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DOSSIER DE LIMPEZA
E
DESINFECÇÃO
Índice
1) Introdução
1.1) Âmbito Do Dossier de Limpeza e Desinfecção.
1.2) Enquadramento.
1.3) Termos e Definições.
5) Informações Adicionais
1) Introdução
1.2) Enquadramento
Um Programa de Higiene dos Manipuladores e das Instalações, é entendido como um pré-requisito de
um Sistema de Segurança Alimentar com base nos princípios HACCP.
Para que se possa garantir toda a segurança dos géneros alimentícios (produzidos, confeccionas, ou
distribuídos), é essencial que se verifiquem determinadas condições de higiene dos operadores, das
instalações e equipamentos. Outros pré-requisitos, terão obviamente de ser cumpridos, como
requisitos gerais das instalações, controlo de pragas, medicina no trabalho, etc.
Para que os operados das empresas do sector alimentar cumpram com o disposto no Regulamento
852/2004 de 29 de Abril, terão de implementar e manter eficaz, um Programa de Higiene dos
Operadores e das Instalações.
Contaminação – Presença de qualquer material estranho num alimento, quer seja de origem química,
física ou biológica;
Desinfecção - Redução do número de microrganismos a um nível seguro, através de agentes
químicos ou agentes físicos;
Desinfectante – Substância química que reduz o número de bactérias a um nível seguro;
Detergente – Substância usada para eliminar a sujidade e a gordura de uma superfície;
Higienização – Conjunto das operações de Limpeza e Desinfecção;
Limpeza – Acção química/física de eliminação de sujidades, resíduos de alimentos ou outra matéria
não desejável;
Microrganismos – Organismos vivos invisíveis a olho nu. Seres simples, unicelulares, e de
desenvolvimento/proliferação muito rápida;
Microrganismos Patogénicos – Seres vivos unicelulares, não visíveis a olho nu, susceptíveis de
causarem doenças ao consumidor;
Manipuladores de Alimentos – Todas as pessoas implicadas na produção, processamento,
armazenamento, transporte, distribuição e venda de alimentos;
Perigo – Agente biológico, químico ou físico, presente no alimento, que afecta adversamente a
segurança do alimento e consequentemente saúde do consumidor;
Físicos: diz respeito à presença de corpos estranhos nos alimentos, como metais, plásticos,
madeira, tinta, adornos (brincos, anéis, etc.), cabelos, insectos, entre outros;
O desenvolvimento deste tipo de microrganismos, como as bactérias e leveduras, ocorre de uma forma
muito célere. Quando reunidas as condições favoráveis, a cada 20 minutos uma bactéria divide-se em
duas, desta forma, num curto espaço de tempo podemos ultrapassar facilmente níveis seguros.
Regra geral, as instalações das indústrias do sector alimentar são um meio favorável ao crescimento de
bactérias. Vejamos as suas condições óptimas de crescimento:
- Temperaturas entre 5ºC e 65ºC ideal 37ºC
- Agua, facilmente obtida na maioria dos alimentos e nas condições ambientais.
- Nutrientes (glucidos, proteínas, gorduras, etc.), obtidos de alimentos de origem animal, como
carnes, pescado, ovos e produtos lácteos. Em suma, Alimento em Abundância.
- etc.
Dado como adquirido e provados os conceitos anteriores, facilmente se entende como é importante
garantir a correcta higienização dos operadores (sobretudo das suas mãos), assim como das
instalações e equipamentos (principalmente as superfícies que entram em contacto com os
alimentares).
Em alternativa, pode-se usar um sabonete líquido não bactericida, contudo, após a secagem com papel
descartável, efectua-se a operação de desinfecção, esfregando as mãos com uma solução
desinfectante e deixa-se secar ao ar. (ex. BISEP, produto LATECMA).
3.1.1) Fardamento
De forma a não contaminar os alimentos durante o seu processamento ou distribuição, a roupa de uso
exterior (que poderá transportar bactérias, poeiras, cabelos, etc.), terá que ser substituída por uma
farda apropriada e exclusiva do local de trabalho.
A troca de roupa exterior pela farda de trabalho (fato, bata, touca, avental, sapatos, etc), deve ser
realizada apenas nas instalações próprias para o efeito. A farda deve ser de cor clara, lavável e
apresentar-se em boas condições de higiene.
O uso de luvas descartáveis pode ser facultativo. Caso o operador assegure que as suas mãos, se
encontrem higienizadas (lavadas e desinfectadas) para realizar determina tarefa, pode dispensar o uso
destas. Contudo em determinados circunstâncias, como na realização de tarefas de exigência máxima
ou na protecção de feridas, as luvas descartáveis são de facto essenciais.
É importante estabelecer rotinas de limpeza. “Limpar à medida que se suja”, é uma filosofia a
seguir, principalmente nas superfícies e equipamentos que entram em contacto com os alimentos.
É aconselhável definir um Plano Regular de Higiene. Este contempla a higienização das superfícies,
equipamentos e instalações em geral. Este plano, deve estar bem visível na zona para o qual foi
definido, com as seguintes informações:
- O que limpar/desinfectar? As áreas ou equipamentos;
- Quando limpar/desinfectar? A periodicidade;
- Como higienizar? Procedimentos de limpeza ou desinfecção;
- Quem vai limpar? Nome do responsável pela tarefa.
As unidades alimentares acumulam sujidades, gorduras, resíduos, incrustações, etc., para cada caso,
deve ser usado o detergente correspondente (multiusos, desengordurante, lava-louça, etc.).
A etapa de desinfecção, só pode ser realizada recorrendo a um desinfectante. Pois só este, actua
sobre as bactérias, reduzindo-as a um nível seguro.
Os produtos de limpeza usados na área afecta à zona alimentar, devem mencionar na sua
fichas técnica a conformidade destes para o uso no sector alimentar.
Os produtos de limpeza devem ser armazenado em local próprio, fora da zona alimentar e de
preferência com as fichas técnicas e de segurança.
Superfícies de
Dar especial atenção ao
trabalho em contacto Lavagem e Desinfecção. Após cada utilização.
enxaguamento.
com os alimentos
Desligar os aparelhos da
Máquinas em corrente eléctrica, coloca-
contacto com os Lavagem e Desinfecção. Após cada utilização. los em segurança.
alimentos Dar especial atenção ao
enxaguamento.
A necessária para que se
Exaustores e Lavagem Usar um desengordurante.
apresentem sempre
Extractores (Desengorduramento) (Ex. LIGOR)
limpos.
Colocar os alimentos num
equipamento alternativo.
Equipamentos de Frio Lavagem e Desinfecção. Uma vez por semana Dar especial atenção às
borrachas, puxadores e
paredes interiores.
Equipamentos de
Lavagem e Desinfecção. Uma vez por mês. (Ver equipamentos de frio)
congelação
Deve possuir pedal e serem
forrados com sacos.
Recipientes do lixo Lavagem e Desinfecção Diária
Remover o lixo após cada
turno de laboração.
Lavagem e desinfecção
LAT-GERM do equipamento.
Equipamentos de Frio e de Congelação 10 L
(O responsável pelo sector alimentar deve completar o espaço destinado ao “Responsável pela Operação” que
consta no impresso.)
5) Informações Adicionais
Esta secção visa facultar aos clientes da LATECMA, algumas informações úteis, assim como
esclarecer eventuais dúvidas.
ASAE
- A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), é o órgão de polícia criminal regula a
legalidade da actuação dos agentes económicos, a defesa da saúde pública e a segurança dos
consumidores;
- Não há empresas com qualquer acordo ou relação privilegiada com a ASAE;
- Os inspectores da ASAE, aquando de cada intervenção, são possuidores de um cartão de livre-
trânsito (com fotografia e devidamente acreditado), um crachá com o dístico do órgão policial e
normalmente de colete com as siglas ASAE nas costas.
- Quando qualquer operador desconfiar da veracidade de uma inspecção, deve contactar o centro
coordenador mais próximo, pois cada intervenção é programada.
Alguma Regulamentação
Regulamento n.º 852/2004 de 29 de Abril de 2004, relativo à higiene dos géneros alimentícios.
Regulamento n.º 853/2004 de 29 de Abril de 2004, que estabelece regras específicas de higiene
aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal.
Regulamento (CE) n.º 854/2004 de 29 de Abril de 2004, que estabelece as regras específicas de
organização dos controlos oficiais de produtos de origem animal destinados ao consumo humano
Regulamento (CE) n.º 2073 de 15 de Novembro de 2005, relativo a critérios microbiológicos
aplicáveis aos géneros alimentícios.
Directiva 2002/99/CE, de 16 de Dezembro, que estabelece as regras de política sanitária
aplicáveis à produção, transformação, distribuição e introdução de produtos de origem animal
destinados ao consumo humano.