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Neste desdobramento do diagrama dá para ter uma visão clara do que estas
necessidades (Fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto-realização)
causam nas pessoas, provocando a busca no mercado por bens e serviços para
satisfazê-las. Com o incremento do Marketing, através da propaganda, promoção,
publicidade e pontos de venda, nos últimos anos verificaram-se uma expansão
destas necessidades, inclusive pela exploração do lado emocional e do lado
egocêntrico das pessoas. Com isto, elas buscam cada vez mais um consumismo
por inovações e novidades, causando, desta forma, uma expansão do número de
produtos no mercado e da demanda por estes produtos.
Desta forma, pode-se dizer que as pessoas, com suas necessidades, que são
insaciáveis (pois cada vez que se sacia uma necessidade surge outra), é a razão
de ser de todo o sistema econômico, capaz de dar sentido à existência das mais
diversas modalidades de empresas existentes.
Mas estes consumidores, composto pelas pessoas, por sua vez, precisam de
renda monetária para adquirir os bens e serviços capazes de satisfazer suas
necessidades. E a renda surge no próprio sistema em atividade, pois dentre as
pessoas que são consumidoras estão aqueles que detêm apenas a força de seu
trabalho, que é “vendida” para as empresas e recebendo o salário por ela. Mas
tem também aqueles que, além da força de trabalho, detêm o capital, ou seja, são
os donos das empresas, de suas ações ou de suas cotas. São os empresários
que investem suas poupanças no sistema produtivo, em máquinas, equipamentos,
instalações, para produzirem os bens necessários à satisfação das necessidades
de todos os consumidores.
Pode-se dizer que tem empresas que produzem bens que não interessam o
consumidor final, como, por exemplo, uma indústria de ferro gusa. Porém, o ferro
gusa é produzido por ser matéria prima do aço, que por sua vez, será matéria
prima para fazer, por exemplo, geladeira, fogão e veículos. Como é o caso
também do algodão plantado nas agroindústrias. Em princípio, este algodão cru
em nada interessa o consumidor final. Porém, depois de colhido, é limpo, vira
linha, que vira tecido cru, após é alvejado, sendo depois de tinto ou estampado.
Este tecido irá virar roupas pessoais ou de cama e mesa, que são bens
necessários aos consumidores. O agroindustrial compra tratores e óleo diesel por
fazer parte da cadeia produtiva da indústria de confecção de roupas pessoais, de
cama e mesa.
As pessoas, que também são consumidoras, que têm recursos financeiros e
crédito disponível e tem espírito empreendedor, buscam oportunidade no mercado
para transformar seus recursos em capital e investi-lo para ganhar mais dinheiro.
Isto faz a economia girar, gerando mais emprego e renda que, por conseqüência
aumenta o consumo, provocando a necessidade de mais produção.
Estas são questões básicas que estão na cabeça de todos empreendedores. O próprio
mercado tem resposta a estas questões. Para isto existem as chamadas pesquisas de
mercado, que, quando feita no rigor da metodologia da pesquisa e com profissionalismo,
principalmente quando feita por empresas especializadas, mostram as necessidades do
mercado. Este estudo define o que os consumidores querem e o que eles ainda não
sabem que querem. Define ainda as quantidades necessárias no mercado por destes
produtos, quais as classes de consumidores poderão consumi-los.
Com isto, o empresário é capaz de definir bem o que ele irá produzir (em qual setor,
produto ou produtos) e a quantidade que o mercado necessita. Daí, em função da
disponibilidade de capital e crédito, ele define a fatia de mercado que pretende ocupar,
chamado de market share.
É de suma importância definir bem o market share, pois através desta quantificação e
dos produtos a serem fabricados, o empresário pode buscar a tecnologia e o processo de
produção para estes produtos. Assim, quantificando a produção e o processo tecnológico
e fabril, será capaz de definir os tipos de máquinas e equipamentos necessários e a
quantidade de cada máquina e cada equipamento necessário, além de móveis, utensílios,
laboratórios, etc., e, desta forma, através do processo mais adequado, definir o layout
provável da fábrica.
Feitos estes estudos, definido o layout da fábrica, fica visível a definição da necessidade
de mão-de-obra operacional, administrativa e gerencial. Basta analisar cada detalhe do
processo definido pelo layout que será possível definir quantos trabalhadores e quais
cargos serão necessários. Com os salários praticados no mercado e com os encargos
sociais definidos na legislação trabalhista, é possível definir o custo da mão de obra (fixa
e variável).
Enfim, nesta etapa já é possível definir as primeiras estimativas de custos fixos e custos
variáveis da empresa para fazerem-se as projeções de custos e primeiras estimativas de
preço de venda – lembrando que o preço de referência para cada produto (bem ou
serviço) é o praticado no mercado. Se a empresa não for capaz de produzir com preço
competitivo com o mercado ela dificilmente conseguirá entrar na acirrada disputa com que
os mercados atuam.