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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UNIVILLE


Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da Univille

U niversidade da Região de Joinville.


U 58m M anual de biossegurança :da clínica odontológica da
U niville /U niversidade da Região de Joinville.Com issão de
Biossegurança.– Joinville,SC,2006.

32 p.:il.

1.O dontologia – Biossegurança – M anual.I.Título.

CD D 617.6
EXPEDIENTE GERAL

REITOR
Paulo Ivo Koehntopp

VICE-REITOR
Wilmar Anderle

PRÓ-REITORA DE ENSINO
Ilanil Coelho

PRÓ-REITORA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


Sandra Aparecida Furlan

PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS


Therezinha Maria Novais de Oliveira

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Martinho Exterkoetter

DIRETORA DO CAMPUS DE SÃO BENTO DO SUL


Giucélia Lourdes Spitzner

DIRETORA DO COLÉGIO DA UNIVILLE


Telma Acácia Pacheco Hausen

PRODUÇÃO EDITORIAL

EDITORA UNIVILLE

COORDENAÇÃO GERAL
Reny Hernandes

REVISÃO
Cristina Alcântara
Viviane Rodrigues

PROJETO GRÁFICO / DIAGRAMAÇÃO


Marisa Kanzler Aguayo

IMPRESSÃO
Gráfica Odorizzi

TIRAGEM
500 exemplares

Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à EDITORA UNIVILLE.


Campus Universitário, s/nº – Caixa Postal 246 – Bom Retiro
CEP 89201-972 – Joinville – SC – Brasil
Telefone: (47) 3461-9110 – Fax: (47) 3461-9027
e-mail: editora@univille.edu.br
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................ 7

INTRODUÇÃO ................................................................................. 9

1. Imunização .............................................................................. 11

2. Termos técnicos utilizados para procedimentos e


artigos ....................................................................................... 11
2.1 Artigos críticos ............................................................................... 11
2.2 Artigos semicríticos ...................................................................... 11
2.3 Artigos não-críticos ....................................................................... 11

3. Redução de microrganismos: limpeza, desinfecção,


esterilização ............................................................................. 12
3.1 Conceitos ........................................................................................ 12

4. Seqüência das etapas de procedimentos que


antecedem à esterilização ..................................................... 12
4.1 Limpeza ........................................................................................... 12
4.2 Secagem ......................................................................................... 12
4.3 Empacotamento dos instrumentais ........................................... 12
4.4 Esterilização ................................................................................... 13

5. Produtos desinfetantes .......................................................... 14

6. Indicadores para o monitoramento químico e biológico .. 14


6.1 Indicadores químicos ................................................................... 14
6.2 Indicadores biológicos ................................................................. 14
7. Medidas preventivas para o controle de infecção
cruzada nos estabelecimentos odontológicos (CIC) ......... 15
7.1 Infecção cruzada ........................................................................... 15

8. Medidas de precaução universal .......................................... 15


8.1 Anti-sepsia da mãos ..................................................................... 15
8.2 Uso de barreiras de proteção ..................................................... 15

9. Normas e rotinas da clínicas odontológicas ....................... 16


9.1 Normas para atividades clínicas – para alunos ....................... 16
9.2 Preparo do paciente para atendimento na clínica ................. 18
9.3 Preparação prévia do equipo para atendimento ..................... 18
9.4 Preparação prévia do corpo docente e de alunos para
atendimento na clínica odontológica .............................................. 19
9.5 Rotina do preparo dos instrumentos e materiais .................... 20

10. Recomendações importantes a serem executadas


nas clínicas .............................................................................. 23
10.1 Manuseio do lixo ......................................................................... 23
10.2 Lixo das salas de expediente e dos banheiros ....................... 23
10.3 Os tubetes anestésicos .............................................................. 23

11. Acidentes com perfurocortantes .......................................... 23

12. Rotina de limpeza das clínicas (zeladoria) .......................... 24

Considerações finais .................................................................... 26

Referências .................................................................................... 27

Anexos ............................................................................................ 28
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

APRESENTAÇÃO

Este manual foi elaborado pela Comissão de


Biossegurança e por professores do curso de Odontologia da
Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, com a
finalidade de normatizar as condutas nas Clínicas
Odontológicas dentro dos padrões preconizados pelo Ministério
da Saúde e pelo Conselho Federal de Odontologia. A intenção é
conscientizar os profissionais da área de saúde bucal a respeito
das medidas de biossegurança, como a maneira mais eficaz de
reduzir os riscos ocupacionais e as doenças infecciosas,
mantendo vigilância rigorosa no manuseio dos equipamentos
e materiais odontológicos a fim de assegurar o máximo de
confiabilidade para o paciente, o aluno e a instituição.
7
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

INTRODUÇÃO

A biossegurança tem sido definida como um conjunto de


medidas técnicas que visam informar e prevenir os profissionais
da área de saúde dos riscos a que podem ser expostos em virtude
da grande variedade de microrganismos freqüentemente
presentes no ambiente de trabalho, provenientes do sangue e
da saliva e responsáveis por doenças infecciosas como herpes,
tuberculose, hepatite, AIDS etc. Portanto, é necessário que o
cirurgião-dentista e a sua equipe tomem os cuidados essenciais
em relação à limpeza, à desinfecção, à esterilização dos
instrumentais e à validade dos materiais, seguindo rigoroso
protocolo de biossegurança. Tais condições de trabalho,
relacionadas ao controle de doenças transmissíveis nos
estabelecimentos de assistência odontológica, são
supervisionadas pelos órgãos estaduais e municipais de saúde, 9
de acordo com o Decreto nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976, artigo
2, item IV. O objetivo deste manual é normatizar os procedimentos
de biossegurança adotados no curso de Odontologia da
Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE –, assegurando ao
estabelecimento de ensino e à prática odontológica a proteção e
a segurança necessárias, a fim de minimizar os riscos
ocupacionais, as infecções cruzadas e a transmissão de doenças
infecciosas, garantindo assim o bem-estar físico, mental e social
do profissional/paciente e de toda a comunidade.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

1. IMUNIZAÇÃO

A imunização dos profissionais, funcionários e alunos que


estão sob o risco de se expor a sangue, saliva ou a outro tipo de
secreção humana é indispensável para que se mantenham
completamente protegidos contra:
• Tétano: Recomenda-se que se mantenha imunizado e se faça
reforço de vacina a cada 10 anos;
• Tuberculose (BCG);
• Hepatite B: Recomendam-se 3 doses da vacina – 30, 60 e 180
dias (com reforço a cada 5 anos);
• Gripe;
• Rubéola: A vacina é indicada para o sexo feminino em idade fértil;
• Sarampo.

2. TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS PARA 11


PROCEDIMENTOS E ARTIGOS

2.1 Artigos críticos


São aqueles que penetram através da pele e das mucosas
atingindo tecidos subepiteliais. Exemplos: instrumental cirúrgico,
periodontal e sonda exploradora.

2.2 Artigos semicríticos


Entram em contato com a pele não-íntegra ou com mucosa
íntegra. Exemplos: espátula de inserção, pincéis e condensadores
de amálgama.

2.3 Artigos não-críticos


São aqueles que entram em contato apenas com a pele
íntegra do paciente. Exemplos: bancada, cadeira, refletor e piso.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

3. REDUÇÃO DE MICRORGANISMOS: LIMPEZA,


DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO

3.1 Conceitos
• Limpeza: É o processo de remoção física dos debris e redução
do número de microrganismos;
• Desinfecção: É o processo de destruição dos microrganismos
em sua forma vegetativa;
• Esterilização: É a eliminação de todos os microrganismos,
esporos, bactérias, fungos, protozoários e vírus.

4. SEQÜÊNCIA DAS ETAPAS DE PROCEDIMENTOS


QUE ANTECEDEM À ESTERILIZAÇÃO

4.1 Limpeza
12
Os instrumentais devem ser limpos manualmente ou com
equipamento ultra-sônico, utilizando detergente neutro, escova
e água, e, em seguida, enxaguados.

4.2 Secagem
O instrumental precisa ser seco manualmente. Deve-se
evitar a secagem natural, em virtude de os sais minerais contidos
na água se fixarem nos instrumentais, podendo danificá-los
durante a esterilização pelo calor.

4.3 Empacotamento dos instrumentais


• Para caixas metálicas abertas: Os instrumentais podem ser
envoltos em camada de gaze dupla;
• Para a autoclave: Pacotes de papel crepado ou tecido
impermeável;
• Para a estufa: Caixas metálicas abertas;
• Para a imersão em líquidos: Recipientes de plástico com tampa
fosca.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

4.4 Esterilização
Deve ser feita em todos os artigos
críticos ou semicríticos em uso no
estabelecimento odontológico e é
realizada mediante dois métodos: físico
e químico.

4.4.1 Métodos físicos


• Calor úmido: Garante uma
esterilização eficaz. Equipamento
utilizado: Autoclave – realiza
esterilização por vapor saturado sob Fig. 1 – Autoclave de grande
capacidade de esterilização
pressão a uma temperatura de 121°C e
15 psi (libras por polegada quadrada de pressão). Esse processo
destrói os microrganismos por coagulação de suas proteínas.
• Calor seco: Nesse método utiliza-se a estufa ou o forno de
Pasteur. A esterilização dá-se
13
por oxidação das células dos
microrganismos quando a
temperatura atinge 80 a 250°C.
O processo de esterilização
ocorre a uma temperatura de
160°C por 120 minutos ou 170°C
por 60 minutos.
Fig. 2 – Autoclave menor auxiliar

4.4.2 Método químico


É empregado para
artigos que não podem ser
esterilizados pelo calor
seco ou úmido (quadro 1 –
anexo).
Os artigos, para
serem esterilizados nesse
método, devem ser Fig. 3 – Central de esterilização
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

previamente limpos e secos e depois imersos na solução


esterilizante. O recipiente precisa estar fechado durante todo o
processo, que pode variar de 8 a 18 horas de contato, dependendo
do tipo de produto.
• Por imersão: Os instrumentos ficam imersos na solução
conforme indicação do fabricante;
• Por fricção: Respeitar o tempo necessário para descontaminar
o artigo.

5. PRODUTOS DESINFETANTES

• Glutaraldeído 2%;
• Formaldeído alcoólico 8%;
• Álcool 70%.

14
6. INDICADORES PARA O MONITORAMENTO
QUÍMICO E BIOLÓGICO

São sistemas utilizados para assegurar a eficácia da


esterilização dos artigos e dos instrumentos.

6.1 Indicadores químicos


São tiras de papel com substratos que mudam de cor
indicando o processo da esterilização.

6.2 Indicadores biológicos


São sistemas que contêm esporos do tipo:
• Bacillus stearothermophilus: Quando submetidos ao calor
úmido da autoclave, são destruídos (na temperatura e pressão
indicadas);
• Bacillus subtilis: Quando submetidos ao calor da estufa, são
destruídos (obedecendo às normas de temperatura
recomendada).
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

7. MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE


INFECÇÃO CRUZADA NOS ESTABELECIMENTOS
ODONTOLÓGICOS (CIC)

7.1 Infecção cruzada


É uma forma de infecção exógena em que o agente infeccioso é
transmitido de um paciente para outro por meio das mãos do dentista,
de sua equipe ou do equipamento e instrumental contaminados.

8. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO UNIVERSAL

8.1 Anti-sepsia das mãos


As mãos devem ser lavadas antes e logo após o término de
cada atendimento.
• Retire anéis, relógios, pulseiras e brincos; 15
• Lave as mãos com sabão líquido em todas as suas faces
(espaços interdigitais, articulações e dedos);
• Enxágüe as mãos retirando totalmente os resíduos de sabão;
• Seque-as com papel toalha descartável.
Para procedimentos cirúrgicos:
• Escove mãos, unhas e antebraço;
• Seque-os com compressas estéreis;
• Passe um anti-séptico à base de iodo ou clorexidine e deixe secar;
• Coloque as luvas sem tocar na parte externa delas.

8.2 Uso de barreiras de proteção


Equipamento de proteção individual (EPI)
• Gorro ou touca: Os cabelos devem estar presos ou por baixo
do gorro. Uso obrigatório;
• Máscara: Deve ser descartada cada vez que estiver úmida ou
respingada por secreção, saliva ou sangue;
• Óculos: Oferece proteção aos agentes físicos (metal e acrílico)
que podem atingir o globo ocular. O paciente também deverá usar;
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

• Roupas profissionais: São facilmente contaminadas, podendo


constituir riscos de infecção para a equipe e para familiares.
Os guarda-pós devem ter manga longa, com elásticos nos
punhos, e gola de padre. É necessário trocá-los sempre que
apresentarem sinal de contaminação por sangue ou saliva.
Os sapatos devem estar fechados para evitar acidentes com
instrumentos perfurocortantes;
• Luvas: Obrigatório o uso em todos os procedimentos:
– Luvas cirúrgicas estéreis: Indicadas para procedimento
cirúrgico;
– Luvas descartáveis de vinil: Usadas para procedimento
clínico;
– Luvas de PVC: Usadas para manipular objetos fora do
campo de trabalho;
– Luvas para limpeza geral de borracha: Utilizadas para
descontaminação de superfícies.

16
9. NORMAS E ROTINAS DAS CLÍNICAS
ODONTOLÓGICAS

9.1 Normas para atividades clínicas – para alunos

9.1.1 Materiais, equipamentos e instrumental

Todo o aluno deve trazer os seguintes materiais para as


atividades clínicas de 3.ª e 5.ª feira:

• Máscara;
• Gorro;
• Luva;
• Rolopac;
• Canudo de refrigerante;
• Porta rolo de algodão;
• Sugador;
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• Jacaré;
• Guardanapo para jacaré;
• Broqueiro para esterilizar brocas;
• Babador;
• Óculos de proteção;
• Campo para mesa auxiliar descartável (tamanho da mesa);
• Pote graduado para exame salivar 10 ml;
• Escova de dente extramacia adulto (cinco unidades).

9.1.2 Organização do material

Todos os dias, no horário do início das atividades clínicas,


ou seja, nas terças-feiras às 13h30min e nas sextas-feiras às 8
horas, é preciso que a mesa auxiliar dos boxes esteja preparada
e o equipo com suas proteções. Os outros pertences dos alunos
deverão estar guardados nos armários. É necessário que os
seguintes instrumentais estejam todos os dias na bandeja
auxiliar:
17
• Espelho bucal;
• Pinça clínica;
• Sonda exploradora;
• Sonda periodontal;
• Cureta dentina;
• Fio dental;
• Aparelho de pressão;
• Estetoscópio.

9.1.3 Esterilização do material

• Todo o material deverá ser esterilizado na UNIVILLE;


• O material deverá estar acondicionado de acordo com as
normas para esterilização de instrumental, em cubas
metálicas, separado por disciplina. Ex: Instrumentais de
Periodontia em uma cuba, de Dentística em outra etc.;
• Está fixado o horário de entrega e da retirada do material na
Central de Esterilização.
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9.2 Preparo do paciente


para atendimento na
clínica
• Recepcionar o paciente
na sala de espera
chamando-o pelo nome;
• Todo paciente deve estar
com óculos, gorro e
protetor sobre a roupa;
Fig. 4 – O paciente sendo atendido pelo aluno
• O prontuário de cada
paciente atendido na
clínica odontológica para tratamento deve ser preenchido;
• O uso de isolamento absoluto é preconizado para procedimento
de Endodontia e Dentística. A exceção fica restrita a cada caso.

9.3 Preparação prévia do


18 equipo para atendimento
• Somente deverão estar
no campo operatório o
material e o instrumental
necessários para o
tratamento do paciente;
• Todos os instrumentais a
serem utilizados nos
atendimentos odonto-
lógicos devem ser
esterilizados;
• Lave e seque as mãos;
• Todo o equipo deverá
sofrer desinfecção
prévia com álcool 70%,
friccionando-o três vezes
com a gaze; Fig. 5 e 6 – Preparação prévia do equipamento
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• Acione o motor de alta rotação por 30 segundos, desprezando


o spray na cuspideira;
• Acione a seringa água/ar por 30 segundos na cuspideira;
• Os suportes e os braços da cadeira, o cabeçote e as áreas de
braço articulado deverão ser cobertos com filme de PVC;
• Toda prótese que vier do laboratório deve sofrer limpeza e
desinfecção, conforme protocolo da disciplina de Prótese;
• Todo cone de guta-percha deve ser desinfetado, conforme
protocolo da disciplina de Endodontia;
• Todo resíduo de material perfurocortante, como agulhas,
lâminas de bisturi, brocas, pontas diamantadas, limas
endodônticas e fios ortodônticos, deve ser colocado na caixa
de perfurocortante.

9.4 Preparação prévia do


corpo docente e de
alunos para atendimento
na clínica odontológica 19
• Na clínica é obrigatório
o uso de EPIs (avental,
gorro, máscara, óculos,
luvas) para professores
e alunos;
• A circulação com EPIs Fig. 7 – Preparação prévia do corpo docente e dos
deve ser restrita à alunos
Clínica Odontológica;
• É obrigatória a lavagem das mãos, antes de colocar as luvas e
após o atendimento;
• Os protetores oculares devem ser usados sempre que houver
possibilidade de contato com sangue, saliva ou aerossóis;
• É obrigatório o uso de calçado fechado, evitando risco de
infecção ocupacional durante o atendimento;
• É expressamente proibida a circulação de pessoas na clínica que
não estejam devidamente para-mentadas;
• O ambiente cirúrgico segue o protocolo preconizado pelo Ministério da
Saúde para o atendimento.
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9.5 Rotina do preparo dos instrumentais e materiais

Rotina 1: Limpeza manual do instrumental


• Utilizar EPIs (óculos, gorro, máscara, luva e avental);
• Submergir os instrumentos abertos em sabão enzimático por 5
minutos (Endozyme), depois esfregá-los com escova de limpeza;
• Enxaguar o instrumental em água corrente e secá-lo com
campos de algodão ou com papel toalha;
• Acondicioná-lo conforme rotina da central de esterilização.

Rotina 2: Limpeza e desinfecção da peça de alta e baixa rotação


• Usar EPIs (óculos, gorro, máscara, luva e guarda-pó);
• Retirar a broca;
• Colocar a peça de alta e baixa rotação em solução enzimática
por 2 minutos;
20 • Enxaguá-la em água corrente e secá-la com papel toalha ou
com campo de algodão;
• Lubrificar a peça com óleo sob pressão e retirar o excesso de
lubrificante;
• Recolocar a peça no equipo, acionando-o por 30 segundos;
• Remover a peça, limpá-la novamente e embalá-la para a
esterilização.

Rotina 3: Desinfecção do posicionador radiográfico


• Usar EPIs (óculos, gorro, máscara, luva e avental);
• Submergir o posicionador radiográfico em solução de
hipoclorito de sódio 1% por 30 minutos;
• Enxaguá-lo em água corrente retirando toda a solução;
• Secá-lo com papel toalha ou com campo de algodão limpo;
• Acondicioná-lo conforme rotina da Radiologia.
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Rotina 4: Desinfecção de cone de guta-percha


• Submergir o cone de guta-percha em solução de hipoclorito de
sódio 1% por 10 minutos, depois enxaguá-lo com soro fisiológico;
• Secá-lo com gaze estéril.

Rotina 5: Limpeza e desinfecção de moldagem


• Lavar a moldagem em água corrente;
• Secá-la com jatos de ar leves e com gaze;
• Submergi-la em solução de glutaraldeído 2% por 10 minutos;
• Secá-la com gaze estéril.

Rotina 6: Limpeza e desinfecção da peça protética em prova


• Lavar a peça com detergente enzimático;
• Submergir a moldagem em solução de glutaraldeído 2% por
10 minutos;
• Secá-la com gaze estéril e jatos de ar. 21

Rotina 7: Técnica para o preparo de caixas metálicas


• Lavar as mãos e friccioná-las com álcool 70% antes e após os
trabalhos;
• Conferir a limpeza do material;
• Embalar e identificar a caixa de instrumental no ambiente
indicado pela central de esterilização.

Rotina 8: Técnica para acondicionamento de limas endodônticas


• Lavar as mãos e friccioná-las com álcool 70% antes e após
executar as atividades;
• Conferir a limpeza e a integridade do material;
• Colocar as limas em série, em vidros fechados com algodão,
individualmente;
• Identificar os pacotes segundo protocolo da central de
esterilização.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

Rotina 9: Técnica para acondicionamento de brocas de alta e


baixa rotação e pontas diamantadas
• Lavar as mãos e friccioná-las com álcool 70% antes e após
executar os trabalhos;
• Conferir a limpeza e a integridade do material;
• Colocar as brocas em broqueiros metálicos fechados e
identificados;
• Encaminhá-los à central de esterilização para autoclave e/ou estufa.

Rotina 10: Procedimentos importantes para a radiologia


1. Barreiras de proteção:
• O operador deve usar
luvas e avental.
2. Recobrimento de
superfícies. Devem ser
recobertos com PVC:
22 • Colimador e cabeça
dos raios X;
• Botão de exposição;
• Painel de controle;
• Balcão auxiliar para Fig. 8 – O uso do EPI no atendimento radiológico
colocação de filmes e
instrumental posicionador.
3. Desinfecção de superfícies:
• Desinfetar com álcool 70% os componentes da unidade dos
raios X.

Rotina 11: Centro Cirúrgico


• Rotina operacional se faz de acordo com as normas do centro
cirúrgico;
• O aluno orienta o paciente sobre o procedimento a ser
realizado e encaminha para a sala do centro cirúrgico.
• A lavagem das mãos do aluno e do professor e sua
paramentação seguem as normas do centro cirúrgico.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

10. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES A SEREM


EXECUTADAS NAS CLÍNICAS

10.1 Manuseio do lixo


O lixo produzido
durante os trabalhos
realizados na clínica
deve ser acondicionado
em sacos de lixo brancos
próprios para esse uso e
transportado para
coletora de tratamento
Fig. 9 – Manuseio correto do lixo diferenciado.

10.2 Lixo das salas de expediente e dos banheiros


Deverá ser acondicionado em sacos de lixo comuns e
transportado para lixeira de coleta normal. 23

10.3 Os tubetes anestésicos


Devem ser submersos em solução desinfetante e, quando
não utilizados totalmente, precisam ser descartados.

11. ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES

Os acidentes podem ser


evitados pelo manejo adequado
de agulhas, tubetes e lâminas
cortantes por parte dos alunos e
do pessoal da limpeza.
Todo material perfurocortante
(agulhas anestésicas, tubetes de
vidro, agulha de sutura, lâmina de
Fig. 10 – Recipiente para colacação de
bisturi) deve ser descartado em material perfurocortante.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

recipiente com paredes rígidas, para não lesar o pessoal da


limpeza.
Em qualquer acidente, a primeira conduta é a lavagem
do ferimento com água e sabão, sem a aplicação de outras
substâncias (álcool, por exemplo).
No ambulatório, será registrada a ocorrência com o nome
do aluno e os dados pessoais do paciente.
Os acidentes que venham a ocorrer com alunos ou pacientes
devem ser comunicados ao professor orientador, que conduzirá o
acidentado até o Ambulatório Médico da Universidade.
No Ambulatório, o aluno será encaminhado ao hospital
ou ao posto de atendimento público onde a região afetada será
classificada e o tratamento instituído.
O professor orientador informará o paciente do ocorrido e
o orientará sobre a necessidade ou não da realização de exames
laboratoriais. Caso sejam indicados, confere ao professor
contatar o paciente e informá-lo dessa necessidade. Após, o
24 tratamento deve ser acompanhado pelo médico infectologista.
Não é recomendável que o aluno peça ao paciente para
realizar exames, uma vez que não possui a devida informação
e tato para dialogar sobre assuntos específicos.
Caso o acidente venha a ocorrer com um servidor
(professor ou funcionário), ele deve imediatamente proceder
à limpeza do ferimento com água e sabão e procurar o
Ambulatório Médico, onde será registrada a ocorrência e
tomadas as mesmas condutas.

12. ROTINA DE LIMPEZA DAS CLÍNICAS


(ZELADORIA)

12.1 Do procedimento de limpeza


Antes de se iniciar qualquer procedimento de limpeza e
desinfecção das clínicas, seja com desinfetantes de alto, médio
e baixo nível, como glutaraldeído a 2% e hipoclorito de sódio, é
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

obrigatório o uso do equipamento de proteção individual (luvas


de borracha grossa, avental, máscara, óculos de proteção e
sapato fechado impermeável).

12.1.1 Piso

• Antes e após o expediente fazer varredura úmida com água e


sabão;
• Após contaminação, utilizar hipoclorito de sódio.

12.1.2 Paredes, azulejos e janelas

• Após o expediente, fazer limpeza mecânica com água e sabão;


• Após contaminação, utilizar hipoclorito de sódio.

12.1.3 Armários e pias

25
• Após o expediente, fazer limpeza mecânica com água e sabão;
• Após contaminação, utilizar hipoclorito de sódio.

Observação: Quinzenalmente fazer a descontaminação do


piso das clínicas com hipoclorito de sódio.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O controle da infecção tornou-se uma grande preocupação


dos órgãos reguladores da saúde, dos pacientes e dos
profissionais que praticam Odontologia. O aparecimento da
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), o vírus da
hepatite B e o reaparecimento da tuberculose trouxeram à tona
a preocupação da população mundial com os riscos de
transmissão a que profissionais e pacientes estariam expostos
se não tomassem medidas de biossegurança nos seus
ambientes de trabalho. Tais medidas devem ser rigorosamente
empregadas na rotina de atendimento para todos os pacientes
com um protocolo de controle de infecção, protegendo
pacientes e profissionais das infecções cruzadas e garantindo
um ambiente de trabalho eficaz que assegure aos indivíduos a
26 sua integridade física e mental. Este manual foi elaborado com
a finalidade de contribuir para a promoção da saúde bucal de
modo a dinamizar e ampliar as formas de controle das doenças
infectocontagiosas.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

REFERÊNCIAS

ADA councils on dental materials. Instruments and equipament,


dental therapeutics. Infection recommendations for dental office
and laboratory. JADA, n. 1.126, p. 241-248.
APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção
Hospitalar. Controle de infecção na prática odontológica. São
Paulo, 2000. 87 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. SIDA. Controle de infecção e a
prática odontológica em tempos de AIDS. Manual de condutas.
Centro de Documentação do Ministério da Saúde. Brasília, 2000.
118 p.
COLTONE, J. A. et al. Pratical infection control in dentistry.
USA, 1996. 437 p.
27
CORRADI, M. I. et al. Manual de controle de infecção na clínica
odontológica da PUC/PR. Curitiba: Universitária Champagnat,
s.d. 50 p.
GUANDALINI, S.; MELO, N. S. O; SANTOS, E. C. P. Biossegurança
em Odontologia. Londrina, 1997. 88 p.
MANUAL de recomendações da Organização Mundial de Saúde.
São Paulo, 1981. p. 13-18.
MONTENEGRO, F. L. B. et al. Atualização em prótese dentária.
São Paulo: Santos, 1997. p. 3-12.
MUSSI, M. A. T. et al., Biossegurança em Odontologia.
Florianópolis: Conselho Regional de Odontologia de Santa
Catarina, 2002. 25 p.
MUSSI, M. A. T.; VIEIRA, L. C. C. Normas de biossegurança.
Florianópolis: Imprensa Universitária da UFSC, 1999. 52 p.
RODRIGUES, Edwal et al. Infecções hospitalares: Prevenção e
controle. 1. ed. São Paulo: Sarvier, 1997. 669 p.
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

ANEXOS

Limpeza Desinfecção/Descontaminação
Superfície
Produto Método Freqüência Produto Método Freqüência
Cadeira Álcool Após
H2O + sabão Friçcão Após o uso Fricção
odontológica hipoclorito contaminação
Mocho
H2O + sabão Fricção Diário
odontológico
Álcool Fricção Após o uso
Refletor
Cobrir alças com invólucros apropriados
Bancadas H20 + sabão Fricção Diário Álcool Fricção Diário
Estufa H20 + sabão Fricção Semanal
Autoclave H20 + sabão Fricção Semanal
Unidade
auxiliar Álcool Fricção Após o uso
cuspideira
Aparelho de Cobrir ponta da mangueira com invólucros
H20 + sabão Fricção Diário
sucção apropriados
Aparelho de
sucção H20 + sabão Hipoclorito 20% do vol. Diário
(recipiente)
Equipo
H20 + sabão Fricção Diário
odontológico
Pontas (alta
rotação,
micromotor, Glutaraldeído Fricção Após o uso
28 baixa rotação, Cobrir com invólucros apropriados
seringa
tríplice)
Mesa auxiliar Cobrir hastes com invólucro apropriado
Compressor H20 + sabão Fricção Diário
Amalgamador H20 + sabão Fricção Semanal
Aparelho
H20 + sabão Fricção Após o uso Cobrir ponta com invólucros apropriados
fotopolimerizador
Aparelho de
H20 + sabão Fricção Após o uso Cobrir ponta com invólucros apropriados
ultra-som
Armários H20 + sabão Fricção Diário
Ralos H20 + sabão Fricção Semanal
Pias/sifão H20 + sabão Fricção Por turno
Pisos, paredes
H20 + sabão Fricção Por turno
e portas

Quadro 1 – Método, freqüência e produtos de limpeza e/ou desinfecção


de superfície de equipamentos e as áreas/locais dos estabelecimentos
de assistência odontológica
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

Instrumental Material 1ª Opção 2ª Opção


Caixas Metal Autoclave Estufa
Bandejas Metal Autoclave Estufa
Brocas Metal Autoclave Estufa
Limas
Metal Autoclave Estufa
endodônticas
Metal
Pontas Estufa
Pedra Autoclave
Polimento Glutaraldeído
Borracha
Metal Estufa
Moldeiras Autoclave
Plástico Glutaraldeído
Gaze Tecido Óx. de etileno* Autoclave
Espelho bucal Metal Autoclave Estufa
Placa Metal Autoclave Estufa
Pote Vidro Glutaraldeído Álcool 70%
Dapen Plástico Glutaraldeído Álcool 70%
Peça de mão Metal Autoclave Álcool 70%

Quadro 2 – Esterilização de artigos

* Óxido de etileno: Processo de esterilização na indústria

29
Obs.: 1) Os instrumentais devem ser submetidos à limpeza com
água e sabão e lavagem ultra-sônica antes da esterilização; 2)
Os instrumentais para a autoclave deverão ser acondicionados
em tecido e/ou em papel grau cirúrgico, kraft e, para estufa, em
caixa metálica lacrada.

Material Desinfetante Técnica Tempo


Siliconas Glutaraldeído 2% Imersão 10 min
Mercaptanas Glutaraldeído 2% Imersão 10 min
Poliéster sódio 1%
Hipoclorito de Sódio Fricção 10 min
Glutaraldeído 2% ou
Alginatos Fricção ou imersão 10 min
hipoclorito de sódio 1%
Gesso Hipoclorito de sódio 1% Fricção 10 min
Prótese de acrílico Hipoclorito de sódio 1% Imersão 10 min
Outras próteses Glutaraldeído 2% Imersão 10 min

Quadro 3 – Procedimentos indicados para desinfecção de moldagens e modelo


Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

EPI Material Procedimento


Luva cirúrgica Látex Descartável
Luva de procedimento Látex Descartável
Luva de limpeza Borracha Desinfecção com álcool
Máscara Descartável Descartável
Descartável
Descartável
Avental Lavagem com água e sabão
ou de tecido
Esterilização em autoclave
Protetor ocular Acrílico Lavagem com água e sabão
Descartável
Descartável
Gorro Lavagem com água e sabão
ou de tecido
Esterilização em autoclave
Quadro 4 – Material e procedimento indicados para uso de
equipamento de proteção individual (EPI)

O pessoal responsável pela zeladoria das clínicas deve estar


devidamente paramentado:

30 1. Varrer o piso com vassoura umedecida, no sentido do fundo da


clínica para a entrada, retirando totalmente toda a sujidade;

2. Passar pano úmido com solução desinfetante;

3. Utilizar sempre dois baldes, um com água e outro com solução


desinfetante;

4. Despejar a água suja nos ralos;

5. Juntar os materiais utilizados na limpeza e levá-los para


desinfetar na lavanderia com hipoclorito de sódio 1%.

Quadro 5 – Recomendações para o pessoal de serviços gerais na


manutenção diária de limpeza das clínicas odontológicas
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA

Profa. M.Sc. Maria Dalva de Souza Schroeder – Presidente


Professora de Biossegurança e Periodontia Clínica da UNIVILLE (Organizadora)

Eleonor Lepper – Vice-Presidente


Enfermeira responsável pelo Centro Cirúrgico e Central de Esterilização

Prof. M.Sc. Luiz Carlos Machado Miguel


Professor da disciplina de Dentística Operatória e coordenador do curso
de Odontologia

Prof. M.Sc. Giuseppe Valduga Cruz


Professor da disciplina de Radiologia

Profa. M.Sc. Dina Carrazai Condeixa


Professora da disciplina de Ortodontia
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Prof. M.Sc. Clóvis Francisco Zucco
Professor da disciplina de Prótese Dentária

Profa. M.Sc. Kesly Mary Ribeiro Andrades


Professora da disciplina de Cirurgia Odontológica

Prof. M.Sc. Maurício Colin Barbosa Cordeiro


Professor da disciplina de Periodontia Clínica

Prof. M.Sc. Luciano Madeira


Professor da disciplina de Dentística Operatória
Manual de Biossegurança da Clínica Odontológica da Univille

COLABORAÇÃO

Profa. M.Sc. Lúcia Fátima de Castro Ávila


Professora da disciplina de Estomatologia

Prof. Dr. Flares Baratto Filho


Professor da disciplina de Endodontia

Prof. Dr. Aleysson Olímpio Paza


Professor da disciplina de Cirurgia Operatória

Prof. M.Sc. Fábio Kricheldorf


Professor da disciplina de Cirurgia Operatória

Profa. M.Sc. Célia Maria Condeixa de França Lopes


Professora da disciplina de Odontopediatria

32 Profa. Dra. Constanza Marín De Los Rios Odebrecht


Professora da disciplina de Periodontia Clínica

Prof. M.Sc. Edward Werner Schubert


Professor da disciplina de Dentística Operatória

Prof. especialista Celso Alfredo Schramm


Professor da disciplina de Endodontia

Prof. Dr. Paulo Henrique Condeixa França


Professor da disciplina de Microbiologia

Profa. M.Sc. Helena Maria Antunes Paiano


Professora da disciplina de Odontologia Coletiva

Este Manual de Biossegurança teve início na chefia do Prof. M.Sc.


Giuseppe Valduga Cruz e término na chefia do Prof. M.Sc. Luiz
Carlos Machado Miguel.

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