de Peter Drucker onde
o principal objetivo de uma empresa é gerar um cliente, porque é através deste
que será gerada a receita para honrar seus compromissos com fornecedores e
funcionários, tendo por fim gerar lucro para o empresário, ou aos acionistas.
Porém uma empresa não tem papel de apenas atender as necessidades dos
clientes e gerar lucro. As empresas desempenham um papel ainda mais
importante. Assim como elas recebem influências de seus clientes, buscando
identificar quais são as suas necessidades, afim de atende-las, as empresas
também influenciam a sociedade. Sua influência estende-se a diversos níveis
sociais e ambientais. Além da geração de empregos e movimentação de renda,
as empresas contribuem para o desenvolvimento social e ambiental do país. As
organizações são participantes ativas na sociedade, ou seja, são agentes
modificadores da sociedade. (Hall. H. Richard, 2009, 16)

3. CONCLUSÃO

Por fim, indiferente do tamanho de uma organização, ela desempenha um


papel importantíssimo na sociedade, já que diretamente, e indiretamente ela
exerce influência nos hábitos das pessoas. Não é necessário que uma
empresa seja de grande porte para que desempenhe um papel importante, à
simples ação de separação de seus resíduos, de seu processo positivo, já é
um grande auxilio para o meio ambiente. Porém, para que uma empresa possa
tomar essas medidas, e necessário que em primeiro lugar ela se conheça, ou
seja, tenha o conhecimento de seus valores, sua visão e saiba qual é o impacto
que ela pretende causar na sociedade. De maneira genérica a empresa deve
buscar impactar a sociedade de maneira positiva, e constante.
A atuação social da empresa pode ser potencializada pela adoção de
estratégias que valorizem a qualidade dos projetos sociais beneficiados, a
multiplicação de experiências bem-sucedidas, a criação de redes de
atendimento e o fortalecimento das políticas públicas da área social. O aporte
de recursos pode ser direcionado para a resolução de problemas sociais
específicos para os quais se voltam entidades comunitárias e ONGs. A
empresa também pode desenvolver projetos próprios, mobilizar suas
competências para o fortalecimento da ação social e envolver seus
funcionários e parceiros na execução e apoio a projetos sociais da
comunidade. (ETHOS, 2007).
Vale lembrar que essas ações, não fazem da empresa uma substituta do
governo, mas ela inclusive pode ser um agente de mobilização em conjunto
com a comunidade. A ação coletiva fortalece a cobrança de melhorias aos
governos locais, somando forças para uma transformação da região.

4. REFERÊNCIAS

ETZIONI, Amitai. Modern organizations. Englewood Cliffs, NJ. Prentice Hall,


1964.

HALL. H. Richard. Organizações, estruturas, processos e resultados 8ed. SP.


Pearson, 2009.

VALENTIM, M. L. P. Inteligência competitiva em organizações: dado, informação


e
conhecimento. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v.3., n.4, ago. 2002.

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