Вы находитесь на странице: 1из 46

Todo Bebê Nasce

Guia Prático de Alimentação Saudável para Bebês


2aEdição

Dra. Fernanda De Luca


Pediatra e Nutróloga
DE LUCA, Fernanda
Todo Bebê Nasce Vegetariano / Guia Prático de
Alimentação Saudável para Bebês
a
Edição: 2 - 2018

1. Alimentação Saudável 2. Veganismo 3. Medicina

fernanda@nutroveg.com.br

http://www.nutroveg.com.br

http://www.facebook.com/DradeLucaNutroVeg/

@nutrovegconsultorio
Todo Bebê Nasce
Guia Prático de Alimentação Saudável para Bebês
2aEdição

Dra. Fernanda De Luca


Pediatra e Nutróloga
Agradecimentos:

Ao meu amor, Wilson, pela sua dedicação, disponibilidade, paciência e


perseverança. Sem ele, esse guia não exis ria...

Aos @médicosvegetarianos que têm me dado forças para seguir adiante.


Apresentação

Dra. Fernanda de Luca


Pediatra e Nutróloga

Um pouquinho sobre mim...

S
ou médica formada pela Universidade Federal
Fluminense em 2000, fiz Residência Médica (é uma
forma de especialização dentro da Medicina) em
Pediatria logo ao sair da faculdade e ao terminar comecei a
trabalhar como médica de família.
Em 2006 me tornei mãe e a maternidade me fez rever
completamente minha alimentação, não fazia o menor
sentido comer algo diferente daquilo que oferecia a minha
filha!!!! Frutas, legumes e verduras passaram a fazer parte
das minhas refeições diariamente mas eu também comia
muita carne vermelha e tomava leite 3 vezes por dia.
Em 2013, assisti por “acaso” a um documentário do
Gari Yourofsky e imediatamente me tornei vegana. Sim, da
noite pro dia, parei de consumir carnes e tomar leite. E junto
comigo, trouxe minha filha que na época tinha 6 anos.
Não sabia nada sobre alimentação, muito menos
sobre alimentação vegetariana mas sempre fui muito

3
estudiosa e hoje com a internet tudo fica muito mais fácil.
Comecei a ler tudo que se relacionava a vegetarianismo e
descobri que muito poucos eram os profissionais
capacitados a oferecer um atendimento de qualidade.
Quanto mais eu estudava alimentação mais eu me
apaixonava, a Medicina agora sim passava a fazer sentido, ter
saúde, se manter saudável dependia daquilo que
comemos!!!! Mas médico falar de alimentação é ainda um
“dilema”, somos doutrinados a pensar que médico apenas
trata as doenças. Resolvi então fazer uma pós-graduação
em Nutrologia para entender como nosso corpo reage
aquilo que comemos e após me tornar nutróloga montei
meu consultório para ajudar todas as pessoas que busquem
uma alimentação saudável.
Além do consultório dou aulas numa pós graduação
para médicos onde ensino como atender crianças
vegetarianas e orientar suas mães, respeitando suas
escolhas sem preconceitos.
Esse guia é um presente a todas as mães que
respeitam e amam os animais assim como seus filhos.

4
Índice
Introdução...............................................................7
Criança Pode Ser Vegetariana?................................8
Definições...............................................................9
Dados Importantes................................................11
Questionamentos...................................................12
Aleitamento Materno..............................................13
Mães Vegetarianas.................................................14
Vitamina B12 na Gestação e Lactância...................15
Aleitamento Artificial..............................................16
Introdução Alimentar..............................................18
Planejamento da Papa Principal.............................20
Qual Quantidade Oferecer?....................................24
Alimentação no 2° Ano de Vida..............................26
Ômega 3..........................................................29
Vitaminas e Minerais.............................................30
Ferro...............................................................30
Cálcio.............................................................32

5
Vitamina B12..........................................................34
Zinco......................................................................34
Vitamina D.............................................................35
Conclusões............................................................36
Anexo 1..................................................................37
Anexo 2..................................................................37
Referências Bibliográficas......................................39

6
Introdução

M uitas mães vegetarianas ficam receosas de adotar


uma alimentação sem nenhum produto de origem
animal para seus bebês e me questionam se é
possível um bebê crescer e se desenvolver adequadamente
com uma alimentação baseada em alimentos de origem
vegetal e sem nenhum produto de origem animal.
Profissionais de saúde mal orientados e sem
embasamento científico insistem em dizer que criança
precisa comer algum tipo de proteína animal para ter um
crescimento e desenvolvimento satisfatório. Será?
Neste trabalho eu vou mostrar como a alimentação
vegetariana estrita é uma escolha viável e totalmente
saudável e sem riscos para as crianças, desde o nascimento,
pois é capaz de fornecer todos os nutrientes que elas
precisam.

7
Criança Pode Ser Vegetariana Sim!!!
Aqui no Brasil ainda há muito preconceito e ignorância
com relação à alimentação vegetariana mas várias entidades
internacionais importantes como a Academia Americana de
Pediatria, a Associação Dietética Americana, a Sociedade
Canadense de Pediatria e o Comitê Médico por uma
Medicina Responsável, já se posicionaram a favor da adoção
da alimentação vegetariana em qualquer fase da vida e
afirmam que quando bem planejada (como toda alimentação
deve ser) a alimentação vegetariana estrita é capaz não só de
permitir o crescimento e desenvolvimento infantil de
maneira adequada como também atua na prevenção de
muitas doenças como por exemplo, obesidade, doenças
cardiovasculares (hipertensão, arteriosclerose e infarto),
diabetes e diversos tipos de câncer.
Um estudo mostrou que o consumo de dietas ricas
em proteínas animais durante a meia idade aumenta em 4 X o
risco de morte por câncer, risco de mortalidade esse
comparável ao tabagismo. Outro estudo mostrou um
aumento de 400% no risco de desenvolver câncer e 500% de
aumento de diabetes nas dietas ricas em proteínas animais.
Hábitos alimentares saudáveis se desenvolvem
durante a infância, sendo este um período ótimo para a
introdução de uma alimentação rica em verduras, legumes,
leguminosas, frutas e grãos integrais, contribuindo assim
para a prevenção de diversas doenças crônicas não
transmissíveis (obesidade, hipertensão arterial, diabetes,
câncer) e uma velhice livre de doenças.

8
Denições
Já que vamos falar de alimentação vegetariana, vamos
entender alguns termos utilizados:

- Vegetariano: pessoa que não consome nenhum tipo


de carne (vaca, porco, ovelha, búfalo, coelho, cavalo, galinha,
frango, peixe, camarão, polvo e demais frutos do mar,
cachorro*).

- Vegetariano estrito (“vegano”): além de não ingerir


nenhum tipo de carne, o vegetariano estrito também não
consome nenhum alimento de origem animal (ovos, leite e
laticínios, mel). O termo veg ano embora seja
frequentemente usado nessa situação, diz respeito a um
estilo de vida pautado na ética animal. Sendo assim, o
vegano evita todo e qualquer tipo de exploração animal e
além de não ingerir nenhum alimento de origem animal,
também evita consumir qualquer produto ligado de alguma
forma à exploração animal. O vegano não usa roupas,
sapatos e bolsas de couro, não compra produtos testados
em animais, nem frequenta lugares que usam os animais
como forma de entretenimento (zoológicos, circos,
aquários), por exemplo. Quando nos referimos à
alimentação, o termo correto é vegetariano estrito.
*Na China, é comum a ingestão de cachorro da mesma forma que comemos uma picanha aqui no Brasil).

9
- Ovo-lacto-vegetariano: é o vegetariano que consome
ovos, leite e derivados (manteiga, requeijão, queijo).

- Ovo-vegetariano: não consome carne nem leite e


laticínios mas ingere ovos.

- Lacto-vegetariano: não consome carne nem ovos,


mas ingere leite e/ou derivados.

- Whole-food-plant-based: alimentação vegetariana


estrita baseada em cereais e grãos integrais e na exclusão de
todo e qualquer tipo de alimento processado e/ou
industrializado.

10
Dados Importantes
Uma pesquisa realizada esse ano pelo IBOPE revelou
que 12% dos brasileiros se declaram vegetarianos, um
aumento de 75% em relação a 2012, quando foi realizada uma
pesquisa semelhante.
Em Outubro de 2015 a Organização Mundial de Saúde
divulgou um relatório sobre o potencial carcinogênico das
carnes vermelhas e das carnes processadas (salsicha,
hambúrguer, mortadela, salame, linguiça, etc). Segundo esse
relatório o consumo de 50 g de carne vermelha processada
por dia aumenta em 18% o risco de câncer de intestino.
Neste mesmo ano, a Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República divulgou que 33,5% das crianças
brasileiras entre 5 e 9 anos de idade apresentam excesso de
peso, o que favorece o surgimento das Doenças Crônicas
não Transmissíveis (DCNT): síndrome metabólica,
aterosclerose, hipertensão, diabetes, câncer, entre outras.
Por outro lado, diversos estudos comprovam que a
alimentação vegetariana está associada a uma baixa
prevalência de obesidade em crianças e adultos, além de
diminuir o risco de desenvolver essas DCNT e suas
comorbidades.

11
Questionamentos
Será que uma alimentação baseada somente em
alimentos de origem vegetal irá suprir as demandas
nu t r i c i o n a i s e e n e r g é t i c a s d e u m a c r i a n ç a e m
desenvolvimento?
Dietas com poucas calorias e baixo teor de gorduras
embora atuem na prevenção de diversas doenças sendo
recomendadas a muitos adultos, podem comprometer o
crescimento e desenvolvimento infantil, especialmente na
fase de desmame.
Toda alimentação, vegetariana ou não, deve ser bem
planejada e equilibrada e ser composta por alimentos
variados de diferentes grupos alimentares de modo a
fornecer todos os nutrientes necessários ao crescimento e
desenvolvimento infantil de maneira adequada.

12 11
Aleitamento Materno
Lactentes nascem veget arianos e assim
permanecerão até os 6 meses de vida se mantiverem a
recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e
da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) de aleitamento
materno exclusivo.
O leite materno é o alimento mais perfeito e
completo para a nutrição do bebê desde o seu nascimento
até os 6 meses de vida mas ainda assim, segundo dados do
Ministério da Saúde, em 2008 apenas 41% das crianças
brasileiras menores de 6 meses estavam em aleitamento
materno exclusivo. A partir do 6º mês de vida, devido a um
aumento da demanda nutricional dos bebês devido ao seu
rápido crescimento, o leite materno passa a não mais suprir
todas as necessidades nutricionais e energéticas do bebê,
sendo por isso necessária a introdução de outros
alimentos.

13
Mães Vegetarianas
Mamães vegetarianas vocês sabiam que a composição
do seu leite é semelhante à composição do leite das mães
não vegetarianas?
Os principais nutrientes do leite materno que sofrem
influência da alimentação, seja a mãe vegetariana ou não, são
as vitaminas A, D, E, K, C e o complexo B, sendo por isso
fundamental que a lactante receba orientações quanto às
suas demandas nutricionais com adequação alimentar e
suplementação quando necessário.
A alimentação materna não interfere nos níveis de
cálcio, ferro, zinco e cobre presentes no leite materno. Esses
minerais são bastante biodisponíveis no leite materno, mas
ainda assim, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a
partir dos 3 meses de vida, todo bebê (vegetariano ou não,
em aleitamento materno ou não) deverá receber
suplementação de ferro como forma de prevenir a anemia
ferropriva, muito comum em crianças menores de 2 anos.

14 11
Vitamina B12 na Gestação
e lactância
A vitamina B12 merece uma atenção especial no caso
das mães vegetarianas estritas, pois essa vitamina só está
presente em alimentos de origem animal e em alguns
p ro d u to s e n r i q u e c i d o s . S e a m ã e n ão e s t i ve r
suplementando essa vitamina, o bebê precisará
suplementar ainda que em aleitamento materno exclusivo
pois a quantidade de vitamina B12 presente no leite
materno depende da quantidade ingerida pela mãe e dos
seus níveis sanguíneos desde a gestação.

B1
2
B12
B1
2
B1
2

15
Aleitamento Articial
Para as mães vegetarianas estritas que não puderem
amamentar o aleitamento artificial deverá ser feito com as
fórmulas infantis à base de soja ou de arroz (checar o
conteúdo pois algumas contém ingredientes de origem
animal).
As fórmulas infantis à base de soja são usadas há mais
de 60 anos e têm se mostrado seguras e eficazes na
substituição ao leite materno. Além disso, são
nutricionalmente adequadas e capazes de promover o
crescimento e desenvolvimento normais de lactentes
nascidos a termo desde o nascimento e de maneira
semelhante ao leite materno e às fórmulas infantis à base de
leite de vaca.
Vários estudos avaliaram o efeito dos fitoestrógenos
(isoflavonas), hormônios naturais da soja, na saúde das
crianças que receberam fórmula infantil à base de soja e
nenhum deles demonstrou qualquer efeito prejudicial ao
crescimento e desenvolvimento infantis.
A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o
uso de fórmulas infantis à base de soja para bebês menores
de 6 meses pelo risco de desenvolvimento de alergias mas a
Academia Americana de Pediatria sugere o uso dessas
fórmulas como alternativa para substituição ao leite
materno desde o nascimento em lactentes nascidos a termo
para as mães vegetarianas estritas.

16 11
A fórmula infantil à base de arroz foi recentemente
lançada no mercado e embora ainda não tenham estudos
sobre seus efeitos na saúde, ela segue as recomendações do
Codex Alimentar e supre perfeitamente as necessidades de
calorias e nutrientes dos bebês, sendo uma ótima opção
para as famílias que não desejarem utilizar a soja na
alimentação dos seus filhos.
Leites vegetais preparados em casa ou mesmo
industrializados e enriquecidos com vitaminas não devem
ser oferecidos aos lactentes antes de 2 anos de vida pois
têm pouquíssimas calorias e são pobres em nutrientes
podendo levar a um quadro de desnutrição grave.
Lactentes que estiverem em uso dessas fórmulas
infantis devem receber atenção especial quanto à
necessidade ou não de suplementação de vitamina D, ferro
e B12, já que as fórmulas infantis são enriquecidas com
esses nutrientes e dependendo da quantidade ingerida
pode não haver necessidade de suplementação.

17
Introdução Alimentar
Por volta dos 6 meses se inicia a alimentação
complementar com a introdução gradual de outros
alimentos em substituição ao leite materno ou fórmula
infantil. Nessa fase as necessidades nutricionais aumentam e
o aleitamento, seja materno ou artificial, já não supre mais
as demandas do lactente em crescimento e
desenvolvimento.
Alimentos sólidos não devem ser oferecidos antes de
4 meses de idade pois os sistemas digestivo e renal do bebê
ainda estão muito imaturos e a alta permeabilidade
intestinal aumenta o risco de desenvolver alergias.
O primeiro alimento a ser oferecido deverá ser uma
fruta amassada ou raspada, uma vez ao dia, em pequena
quantidade inicialmente e aumentando a quantidade aos
poucos de acordo com a aceitação da criança. Oferecer
uma fruta nova a cada 2 ou 3 dias e observar a aceitabilidade,
digestibilidade e aparecimento de manchas na pele que
podem indicar algum processo alérgico ou intolerância
alimentar. Pedaços de alimentos nas fezes sugerem que o
alimento não foi muito bem digerido devendo ser oferecido
mais tarde apenas (aguardar 1 ou 2 semanas para oferecer
novamente).
Cereais (aveia, quinoa, farinha de arroz, amaranto)
podem ser oferecidos misturados à fruta ou ao leite
materno ou fórmula infantil.

18 11
A seguir, introduz-se a papa principal no horário do
almoço ou jantar de acordo com a conveniência da família.
Os alimentos a serem oferecidos deverão ser inicialmente
amassados e misturados para formar uma papa e depois
oferecidos separadamente. Aos 9 meses os alimentos já
podem ser oferecidos em pedaços pequenos e
progressivamente vai-se aumentando a consistência até os
12 meses quando deverão ter a mesma consistência dos
alimentos oferecidos ao restante da família.
Nos intervalos das refeições deve-se oferecer água;
sucos somente da fruta e limitados a 100 ml/dia, de
preferência após as papas principais e feitos com uma fruta
rica em vitamina C (laranja, acerola, tangerina). Nas
primeiras semanas, leite materno ou fórmula infantil deverá
ser oferecido como complemento após as refeições até que
a criança já esteja ingerindo uma quantidade satisfatória da
papa e os pais percebam que está saciada.
Crianças entre 7 e 12 meses deverão ingerir cerca de
800 ml de água por dia (considerar a quantidade de água
utilizada para preparo da fórmula infantil e leite materno).
Por volta do 7°- 8º mês, introduz-se a 2ª papa
principal, de forma que as crianças em aleitamento materno
estarão recebendo aos 8 meses 3 refeições (uma papa de
fruta e duas principais) e crianças em aleitamento artificial
deverão receber além dessas, outras 3 “refeições” com
fórmula infantil.

1519
Planejamento da Papa Principal
A papa principal deverá ser preparada com pelo menos um
alimento de cada grupo alimentar:

- Cereais e tubérculos
- Leguminosas
- Hortaliças (verduras e legumes)

Cereal ou tubérculo Leguminosas Hortaliças


Arroz Ervilha Verduras
Aveia Feijão (alface, couve
Batata Grão-de-bico repolho, espinafre,
Cará Len lhas acelga, taioba, etc.)
Inhame Soja Legumes
Macarrão (abóbora, cenoura,
Mandioca abobrinha, chuchu,
Milho beterraba, etc.)

20 11
O prato a ser oferecido no almoço e jantar deverá ser
dividido em 3 partes iguais e cada parte será preenchida
com um grupo alimentar diferente, como no esquema a
seguir. O número de porções por dia deve seguir a tabela do
anexo 1.

Cereais, raízes, grãos:


arroz integral, quinoa, Legumes e Verduras:
batatas, milho, mandioca, abóbora, couve-flor, couve,
inhame. abobrinha, brócolis,
cenoura, repolho.

Leguminosas:
feijões, ervilha, lentilhas,
grão de bico, soja.

Esquema de prato para ser u lizado em todas as idades,


variando o tamanho das porções.

1521
Sugiro começar com um alimento de cada vez, e a
cada 2 ou 3 dias ir acrescentando um alimento novo, de
forma que caso a criança apresente alguma intolerância ou
alergia, possamos identificar qual o alimento responsável.
A seguir, um exemplo de como fazer a introdução
alimentar com alimentos diferentes sendo introduzidos a
cada 2 dias.

Dias 1 e 2- batata baroa


Dias 3 e 4 - batata baroa + feijão
Dias 5 e 6: batata baroa + feijão +
abóbora
Dias 7 e 8: introduz-se um novo
alimento e matém-se os demais
(batata doce no lugar da baroa +
feijão + abóbora)
Dias 9 e 10: batata doce ou baroa +
lentilha +bóbora
Dias 11 e 12: batata doce ou baroa +
lentilha ou feijão + brócolis

22 11
E assim vamos fazendo um rodízio de alimentos e
observando aceitabilidade, digestibilidade e intolerâncias ou
alergias.
Os legumes e verduras deverão ser cozidos
preferencialmente no vapor; as leguminosas deverão ficar
de molho por no mínimo 8 horas e não se deve acrescentar
sal a nenhum alimento mas temperos caseiros (alho, cebola,
orégano, alecrim, manjericão, etc) podem ser utilizados de
acordo com os costumes da família.
Oferecer uma fruta rica em vitamina C (laranja,
tangerina, acerola, abacaxi) como sobremesa, favorecendo
assim a absorção do ferro.
O tofu também pode ser oferecido misturado aos
legumes como substituto às leguminosas ou ainda
misturado a uma fruta e oferecido como lanche.
O azeite pode ser usado na preparação das verduras
e legumes ou ser acrescentado depois. O aquecimento do
azeite por menos de 5 minutos não altera de maneira
significativa sua composição nem gera compostos tóxicos.

1523
Qual quantidade oferecer?
Essa dúvida é bastante comum e embora exista uma
estimativa média do quanto a criança deverá ingerir em cada
refeição, é preciso respeitar o ritmo individual da criança.
Algumas crianças aceitam muito bem os alimentos já desde
a primeira oferta, outras demoram um pouco mais.
Minha sugestão é começar com uma a duas colheres
de chá da papa e ir aumentando aos poucos de acordo com
a aceitação da criança. Uma criança de 7-8 meses deverá
ingerir cerca de 150 g da papa, dos 9 a 11 meses em torno de
180 g da papa e entre 1 e 2 anos por volta de 240 g. Para as
mães mais preocupadas, fiz uma tabela com as porções e
quantidades de acordo com a idade do bebê (está no anexo
1 no final do livro).
Esses valores são apenas uma orientação, o
crescimento e desenvolvimento da criança, acompanhados
pelo pediatra assistente através das curvas de crescimento,
irão determinar se o esquema alimentar e a ingesta estão
satisfatórios ou não. Muitas mães se queixam de baixa
ingesta alimentar mas quando analiso o crescimento da
criança vejo que está dentro do esperado e não há motivo
para preocupação. O acompanhamento frequente com o
pediatra é essencial nessa fase da vida.

24 11
À medida que os bebês vão sendo desmamados e o
leite materno ou a fórmula infantil vão sendo substituídos
por alimentos sólidos, deve-se prestar atenção à qualidade
dos alimentos ingeridos para que as necessidades de ferro,
cálcio e vitamina B12 sejam supridas sendo em alguns casos
necessária suplementação.
Lembrar que os bebês têm um estômago bem
pequeno e essa capacidade gástrica reduzida faz com que
não consigam ingerir grandes quantidades de alimentos por
vez, então quando oferecemos um alimento devemos
sempre pensar que outro alimento pode estar sendo
deixado de lado. Sendo assim, se faz necessário estabelecer
prioridades de acordo com as necessidades individuais,
sempre observando e analisando as curvas de crescimento.
A ingesta excessiva de alimentos ricos em
carboidratos refinados e açúcares e pobres em proteínas e
gorduras como por exemplo, bolachas recheadas, doces e
sorvetes pode gerar dietas inadequadas e comprometer o
crescimento e desenvolvimento.
A fase de desmame costuma ocorrer tranquilamente
na maioria das famílias, vegetarianas ou não, e a dieta
vegetariana estrita é capaz de oferecer todos os nutrientes
adequados ao crescimento e desenvolvimento dos
lactentes, sendo portanto, uma ótima oportunidade de se
introduzir hábitos alimentares saudáveis.

25
Alimentação no 2° Ano de Vida
No 2º ano de vida, as taxas de crescimento e o apetite
diminuem e algumas crianças já formaram seu paladar e suas
p re fe rê n c i a s a l i m e n t a re s , re j e i t a n d o a l i m e n to s
desconhecidos (neofobia). A exposição repetida a novos
alimentos pode facilitar essa aceitação e os pais devem
continuar introduzindo alimentos variados já que as
preferências alimentares nessa fase se mostraram bastante
influenciáveis pelo tipo de alimento consumido pela família.
A manutenção do aleitamento materno ou fórmula
infantil em torno de 600 ml/ dia ajudará a garantir o aporte
protéico necessário nessa fase além de contribuir para o
fornecimento de vitaminas e minerais. Lactentes maiores de
1 ano que estejam com ganho de peso satisfatório já poderão
fazer uso de leites de soja fortificados mas nesse caso
deverão receber alguma outra fonte de gordura pois esses
leites têm o mesmo teor de gorduras dos leites de vaca
desnatados e fornecem poucas calorias à dieta, podendo
comprometer o crescimento. O uso de outros leites vegetais
(arroz, aveia, amêndoas) não deve ser estimulado como
substituto ao leite materno ou à fórmula infantil pois têm
baixo teor de proteínas, gorduras e poucas calorias. Esses
leites podem no entanto ser usados no preparo de bolos e
biscoitos.

26 11
Lactentes vegetarianos estritos que não estão em
aleitamento materno deverão receber fórmula infantil à base
de soja até os 2 anos de idade ou até que a ingestão diária de
leite de soja fortificado atinja cerca de 720 ml.
À medida que a criança vai crescendo e a ingesta de
leite diminui começam os questionamentos a respeito da
necessidade da ingestão de carnes e como planejar uma dieta
saudável e nutricionalmente adequada usando apenas
alimentos de origem vegetal?
A melhor maneira de se garantir o crescimento e
desenvolvimento adequados é garantindo uma ingestão
adequada de calorias. Algumas crianças têm dificuldade em
ingerir grandes quantidades de alimentos, nesses casos deve-
se priorizar os alimentos com maior densidade calórica
como abacate, tofu, cereais infantis, arroz, feijão, frutas secas
e oleaginosas, além de aumentar o número de refeições por
dia, diminuindo a quantidade de cada porção oferecida por
refeição. Além disso, lactentes e pré-escolares têm a
capacidade gástrica reduzida (“estômago pequeno”) e a dieta
vegetariana tende a oferecer uma alta quantidade de fibras o
que pode prejudicar a quantidade de alimento ingerido e
limitar a ingesta calórica total. A inclusão de alguns alimentos
refinados (arroz branco e pão branco) e a ingestão de
vegetais e frutas descascados pode ajudar a resolver esse
problema.

27
Vários estudos avaliaram a ingestão de nutrientes em
crianças vegetarianas e veganas e observaram apenas
pequenas diferenças qualitativas nessas dietas quando
comparadas às dietas não-vegetarianas com exceção para as
taxas de vitamina B12 e cálcio que se mostraram inferiores
especialmente entre as crianças vegetarianas estritas
(“veganas”).
As proteínas vegetais contribuem com todas as
necessidades proteicas humanas e quando combinadas ao
longo do dia, mesmo em refeições separadas, atendem
completamente as necessidades diárias de aminoácidos
tanto em quantidade como em qualidade. Por apresentarem
uma menor digestibilidade precisam ser consumidas numa
quantidade ligeiramente maior, o que é facilmente
conseguido através de uma alimentação com diferentes
fontes proteicas e valor calórico adequado para a faixa
etária.
Crianças vegetarianas e veganas consomem menos
gorduras em suas dietas que as crianças não-vegetarianas,
mas vários estudos demonstraram que suas taxas de
crescimento são normais desde que a taxa calórica seja
adequada. Alimentos ricos em gorduras como abacate,
oleaginosas, soja e derivados e óleos vegetais desempenham
um papel importante nas dietas vegetarianas no
fornecimento das calorias necessárias.

28 11
Ômega 3
Atualmente muito se fala e se discute sobre o ômega-
3 e seu papel no desenvolvimento cerebral e cognitivo das
crianças. Vegetarianos e veganos não ingerem fontes diretas
de EPA e DHA devendo ser estimulada a ingestão de fontes
de ômega-3 (óleos de linhaça e chia) como forma de suprir
as necessidades desses ácidos graxos essenciais. O ômega-3
será convertido em EPA e DHA em nosso organismo.
Além disso, a alimentação vegetariana é rica em ômega-6
(LA) que compete com o ômega-3 para essa formação do
EPA e DHA.
Sugere-se a adição diária de 1/2 a 1colher de sopa de
óleo de linhaça em uma das refeições como suplementação
para crianças menores de 1 ano e 1colher de sopa para as
maiores. As sementes de chia e linhaça também são
excelentes fontes de ômega-3 mas devem ser evitadas pois
as crianças pequenas podem se engasgar, havendo risco de
sufocamento.

29
Vitaminas e Minerais
Ferro
Anemia ferropriva é a deficiência nutricional mais
comum na infância em todo o mundo chegando a 40% em
crianças menores de 7 anos no Brasil. Diversos estudos
realizados com crianças vegetarianas e veganas em idades
pré-escolar e escolar demonstram ingestão satisfatória de
ferro e não observaram anemia nessas crianças. No entanto
devido à baixa biodisponibilidade do ferro não heme
contido nos vegetais, as crianças vegetarianas e veganas
devem consumir uma taxa 1,8 a 2 vezes maior de ferro do
que as crianças não-vegetarianas o que é facilmente
conseguido incluindo uma verdura de folhagem verde
escura nas refeições principais e acrescentando uma fruta
rica em vitamina C como sobremesa. Os feijões também
oferecem uma ótima contribuição pois são riquíssimos em
ferro.
A alimentação vegetariana tende a ser rica em
fitatos, substâncias presentes principalmente nas
leguminosas que inibem a absorção de nutrientes como o
ferro e zinco e por isso recomenda-se deixar esses
alimentos de molho por pelo menos 8 horas (o fitato se
dissolve na água).

30 11
Vegetais de cor verde-escura e os feijões são as
maiores fontes de ferro na alimentação vegetariana e as
frutas ricas em vitamina C (acerola, laranja, tangerina,
limão) aumentam em até 4 X a absorção do ferro contido
nos vegetais.
A suplementação de ferro na grande maioria dos
casos não se faz necessária, mas uma avaliação dos níveis de
hemoglobina e ferritina séricas deverá ser feita
rotineiramente da mesma forma como é feita para as
crianças que não são vegetarianas, lembrando que a
Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a
suplementação de ferro profilaticamente para todas as
crianças brasileiras a partir do 3º mês de vida, inclusive para
as que estão em aleitamento materno exclusivo.
As crianças que consomem leite de vaca integral
deverão receber atenção especial pois além de pobre em
ferro, esse leite provoca micro hemorragias intestinais
favorecendo o surgimento de anemia.

31
Cálcio
A ingestão de cálcio pelos vegetarianos estritos
tende a ser menor do que dos ovo-lacto-vegetarianos e
não-vegetarianos e embora a biodisponibilidade do cálcio
de origem vegetal (40-64%) seja superior à do leite (32%)
ainda assim pode ser difícil atingir as necessidades
estipuladas. Alimentos fortificados com cálcio (cereais,
leites de soja e arroz, iogurtes de soja e as fórmulas infantis)
têm absorção semelhante ao leite de vaca (28-36%).
As evidências atuais não são suficientemente fortes
para apontar o leite e derivados como melhores fontes de
cálcio pois embora sejam ricos em cálcio, sua absorção e
retenção no organismo não são tão boas quanto o cálcio
oriundo de fontes vegetais além de serem ricos em
gorduras podendo contribuir para o surgimento de
obesidade.
Na alimentação vegetariana estrita, as principais
fontes de cálcio são os feijões, o tofu, couve, brócolis,
taioba, rúcula, sementes de gergelim, amêndoas e
castanhas do Pará, além dos leites e iogurtes de soja
fortificados.
O cálcio é essencial na manutenção da integridade
óssea, mas estudos têm mostrado que um aumento de
cálcio na dieta não significa necessariamente maior
proteção aos ossos e evidências acumuladas ao longo dos
últimos 30 anos mostram uma clara necessidade de se

32 11
reavaliar as estratégias para manutenção de ossos fortes ao
longo da vida.
A suplementação desse mineral e o aumento do
consumo de leite de vaca e derivados como forma de
prevenção de fraturas e osteoporose na idade adulta têm
sido questionada por vários estudos que observaram que as
maiores taxas de fratura de quadril ocorrem nos países com
altas taxas de ingestão de cálcio (”paradoxo do cálcio”).
A OMS orienta um aumento na atividade física,
diminuição da ingesta de sódio e proteínas animais e
aumento no consumo de frutas e vegetais como forma de
promover a saúde óssea. Estudos mostram que o consumo
de proteínas animais e sal em excesso aumenta a perda
urinária de cálcio, aumentando assim a necessidade diária de
ingestão desse mineral para compensar as perdas, o que não
acontece na alimentação vegetariana.

Fontes de Cálcio

33
Vitamina B12
A vitamina B12 só está presente em produtos de
origem animal e crianças vegetarianas estritas (“veganas”)
após o 6º mês de vida, deverão receber suplementação
dessa vitamina. Crianças vegetarianas que consomem leite e
derivados e/ ou ovos deverão ser avaliadas individualmente
através da dosagem dos níveis dessa vitamina no sangue,
pois mesmo recebendo alimentos ricos em B12 a
suplementação pode ser necessária caso os níveis
sanguíneos não estejam adequados (acima de 490 pg/ml).

Zinco
As maiores fontes desse mineral para os vegetarianos
estritos são leguminosas, grãos integrais, oleaginosas,
sementes. Ainda que a biodisponibilidade do zinco seja
menor nos vegetais em comparação às carnes, a Academia
Americana de Pediatria considera rara sua deficiência entre
os vegetarianos e não recomenda sua suplementação de
maneira rotineira.

34 11
Vitamina D
A SBP e a AAP recomendam a suplementação de
vitamina D para todas as crianças, vegetarianas ou não,
desde a 1ª semana de vida como forma de prevenção do
raquitismo, já que menos de 10% dessa vitamina provém da
dieta e a exposição solar no horário propício à produção de
vitamina D pela pele (10:00 às 15:00) é muito questionada
pelos dermatologistas pelo risco de câncer de pele. Fatores
como obesidade, pele escura e uso de protetor solar
também interferem na produção dessa vitamina pela pele e
podem contribuir para sua deficiência.

Sol: Principal fonte de Vitamina D

35
Conclusões
Crianças vegetarianas, incluindo as “veganas”, que se
alimentam com uma dieta balanceada e bem planejada
crescem e se desenvolvem adequadamente.
Todos os tipos de dietas podem trazer benefícios e
riscos à saúde, independentemente de serem vegetarianas
ou não, devendo ser sempre orientadas por um profissional
de saúde qualificado que irá fazer um plano alimentar focado
nos benefícios da dieta escolhida, minimizando os possíveis
riscos através da combinação e escolha adequada dos
alimentos e quando necessário fazendo a suplementação dos
componentes nutricionais que possam estar deficientes.
As dietas vegetarianas quando bem planejadas
fornecem todos os nutrientes necessários a cada fase do
desenvolvimento infantil e ainda atuam na prevenção de
diversas Doenças Crônicas não Transmissíveis.

36 11
Anexo 1
Porções por Grupo Alimentar

Porções por dia por


Alimentos faixa etária 6 - 11 Porções por dia por faixa
meses etária 12 - 36 meses
Cereais e tubérculos 3 4-9
Verduras e legumes 3 2-4
Frutas 3 2-4
´
Leguminosas 2 4
Óleos e gorduras 2 3-5

Anexo 2
Grupo de Alimentos e Quantidades por
porção em Medidas Caseiras - 6 a 36 meses
Grupo Cereais e Tubérculos
Arroz cozido: 2 colheres de sopa
Batatas, inhame, aipim cozidos: 2 colheres de sopa bem cheias ou
1 unidade pequena
Macarrão: 2 colheres de sopa

Grupo de Verduras e Legumes


Legumes cozidos: 1 colher de sopa picado
Legumes crus: 1 a 2 colheres de sopa
Verdura: folhas cruas folhas: 3 médias/ 6 pequenas
Verdura folhas cozidas/refogadas: 1 colher de sopa

37
Grupo das Frutas
Banana nanica: 1/2 unidade
Mamão papaia: 1/2 unidade pequena
Maçã média: 1/2 unidade
Suco de laranja: 1/2 copo de requeijão
Goiaba: 1/2 unidade pequena
Laranja: 1 unidade pequena

Grupo das Leguminosas


Feijão cozido (grãos): 1 colher de sopa
Lentilha cozida: 1 colher de sopa
Ervilha cozida: 1 colher de sopa
Grão de bico: 1 colher de sopa

Grupo dos óleos e gorduras


Azeite e óleo de linhaça: 1/2 colher de sopa (5 ml)
Castanha de caju: 6 unidades
Castanha do Pará: 2 unidades pequenas
Noz: 2 unidades pequenas
Polpa do coco: 1 colher de sopa

38 11
Referências Bibliográcas
1.IBOPE 2012: 15,2 milhões de brasileiros são vegetarianos. Disponível em
https://vista-se.com.br/IBOPE-2012-152-milhões-de-brasileiros-são-vegetarianos
- Acesso em 12/10/2015.
2.Dwyer TJ. Health Aspects of Vegetarian Diets. American Society of Clinical
Nutrition 1988; 48:712-38.
3.Slywitch E. Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas para Adultos. Sociedade
Vegetariana Brasileira, Departamento de Medicina e Nutrição 2012.
4.Sabaté J, Wien M.Vegetarian Diets and Childhood Obesity Prevention. American
Society for Nutrition (Supl) 2010; 1525S-9S.
5.Johnston PK, Sabaté J. Implicações Nutricionais das dietas vegetarianas. In: Editora
Manole, Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 2ª ed., Barueri SP; 2009, 103,
1759-1776.
6.Nutritional Aspects of Vegetarian Diets American Academy of Pediatrics. In:
Kleinman RE, Greer FR. Eds. Pediatric Nutrition, 7th Ed. ElkGrove Village, IL:
American Academy of Pediatrics; 2014, 241-264.
7.Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. SDH/PR, coletiva:
apresenta dados sobre a alimentação adequada de crianças e adolescentes no Brasil.
Palestra ocorrida em 02/03/2015, Auditório Ana Paula Crosara, Secretaria de
Direitos Humanos. Disponível em: < https://www.direitoshumanos.gov.br.htm >
https://facebook.com/direitoshumanosbrasil.Acesso em 10/08/2015.
8.The Dietitian's Guide to the Vegetarian Diets, Issues and Aplication. Mangels R,
MessinaV, Messina M. In: Jones & Bartlet Learning, LLC, 3th, 2011.
9.Hebbelinck M, Clarys P. Physical Growth and Development of Vegetarian Children
and Adolescents, p.173-193; Johnston PK. Vegetarian Diets in Pregnancy and
Lactation p.195-219; Craig WJ, Pinyan L. Nutrients of Concern in Vegetarian Diets
p.299-332. Vegetarian Nutrition, CRC Series in Modern Nutrition; Sabaté J. Ed; in
collaboration Ratzin-Turner. Boca Raton, Florida, 2001.
10.The Physicians Committee for Responsible Medicine. Vegetarian Diets:
Advantages for Children. 2001; 102798, 1-5.
11.Jacobs C, Dwyer T.Vegetarian Children: appropriate and inappropriate diets.Am J
Clin Nutr 1988; 48:811-8.
12. The American Dietetic Association. Position of the American Dietetic
Association: Vegetarian Diets. Journal of the American Dietetic Association; july,
2009; 109:7; 1266-1282.
13.Amit M.Vegetarian diets in children and adolescents; Canadian Paediatric Society;
Community Pediatrics Committee; Position Statement; jun, 1, 2010, Reaffirmed: feb

39
1, 2014.
14. Physicians Committee; Vegetarian Starter Kit; 2005; 1-13. Disponível em:<
http://www.pcrm.org/health/diets/vsk>. Acesso em 05/06/2015.
15. Sanders T. Growth and development of British vegan children. Am J Clin Nutr
1988; 48:822-5.
16. O'Connel J, Dibley M, Sierra J, Wallace B, Marks J, eYip R. Growth ofVegetarian
Children:The Farm Study. PediatricsVol. 84 nº3; 09/1989; 475-481.
17.Sanders T, Purves R,An anthropometric and dietary assessment of the nutritional
status of vegan preschool children. Journal of Human Nutrition, 1981; 35; 349-357.
18.Krebs NF. Food Choices to Meet Nutritional Needs of Breast-fed Infants and
Toddlers on Mixed Diets. American Society for Nutrition. 2007; 0022-3166/07;
511S-517S.
19.Wellfort VRS. Alimentação do lactente, p.15-26; Obelar MS, Pires MMS, Ways
MLC. Nutrição nas fases pré-escolar e escolar. Capanema FD, Rocha DS, Lamounier
JA,Anemia Ferropriva e deficiência de ferro: epidemiologia e prevenção, p.127-136;
Weffort VRS, Anemia Ferropriva: metabolismo, aspectos clínicos e laboratoriais e
tratamento, p.137-154. In: Nutrição em Pediatria: da neonatologia à adolescência/
coord. EffortVRS, Lamounier JA. Barueri, SP: Manole, 2009.
20.Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento de Nutrologia. Manual de
Orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do
adolescente e na escola, 3ª Ed, 2012.
21.Weffort VRS, Aleitamento materno, p.46-55; Almeida CAN, Mello ED,
Alimentação complementar, p.66-73; Souza CSB, Costa KCM. Alimentação do pré-
escolar e escolar, p.74- 80; Lamounier JA, Capanema FD, Rocha DS, Oliveira JED.
Anemia Ferropriva, p.178-193. Nutrologia pediátrica: prática baseada em evidências;
In: Nogueira-Almeida CA, Mello Ed. Barueri, SP: Manole 2016.
22.Lönnerdal B. Effects of Maternal Dietary Intake on Human Milk Composition.
American Institute of Nutrition.1986; 499-509.
23.Mangels R, Driggers J. The Youngest Vegetarians,Vegetarian Infants and Toddlers.
ICAN: Infant, Child & Adolescent Nutrition. 20/2012;Vol.4. Nº1; 08-20.
24.Specker B. Nutritional concerns of lactating women consuming vegetarian diets;
AM J Clin Nutr. 1994; 59 (supl.); 1182S-1186S.
25.Mangels AR, Messina V, Considerations in planning vegan diets: infants. Journal of
American Dietetic Association; jun, 2001; volume 101, Nº6; 670-677.
2 6 . M a n g e l s A R . F e e d i n g Ve g a n K i d s ; D i s p o n í v e l e m :
<http://www.vrg.org/nutschell/kids.php>. Acesso em 01/10/2015.
27.Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Deficiência de
vitamina D em crianças e adolescentes; Documento Científico, 2015.
28.Specker B, Valanis B, Hertzberg V, Edwards N, Tsang R. Sunshine Exposure and

40 11
serum 25-hydroxyvitamin D concentrations in exclusively breast-fed infants. The
Journal of Pediatrics, sept 1985; vol 107; Nº3; 372-375.
29.American Academy of Pediatrics, Committee on Environmental Healthy.
Ultraviolet Light:A Hazard to Children. Pediatrics; aug 1999; vol. 104; Nº 2; 328-333.
30.Hollis B,Wagner C.Vitamin D requirements during lactation: high-dose maternal
supplementation as therapy to prevent hypovitaminosis D for both the mother and
the nursing infant.Am J Clin Nutr; 2004; 80 (supl.) 1752S-1758S.
31.Wagner C, Hulsey T, Fanning D, Ebeling M, Hollis B. High-dose Vitamin D3
Supplementation in a Cohort of Breastfeeding Mothers and Their Infants: A 6-
Month Follow-Up Pilot Study. Breastfeeding Medicine;Vol.1; Nº 2; 206; 59-71.
32.Prentice M, Jarjou L, Cole T, Stirling D, Dibba B. Fairweather-Tait S. Calcium
requirements of Lactating Gambian mothers: effects of a calcium supplement on
breast-milk calcium concentration, maternal bone mineral content, and urinary
calcium excretion.Am J Clin Nutr 1995; 62: 58-67.
33.Davis B, Kris-Etherton P. Anchieving optimal essential fatty acid status in
vegetarians: current knowledge and pratical implications. Am J Clin Nutr 2003; 78
(supl); 640S-646S.
34.Leung A, Otley A. Concerns for the use of soy-based formulas in infant nutrition.
Paediatric Child Health 2009; 14(3): 109-113.
35.Vandenplas Y, Castrellon PG, Rivas R, Gutierrez CJ, Garcia DL, Jimenez EJ, et al.
Systematic Review with meta-analysis. Safety Soya-based infant formulas in children.
British Journal of Nutrition; 2013, 1-21, doi: 10.1017/S007114513003942.
36.American Academy of Pediatrics. Soy Protein-Based Formulas:
Recommendations for Use in Infant Feeding. Pediatrics Vol. 101; Nº1; 01/1998; 148-
153.
37.Messina V, Mangels A. Considerations in planning vegan diets: Children. Journal of
the American Dietetic Association 2001; vol.101; Nº6; 661-669.
38.Kaplan R, Toshima M. Does a Reduced Fat Diet Cause Retardation in Child
Growth? Preventive Medicine 1992 vol.21, 33-52.
39. Sanders T, Reddy S.Vegetarian Diets and Children.Am J Clin Nutr 1994; 59 (supl.);
1176S-1181S.
40.Young V, Pellett P. Plant proteins in relation to human protein and amino acid
nutrition.Am J Clin Nutr 1994:59; 1203S-1212S.
41.Millward J.The nutritional value of plant-based diets in relation to human amino
acid and protein requirements. Proceedings of the Nutrition Society 1999; vol.58;
249-260.
42.Dunham L, Kollar L. Vegetarian Eating for Children and Adolescents. Journal of
Pediatric Health Care. 2006; 27-35.

41
43.Academy of Nutrition and Dietetics. Position of the Academy of Nutrition and
Dietetics: Nutrition Guidance for Healthy Children Ages 2 to 11 years. Journal of the
Academy of Nutrition and Dietetics 2014; vol.114, nº8; 1257-1276.
44. Asok A. Vegetarianism and vitamin B-12 (cobalamin) deficiency. Am J Clin Nutr
2003; 78; 3-6.
45.Lanou A. Should dairy be recommended as part of a healthy vegetarian diet?
Counterpoint.Am J Clin Nutr 2009:89 (supl.) 1638S-1642S.
46.Weaver C. Proulx W, Heaney R. Choices for achieving adequate dietary calcium
with a vegetarian diet.Am J Clin Nutr 1999; 70 (supl.); 543S-548S.
47.Lanou A, Berkow S, Barnard N. Calcium Dairy Products, and Bone Health in
Children and Young Adults: A Reevaluation of the Evidence. Pediatrics 2005; vol.115;
Nº3, 736-743.
48. Physicians Committee For responsible Medicine. Protecting Your Bones. 13326-
NTR-20140430.
49.Michaelson K,Wolk A, Langenskiöld S, Basu S, Lemming E, Melhus H et al. Milk Intake
and risk of mortality and fractures in women and men: cohort studies; 24 set 2014.
Disponível em: <http://www.bmj.com/content/349/bmj.g6015 >. Acesso em
15/04/2015.
50.Lanou A. Bone Health in Children; BMJ 2006Vol. 333, 763-764.
51.Massey L,Whiting S. Dietary Salt, Urinary Calcium and Bone Loss. Journal of Bone
and Mineral Research 1996,Vol. 11, nº6; 731-736.
52.Kerstetter J, O'Brien K, Isogna K. Dietary protein, calcium metabolism, and skeletal
homeostasis revisited.Am J Clin Nutr 2003;78 (supl.); 584S-592S.
53.Barzel US, Massey LK, Excess Dietary Protein Can Adversely Affect Bone.American
Society for Nutritional Science. J. Nutr.1998 Jun; 128(6): 1051-3.
54.Winzenberg T, Shaw K, Frier J, Jones G. Effects of calcium supplementation on bone
density in healthy Children: meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ, 2006
doi: 10.1136/bmj.38950.561400.55.
55. Imagens Pixabay - https://pixabay.com
56. Meat and cheese may be as bad for you as smoking.
57. Levine ME et al. Cell Metabolism 19, 407-417, March 4, 2014.
58. Venâncio SI, Escuder MM, Saldiva SR, Giugliani ER. Breastfeeding practice in the
Brazilian capital cities and the Federal District: current status and advances. J Pediatr
(Rio J). 2010;86: 317-24.
59. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas e Estratégicas. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento
Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal. Brasília, 2009. 108p. (Série C.
Projetos, Programas e Relatório.

42 11
60. Duggan, C., et al. Vitamin B12 Supplementation during Pregnancy and Early
Lactation Increases Maternal, Breast Milk, and Infant Measures of Vitamin B-12 Status.
The Journal of Nutrition, 2014: 758-764.
61. Allen LH (1994) Maternal micronutrient malnutri on: effects on breast milk and
infant nutri on, and priori es for interven on. SCN News : 21-24.
62. sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de
orientação: alimentação do lactente, alimentação do pré-escolar, alimentação do
escolar, alimentação do adolescente e alimentação na escola. São Paulo: Sociedade
Brasileira de Pediatria, Departamento de Nutrologia, 2006.
63. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamentos de Nutrologia e Hematologia-
Hemoterapia. Consenso sobre anemia ferropriva: mais que uma doença, uma urgência
médica. 2018.
64. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de
alimentação: da infância à adolescência. São Paulo: SBP, 2018.
65. Agnoli, C., Baroni, L., Bertini, I. et al. Position paper on vegetarian diets from the
working group of the Italian Society of Human Nutrition. Nutr Metab Cardiovasc Dis.
2017; 27: 1037–1052.
66. Baroni, L.; Goggi, S.; Battino, M. Planning Well-Balanced Vegetarian Diets in Infants,
Children, and Adolescents:TheVegPlate Junior. J.Acad. Nutr. Diet. 2018.

43
2304201 7

Вам также может понравиться