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Comandos elétricos
Belo Horizonte
2010
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Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
Elaboração
Eustáquio Damasceno Pereira
Ronaldo José de Oliveira
Unidades Operacionais
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Sumário
Apresentação
Referências bibliográficas...........................................................................................186
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Prefácio
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Apresentação
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1. Dispositivos de Proteção e Controle
1.1 Introdução
Os equipamentos e máquinas industriais, como por exemplo: tornos, impressoras,
prensas, guilhotinas entre outros, dependem fundamentalmente da eletricidade para
seu funcionamento. A maior parte desses equipamentos e máquinas é controlada por
dispositivos de comando para sua correta partida, parada, controle, proteção, etc.
Os dispositivos de comando elétrico são desenvolvidos para proporcionar
novas tecnologias aos equipamentos com foco principalmente em automatizar os
processos de produção, por isso, os dispositivos de comando empregados em
circuitos de baixa tensão, são dos tipos mais variados e com características de
funcionamento bem distintas, dependendo das funções especificas que cada
dispositivo efetua no circuito.
Todo circuito elétrico deve possuir proteções a fim de se evitar danos às
instalações, aos equipamentos e riscos de acidentes pessoais. Neste capítulo serão
analisados os dispositivos utilizados para cada necessidade e o método mais
adequado para escolha certa em cada situação. Através da análise de curvas de
atuações desses dispositivos, da potência instalada e da ação seletiva entre eles, é
possível coordenar as proteções entre si, garantindo o máximo de segurança às
instalações e usuários.
1.2 Fusíveis
São dispositivos usados nas instalações elétricas, cuja função é Interromper o
fluxo de corrente elétrica toda vez que esta corrente for excessiva e puder causar
danos ao sistema.
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Figura 1.1: Tipos de fusíveis.
1.2.1 Simbologia
1.2.2 Aplicação
Os fusíveis são aplicados em toda e qualquer instalação elétrica e no Brasil, a
ABNT normatiza sua utilização. Em geral os fusíveis são utilizados em aparelhos
eletrônicos, residências, automóveis e indústrias etc. Eles protegem os circuitos contra
os efeitos de curto-circuito ou sobrecargas que podem, em algumas situações,
provocar incêndios e explosões.
1.2.3 Constituição
O fusível é constituído basicamente por: contatos, corpo isolante, elo de fusão e
indicador de queima.
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Figura 1.3: Partes componentes do fusível.
Fonte: SENAI. MG. 1999. p.13/122.
Contatos
Servem para fazer a conexão dos fusíveis com os componentes das
instalações elétricas. São feitos de latão ou cobre prateado, para evitar oxidação e
mau contato.
Corpo Isolante
É feito de material isolante de boa resistência mecânica, que não absorve
umidade, geralmente de cerâmica, porcelana ou esteatita. Dentro do corpo isolante se
aloja o elo fusível e, em alguns casos, um elo indicador de queima, imerso em
material granulado extintor - areia de quartzo - de granulometria adequada.
Elo de Fusão
Material condutor de corrente elétrica com baixo ponto de fusão. É feito em
forma de fios ou lâminas.
Tipos de Elos de Fusão:
1. Em forma de fio
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2. Em forma de lâmina
Figura 1.5: Elo fusível com seção constante - a fusão pode ocorrer em qualquer ponto do elo.
Figura 1.6: Elo fusível com seção reduzida normal - a fusão sempre ocorre na parte onde a seção é
reduzida.
Figura 1.7: Elo fusível com seção reduzida por janelas - a fusão sempre ocorre na parte entre as
janelas de maior seção.
Figura 1.8: Elo fusível com seção reduzida por janelas e um acréscimo de massa no centro - a fusão
ocorre sempre entre as janelas.
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Elo indicador de queima (espoleta)
Facilita a identificação da queima de um fusível, pois, se desprende em caso de
queima.
É constituído de um fio muito fino, que está ligado em paralelo com o elo fusível.
No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de queima não suportará a corrente
e também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta. (Figura 1.9)
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Fusíveis de ação retardada
A fusão do elo só acontece quando houver sobrecargas de longa duração ou
curto-circuito. São próprios para proteger circuitos com cargas indutivas e/ou
capacitivas, como motores, transformadores, capacitores e indutores em geral.
Resistência de Contato
A resistência de contato entre a base e o fusível pode causar aquecimento,
podendo até causar a queima do fusível.
Capacidade de Ruptura
É a capacidade que um fusível possui de proteger com segurança um circuito,
fundindo apenas seu elo de fusão, não permitindo que a corrente elétrica continue a
circular. Seu valor é dado em kA (quilo Ampere). Ver Figura 1.10.
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A Figura 1.10 apresenta um exemplo de leitura para fusível rápido, num
diagrama de característica tempo de Fusão x Corrente.
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Figura 1.11: Curvas características Tempo x Corrente de fusíveis retardados.
Fonte: <http://www.fusivel.com.br/4-38-weg>. Acesso em: 25 maio 2007.
Substituição
Quando houver a queima de um fusível, em nenhuma hipótese deverá haver o
recondicionamento do mesmo, devendo ser substituído por outro de mesma
capacidade de corrente e características.
Dimensionamento
É a escolha de um fusível adequado para fazer proteção de um determinado
circuito. A escolha do fusível deve ser feita de tal modo que uma anormalidade elétrica
fique restrita a um setor, sem atingir as demais partes do mesmo.
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Para dimensionar um fusível é necessário levar em consideração as seguintes
grandezas elétricas:
Corrente nominal do circuito;
Corrente de curto-circuito;
Tensão nominal.
Segurança Diazed
A segurança Diazed é composta de um conjunto de componentes, onde se
encontra alojado o fusível. Este conjunto é composto de base, parafuso de
ajuste,fusível, tampa, anel de proteção e cobertura da base.
Observe a Figura 1.12.
Base
Elemento de porcelana que reúne e sustenta as demais partes da segurança
Diazed. Comporta um corpo metálico roscado interna e externamente, ligado a um
dos bornes. O outro borne está isolado do primeiro, e é ligado ao parafuso de ajuste.
Estas bases podem ser fornecidas com dispositivo de fixação rápida, para montagem
sobre trilho, conforme apresentado na Figura 1.13.
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Figura 1.13: Base do sistema de Segurança Diazed.
Cobertura da Base
Parafuso de Ajuste
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um código de cores padronizado para identificar a corrente nominal do parafuso de
ajuste, ver Tabela 1 no final deste capítulo.
Figura 1.16: a) Chave para parafuso de ajuste – b) Forma de encaixe da chave ao parafuso.
Tampa
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Figura 1.17: Tampa.
Anel de Proteção
É um elemento fabricado em porcelana ou plástico roscado internamente. Sua
função é isolar a rosca metálica da base com relação ao painel e evitar possíveis
choques acidentais. Possui tamanho e rosca igual à tampa. (Figura 1.18).
Fusível
É a peça de maior importância no sistema. Possui um corpo de porcelana ou
esteatite, que tem ótima resistência mecânica e uma excelente rigidez dielétrica, onde
estão impressas suas características elétricas. A Tabela 1, no final deste capítulo,
mostra o código de cores padronizado para cada valor de corrente nominal. As cores
estão numa espoleta indicadora de queima que se encontra presa pelo elo indicador
de queima. (Figura 1.19)
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Figura 1.19: Fusível diazed.
Dispositivo de segurança NH
A segurança NH é composta de fusível, base e punho, isolados para tensões
até 500Vca ou 600Vca.
Fusível
A segurança NH reúne as características de fusível retardado para correntes de
sobrecarga e fusível rápido para correntes de curto circuito. Possui corpo de
porcelana, onde estão impressas suas características elétricas, conforme apresentado
na Figura 1.21.
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Figura 1.21: Fusível NH.
Base
Possui contatos especiais prateados que garantem contato perfeito e alta
durabilidade. Uma vez retirado o fusível, a base constitui uma separação visível das
fases, tornando dispensáveis, em muitos casos, a utilização de um seccionador
adicional. A base é construída de esteatite, plástico ou termofixo, possuindo meios de
fixação a quadros ou placas. A pressão das garras é garantida por molas de aço. Veja
na Figura 1.22.
Punho
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Figura 1.23: Utilização do punho em montagem ou substituição de fusíveis NH.
Tabelas de correntes:
Tabela 1
Capacidade de corrente e código de cores para fusível Diazed.
2 Rosa
4 Marrom
6 Verde
Rosca
10 Vermelho
E27
16 Cinza
20 Azul
25 Amarelo
35 Preto
Rosca
50 Branco
E33
63 Cobre
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Tabela 2
Capacidade de corrente para fusível NH.
1.3 Disjuntor
1.3.1 Definição
É um equipamento de comando e proteção de circuitos elétricos, cuja finalidade
é conduzir continuamente a corrente de carga sob condições nominais e interromper
correntes anormais de sobrecarga e de curto circuito. (Figura 1.24)
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Por definição do Dicionário brasileiro de eletricidade, da ABNT tem-se:
Dispositivo de manobra: dispositivo elétrico destinado a estabelecer ou interromper
corrente, em um ou mais circuitos elétricos.
1.3.2 Constituição
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Figura 1.25: Constituição interna disjuntor monopolar.
Fonte: <http://www.ge.com.br/mini_dr>. Acesso em: 01 jun. 2007.
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1.3.3 Princípio de funcionamento
De forma similar, R e o bimetal B são dimensionados para que este último não
toque a extremidade de A dentro da corrente nominal do disjuntor. Acima desta, o
aquecimento do bimetal o levará a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de
forma idêntica à do eletroímã.
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Disjuntor magnético
A ação magnética funciona conforme descrito acima e na ocorrência de curtos-
circuitos. (Figura 1.27 - a)
Disjuntor térmico
Conforme analisado anteriormente, o disjuntor térmico protege os condutores
contra as sobrecargas. (Figura 1.27 - b)
Disjuntor termo magnético
Denominação dada aos disjuntores que combinam ambas as formas de
proteção. (Figura 1.27 - c).
Os três símbolos da Figura 1.27(a, b e c) referem-se a disjuntores monofásicos.
A manobra através de um disjuntor é feita manualmente – geralmente por meio da
alavanca – ou pela ação de seus relés de sobrecarga (bimetálico) e de curto-cicuito
(eletromagnético).
Observa-se nesse ponto, que os relés não desligam o circuito: eles apenas
induzem ao desligamento, atuando sobre o mecanismo de molas, que aciona os
contatos principais. É válido mencionar que para disjuntor de elevadas correntes
nominais, os relés de sobre-correntes são constituídos por transformadores de
corrente e módulo eletrônico que irá realizar a atuação do disjuntor por correntes de
sobrecargas, correntes de curto-circuito com disparo temporizado e instantâneo e até
disparo por corrente de falha à terra.
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1.3.4 Aplicação
Cada aplicação requer um tipo específico de disjuntor para manobra e
proteção. Os disjuntores possuem curvas características classificadas, por exemplo
em curva B e C. Observe a Figura 1.28.
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A corrente de curto-circuito (Ik)
É a mais elevada das correntes que pode vir a circular no circuito, e como é em
superior à corrente nominal, só pode ser mantido por um tempo muito curto, sob pena
de danificar ou mesmo destruir componentes de um circuito. Portanto, o seu tempo de
desligamento deve ser extremamente curto.
Essa corrente tem influência tanto térmica (perda joule) quanto eletrodinâmica,
pelas forças de repulsão que se originam quando essa corrente circula entre
condutores dispostos em paralelo, sendo por isso mesmo, fator de dimensionamento
da seção condutora de cabos.
O seu valor é calculado em função das condições de impedância do sistema, e
é por isso variável nos diversos pontos de um circuito. De qualquer modo, representa
em diversos casos até algumas dezenas de quilo-ampéres que precisam ser
manobrados, seja pela atuação de um fusível, seja pelo disparo por um relé de curto-
circuito que ativa o mecanismo de abertura dos contatos do disjuntor.
Entretanto, existem algumas vantagens no uso do fusível, e outras usando
disjuntor. Veja no quadro 1 a comparação entre as características do fusível e
disjuntor. A confiabilidade de operação do fusível ou disjuntor é assegurada pela
conformidade das normas vigentes e referências do fabricante.
Quadro 1
Características para desempenho no curto-circuito.
Fusível Disjuntor
Dispensa cálculo fino da corrente de Necessita cálculo fino da corrente
curto-circuito; de curto-circuito;
Alta capacidade de interrupção; Capacidade de interrupção variada;
Elevada limitação; Limitação em alta capacidade de
Otimização do tempo de Interrupção; interrupção;
Disponibilidade fácil; Tempo de interrupção variado;
Baixo custo. Disponibilidade com restrições;
Custo variado.
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1.4 Disjuntor motor
1.4.1 Definição
O disjuntor motor ou também guarda motor, é um dispositivo de manobra
mecânico utilizado para estabelecer, conduzir e interromper correntes sob condições
normais do circuito, e interromper correntes sob condições anormais do circuito,
como: curto-circuito, sobrecarga ou subtensão. (Figura 1.29).
1.4.2 Simbologia
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1.4.3 Tipo de disjuntor motor
Disjuntor-motor magnético
Segundo informações do fabricante este disjuntor possui as seguintes
características:
Proteção contra curto-circuito e seccionamento com possibilidades de bloqueio
mecânico por circuito individual de motores;
Disparador térmico ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de
mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase, incorporado no relé
de sobrecarga;
Disparador magnético fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do
disjuntor.
Disjuntor-motor termomagnético
Este disjuntor tem as seguintes características:
Proteção contra curto-circuito e seccionamento com possibilidades de bloqueio
mecânico por circuito individual de motores;
Disparador térmico ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de
mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase, incorporado no
disjuntor-motor;
Disparador magnético fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do
disjuntor.
Ambos apresentam outras características aqui não relacionadas e que poderão
ser obtidas consultando o Catálogo do Fabricante.
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Figura 1.31: Curva de disparo.
Fonte: <http://www.ge.com.br/disjuntor_motor>. Acesso em: 01 jun. 2007.
1.5.1 Definição
30
Figura 1.32: Dispositivo diferencial residual.
Fonte: <http://www.siemens.com.br/dispositivos>. Acesso 20 jun. 2007.
1.5.2 Simbologia
1.5.3 Constituição
A Figura 1.34 ilustra uma vista em corte e a constituição interna de um
dispositivo diferencial capaz de detectar correntes de falta CA, CC pulsante e CC
lisas.
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Figura: 1.34: Constituição interna de um dispositivo diferencial residual.
Fonte: ABNT. NBR 5410.
Legenda
R – relé de disparo;
A – unidade de medição e comparação para correntes residuais contínuas lisas.;
T – botão de teste;
W1 – sensor de correntes senoidais e correntes contínuas pulsantes;
W2 – sensor de correntes contínuas puras.
1.5.4 Funcionamento
32
Segurança
Uma pequena falha em um eletrodoméstico, um fio decapado, uma tomada ou
um interruptor com defeito pode colocar em sérios riscos a saúde da sua família e
até a sua residência. É sempre bom lembrar que todas as funções biológicas do
organismo humano são feitas por meio de pequenos impulsos elétricos. Portanto,
não é difícil imaginar o que poderá causar de dano à saúde uma descarga elétrica,
mais conhecida como choque.
1.5. 5 Tipos
Disjuntor com proteção diferencial-DDR
Os DDR's são disjuntores com proteção diferencial, onde já estão
incorporados em um único produto as funções do DR (Diferencial Residual) e do
Mini-Disjuntor. O DDR possui proteção diferencial contra contatos diretos e indiretos
e proteção contra sobrecarga e curto-circuito. Normalmente são disponíveis nas
curvas B e C e sensibilidade de 30 e 300 mA. Sendo assim o DDR protege as
pessoas dos efeitos maléficos de um choque elétrico (corrente até 30mA) e os
equipamentos
patrimoniais (correntes entre 100 e 500mA). Apresenta um custo maior em relação
ao IDR.
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Interruptor diferencial residual – IDR
É um importante dispositivo de proteção e detecção de fuga de corrente. Além
de proteger pessoas contra os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto
causado por fuga de corrente, protege contra perda de energia elétrica. Um dos
principais pontos de sua segurança é que ele é capaz de detectar uma pequena
diferença entre a corrente que entra e sai do circuito. Ao detectar essa fuga de
corrente, o IDR desliga automaticamente os circuitos elétricos, garantindo a
segurança de pessoas e patrimônios.
1.6.1 Definição
São dispositivos que atuam pelo efeito térmico provocado pelas sobrecorrentes
de longa duração, ou quando ocorre sobrecarga que superaquecem o circuito ou
partes do circuito a níveis inadmissíveis. Este superaquecimento pode ocorrer, por
exemplo, em função de:
Sobrecarga mecânica na ponta do eixo do motor;
Falta de uma fase;
Tempo de partida prolongado de um motor.
34
1.6.2 Simbologia
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Contatos Auxiliares
Geralmente o relé térmico de sobrecarga possui dois contatos, um
normalmente fechado NF (abridor) e outro normalmente aberto NA (fechador). O
contato NF é responsável pela interrupção de funcionamento do circuito elétrico em
caso de sobrecarga, podendo retornar a posição inicial de forma automática ou
manual. Já o contato NA normalmente é utilizado na sinalização de relé atuado.
Botão de Rearme
Têm a função de rearmar os contatos auxiliares do relé de sobrecarga.
Lâmina Bimetálica Auxiliar
Tem a função de fazer a compensação do ajuste, de acordo com a variação da
temperatura ambiente.
Lâminas Bimetálicas Principais
Tem a função de acionar o dispositivo mecânico quando sofrem uma dilatação
e conseqüente deflexão devido a elevação da corrente elétrica, comutando os
contatos móveis do relé.
Mecanismo de Regulagem (Ajuste de Corrente)
Permite efetuar a regulagem da corrente solicitada pela carga, que poderá
circular no circuito.
1.6.4 Funcionamento
Os relés de sobrecarga foram desenvolvidos para operar baseados no princípio
de pares termoelétricos. O princípio de operação do relé é baseado nas diferentes
dilatações que os metais apresentam, quando submetidos a uma variação de
temperatura. Duas ou mais lâminas de metais diferentes (normalmente ferro e níquel)
são unidas através de soldas, sob pressão ou eletroliticamente. Quando aquecidas
elas se dilatam diferentemente e se curvam. Esta mudança de posição é usada para
comutação de um contato.
Durante o esfriamento, as lâminas voltam à posição inicial. O relé está, então,
novamente pronto para operar, desde que não exista no conjunto um dispositivo
mecânico de bloqueio. O relé térmico permite que o seu ponto de atuação seja
ajustado com o auxílio de um dial. Isto possibilita ajustar o valor de corrente que para
a atuação do relé.
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Deve-se calibrar a corrente de ajuste do relé em função da corrente nominal do
componente a ser protegido, por exemplo, um motor.
1. Aquecimento Direto
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2. Aquecimento Indireto
Neste caso, as lâminas ou são envolvidas ou recebem calor de um elemento
resistivo.
3. Aquecimento Semi-Direto
As Lâminas são aquecidas pela passagem de corrente e, adicionalmente, por
um elemento resistivo. O elemento resistivo pode ser ligado em série ou paralelo com
as lâminas. Este tipo de relé é usado para pequenas correntes de atuação para se
conseguir a dilatação necessária. Veja a Figura 1.41.
38
Figura 1.43: Aquecimento através de transformador de corrente (TC).
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 69.
39
Figura 1.44: Curvas de disparos de cargas.
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 69.
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Compensação de Temperatura
Os relés de sobrecarga térmicos possuem compensação de temperatura
ambiente, exemplificando:
Com uma temperatura ambiente de + 300 C, as lâminas bimetálicas principais
se dilatarão, curvarão e terão deslocado através do cursor, uma parte do percurso e,
para um determinado valor de corrente, resultaria um tempo de disparo menor. Para
que isto seja evitado, o cursor atua sobre a lâmina bimetálica auxiliar. Esta lâmina não
é, contudo, percorrida pela corrente. Ela é aquecida somente pela temperatura
ambiente e se curvará na proporção das lâminas principais. Desta forma as lâminas
aquecidas pela corrente determinarão um mesmo tempo de disparo para qualquer
temperatura ambiente .Este tipo de compensação de temperatura satisfaz na faixa de
200 a + 500 C.
Proteção contra Religamento Involuntário
Após um disparo por sobrecarga, as lâminas bimetálicas necessitam resfriarem
e retornarem à sua posição inicial até que o relé esteja novamente em condições de
serviço. Assim, o intervalo de repouso necessário ao motor fica obrigatoriamente
assegurado.
Relés de sobrecarga em rearme automático são utilizados com contatores
comandados por botão de impulso. Após o tempo de resfriamento, o contato auxiliar
do relé retorna à sua posição inicial não ativando o circuito de comando.
Relés de sobrecarga em rearme manual são utilizados em contatores
comandados por chave de posição fixa. O contato auxiliar do relé permanece aberto
após o tempo de resfriamento, impedindo ativar-se o circuito de comando.
Proteção contra Falta de Fase
A curva característica de disparo de um relé de sobrecarga trifásico é dada na
condição de que todas as três lâminas são percorridas por correntes equilibradas. No
caso de falta de fase, apenas duas lâminas são aquecidas e devem produzir,
sozinhas, o deslocamento/força necessários para atuação do mecanismo de disparo.
Os Relés de sobrecarga trifásicos, com proteção contra falta de fase, oferecem
a vantagem de atuação mais rápida quando sob carga bifásica, ou seja, falta de uma
fase.
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1.7 Contatores
1.7.1 Definição
42
1.7.2 Simbologia
Bobinas
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Terminais dos Contatos Principais
Devem ser identificados por números unitários e por um sistema alfanumérico.
Os terminais 1L1, 3L2 e 5L3 são ligados na rede (fonte) e os terminais 2T1, 4T2 e 6T3
devem ser conectados na carga.
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1.7.3 Constituição
Contatos
Podem ser fixos ou móveis. Também podem ser principais (usados para
conduzir a corrente de carga) e auxiliares (usados para a comutação de circuitos
auxiliares, sinalização e intertravamento elétrico, entre outras aplicações).
Contatos Fixos: partes dos contatos que são fixadas à carcaça do contator;
Contatos Móveis: peças movidas quando se energiza a bobina do contator.
Esses contatos farão contato físico com os contatos fixos, estabelecendo o
circuito.
Câmara de extinção
É um compartimento que envolve os contatos principais. Seu principal objetivo
é a extinção da faísca, ou arco voltáico, que surge quando se interrompe um circuito
elétrico que está energizado. O arco é extinto pelo processo denominado “sopro
dinâmico”, através do campo magnético formado por ele.
Terminais de Conexão
Destinam-se à interligação do contator com outros dispositivos do circuito.
Carcaça
É a parte que aloja e sustenta todos os componentes do contator. É feita de
material isolante e que ofereça boa resistência elétrica e mecânica.
Suporte dos Contatos Móveis
Sustenta mecanicamente os contatos móveis e se encontra preso ao núcleo
móvel. É feito de material isolante de alta resistência mecânica.
Núcleo Móvel
Elemento feito de lâminas de ferro sobrepostas, isoladas entre si, acoplado
mecanicamente ao suporte dos contatos móveis.
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Núcleo Fixo
Elemento responsável pela concentração das linhas de força do campo
magnético criado pela bobina, evitando que elas se dispersem. É feito de lâminas de
ferro sobrepostas, isoladas entre si. Nos contatores com acionamento em corrente
alternada é inserido, nos pólos magnéticos do núcleo fixo, um anel metálico,
denominado de anel de defasagem (anel de curto - circuito).
Sua função é a de evitar ruídos e trepidações do contator quando a corrente
alternada passar pelo zero, momento em que não haveria campo magnético,
conforme Figura 1.50.
Bobina
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Figura 1.51: Constituição de um contator.
Fonte: WEG. .s. d. p. 245.
1.7.4 Acessórios
Supressor de Surto
São dispositivos conectados em paralelo com a bobina do contator e utilizados
no amortecimento das sobretensões provocadas durante as operações de abertura,
que podem danificar componentes sensíveis.
São compostos de circuitos RC ou Varistores (Figura 1.51).
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Bloco de Contatos auxiliares
Alguns contatores possuem contatos auxiliares diretamente na sua carcaça.
Atualmente, os blocos de contatos são acessórios que poderão ser acoplados aos
contatores.
Os contatos auxiliares podem ser abertos (NA) ou fechados (NF). Na Figura
1.52 pode-se observar os detalhes de um bloco de contatos auxiliares com fixação no
topo e fixação lateral.
Temporizador Pneumático
Elemento de temporização fixado na parte frontal dos contatores é fabricado
para retardo na energização ou retardo na desenergização.
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Figura 1.54: Bloco de contato auxiliar temporizado.
Fonte: WEG. s. d. p.. 264.
Intertravamento Mecânico
É a combinação que garante mecanicamente a impossibilidade de fechamento
simultâneo entre dois contatores. A sua montagem normalmente é feita lateralmente,
entre os dois contatores.
1.7.5 Funcionamento
a) Acionamento
Quando a bobina do contator é energizada a partir de um dispositivo de
comando (botoeiras, chaves fim de curso, relés, etc.), cria-se um campo magnético, e
o núcleo fixo atrai o núcleo móvel, deslocando os contatos móveis que estão
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acoplados mecanicamente a este, desta forma haverá a comutação dos contatos
principais e auxiliares.
b) Desligamento
Para desligamento do contator, é necessário interromper a alimentação da
bobina, fazendo com que desapareça o campo magnético provocado por molas, o
retorno do núcleo móvel e, conseqüentemente, o retorno dos contatos ao estado de
repouso.
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Suas principais características são:
Tamanho físico variável, conforme o número de contatos;
Corrente nominal de carga máxima igual a 10 A para todos os
contatos;
Câmara de extinção inexistente.
51
Categorias de Emprego: determina as condições para a ligação e
interrupção da corrente e da tensão nominal de serviço
correspondentemente, para a utilização normal do contator, nos mais
diversos tipos de aplicação para CA e CC.
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DC – 6 Controle de cargas de cargas resistivas e cargas de estado sólido através de
DC – 12 acopladores ópticos.
Controle de eletroímãs
DC – 13 Controle de cargas eletromagnéticas que têm resistores de economia no
DC – 14 circuito.
* A categoria AC – 3 pode ser usada para regimes intermitentes ocasionais por um período de tempo limitado
como em set-up de máquinas; durante tal período de tempo limitado o número de operações não pode exceder 5
por minuto ou mais que 10 em um período de 10 minutos.
** Motor-compressor hermeticamente refrigerado é uma combinação que consiste em um compressor e um
motor, ambos enclausurados em um invólucro, com eixo não externo, onde o motor opera neste meio
refrigerante.
1.8.1 Definição
53
1.8.2 Simbologia
1.8.3 Constituição
Existem vários tipos de botões de comando. Geralmente, são compostos por
um elemento frontal de comando (cabeçote) e um bloco de contatos.
Pelo princípio de montagem modular, há possibilidade de adaptar vários blocos
de contato por botão de comando elétrico e cada bloco possuindo contatos NA, NF ou
ambos, ampliando assim, a aplicação deste dispositivo de comando. Este princípio é
denominado de blocos de contatos intercambiáveis e conforme aplicação, os
cabeçotes podem apresentar diâmetros de 10, 15, 16, 22 e 30 mm.
Bloco de Contato
Elemento constituído de um corpo isolante, contatos móveis, fixos e bornes
para conexões.
Figura 1.58: (a) Bloco de contatos simples. (b) Bloco de contatos duplo.
Fonte: <http://www.weg.com.br/FILES/Artigos/4-515>. Acesso em: 18 jun. 2007.
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Corpo isolante
Serve para envolver os contatos e sustentar os bornes para conexões. É feito
de material termoplástico (isolante) de boa resistência mecânica.
Contatos
São elementos responsáveis pela continuidade da corrente elétrica do circuito.
Os contatos são, normalmente, em forma de pastilha de liga de prata
superdimensionada, tanto nas partes fixas como nas móveis, garantindo assim uma
alta capacidade de ruptura, que acarreta uma vida mais longa para os contatos.
Alguns fabricantes fornecem, sob encomenda, contatos com banho de ouro.
Bornes para Conexões
São elementos que estabelecem a ligação dos condutores aos contatos fixos.
Elemento Frontal de Comando
O elemento de acionamento do botão de comando pode ser de vários tipos:
Normal
Utilizados nos comandos elétricos em geral. É um botão de longo curso e
praticamente inexiste a possibilidade de manobra acidental.
Faceado Simples
Possui somente um dispositivo para acionamento. (Figura 1.59)
55
Faceado duplo
Possui dois dispositivos para acionamento: um botão verde (liga) e um botão
vermelho (desliga) e, em alguns casos, um dispositivo de sinalização luminoso, que
acenderá ao ser acionado o botão verde. (Figura 1.60).
Este tipo de elemento pode ser encontrado com ligações internas, que facilita a
sua conexão aos circuitos de comando. Os fabricantes fornecem no corpo do
componente o diagrama de ligação.
Saliente
Sua construção torna o acionamento mais rápido, porém oferece a
possibilidade de manobra acidental, se não houver guarnição. (Ver Figura 1.61).
Alguns tipos de botões de comando possuem cabeçotes dotados de uma lâmpada
interna, que acenderá quando acionarmos o dispositivo, sinalizando a operação.
56
Saliente com guarnição
Possuem uma guarnição (guarda total) que impede o acionamento acidental do
botão promovendo maior segurança. (Ver Figura 1.62).
Tipo de cogumelo
Seletor de Posição
O seletor é essencialmente um comutador para aplicações industriais, que
permite resolver certos problemas de esquemas elétricos. São aqueles nos quais o
acionamento é obtido através do giro de alavancas, knobs, chaves tipo yale e pode
acionar uma ou mais seções de contatos NA ou NF.
O comutador com Chave Yale é Indicado para comando de circuitos onde
somente o operador responsável executa a manobra. Os tipos de cabeçote de
comando mais comuns para botões de comutação estão demonstrados na Figura
1.63.
57
Figura 1.64: (a) Seletor de posição tipo Alavanca. (b) Yale. (c) Knob.
Fontes: <http://www.schmersal.com.br/catalogos>. Acesso em: 23 maio 2007.
<http://www.weg.com.br/files>. Acesso em: 23 maio 2007.
<http://www.weg.com.br >. Acesso em: 23 maio 2007.
58
Acionamento por impulsão com retenção
Quando pressionado, se mantém na posição a que foi acionado, até novo
acionamento. Normalmente botões de emergência do tipo cogumelo com trava ou
chave Yale são vermelhos. Observe a Figura 1.66:
Figura 1.66: (a)Impulsão com retenção/girar para soltar (b)Retenção com chave Yale.
Fonte: <http://www.schneider.com.br/XB4_XB5>. Acesso em: 11 set. 2007.
1.8.6 Botoeiras
59
Aplicação: comando de pontes rolantes, talhas, alarme contra
incêndio, etc.
Parar/desligar;
Vermelho Parada de emergência.
Acionamento;
Verde ou Preto
Início do ciclo de operação de máquina.
Atenção, cuidado;
Partida de retrocesso fora das condições normais de
Amarelo
operação;
Partida de um movimento para evitar condições de perigo.
60
1.9 Relé de Tempo
1.9.1 Definição
1.9.2 Simbologia
Instantâneo a Energização
61
Com Retardo a Energização
62
Eletrônico (Analógico e Digital);
Pneumático;
Eletromecânico;
Térmico.
Daremos ênfase ao estudo dos temporizadores eletrônicos e pneumáticos, por
serem dispositivos que apresentam uma série de vantagens sobre os demais, como:
maior precisão, menor desgaste, ocupam menor espaço físico, etc.
Temporizadores eletrônicos
São dispositivos usados nos circuitos elétricos com o objetivo de processar a
temporização de manobras.
Constituição
É constituído de um circuito eletrônico de temporização, que atua sobre um relé
magnético, o circuito está alojado em uma caixa de material isolante. Na parte frontal
dessa caixa são colocados um seletor de tempo (que gira sobre uma escala
numerada, representando o tempo em segundos) e os bornes para ligação dos
condutores.
Funcionamento
Quando os bornes A1 e A2 (a e b) forem energizados, o circuito eletrônico
entrará em operação, realizando a temporização pré-selecionada através do botão
seletor. Uma vez vencido este tempo, é feito o acionamento do relé magnético, que
comutará os seus contatos (abrirá 15 - 16 e fechará 15 - 18).
63
Os contatos do relé magnético voltarão à posição de repouso quando os bornes A1 e
A2 (a e b) forem desenergizados.
Obs: Retardo na energização.
Características elétricas
Temporizadores pneumáticos
Constituição
64
Figura 1.75: Vista explodida de relé pneumático.
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 100.
Legenda
1. Alavanca de armamento do temporizador, que liga a sanfona ao bloco de contatos elétricos.
2. Balancim.
3. Mola Superior.
4. Válvula.
5. Sanfona (resistente aos óleos e envelhecimento).
6. Contatos abridores e fechadores.
7. Dispositivo de acionamento da regulagem do temporizador.
Funcionamento
65
Quando seccionarmos a alimentação do contator, o seu núcleo deslocará o
balancim em direção à sanfona, expulsando o ar nela contido. Com isto, os contatos
voltarão à posição original de repouso, deixando o temporizador pneumático apto
para um novo ciclo de operação.
1.10.1 Definição
66
Figura 1.76: Chave fim de curso.
Fonte: <http://www.kap.com.br>. Acesso em: 17 maio 2007.
1.10.2 Simbologia
1.10.3 Constituição
É basicamente composta por um corpo (carcaça), bloco de contatos e um
elemento de acionamento (cabeçote).
67
Corpo
É o elemento responsável pela proteção mecânica dos contatos e bornes. Serve
como suporte de fixação do elemento de acionamento. Feito de materiais de elevada
resistência mecânica e trabalham em temperaturas variadas (Ver Figura 1.78).
Bloco de Contatos
É o elemento responsável pelo acionamento elétrico do circuito de comando,
quando acionado mecanicamente pelo cabeçote.
Sistemas de Contatos
Contatos Prolongados
São usados para situações específicas. Ex: Quando acionado, o contato NA
fechará antes que o contato prolongado NF abra, que ficará fechado até quase o final
do curso da ação, quando então se abrirá.
OBS: os bornes dos contatos são identificados por código numérico, idêntico aos contatos
auxiliares dos outros dispositivos já estudados, padronizados pela I.E.C.
68
Elemento de acionamento (cabeçote)
Elemento que abriga os mecanismos de acionamento da chave fim - de –
curso. É escolhido de acordo com o comando a ser executado. Existem vários tipos
de cabeçote, que trabalham em dois movimentos básicos: percurso de ação retilínea
e percurso de ação angular, e seu retorno pode ser automático ou por acionamento.
a) Percurso de Ação Retilínea
Os cabeçotes podem ser acionados na posição vertical ou horizontal, conforme
apresentado na Figura 1.79.
69
A Figura 1.81 ilustra algumas recomendações de acionamento, as setas
indicam o sentido do acionamento do cabeçote.
A Figura 1.82 mostra alguns tipos de acionamentos (cabeçotes) das chaves fim
– de – curso disponíveis no mercado.
1.10.4 Funcionamento
70
1.10.5 Características
Corrente Nominal
É baseada na estrutura de seus contatos e bornes. Normalmente é de 10A.
Número de manobras
Define a vida útil do dispositivo.
Ex: 10 milhões de manobras, 50 milhões de manobras, etc.
Grau de Proteção
O grau de proteção é expresso em código devidamente normalizado, que
classifica para determinado equipamento, sua proteção contra choques, penetração
de corpos estranhos sólidos e líquidos.
Ex: IP 65
IP: Significa Grau de Proteção;
Primeiro algarismo (6): proteção total contra contato com partes sob tensão
ou em movimento. Proteção total contra penetração de pó;
Segundo algarismo (5): proteção contra jatos de água, provenientes de
qualquer direção.
No Quadro 4, estão relacionadas as diversas classificações a que estão
sujeitos os invólucros dos aparelhos elétricos, no que diz respeito ao grau de
proteção.
71
Quadro 4
Índices de Proteção
1º 2º
Algarismo Proteção do acesso às partes energizadas Algarismo Proteção contra líquidos
0 Sem proteção 0 Sem proteção
1 Proteção contra toque acidental com a mão. 1 Proteção contra gotas de água na
Proteção contra corpos estranhos sólidos, de vertical.
dimensões acima de 50 mm.
1.11 Sensores
1.11.1 Definição
72
1.11.2 Tipos de sensores
O contato irá abrir quando o campo magnético deixar de existir. Este sensor
pode ter os contatos abertos ou fechados na posição de repouso (sem ação de
campo magnético), sendo que os abertos são chamados de contatos NA (normal
aberto) e os fechados de contatos NF (normal fechado).
73
Figura 1.84: Composição do sensor de contato (reed-switch).
Sensores de proximidade
74
Figura 1.86: Sensores de proximidade.
Fonte: <http://www.b2babimaq.com.br >. Acesso em: 18 fev. 2009.
Sensores Indutivos
75
Figura 1.87. Principio de funcionamento do sensor indutivo.
A superfície externa frontal do sensor forma uma região chamada "região ativa"
onde o sensor detecta a presença ou deslocamento de objetos. Quando se aproxima
um objeto metálico da região ativa do sensor há mudanças na amplitude do sinal do
circuito oscilador que são percebidas pelo demodulador. As variações percebidas pelo
demodulador são transformadas em nível de tensão e aplicadas no detector de nível
da tensão. Na saída, o sinal que foi enviado é amplificado e compatibilizado com os
níveis de tensão especificados pelo fabricante. Há diversos modelos de sensores
indutivos que variam, principalmente em relação à distância de acionamento. Os tipos
mais comuns são de construção com corpo plástico ou metálico, como mostra a
Figura 1.88:
76
A utilização dos sensores indutivos possui vantagens como:
Alta durabilidade;
Baixa manutenção;
Boa imunidade às influências do ambiente em que ele está instalado;
Alta sensibilidade.
O símbolo de um sensor indutivo é apresentado na Figura 1.89.
Sensores Capacitivos
77
Figura 1.90: Princípio de funcionamento de um sensor capacitivo.
78
Sensores Ópticos (Fotoelétricos)
79
O símbolo de um sensor óptico está representado na Figura 1.94:
Encoder
80
Figura 1.95: Dispositivo chamado de encoder.
1.12.1 Introdução
Os motores elétricos de indução podem ser monofásicos ou trifásicos. Os
motores de indução monofásicos são mais utilizados para o acionamento de
pequenas cargas, como ventiladores, pequenas bombas e aparelhos de uso
doméstico.
81
O motor de indução trifásico, ou simplesmente MIT, é o motor mais utilizado na
indústria em virtude de sua robustez, baixo custo, vida útil e facilidade na
manutenção, por isso será o tema estudado neste capítulo.
1.12.2 Definição
Motor elétrico é uma máquina que tem como função converter energia elétrica
em mecânica através do movimento rotativo de um eixo, quando é aplicada em seus
enrolamentos uma tensão elétrica alternada.
Motor Síncrono
Os motores síncronos são motores de velocidade constante e proporcional com
a frequência da rede. Seu uso é limitado a grandes potências e acionamentos
especiais, que requerem velocidades invariáveis em função da carga.
Motor Assíncrono
É utilizado na grande maioria das máquinas e equipamentos industriais por
serem robustos e mais baratos. Sua velocidade sofre ligeiras variações em função da
variação da carga mecânica que é inserida ao seu eixo.
82
Classificação dos motores Assíncronos
Os motores assíncronos podem ser do tipo rotor gaiola de esquilo, são assim
chamados porque seu enrolamento rotórico tem a característica de ser curto-
circuitado, assemelhando-se a uma gaiola de esquilo. Outro tipo de motor assíncrono
é o motor de anéis ou motor de rotor bobinado, que possui a mesma característica
construtiva do motor de indução com relação ao estator, mas o seu rotor é bobinado
com um enrolamento trifásico, cujo acesso é feito através de três anéis com escovas
coletoras no eixo.
1.12.4 Construção
:
Figura 1.98: Motor de indução trifásico em corte.
Fonte: WEG. 2004. p.11.
83
Rotor
O rotor é constituído de um eixo onde é acoplada uma carga mecânica, o
mesmo possui um “pacote” de chapas magnéticas denominado núcleo, que tem como
objetivo melhorar a permeabilidade magnética do meio. O enrolamento do rotor pode
ser bobinado ou do tipo Gaiola de Esquilo.
No rotor Gaiola de Esquilo, os condutores são normalmente de alumínio em
forma de barras e estão curto circuitados em cada terminal por anéis contínuos, como
mostra a figura acima.
Já o rotor Bobinado é constituído de um enrolamento trifásico, fechado
internamente em estrela, acessível através de três anéis com escovas coletoras no
eixo, conforme mostra a Figura 1.98.
L0-0=0
É formado por uma carcaça normalmente construída de ferro fundido, que é a
estrutura de todo o conjunto. Internamente a ela existe o núcleo que é um “pacote” de
chapas magnéticas com a função de concentrar as linhas de indução criadas pelos
enrolamentos quando são conectados à corrente alternada. Nas ranhuras do núcleo
do estator, existe o enrolamento trifásico que é constituído de três conjuntos de
bobinas de cobre defasadas de 120º geométricos. Estas bobinas interagem-se,
produzindo um campo magnético girante, que só é possível graças à construção do
estator (as bobinas estão defasadas de 120º geométricos), e por serem alimentados
por correntes alternadas trifásicas, cujas fases estão defasadas entre si de 120º
elétricos.
84
1.12.5 Princípios de Funcionamento
Quando é aplicada uma tensão alternada nos enrolamentos do estator, surge
um campo magnético girante, devido à circulação de corrente. As linhas de indução
deste campo magnético “cortam” os condutores do rotor, induzindo neles uma
diferença de potencial (DDP), como o circuito está fechado, surge uma corrente
induzida que gera um campo magnético em volta dos condutores do rotor, que tende
a acompanhar, ou alinhar-se, com o campo girante produzido pelo estator, criando
assim o movimento do eixo do motor.
85
Para instalar adequadamente um motor elétrico, é necessário saber interpretar
os dados da placa. Geralmente encontramos os seguintes dados nesta placa.
86
k) Grau de Proteção: a norma NBR 6146 define os graus de proteção dos
equipamentos elétricos por meio das letras características IP, seguidas por dois
algarismos, o 1º Algarismo indica o grau de proteção contra penetração de corpos
sólidos estranhos e contato acidental e o 2º Algarismo indica o grau de proteção
contra penetração de água no interior do motor.
Quadro 5
Graus de proteção
87
l) Tensão Nominal: é a tensão da rede para o qual o motor foi projetado, suportando
uma variação de aproximadamente 10% (em Volts);
88
Ligação de motores de 06 (seis) terminais:
1.13.1 Definição
89
1.13.2 Tipos de transformadores
Transformadores de tensão
Simbologia
Os símbolos do transformador de tensão são mostrados na Figura 1.104.
Constituição
São compostos por duas bobinas, sendo uma bobina primária e uma
secundária, montadas sobre um núcleo de ferro – silício laminado.
Núcleo de Ferro: responsável pela concentração do campo magnético
criado a partir da alimentação do enrolamento primário;
Enrolamento Primário: bobina onde aplicamos a tensão que será
modificada;
90
Enrolamento Secundário: bobina onde será obtida a tensão
desejada.
Funcionamento
91
Figura 1.106: Funcionamento do transformador.
Fonte: <http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/transformador> Acesso em: 24 maio 2007.
Características
92
Aplicações
Auto-transformador
Simbologia
93
Constituição
Funcionamento
94
Transformador de corrente – TC
O transformador de corrente é um dispositivo que reduz os valores de correntes
a outros de menor intensidade, de acordo com sua relação de transformação (Figura
1.109).
Simbologia
Os símbolos do transformador de corrente estão mostrados na Figura 1.110.
95
Funcionamento
O enrolamento primário é o próprio barramento ou cabo que conduz a corrente
da carga, que tem um valor elevado, e deverá ser reduzida. Essa corrente induz uma
corrente na bobina do secundário, tão menor quanto maior a relação de
transformação do TC. O secundário alimenta os instrumentos ou dispositivos que irão
funcionar com corrente reduzida.
Devido às características construtivas do TC, surgem tensões de vários
kilovolts nos terminais do secundário, caso seja aberto em funcionamento.
Aplicações
São normalmente usados em circuitos onde se deseja fazer medições ou
proteção.
Medição: imagine uma situação em que se necessite medir uma corrente de
1000A. Usando-se um TC com relação de 1000/50 e um amperímetro
adequado para esta situação (com escala graduada de 0 – 1000A), faz-se a
medição. Quando circular uma corrente de 1000 A pelo circuito, será de 50A a
corrente no secundário do TC e no amperímetro, que indicará a medida real, ou
seja, 1000A .
96
Figura 1.111: TC com relação de transformação de 1000/50A.
Fonte: SENAI. MG. p. 110.
1.14.1 - Definição
97
As chaves seccionadoras têm as seguintes funções:
98
Observe as Figuras 1.112 e 1.113
Mecanismo de operação
99
Figura: 1.113: Seccionador tripolar a vazio – alta tensão.
Fonte: <http://www.amt.efacec.pt/images>. Acesso em: 05 jul. 2007.
100
Especificação Sumária
Para especificar uma chave seccionadora tripolar primária é necessário que
sejam definidos os seguintes elementos:
corrente nominal, em A;
tensão nominal, em kV;
tensão suportável a seco, em KV;
tensão suportável sob chuva, em kV;
tensão suportável de impulso (TSI), em kV;
uso (interno ou externo);
corrente de curta duração para efeito térmico, valor eficaz, em kA;
corrente de curta duração para efeito dinâmico, valor de pico, em kA;
tipo de acionamento (manual: através de alavanca de manobra, ou
motorizada).
101
Simbologia
Tem a capacidade de operar com o circuito desde a condição de carga nula até
a de carga plena. As seccionadoras de atuação em carga são providos de câmaras de
extinção de arco e de um conjunto de molas capaz de imprimir uma velocidade de
operação elevada. (Figura 1.117).
102
Figura 1.117: Seccionador para manobra sob carga.
Fonte: <http://www.jaguareletrica.com.br/imagens/seccionadora>. Acesso em: 05 jul. 2007.
A posição dos contatos ou dos outros meios de seccionamento deve ser visível
do exterior ou indicada de forma clara e segura;
Os dispositivos de seccionamento devem ser projetados e/ou instalados de
forma a impedir qualquer restabelecimento involuntário. Esse restabelecimento
poderia ser causado, por exemplo, por choque ou vibrações;
Devem ser tomadas medidas para impedir a abertura inadvertida ou
desautorizada dos dispositivos de seccionamento, apropriados à abertura sem
carga.
I = 1,15 x Inm
103
As chaves seccionadoras devem ser dimensionadas para suportar, durante o
tempo de 1s, a corrente de curto-circuito, o valor eficaz (corrente térmica) e o valor de
crista da mesma corrente (corrente dinâmica).
Seccionadoras sem porta fusíveis
Apresentam as mesmas características das seccionadoras sob carga,
porém, não permitem a incorporação de fusíveis.
Os fusíveis, quando previstos, devem ser montados separadamente
104
São chaves tripolares normalmente utilizadas em instalações industriais no
ramo de alimentação de motores;
Também são utilizadas como chave geral de distribuição de circuitos;
São usadas com fusíveis incorporados, sobrepostos na sua parte frontal;
Oferecem segurança na troca de fusíveis, uma vez que quando desligadas,
os fusíveis ficam sem tensão.
Permitem um seccionamento seguro mesmo quando a carga estiver
conectada.
Simbologia
1.15 Sinalização
1.15.1 Introdução
A sinalização é uma forma visual, ou sonora, de indicar uma determinada
operação em um circuito, em uma máquina ou num conjunto de máquinas. Pode ser
feita por buzinas, campainhas, sinaleiros luminosos ou sinalizadores audiovisuais.
Neste estudo serão abordados apenas os sinaleiros luminosos.
1.15.2 Simbologia
105
Quadro 6
Sinalização audiovisual.
Constituição
106
a) Elemento frontal de Sinalização
Possui um visor colorido à frente de uma lâmpada conforme mostra figura
1.121. As cores dos visores são padronizadas para as principais aplicações e estão
relacionadas no Quadro 7.
Quadro 7
Cores padronizadas de sinalizadores.
Condições de
Cor Exemplos de aplicação
operação
Indicação de que a máquina está paralisada devido à
atuação de um dispositivo de proteção, perante, por
Vermelho Condições Anormais exemplo, uma sobrecarga ou a qualquer falha.
107
Em alguns casos, pode-se usar sinaleiro com visor translúcido, que possibilita
a inserção de dizeres, números ou símbolos em suas lentes.
A especificação é feita de acordo com o modelo (que determina suas
dimensões, cores, etc.), diâmetro da furação e forma de fixação ao painel, que é por
meio de rosca no corpo do sinalizador.
b) Elemento Soquete
É um dispositivo acoplável aos elementos frontais de comando. São projetados
para uso de lâmpadas incandescentes - soquetes E-14 e BA9S. O elemento soquete
pode ser acoplado a um transformador, resistor, conversor ou um pisca - pisca, de
acordo com as características elétricas da lâmpada usada e do tipo de sinalização,
conforme Figura 1.123.
108
Fixação ao painel: Por pressão/encaixe no furo;
Espessura da chapa do painel: Entre 0,8 e 2,0 mm;
Lâmpadas: a) Incandescente de 6, 12, 24 e 48 ~ / b) Neon de 110 e
220V~ (com resistor)/c) Diodos luminosos de 6, 12, 24 e 48V~ (com
resistor e diodo de proteção) d) LED de 6, 12, 24, 48 e 110V;
Ligação: Terminais chatos de latão estanhado 2,8 x 0,8 mm,
soldáveis ou "plug-in";
Temperatura admissível: 70º C;
Proteção: IP40 no frontal do painel.
1.16 Terminais
1.16.1 Introdução
109
É possível identificar a seção transversal do cabo que poderá ser conectado
aos terminais através de um código de cores, sendo:
Exemplo:
Terminais de encaixe
São terminais fabricados a partir de fitas de latão ou cobre, possui tratamento
superficial de estanho. Abrange as bitolas de 0,25 a 6mm², podendo ser sem isolação,
com isolação e com garra, pré-isolados, pré-isolados reforçados, totalmente isolados
e isolados em acopladores de nylon. Constituem-se normalmente em engates tipo
fêmea, engates tipo fêmea totalmente isolados, engates tipo macho, engates tipo
macho-fêmea, etc.
110
Terminais e luvas tubulares
111
Ferramentas
112
1.17 Bornes de conexão
1.17.1 Introdução
São dispositivos usados nas instalações elétricas para facilitar o processo de
interligação entre circuitos, como alimentação, carga, teste, e medição,
proporcionando para tais circuitos, a possibilidade de derivações, emendas,
continuidade, ligações, saídas, etc. (Figura 1.130).
1.17.2 Simbologia
113
1.17.3 Constituição de um sistema de conexão
Os conectores, com seus respectivos acessórios representam um sistema fácil
e flexível de conexões, resolvendo inúmeros problemas de ligações elétricas,
mediante um mínimo de peças necessárias. Os componentes deste sistema são:
a) Componente principal: conector unipolar
b) Acessórios: placa final, garra final, trilho, placa separadora, ponte de interligação,
identificadores e tampa de proteção.
+
Figura 1.132: Componentes de um sistema de conexão.
Fonte: <http://www.conexel.com.br>. Acesso em: 16 maio 2007.
Conector Unipolar
Possui corpo isolante que permite a montagem e isolamento das peças
condutoras (contatos). Apresenta bornes em seus extremos, para entrada dos
condutores e em sua parte inferior uma saliência, que serve para encaixe do conector
ao trilho (Figura 1.133).
114
Placa Final
É uma placa isolante que serve para fechar o último conector montado no
trilho, conforme mostra a Figura 1.134.
Garra Final
115
Trilho
Placa Separadora
É uma placa que serve para separar e isolar os bornes. Na Figura 1.137,
podemos observar um conjunto de conectores unipolares, onde temos 03 placas
separadoras na cor amarela.
116
Ponte de Interligação
Identificadores
117
Corrente Nominal: varia de acordo com a capacidade de corrente dos
condutores instalados.
Seção dos Condutores: possuem uma faixa para os valores de seção,
que estabelece os limites máximo e mínimo das bitolas dos condutores
adequados a cada tipo de borne.
Tensão Nominal: deve ser compatível com a tensão onde o borne será
instalado.
A Tabela 3 apresenta os dados técnicos de um conector da linha 8WAI da Siemens.
Tabela 3
Conector 8WAI Siemens
Seção (mm2) 2,5 4,0
Corrente Permanente (A) 26,0 34,0
Tipo de condutor
Fio (mm2) 0,25 - 4,0 0,5 - 6,0
Cabo Flexível (mm2) 0,5 - 2,5 1,5 - 4,0
Temperatura Ambiente até 55º até 55º
Temperatura Máxima 100º 100º
Tensão de Isolação 800 V 800 V
Conectores de Passagem
São usados para permitir a continuidade do circuito, emenda nos condutores,
saídas, etc. São fabricados para cabos entre 2,5 mm2 e 35 mm2 (Figura 1.140).
118
Conectores Seccionadores de Medição
São utilizados para testar e seccionar circuitos com transformadores de
corrente, sem interrupção do serviço (Figura 1.141).
Conectores Terra
É um tipo de conector de passagem que efetua a continuidade elétrica dos
circuitos e o aterramento dos mesmos.
119
Figura 1.143: Conector Terra.
Fonte: <http://www.siemens.com.br> Acesso em: 30 maio 2007.
OBS: além dos conectores unipolares, existem outros tipos, tais como: conectores em barra
(Sindal), conectores para motores, etc...
1.18 SOFT-STARTER
1.18.1 Introdução
120
Figura 1.144: Aspecto físico de uma soft-starter.
Fonte: <http://www.wegelectricalmotors.com>. Acesso em: 31 maio 2007.
121
a carga exige. O motor selecionado para qualquer aplicação estará
quase certamente sobredimensionado e por esta razão, quando
alimentado à tensão nominal, esta energia poderá ser economizada,
mesmo à plena carga.” (WEG, p. 74).
Além disso, existe, ainda, algumas aplicações onde a potência do motor deve
ser definida em função de um pico de carga, que ocorre intermitentemente, apesar de
a carga nominal muitas vezes ser muito menor, como no caso de compressores.
Como podemos ver na Figura 1.145, a soft-starter controla a tensão da rede
através do circuito de potência, onde variamos o valor eficaz de tensão aplicada ao
motor. A seguir, faremos uma análise mais detalhada de cada uma das partes
individuais desta estrutura, já que notamos nitidamente que podemos dividir a
estrutura acima em duas partes: o circuito de potência e o circuito de controle.
122
Circuito de potência
Circuito de controle
De acordo com o Manual de treinamento WEG, módulo 1 – comando e proteção. p.
399:
123
Figura 1.146: Rampa de tensão aplicada ao motor na aceleração.
124
Rampa de tensão na desaceleração
Kick Start
125
Como podemos ver na Figura 1.147:
Limitação de corrente
“Na maioria dos casos onde a carga apresenta uma inércia elevada,
é utilizada uma função denominada de limitação de corrente. Esta
função faz com que o sistema rede/soft-starter forneça ao motor
somente a corrente necessária para que seja executada a
aceleração da carga.” (WEG. Guia de aplicação de soft-starter. p.
72).
126
No Gráfico abaixo podemos observar como esta função é executada.
Pump control
127
Economia de energia
1.18.4 Proteções
128
Subcorrente imediata
“Ajusta o mínimo valor de corrente que a soft-starter permite fluir
para o motor por período de tempo pré-ajustado (via
parametrização); esta função é muito utilizada para proteção de
cargas que não possam operar em vazio como, por exemplo,
sistemas de bombeamento.”
129
Seqüência de fase invertida
Erro de programação
“Não permite que um valor que tenha sido alterado incorretamente seja aceito.
Normalmente ocorre quando se altera algum parâmetro com o motor desligado e nas
condições de incompatibilidade.” (Manual de treinamento WEG, módulo 1 – comando
e proteção. p. 405).
130
Erro de comunicação serial
Impede que um valor alterado ou transmitido incorretamente através da porta
de comunicação serial, seja aceito.
Defeito externo
“Atua através de uma entrada digital programada. São associados dispositivos
de proteção externos para atuarem sobre esta entrada, como, por exemplo, sondas
térmicas, pressostatos, relés auxiliares, etc.” (WEG. Manual de treinamento. Módulo
1: comando e proteção. p. 406.)
ESTRELA-TRIÂNGULO
Vantagens
Custo reduzido.
A corrente de partida é reduzida a 1/3 quando comparada com a partida direta.
Não existe limitação do número de manobras/hora.
Desvantagens
Redução do torque de partida a aproximadamente 1/3 do nominal.
São necessários motores com seis bornes.
Caso o motor não atingir pelo menos 90% da Velocidade nominal, o pico de
corrente na comutação de estrela para triângulo é equivalente ao da partida
direta.
Em casos de grande distância entre motor e chave de partida, o custo é
elevado devido a necessidade de seis cabos.
SOFT-STARTER
Vantagens
Corrente de partida próxima à corrente nominal.
Não existe limitação do número de manobras/hora.
Longa vida útil, pois, não possui partes eletromecânicas móveis.
Torque de partida próximo do torque nominal.
131
Pode ser empregada, também, para desacelerar o motor.
Desvantagem
Maior custo na medida em que a potência do motor é reduzida.
PARTIDA COMPENSADA
Utilização somente em motores de indução standard.
Corrente de partida Ip = +/- 3,0 x In
Possui normalmente 2 tap’s (65 e 85% da Vn do motor) para ajuste da tensão
de partida.
132
Utilização em ciclos com economia de energia com redução automática das
perdas magnéticas do motor.
1.19.1 Introdução
Um acionamento elétrico é um sistema capaz de converter energia elétrica em
energia mecânica (movimento), mantendo sob controle tal processo de conversão.
Estes são normalmente utilizados para acionar máquinas ou equipamentos que
requerem algum tipo de movimento controlado, como, por exemplo, a velocidade de
rotação de uma bomba.
Um acionamento elétrico moderno é formado normalmente pela combinação
dos seguintes elementos:
133
1.19.2 Sistemas de velocidade variável
Durante muitos anos, as aplicações industriais de velocidade variável foram
ditadas pelos requisitos dos processos e limitadas pela tecnologia, pelo custo, pela
eficiência e pelos requisitos de manutenção dos componentes empregados.
Os sistemas mais utilizados para variação de velocidade foram por, muito tempo,
implementados como motores de indução de velocidade fixa como primeiro dispositivo
de conversão de energia elétrica para energia mecânica. Para a obtenção de
velocidade variável o sistema necessitava de um segundo dispositivo de conversão de
energia que utilizava componentes mecânicos, hidráulicos ou elétricos.
Com a disponibilidade no mercado dos semicondutores, a partir dos anos 60 este
quadro mudou completamente. Mas foi mesmo na década de 80 que, com o
desenvolvimento de semicondutores de potência com excelentes características de
desempenho e confiabilidade, foi possível a implementação de sistemas de variação
de velocidade eletrônicos. O dispositivo de conversão de energia elétrica para
mecânica continuou sendo o motor de indução, mas agora sem a utilização de
dispositivos secundários mecânicos, hidráulicos ou elétricos.
Em muitos casos a eficiência das instalações equipadas com estes novos dispositivos
chegou a ser duplicada quando comparada com os sistemas antigos. Estes sistemas
eletrônicos de variação contínua de velocidade proporcionam, entre outras, as
seguintes vantagens:
Economia de energia;
Melhoramento do desempenho de máquinas e equipamentos, devido a
adaptação da velocidade aos requisitos do processo;
Elimina o pico de corrente na partida do motor;
Reduz a freqüência de manutenção dos equipamentos, entre outras.
134
Na aplicação dos inversores de freqüência o motor de indução, ao contrário do
que acontece quando ligado diretamente à rede de distribuição de energia elétrica, é
alimentado com freqüência e tensão variável. Isto possibilita obter velocidade variável
no eixo do próprio motor.
É muito importante, assim, conhecer e entender o funcionamento destes
sistemas (motor+inversor) para prevenir erros de aplicação que poderiam acabar com
os benefícios que estes dispositivos proporcionam. Os técnicos ou engenheiros
envolvidos com aplicações de velocidade variável não precisam de conhecimentos
sobre o projeto de motores e projeto de sistemas eletrônicos de comando/controle,
mas sim sobre o funcionamento e utilização dos mesmos. As dúvidas mais freqüentes
podem resumir-se nas seguintes perguntas:
Como funciona meu motor?
Como o motor se comporta ante uma determinada carga?
Como eu posso melhorar/otimizar o funcionamento do meu motor e carga?
Como eu posso identificar problemas no meu sistema?
Esta apostila tem por intenção, fornecer, mesmo para pessoas sem experiência
no assunto, informações sobre o funcionamento dos modernos sistemas de
velocidade, variáveis disponíveis e como eles se comportam em diferentes cargas,
tentando assim responder as perguntas formuladas anteriormente.
1.19.3 Aplicações
Muitos processos industriais requerem dispositivos de acionamento de cargas
com velocidade variável.
Exemplos:
135
1.19.4 Instalação de inversores de frequência
Rede de Alimentação;
Manobra e proteção: Chave Seccionadora, Fusíveis de Alimentação;
Condicionamento da Alimentação: Transformador Isolador, Reatância de
Rede, Filtro de Rádio Freqüência, Contatores;
Interferência Eletromagnética: EMI Interferência Eletromagnética, RFI
Interferência de RF;
Aterramento;
Cabos;
Dispositivos de Saída: Relés Térmicos, Reatância;
Instalação em painéis.
136
Figura 1.149: Instalação de um inversor.
Fonte: WEG. p.111.
137
Rede de alimentação elétrica
Os inversores são projetados para operar em redes de alimentação simétricas.
A tensão entre fase e terra deve ser constante, se por algum motivo esta tensão varia,
por exemplo, pela influência de algum outro equipamento ligado a rede, será
necessário colocar um transformador de isolação.
Fusíveis
Os inversores geralmente não possuem proteção contra curto-circuito na
entrada, sendo assim, é responsabilidade do usuário colocar fusíveis para proteção.
Estes são normalmente especificados na documentação técnica.
138
Filtro de radiofrequência:
Os filtros de rádio freqüência são utilizados na entrada dos inversores para
filtrar sinais de interferência (ruído elétrico) gerados pelo próprio inversor, que serão
transmitidas pela rede e poderiam causar problemas em outros equipamentos
eletrônicos.
Na grande maioria dos casos não são necessários, pois, os inversores já
possuem internamente um filtro na entrada que evita problemas causados por
Interferência Eletromagnética (EMI). Caso seja necessário, devem ser montados
próximos a alimentação do inversor, estando tanto o inversor como o filtro
mecanicamente sobre uma placa de montagem metálica aterrada, havendo bom
contato elétrico entre a chapa e os gabinetes do filtro e inversor.
Contatores
Com a finalidade de prevenir a partida automática do motor depois de uma
interrupção de energia, é necessário colocar um contator na alimentação do inversor
ou realizar algum intertravamento no comando do mesmo. O contador também
permite um seccionamento remoto da rede elétrica que alimenta o inversor.
Conceitos básicos
A radiação eletromagnética que afeta adversamente o desempenho de
equipamentos eletro-eletrônicos é conhecida geralmente por EMI, ou Interferência
eletromagnética. Muitos tipos de circuitos eletrônicos são suscetíveis a EMI e devem
ser protegidos para assegurar seu correto funcionamento. Da mesma forma,
emissões irradiadas desde dentro dos equipamentos eletrônicos podem prejudicar o
funcionamento dos mesmos ou de outros equipamentos que se encontrem perto
destes. Para assegurar o correto funcionamento de equipamentos eletrônicos, as
emissões eletromagnéticas produzidas por equipamentos comerciais não devem
exceder níveis fixados por organizações que regulamentam este tipo de produtos.
139
Em que consistem as EMIs
140
Aterramento e Blindagem
Cabos
141
que existem cabos especiais com blindagem para minimizar este tipo de
interferências.
Cabos
Cabo com blindagem e fio-terra, como alternativa pode ser usado eletroduto
metálico com fiação comum interna;
Blindagem ou eletroduto metálico deve ser aterrado;
Separar dos cabos de sinal, controle e cabos de alimentação de equipamentos
sensíveis;
Manter sempre continuidade elétrica de blindagem, mesmo que contatores ou
relés térmicos sejam instalados entre conversor e o motor.
142
Tabela 4
Cabos paralelos (potência e sinais de controle) separados
143
Afastar os equipamentos sensíveis a interferência eletromagnética (CLP,
controladores de temperatura, etc) dos conversores, reatâncias, filtros e cabos do
motor (mínimo em 250 mm).
Aterramento
144
Figura 1.151: Montagem típica “CE” em placa metálica.
Fonte: WEG. p. 119.
Dispositivos de saída
Relés térmicos
Reatância de saída
Quando a distância entre motor e inversor é grande (valor dependente do tipo
de motor utilizado) podem ocorrer:
145
1. Sobretensões no motor produzidas por um fenômeno chamado de onda
refletida.
2. Geração de capacitâncias entre os cabos de potência que retornam para o
inversor produzindo o efeito de “fuga a terra”, bloqueando o inversor. Este
tipo de problemas pode ser solucionado utilizando uma reatância entre o
motor e o inversor. Esta reatância deve ser projetada especialmente para
altas freqüências, pois os sinais de saída do inversor possuem freqüências
de até 20 kHz.
As fiações blindadas nos painéis devem ser separadas das fiações de potência
e comando. Os sinais analógicos de controle devem estar em cabos blindados com
blindagem aterrada em apenas um lado, sendo efetuado sempre do lado que o sinal é
gerado conforme Figura 1.152.’
146
Os cabos de saída de potência dos conversores devem ser separados das
demais fiações dentro do painel. Quando não é possível, deve cruzar-se a noventa
graus.
147
2 Noções de Segurança em Eletricidade
2.1 Introdução
2.2.1 Definição
É uma perturbação e efeitos diversos que se manifesta quando circula uma corrente
elétrica pelo corpo humano.
148
2.2.2 Causas e efeitos
Um circuito se diz energizado, quando tem uma ligação permanente com uma
fonte de energia elétrica em funcionamento (bateria, gerador elétrico etc).
Estabelecido um contato com o circuito energizado, o choque dura enquanto perdurar
este contato. Diz-se então que o choque é dinâmico.
O tipo de choque que mais nos interessa é o dinâmico, visto que nos
sistemas elétricos, trabalhamos quase que exclusivamente com a
eletricidade dinâmica.
149
Contato Unipolar Contato Bipolar Contato pelo Dielétrico
Tensão de toque
Tensão de toque é a tensão elétrica existente entre os membros superiores e
inferiores do indivíduo, devido a um choque dinâmico.
Tensão de passo
A tensão de passo é a tensão elétrica entre os dois pés no instante da operação ou
defeito do tipo curto-circuito monofásico à terra no equipamento.
150
2.2.5 Características da corrente elétrica
Tabela 5
Correntes elétricas X efeitos caudados
Efeitos Corrente elétrica (mA) – 60Hz
Homens Mulheres
Limiar de percepção. 1,1 0,7
Choque não doloroso, sem perda do 1,8 1,2
controle muscular.
Choque doloroso, limiar de largar. 16,0 10,5
Choque doloroso e grave contrações 23,0 15,0
musculares, dificuldade de respiração.
151
Ferimentos resultantes de quedas e perda do equilíbrio.
Atenção
Deve-se ter toda a segurança ao trabalhar com eletricidade, pois, todo choque
elétrico é perigoso.
2.3.1 Desenergização
Seccionamento
É quando se provoca a interrupção total da corrente elétrica, esta interrupção é
obtida através do acionamento de dispositivos apropriados.
152
Figura 2.5: Seccionamento.
Fonte: CPNSP. Somos pura energia. Slide 1.
Impedimento de reenergização
São condições que impedem a reenergização do circuito ou equipamento
desenergizado, garantido total segurança e controle ao trabalhador.
153
Figura 2.7: Constatação da ausência de tensão.
Fonte: CPNSP. Somos Pura Energia. Slide 2.
154
Figura 2.9: Sinalização impedindo o religamento sem autorização.
Fonte: CPNSP. Somos pura energia. Slide 3.
2.3.2 Aterramento
155
Figura 2.10: Seccionamento automático da alimentação.
Fonte: CPNSP. Somos pura energia. Slide 11.
156
3 Esquemas Elétricos
Esquema elétrico – e não um diagrama – é a representação parcial ou total de
uma instalação elétrica. O esquema é representado por símbolos gráficos definidos
por normas nacionais (ABNT, dentre elas a NBR-5444) e normas internacionais.
157
3.1.1 Rede monofásica
380 220
UFN = 220V UFN = 127V
3 3
158
3.2 Tipos de esquemas elétricos
3.2.1 Definição
Esquema Unifilar
Esquema multifilar
159
Figura 3.3: Esquema elétrico unifilar.
Esquema funcional
Circuito onde estão localizados todos os elementos que tem interferência direta
na alimentação da máquina, ou seja, aqueles elementos por onde circula a corrente
que alimenta a respectiva máquina. (Figura 3.4a).
160
Figura 3.4: Esquema funcional.
3.3.1 Introdução
161
Figura 3.5: Terminais de bobinas do motor de indução trifásico.
Pode-se observar pela Figura 3.6 que o fechamento em triângulo () é utilizado
quando se deseja ligar o motor na menor tensão, indicada na placa de dados do
motor. Logicamente, o fechamento em estrela (Y) destina-se à ligação para maior
tensão.
162
Na ligação em triângulo, cada bobina do motor fica submetida ao valor da
tensão total da rede elétrica, nesse caso exemplificado 220V. No fechamento em
estrela a tensão em cada bobina será 3 menor que a tensão da rede (tensão de
linha). Explicando melhor: se o motor é fechado em estrela significa que será ligado,
conforme o exemplo, em 380V; portanto, a tensão em cada bobina (tensão de fase)
será 220V. Este conhecimento será importantíssimo na análise de sistemas de partida
de motores trifásicos de indução.
163
Fechamento em estrela paralela (YY) – para 380V.
164
3.4 Sistemas de partidas para motores de indução
trifásicos
165
Circuito de carga e comando
Funcionamento
166
denominado contato de “selo”, também se fecha permitindo que se tire o dedo de S 1 e
o contator se mantenha energizado.
167
Funcionamento
168
3.4.3 Partida em estrela-triângulo
Circuito de carga
169
linha (tensão da rede elétrica). Para este tipo de partida é necessário que o motor
tenha possibilidade de trabalhar com dois níveis de tensão, por exemplo: 220/380V.
Analisar o esquema de ligações do circuito de carga representado na Figura 3.12.
Circuito de comando
Funcionamento
A Figura 3.13 mostra o esquema de comando para o circuito da Figura 3.12. O
botão de comando S1 através de seu contato NA (13 e 14) aciona o contator k 3 e ao
mesmo tempo impede, através de seu contato NF (21 e 22), o ligamento de k 2.
Quando a bobina de K3 energiza seus contatos principais fecham as bobinas do motor
em estrela e ao mesmo tempo liga o contator principal k 1, responsável por aplicar as
fases na bobina do motor.
170
O motor inicia sua partida (marcha). Transcorrido certo tempo, o contato
temporizado de k3 (55 e 56) se abre desligando sua bobina . Quando k3 desliga, seu
contato auxiliar NF (11 e 12) que se encontrava aberto, volta a fechar. Como o
contator principal encontra-se energizado, seu contato auxiliar NA (23 e 24) também
está fechado. Nesta situação k2 energiza e fecha em triângulo as bobinas do motor e
se mantém energizado através de seu contato auxiliar (13 e 14). Ao energizar a
bobina de k2 seu contato auxiliar (21 e 22) que está em série com a bobina de k 3 se
abre impedindo que k3 volte a energizar se o botão S1 for acionado acidentalmente ou
de propósito. Este sistema de proteção é denominado “intertravamento” por contato
de contator e por botão. O desligamento geral do circuito é possível através de S 0. Se
houver qualquer falha no circuito de carga ou comando, os fusíveis e o relé térmico F 3
atuam desligando todo circuito.
171
3.4.4 Partida em estrela-triângulo com reversão
Circuito de carga
172
Diagrama de comando
Funcionamento
173
É importante notar que em série com a bobina de K 2 existem os contatos
fechados (21 e 22) de S1 e K1 que impedem o ligamento de K2 e em série com K1
existem os contatos fechados (21 e 22) de S 2 e K2 que impedem o ligamento de K1.
Esta técnica de intertravamento é denominada de intertravamento por contato de
contator e botão.
174
3.4.5 Partida compensada com autotransformador
Diagrama de carga
O sistema de partida compensada também tem como função permitir que o
motor dê partida com tensão. O autotransformador geralmente possui derivações
(TAP’s) de 50%, 65% e 80%. Se, por exemplo, for utilizado os tap’s de 65%, durante a
partida o motor partirá com uma tensão correspondente a 65% da tensão da rede de
alimentação.
Analisar a Figura 3.16 a seguir.
175
Diagrama de comando
Funcionamento
Para que o motor possa dar partida é necessário que os contatores K2 e K3
sejam energizados (ligados). Inicialmente, quando o botão S 1 for acionado o contator
K1 será bloqueado, e simultaneamente K2 energiza e mantém-se energizado pelo
contato de selo (13 e 14) e assim, seu contato (11 e 12) que está em série com a
bobina de K1 reforça o bloqueio de K1. Ao ligar K2, o contator K3 também será ligado e
nesse momento o motor dará partida com tensão reduzida em suas bobinas. Após o
tempo pré-determinado por KT, e com o motor girando em plena carga, o contato
temporizado (55 e 56) se abre e desliga o contator K 2 e K3. Simultaneamente o
contato temporizado (67 e 68) se fecha e o contator K 1 liga e se mantém ligado pelo
seu contato de selo (13 e 14). Observa-se pelo diagrama que enquanto K1 estiver
energizado, K2 ficará bloqueado, mesmo se S1 for acionado acidentalmente ou de
176
propósito. O botão S0 desliga todo o circuito a qualquer momento. Os fusíveis e relé
térmico protegem a carga e o comando contra sobre carga e curto-circuito.
177
Circuito de comando
Funcionamento
Acionando o botão S1, o contator K1 será energizado e manterá energizado
através do seu contato auxiliar NA (13 e 14). Neste momento o motor M1 será ligado
através dos contatos principais de k1. Após um tempo pré-determinado o contator K2
será energizado pelo contato temporizado de K 1 que se encontra em série com sua
bobina e também se manterá energizado pelo contato auxiliar NA (13 e 14). Agora
quem será ligado é o motor M2 através dos contatos principais de k2. Em seguida,
após certo tempo, o contato temporizado de K 2 se fecha ligando o contator K3. K3
manterá ligado através de seu contato de selo (13 e 14) que nesse momento estará
fechado. Com o ligamento de K3 o motor M3 será ligado. A qualquer momento, caso
se o botão S0 seja pressionado, os motores serão desligados. Se houver falhas por
curto-circuito ou sobrecargas, os disjuntores atuarão desligando o circuito de carga e
simultaneamente o comando.
178
3.4.7 Sistema de frenagem
179
Funcionamento
V1 é uma ponte retificadora cuja função é converter a tensão alternada da rede
elétrica em tensão contínua pulsante. A ponte V1 e k2 são responsáveis por aplicar
tensão continua ao motor, provocando o travamento magnético do rotor. O disjuntor
Q1 e contator K1 são responsáveis pela alimentação trifásica do motor mantendo seu
funcionamento normal.
Estando a rede de alimentação energizada e o disjuntor Q1 ligado, o circuito de
carga e comando estará em condições de funcionamento. Acionando o botão S 1 a
bobina de k1 será energizada e simultaneamente o contato de selo (13 e 14) se fecha
mantendo a bobina nesta condição. No mesmo instante de tempo se fecham também
os contatos principais que estão em série com o motor. O motor girará em qualquer
sentido; dependerá do fechamento realizado entre as fases e as bobinas. Se o motor
girar em sentido contrário ao desejado, basta inverter duas das fases que alimentam o
motor. Pode-se observar que o contato NF(21 e 22) de k1 está em série com a bobina
de k2 então, com k1 ligado, k2 não ligará.
Para desligar o motor, basta acionar o botão S 0. Neste instante, o contato NF (21 e
22) de S0, que está em série com a bobina de k1 será aberto e k1 desligará. Porém, o
contato NA (13 e14) de S0 será fechado e ligará a bobina de k2, pois, também, o
contato NF (21 e 22) de k1 retornou à condição de repouso (fechado). Ao ligar k2 seus
contatos principais também serão ligados e uma tensão contínua será aplicada às
bobinas do motor provocando a parada instantânea do motor. Ao liberar S 0 todo
sistema ficará desligado.
Apresentou-se nesse tópico apenas um exemplo de sistema de frenagem,
porém, existem outros sistemas inclusive utilizando inversores de frequência.
180
3.4.8 Sistema de partida com soft starter
181
Diagrama de partida e parada utilizando contator
182
Há outras possibilidades de comando, inclusive utilizando a entrada digital (DI-
2) e o contato fechado (23 e 24) da soft starter, porém, não é intenção deste trabalho
esgotar o assunto. Para se ter uma idéia, é possível, por exemplo, comandar a partida
de dois motores utilizando um único soft starter. O manual do equipamento fornece
outras informações que poderão enriquecer o aprendizado.
Parametrização
Os inversores já vem de fábrica com alguns parâmetros previamente fixados.
Porém, esses parâmetros podem ser alterados pelo BOP.
O BOP possui um display de cinco dígitos com sete segmentos cada, para
mostrar os números e valores dos parâmetros, alarmes e falhas, e valores de
referência e atuais. Jogos de parâmetros não podem ser salvos no BOP.
183
O Quadro 1 mostra os ajustes básicos necessários para operação com o display
frontal do inversor.
Quadro 3
Parâmetros básicos
Figura 3.23: Controle de velocidade motor trifásico de indução com inversor de frequência.
184
Funcionamento
Considerando a rede de energia energizada e acionando o botão S1, o contator
K1 será energizado e mantên-se energizado através do contato interno do inversor (RA
– RC) que estára fechado ao ligar o inversor. Neste momento os contatos principais de
K1 que estão em série com o motor, se fecham e energizam as entradas de
alimentação (L1, L2 e L3) do inversor. O motor somente começa a girar quando o
botão S2 for acionado. Com S3 desligado o motor gira para a direita. Sua partida será
instantânea ou lentamente acelerada até atingir a velocidade nominal conforme
parâmetros programados.
185
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