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MATERIAIS CERÂMICOS

DEFINIÇÕES

Os materiais cerâmicos são combinações de elementos
metálicos e não metálicos, frequentemente óxidos, nitretos e
carbetos.
Nesta classificação, existe um grande número de materiais,
como: argilas, cimentos e vidros.
MATERIAIS CERÂMICOS
DEFINIÇÕES

Apresentam ligações tipo iônicas ou covalentes, sendo
isolantes elétricos e térmicos.
Os cerâmicos são em geral resistentes e muito frágeis. São
resistentes à elevadas temperaturas e muito resistentes a
ambientes corrosivos.
MATERIAIS
CONCEITOS

 Algumas das propriedades importantes dos materiais
sólidos dependem dos arranjos geométricos dos átomos e
também das interações que existem entre os átomos ou
moléculas constituintes.
 Um exemplo é o Carbono Grafite e Diamante que
apresentam durezas diferentes, sendo o primeiro com
dureza relativamente baixa enquanto o segundo de elevada
dureza.
 Esta diferença está justificada diretamente a partir do tipo
de ligação interatômica que ocorre no Grafite e que não é
encontrada no Diamante.
MATERIAIS
PROPRIEDADES

Materiais com ligações iônicas apresentam:
 Elevadas temperaturas de fusão;
 Elevada Dureza e Fragilidade;
 Isolantes Elétricos e Térmicos.

Materiais com ligações Covalentes apresentam:


 Ligações fortes como a do Diamante, que resultam em:
• Elevadas temperaturas de fusão (3550ºC) e elevada
Dureza

 Ligações fracas como a do Bismuto, que resultam em:


• Baixas temperaturas de fusão (270ºC).
*Ambos são isolantes elétricos e térmicos.
BISMUTO

MATERIAIS
PROPRIEDADES

Materiais com ligações Metálicas apresentam:

 Temperaturas de fusão desde baixas até elevadas.


 Baixa dureza e alta ductilidade,
 Bons condutores elétricos e térmicos, como consequência dos
elétrons livres.

Materiais Moleculares com ligações de van der Waals /


Hidrogênio apresentam:

 Baixas temperaturas de fusão,


 Baixa Dureza.
Materiais Cerâmicos
APLICAÇÃO
Cubo de sílica de isolamento térmico. O interior do
cubo está a 1250ºC e pode ser manuseado sem proteção.
Usada no isolamento térmico do Space Shuttle


MATERIAIS CERÂMICOS
CLASSIFICAÇÃO

Convencionas Avançadas
Estruturas Eletrônicos
Vidros Louças Ópticos
Biomaterias
Cimentos
MATERIAIS CERÂMICOS
PROPRIEDADES

■ A característica comum a estes materiais é serem
constituídos de elementos metálicos e elementos não
metálicos, ligados por ligações de caráter misto, iônico-
covalente .
■ Os materiais cerâmicos apresentam alto ponto de fusão.
■ São geralmente isolantes elétricos, embora possam existir
materiais cerâmicos semicondutoras, condutores e até
mesmo supercondutores (estes dois últimos, em faixas
específicas de temperatura).
MATERIAIS CERÂMICOS
PROPRIEDADES

■ São comumente estáveis sob condições ambientais
severas.
■ Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis.
■ Os principais materiais cerâmicos são:
• Materiais Cerâmicos Tradicionais : cerâmicas estruturais, louças,
refratários (provenientes de matérias primas argilosas).
• Vidros e Vitro-Cerâmicas.
• Abrasivos.
• Cimentos.
• Cerâmicas “Avançadas” : aplicações eletro-eletrônicas, térmicas,
mecânicas, ópticas, químicas, bio-médicas.
MATERIAIS CERÂMICOS
HISTÓRIA

 Mais de 5000 anos atrás o Homo Erectus tem
contato com os primeiros materiais cerâmicos;
 Lascas de quartzo e obsidiana (vidro vulcânico)
utilizadas como armas.

Ponta de lança feita de quartzo


MATERIAIS CERÂMICOS
HISTÓRIA

Cerâmicas ao longo da história: Egito e China (5000


anos); Japão (8000 anos).
MATERIAIS CERÂMICOS
USOS

Cerâmicas

Supercondutores

Vidros
MATERIAIS CERÂMICOS
DEFINIÇÃO

Cerâmica (Keramus) = matéria-prima queimada.
As propriedades só são atingidas após um tratamento
térmico de alta temperatura – conhecido como ignição.
MATERIAIS CERÂMICOS
DEFINIÇÃO

 São materiais inorgânicos. A característica comum a estes
materiais é serem constituídos de elementos metálicos e
elementos não metálicos, ligados por ligações iônicas e/ou
covalentes;
 Apresentam composições químicas muito variadas, desde
compostos simples a misturas de várias fases complexas
ligadas entre si;
 As propriedades variam muito devido a diferenças
de ligação química;
 Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis,
com pouca tenacidade e pouca ductilidade;
MATERIAIS CERÂMICOS
DEFINIÇÃO

 São geralmente isolantes térmicos e elétricos (devido à
ausência de elétrons de condução)
 embora existam materiais cerâmicos semicondutores,
condutores e até mesmo supercondutores (estes dois
últimos, em faixas específicas de temperatura);

 Apresentam alto ponto de fusão


 Quimicamente estáveis sob condições ambientais
severas

 devido à estabilidade das suas fortes ligações químicas.


MATERIAIS CERÂMICOS
EXCEÇÕES
 Fragilidade: cerâmicas
superplásticas. Ex: ZrO2 
(zircônia) estabilizado
com Y2O3 (óxido de ítrio);

 “O óxido de zircônia estabilizado


pelo óxido de ítrio oferece, exceto
pela sua força extremamente
alta, também a vantagem de ser
um material branco e permeável
à luz. Além disso, sua excelente
biocompatibilidade e baixa
condutividade térmica tornam-se
um material ideal para próteses
precisas.” Kralodent
Materiais Cerâmicos
ATENÇÃO

 O grafite e o diamante são tratados muitas
vezes como cerâmicas!

 Apesar de compostos unicamente de


carbono, ambos os materiais são formas de
carbono inorgânicas, não sendo produzidas
por nenhum tipo de organismo vivo.
MATERIAIS CERÂMICOS
CLASSIFICAÇÃO

 Classificação quanto à aplicação
 Materiais Cerâmicos Tradicionais: cerâmicas
estruturais, louças, refratários (provenientes
principalmente de matérias-primas argilosas e de
outros tipos de silicatos);
 Vidros e Vitro-Cerâmicas;
 Abrasivos;
 Cimentos;
 Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletro-
eletrônicas, térmicas, mecânicas, ópticas, químicas,
bio-médicas.
MATERIAIS CERÂMICOS
CLASSIFICAÇÃO

Classificação dos Materiais Cerâmicos de acordo com a aplicação


Cerâmicas Tradicionais e Avançadas


CERÂMICAS
TRADICIONAIS
 Telhas e tijolos

(cerâmica vermelha)
ainda são
produzidos com
matéria-prima não
beneficiada.

 Ex.: tijolos, blocos,


telhas, ladrilhos de
barro, vasos, filtros,
tubos, manilhas.
CERÂMICAS
TRADICIONAIS
 Cerâmica branca, produtos

refratários e vidrados.
 São produzidos com matérias-primas
beneficiadas por diversas etapas de
moagem até um tamanho que
permita a separação por meio de
 sedimentação,
 separação magnética
 e eliminação de fases indesejáveis.
 Ex.: louças, porcelanas, azulejos, louça sanitária, porcelana
refratária, doméstica, elétrica ou artística.
CERÂMICAS
AVANÇADAS


Utilizam matérias-primas que sofrem uma série de processos
químicos e mecânicos
 que permitem obter produtos de pureza elevada ( > 99,5%)
e pequeno tamanho de partícula (< 1µm).

 Óxidos, nitretos e carbetos podem


ser obtidos.
 A matéria-prima para as cerâmicas
avançadas pode também ser
sintética, ou seja, obtida por
processos de síntese química
(alumina com pureza> 99,99%).
CERÂMICAS
AVANÇADAS

 Cerâmica eletrônica: circuitos integrados, instrumentos e
sensores de laboratório, geradores de faísca.
CERÂMICAS
AVANÇADAS

 Cerâmica estrutural: rotores para motor turbo, ferramentas de
corte, mancais, pistões, bocais de extrusoras, bicos de
queimadores.

 Alta dureza à quente (1600oC);


 Não reage quimicamente com o aço;
 Longa vida da ferramenta;
 Usado com alta velocidade de corte;
 Não forma gume postiço.
CERÂMICAS
AVANÇADAS

 Outras Aplicações
 Material de polimento, isolante elétrico (BN, B4C).
 Eixos, bicos pulverizadores, selos mecânicos,
ferramentas de corte, implantes ósseos, meios de
moagem ( Al2O3).
 Matrizes de extrusão e fundição, tesouras, facas
(ZrO2).
 Moderador nuclear, revestimento de câmeras de
combustão de foguetes, cadinhos para fusão de Ni e
Pt, elemento protetor de resistências de aquecimento
(BeO)
CERÂMICAS TRADICIONAIS E AVANÇADAS
DIFERENÇAS

 Custo muito maior das avançadas; a matéria-
prima das cerâmicas avançadas é muito mais
pura (> 99,5%) e os grãos são muito menores
(< 1µm).

 Processos de fabricação são mais sofisticados:


torneamento, prensagem de pós, injeção,
prensagem isostática à quente, colagem sob
pressão
PROCESSAMENTO DE
CERÂMICAS

• Muitos materiais cerâmicos têm elevado
ponto de fusão e apresentam dificuldade de
conformação passando pelo estado líquido.

• A plasticidade necessária para sua moldagem


é conseguida antes da queima, por meio de
mistura das matérias primas em pó com um
líquido.
PROCESSAMENTO DE
CERÂMICAS
■ Processamento

■ Preparação da matéria prima em pó.

■ Mistura do pó com um líquido (geralmente água)


para formar um material conformável : suspensão
de alta fluidez (“barbotina”) ou massa plástica.
■ Conformação da mistura (existem diferentes
processos).
■ Secagem das peças conformadas.

■ Queima das peças após secagem.

■ Acabamento final (quando necessário).


PROCESSAMENTO DE
CERÂMICAS

PROCESSAMENTO DE
CERÂMICAS
■ Na secagem ocorre perda
de massa e retração pela

remoção gradativa de
umidade.
■ A peça seca pode passar
por uma etapa de
acabamento:
Q acabamento superficial e
montagem das peças (por
exemplo, asas das xícaras).
Q aplicação de esmaltes ou
vidrados.
PROCESSAMENTO DE
CERÂMICAS
■ Queima das peças 
■ As peças são queimadas geralmente entre 900oC e 1400oC.
Esta temperatura depende da composição da peça e das
propriedades desejadas. Durante a queima ocorre um
aumento da densidade e da resistência mecânica devido
à combinação de diversos fatores.
■ Na queima ocorrem os seguintes fenômenos:
Q Eliminação do material orgânico (dispersantes, ligantes, material
orgânico nas argilas)
Q Decomposição e formação de novas fases de acordo com o
diagrama de fases (formação de alumina, mulita e vidro a partir das
argilas)
Q Sinterização (eliminação da porosidade e densificação)
Sinterização

MATERIAIS CERÂMICOS
MATÉRIA PRIMA

 Naturais (brutas) – não sofrem nenhum tipo de
beneficiamento (telhas e tijolos).
 Refinadas (industrializadas) – são beneficiadas por diversas
etapas de moagem até um tamanho que permita a separação
por meio de sedimentação, separação magnética e
eliminação de fases indesejáveis (cerâmica branca, produtos
refratários e vidrados).
 Industrializadas por processos químicos e mecânicos –
Obtenção de pureza elevada (> 99,5%) e pequeno tamanho
de partícula (< 1µm) (cerâmica avançada: óxidos, nitretos,
carbetos etc).
 Sintéticas – Pós resultantes com características controladas
(uso em cerâmicas avançadas).
MATERIAIS CERÂMICOS
MATÉRIA PRIMA

MATERIAIS NÃO
METÁLICOS

Estrutura e Propriedades
das Cerâmicas
Deformação plástica em cerâmicas


➢ Cerâmicas Cristalinas:
✓O deslocamento de discordâncias é muito difícil – íons com mesma carga
elétrica são colocados próximos uns dos outros – REPULSÂO;
✓No caso de cerâmicas onde a ligação covalente predomina o
escorregamento também é difícil – LIGAÇÃO FORTE.
➢ Cerâmicas Amorfas:
✓Não há uma estrutura cristalina regular – NÃO HÁ DISCORDÂNCIAS;
✓Materiais se deformam por ESCOAMENTO VISCOSO.
✓A resistência à deformação em um material não-cristalino é medida por
intermédio de sua viscosidade.
Comportamento Mecânico de Cerâmicas


■ Materiais essencialmente frágeis e
apresentam fratura frágil
■ Resistência de cerâmicas é definida em
termos da resistência à fratura
■ Resistência à fratura teórica pode ser
definida como a tensão necessária para
quebrar as ligações atômicas
■ O valor teórico é muito maior que o
medido experimentalmente  presença
de defeitos
Resistência à flexão

b
d

a a
X-
Section

Flexão com 3 pontos


Comportamento Tensão-
Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO 
 No ponto de carregamento,
a superfície superior do
corpo de prova é colocada
em um estado de
compressão, enquanto a
superfície inferior encontra-
se em tração.

 A tensão é calculada a partir


da espessura do corpo de
prova, do momento fletor e
do momento de inércia (ver
Comportamento Tensão-
Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO

 Uma vez que os limites de
resistência à tração dos
materiais cerâmicos
equivalem a prox. 1/10 das
suas resistências à
compressão,

 e uma vez que a fratura


ocorre na face do CP que
está sendo submetida a
tração, o ensaio de flexão é
um substituto razoável para
o ensaio de tração.
Comportamento Tensão-
Deformação

RESITÊNCIA À FLEXÃO

 A tensão no momento da fratura no ensaio de flexão é conhecida por


resistência à flexão, módulo de ruptura, resistência à fratura ou
resistência à dobra  importante parâmetro mecânico para materiais
frágeis.

 Para seção reta retangular e circular, à resistência à flexão, σrf é igual a,


respectivamente:

Ff representa a carga no momento da


Fratura
L é a distância entre os pontos de suporte
Outros Parâmetros Dados na Figura
Comportamento Tensão-
Deformação

Mecanismos da
Deformação Plástica

CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS

 Representação do
escorregamento viscoso
(demonstrado em escala
macroscópica) de um
líquido ou vidro fluido
em resposta à aplicação
de uma força de
cisalhamento.
Mecanismos da
Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS

 A propriedade característica para um escoamento viscoso, a
viscosidade, representa uma medida de resistência à
deformação de um material não-cristalino.

 Para o escoamento viscoso de um líquido que tem sua origem


nas tensões de cisalhamento impostas por duas chapas planas
e paralelas:
Viscosidade η representa a razão entre a:
τ tensão de cisalhamento aplicada, e
dv alteração na velocidade em função da
dy distância em uma direção perpendicular e se
afastando das chapas  Taxa de deformação.
Ver Figura Anterior
Mecanismos da
Deformação Plástica

CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS

 Líquidos  viscosidades relativamente baixas.

 Vidros  viscosidades extremamente elevadas à temperatura


ambiente.

temperatura  magnitude da ligação  movimento de


escorregamento ou escoamento dos átomos ou íons ficam
facilitados.
 Viscosidade.
Propriedades Mecânicas
Influência da Porosidade

 A porosidade exerce um efeito negativo por dois motivos:

1. Os poros reduzem a área de seção reta através da qual


uma carga é aplicada, e

2. Eles também atuam como concentrados de tensões (no


caso de um poro esférico isolado, uma tensão de tração
que seja aplicada é amplificada por um fator de 2).

 A influência da porosidade sobre a resistência é relativamente


drástica;
 p.e., não é incomum que uma porosidade de 10% vol seja
responsável por uma diminuição em 50% na resistência à
flexão em relação ao material sem porosidade.
Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
 Características Metais x Cerâmicos  muito diferentes  aplicações

totalmente diferentes  materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos
se completam nas suas utilizações.

 Processamento (em comparação aos metais)


 Fundição de cerâmicos  normalmente impraticável (Tfusão
muito alta).
 Deformação  impraticável (fragilidade).
Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
Processamento dos Cerâmicos
 Algumas peças cerâmicas são conformadas a partir de pós
(ou aglomerados particulados) que devem ao final ser
secados e levados a ignição (cozidos)

 Vidros  formas conformadas a altas temperaturas a partir


de uma massa fluida que se torna viscosa com o
resfriamento.

 Cimentos  são conformados pela colocação de uma pasta


fluida no interior dos moldes, que endurece e assume uma
pega permanente em virtude de reações químicas.
Aplicações e Processamento
das Cerâmicas

Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Vidros

 Grupo Familiar de Materiais Cerâmicos  recipientes,
janelas, lentes e fibra de vidro.

 Consistem em silicatos não cristalinos que também contém


outros óxidos (CaO, Na2O, K2O, Al2O3) que influenciam
suas propriedades.

 Características principais  transparência ótica e a relativa


facilidade com as quais eles podem ser fabricados.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Vidros

Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Propriedades dos Vidros

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A
ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA

 Materiais vítreos (ou não-cristalinos) não se solidificam do


mesmo modo que os materiais cristalinos:

 com o resfriamento, um vidro se torna continuamente mais


e mais viscoso;

 não existe uma temperatura definida na qual o líquido se


transforma em um sólido, como ocorre com os materiais
cristalinos.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Propriedades dos Vidros

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A
ALTERAÇÕES DE TEMPARURA

 Diferença entre Cristalinos x


Não-cristalinos: Dependência do
volume específico em relação a
temperatura.

 Cristalinos: diminuição
descontínua no volume
quando se atinge Tf.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Propriedades dos Vidros

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A
ALTERAÇÕES DE TEMPARURA

 Materiais vítreos: volume diminui continuamente em


função de uma redução na temperatura.

 Ocorre uma pequena diminuição na inclinação da curva


no que é conhecido por temperatura de transição vítrea, Tv,
ou temperatura fictícia.

 Abaixo dessa temperatura o material é considerado como


sendo um vidro; acima dessa temperatura, o material é
primeiro um líquido super-resfriado, e finalmente um
líquido.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Propriedades dos Vidros

 Contraste do comportamento
volume específico-temperatura
apresentado por materiais
cristalinos e não-cristalinos.

 Os materiais cristalinos se
solidificam na temperatura de
fusão Tf .

 Uma característica do estado não-


cristalino é a temperatura de
transição vítrea, Tv.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro

 O vidro é produzido pelo aquecimento das matérias-primas
até uma temperatura elevada, acima da qual ocorre a fusão.

 A maioria dos vidros comerciais é do tipo sílica-soda-cal.

 Para a maioria das aplicações, especialmente quando a


transparência ótica é um fator importante, torna-se essencial
que o vidro produzido seja homogêneo e esteja isento de
poros.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro

 A homogeneidade é atingida através da fusão e da mistura
completa dos ingredientes brutos.

 A porosidade resulta de pequenas bolhas de gás que são


produzidas;

 essas devem ser absorvidas pelo material fundido

 ou de outra maneira eliminadas, o que exige um ajuste


apropriado da viscosidade do material fundido.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro

Quatro diferentes métodos de conformação são usados para
fabricar produtos à base de vidro (prensagem, insuflação,
estiramento e conformação das fibras):

 Prensagem: é usada na fabricação de peças com paredes


relativamente espessas, tais como pratos e louças.

 A peça de vidro é conformada pela aplicação de pressão


em um molde de ferro fundido revestido com grafita,
que possui a forma desejada;

 o molde é normalmente aquecido para assegurar uma


superfície uniforme.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro

Quatro diferentes métodos de conformação são usados para
fabricar produtos à base de vidro (prensagem, insuflação,
estiramento e conformação das fibras):

 Insuflação: Embora em alguns casos seja feita manualmente


(especialmente no caso de objetos de arte), o processo foi
completamente automatizado.

 Usado para a produção de jarras, garrafas e lâmpadas de


vidro.

As várias etapas envolvidas são mostradas na figura a


seguir:
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro
  A partir de um tarugo de
vidro, um parison, ou
forma temporária, é
moldado por prensagem
mecânica em um molde.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro

 Essa peça é inserida dentro


de um molde de acabamento
ou de insuflação, e então é
forçada a se conformar com
os contornos do molde pela
pressão que é criada por uma
injeção de ar.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro
Quatro diferentes métodos de conformação são usados para fabricar

produtos à base de vidro (prensagem, insuflação, estiramento e
conformação das fibras):
 Estiramento: é usado para conformar longas peças de vidro,
como lâminas, barras, tubos e fibras, as quais possuem uma seção
reta constante.

 Um processo segundo
o qual são formadas
lâminas de vidro está
ilustrado na figura;
elas podem ser
fabricadas por
laminação a quente.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro
 Estiramento



O grau de planificação e o acabamento da superfície podem
ser melhorados de maneira significativa:

 Uma maneira é pela


flutuação em um
banho de estanho
fundido a uma
temperatura elevada;

 A peça é resfriada
lentamente e depois
tratada termicamente
por recozimento.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Conformação do Vidro
Quatro diferentes métodos de conformação são usados para fabricar

produtos à base de vidro (prensagem, insuflação, estiramento e
conformação das fibras):

 Conformação das fibras: Fibras de vidro contínuas são


conformadas segundo uma operação de estiramento que é um
tanto sofisticada.

 O vidro fundido é colocado em uma câmara de


aquecimento de platina.

 As fibras são conformadas pelo estiramento do vidro


derretido através de muitos orifícios pequenos na base da
câmara.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Tratamento Térmico dos Vidros
RECOZIMENTO 
 Quando o material cerâmico é resfriado desde T elevada

 ocorre diferença na taxa de resfriamento e na contração


térmica entre as regiões da superfície e do interior da peça

 o que resulta em tensões internas (tensões térmicas)

 as quais podem enfraquecer o material, e levá-lo a fratura


(em casos extremos)  choque térmico.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Tratamento Térmico dos Vidros
RECOZIMENTO 
 Para evitar que isso ocorra:

 Resfriamento da peça a uma taxa suficientemente lenta de


forma a evitar tensões térmicas.

 Tensões já introduzidas:

 Consegue-se eliminação ou redução delas através do


tratamento térmico de recozimento.

 Peça de vidro é aquecida até o ponto de recozimento e então


lentamente resfriada até a temperatura ambiente.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Tratamento Térmico dos Vidros
TÊMPERA DO VIDRO

 Indução intencional de tensões residuais de superfície de
natureza compressiva de forma a melhorar a resistência de
uma peça de vidro.

 A peça de vidro é aquecida até uma temperatura acima da


região de transição vítrea, porém abaixo do ponto de
amolecimento.

 Ela é então resfriada até a temperatura ambiente em meio


a um jato de ar ou, em alguns casos, em meio a um banho
de óleo.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Tratamento Térmico dos Vidros
 As tensões residuais surgem de diferenças nas taxas de

resfriamento para as regiões de superfície e interior da peça.

 No início a superfície resfria mais rapidamente e torna-se


rígida, quando resfria a uma T abaixo do ponto de
deformação.

 Interior se resfriou mais lentamente encontra-se a uma T


mais elevada (> ponto de deformação) e portanto ainda em
condição plástica.

 Com a continuação do resfriamento, o interior tenta se


contrair em maior grau do que o agora rígido exterior irá
permitir.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Tratamento Térmico dos Vidros

 O interior tende então contrair o exterior ou impor tensões
radiais voltadas para dentro.

 Como consequência, com o resfriamento completo até a T


ambiente, a peça mantém tensões compressivas sobre a
superfície, com tensões de tração nas regiões interiores
(figura).

 Falha de materiais cerâmicos  quase sempre resulta de uma


trinca iniciada na superfície pela aplicação de uma tensão de
tração.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Tratamento Térmico dos Vidros
 Aplicação dos vidros 
temperados:

 Onde é importante alta


resistência.

 Portas grandes, para-brisas


de automóveis e lentes de
óculos.
Distribuição das tensões residuais à
T ambiente ao longo da seção reta
de uma lâmina de vidro temperado.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Produtos à base de Argila

 Uma das matérias-primas cerâmicas mais amplamente
utilizadas é a argila.

 Ingrediente barato, encontrado naturalmente e em grande


abundância, é usado frequentemente na forma como é
extraído, sem qualquer melhoria na sua qualidade.

 Podem ser conformados facilmente. Quando misturados


nas proporções corretas, a argila e a água formam uma
massa plástica que é muito suscetível a modelagem.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Produtos à base de Argila
 A peça modelada é então secada para remover parte da

umidade, e após a isso, ela é cozida a uma temperatura
elevada para melhorar a sua resistência mecânica.

 A maioria dos produtos a base de argila se enquadra dentro de


duas classificações abrangentes:

 os produtos estruturais à base de argila (tijolos de


construção, azulejos, tubulações de esgoto – integridade
estrutural importante).

 louças brancas (se tornam brancos após um cozimento a


uma temperatura elevada – porcelanas, louças de barro,
louças para mesa, louça vitrificada, louças sanitárias).
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Produtos à base de Argila

 Além da argila, muitos desses produtos contêm também
ingredientes não-plásticos que influenciam

 tanto as alterações que ocorrem durante os processos de


secagem e cozimento,

 como as características da peça acabada.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
As Características das Argila
 Os minerais argilosos desempenham DOIS papéis muito

importantes nos corpos cerâmicos:

 Quando a água é adicionada, eles se tornam muito plásticos,


uma condição conhecida por hidroplasticidade. Essa
propriedade é muito importante durante as operações de
conformação.

 A argila se funde ou se derrete ao longo de uma faixa de


temperaturas;
 dessa forma uma peça cerâmica densa e resistente pode ser
produzida no cozimento sem que ocorra sua fusão
completa, de maneira tal que a sua forma desejada seja
mantida.

 Essa faixa de temperatura de fusão, obviamente, depende


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
As Características das Argila

 As argilas são aluminossilicatos, sendo compostas por alumina
(Al2O3) e sílica (SiO2), as quais contêm água quimicamente
ligada.

 Impurezas presentes mais comuns: compostos


(geralmente óxidos) à base de bário, cálcio, sódio, potássio
e ferro, e também alguns materiais orgânicos.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
As Características das Argila

 Possuem uma ampla faixa de
características físicas,
composições químicas e
estruturas.

 As estruturas cristalinas são


relativamente complicadas, e
prevalece uma estrutura em
camadas.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
As Características das Argila
 Os minerais argilosos mais

comuns (de interesse) possuem
estrutura da caolinita.

 Na argila caolinita, quando a água


é adicionada, as moléculas de
água se posicionam entre essas
lâminas em camadas e formam
uma película fina ao redor das
partículas de argila.

 As partículas ficam, dessa forma, livres para se moverem umas


sobre as outras, o que é responsável pela plasticidade
resultante da mistura água-argila.
Cerâmicas
Composições dos Produtos a base
 Além da argila, muitos desses produtos (em particularArgila
as louças

brancas) também contêm alguns ingredientes não-plásticos;

 os mineras não-argilosos incluem o sílex, ou quartzo


finamente moído, e um fundente, tal como o feldspato.

 O quartzo é usado principalmente como material de


enchimento, ou carga.

 Barato e quimicamente não-reativo.

 Pouca alteração durante o Trat. Térmico a alta T (possui


elevada Tfusão);

 quando fundido, no entanto, pode formar vidro.


Cerâmicas
Composições dos Produtos a base
Argila

 O fundente, quando misturado com a argila, forma um vidro
com ponto de fusão relativamente baixo.

 As proporções de argila, quartzo e fundente influenciam


as alterações durante a secagem e o cozimento, e também as
características da peça acabada.

 Porcelana típica pode conter 50% de argila, 25% de quartzo e


25% de feldspato (fundente).
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
 Matérias-primas extraídas :

 devem passar por operação de moagem ou trituração (reduzir
tamanho das partículas)

 seguido por um peneiramento ou classificação por


granulometria que produz um produto pulverizado que
possui uma faixa desejada de tamanho de partículas.

 Para sistemas multicomponentes, os materiais pulverizados


devem ser completamente misturados com água e, talvez, outros
ingredientes para dar as características de escoamento que são
compatíveis com a técnica de conformação a ser empregada.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila

 A peça conformada deve ter resistência mecânica suficiente para
permanecer intacta durante as operações de transporte, secagem
e cozimento.

 Duas técnicas usuais de modelagem são utilizadas para a


conformação de composições à base de argila:

 Conformação hidroplástica, e;

 Fundição por suspensão.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
CONFORMAÇÃO HIDROPLÁSTICA

 Minerais à base de argila, misturados com água se tornam
altamente plásticos e flexíveis e podem ser moldados sem
ocorrerem trincas;

 Entretanto possuem limite de escoamento extremamente baixos.

 A consistência (razão água-argila) da massa hidroplástica


deve dar um limite de escoamento suficiente para permitir
que a peça conformada mantenha sua forma durante
manuseio e secagem.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
CONFORMAÇÃO HIDROPLÁSTICA

 Técnica de conformação hidroplástica mais comum:

 extrusão: massa cerâmica plástica rígida é forçada


(geralmente por meio de rosca sem fim acionada por motor –
ar removido por câmara de vácuo para melhorar densidade
da peça) através de um orifício de uma matriz que possui a
geometria da seção reta desejada (semelhante extrusão de
metais).

 Fabrico: Tijolos, tubos, blocos cerâmicos e azulejos.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
CONFORMAÇÃO HIDROPLÁSTICA

 Extrusão

Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
CONFORMAÇÃO HIDROPLÁSTICA

 Telhas: Extrusão + Compressão Prensa para telhas
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
CONFORMAÇÃO HIDROPLÁSTICA

 Pratos: Extrusão + Corte + Torneamento

Tubos obtidos por extrusão Corte + Torneamento


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
FUNDIÇÃO POR SUSPENSÃO 
 Suspensão: suspensão de argila e/ou outros minerais não-
plásticos em água.

 Quando derramada dentro de um molde poroso (feito em geral


de gesso-de-paris), a água da suspensão é absorvida no interior
do molde, deixando para trás uma sólida camada sobre a parede
do molde cuja espessura irá depender do tempo.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila
FUNDIÇÃO POR SUSPENSÃO

 O processo pode ser continuado até que a totalidade da cavidade
do molde se torne sólida (fundição sólida) (a).

 Ou ele pode ser interrompido quando a camada sólida atingir a


espessura desejada, pela inversão do molde e o derramamento
da suspensão em excesso (fundição com dreno) (b).

 Na medida que a peça seca e se contrai em volume ela se separa


do molde, que pode ser desmontado e a peça removida.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila

FUNDIÇÃO POR SUSPENSÃO
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Técnicas de Fabricação da Argila

FUNDIÇÃO POR SUSPENSÃO  Fabricação de Louças
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Secagem e Cozimento

 A peça cerâmica conformada hidroplasticamente ou através de
fundição por suspensão:

 Retém uma porosidade significativa e também possui uma


resistência insuficiente para maioria das aplicações práticas.

 Pode conter ainda algum líquido o qual pode ser removido


por secagem.

 A densidade e resistência são melhoradas como resultado de


um Tratamento Térmico a alta Temperatura ou de um
procedimento de Cozimento

 Material seco mas não cozido  Cru.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Secagem e Cozimento

 Secagem e Cozimento são críticas:

 podem gerar defeitos que tornam a peça imprestável.

 De onde vem os defeitos???

 Defeitos (empenamento, distorções e trincas) resultam de


tensões que são estabelecidas por uma contração de volume
não-uniforme.

 Veremos então a contração de volume que ocorre no processo


de SECAGEM!
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Secagem
 Na medida que um corpo cerâmico à base de argila seca, ocorre
contração de volume.

 No início da secagem as partículas de argila estão
virtualmente envolvidas e separadas uma das outras por uma
fina película de água.

 Com a secagem a separação diminui provocando uma


contração de volume.

 Torna-se crítico controlar essa remoção de água durante a


secagem.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Secagem

Remoção de água. (a) Corpo molhado, (b) corpo parcialmente seco


e (c) corpo seco
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Secagem

 A secagem das regiões internas ocorre pela difusão de
moléculas de água para a superfície, onde ocorre a evaporação.

 Se a taxa de evaporação > taxa de difusão a superfície


irá secar (e contrair em volume) mais rapidamente que o
interior

 poderão se formar defeitos mencionados anteriormente.

 Taxa de evaporação da superfície deve ser diminuída para, no


máximo, a taxa de difusão da água. Ela pode ser controlada pela
temperatura, umidade e taxa de escoamento do ar.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
O que mais influi na contração de volume??? Secagem

 Espessura do corpo também influencia a contração de volume 
peça mais espessas, tenho contração de volume não-uniforme e
formação de defeitos mais pronunciada.

 Teor de água no corpo também é crítica. Quanto mais água, mais


intensa a contração de volume.  teor deve ser mantido baixo.

 Tamanho das partículas de argila também influencia: maior


contração de volume com menor tamanho da partículas. POR
QUE???

 tamanho de partículas deve ser aumentado,

 ou elementos não-plásticos com partículas grandes podem ser


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Cozimento

 Após a secagem, um corpo é geralmente cozido a uma
temperatura entre 900 e 1400oC.

 Esta temperatura depende da composição e das propriedades


desejadas para a peça acabada.

 Durante a operação de cozimento,

 a densidade é novamente aumentada (com uma


consequente diminuição na porosidade),  COMO
ACONTECE ESSA DIMINUIÇÃO DA POROSIDADE???

 e a resistência mecânica é melhorada.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Cozimento
 Quando materiais à base de argila são aquecidos a

temperaturas elevadas, ocorrem alguma reações
consideravelmente complexas. Uma delas é a vitrificação.

 Vitrificação é a formação gradual de um vidro líquido que


flui para dentro e preenche parte do volume dos poros.

 O grau de vitrificação depende da temperatura e do tempo


de cozimento, bem como da composição do corpo.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Cozimento

 A temperatura na qual a fase líquida se forma é reduzida
pela adição de agentes fundentes, como o feldspato.

 Essa fase escoa ao redor das partículas não fundidas e


preenchem os poros, pelas forças de tensão superficial
(ação capilar)  se segue uma contração de volume.

 Com o resfriamento, essa fase fundida forma uma matriz


vítrea que resulta em um corpo denso e resistente.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Cozimento
 Dessa forma, a microestrutura final consiste em uma fase

vitrificada, quaisquer partículas de quartzo que não reagiram e
alguma porosidade.

 O grau de vitrificação controla as propriedades à T ambiente da


peça cerâmica; resistência, durabilidade e densidade são
melhoradas à medida que a vitrificação aumenta.

 A T de cozimento determina a extensão de acordo com a qual


ocorre a vitrificação.

 T de cozimento  vitrificação.

 Vitrificação completa deve ser evitada  corpo se torna muito


mole e irá colapsar.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Cozimento
 A figura mostra uma MEV de uma porcelana cozida onde esses

elementos microestruturais podem ser vistos.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Refratários

 Propriedades das cerâmicas refratárias incluem

 a capacidade de resistir a temperaturas elevadas sem


fundir ou decompor,

 e a capacidade de permanecer não reativo e inerte quando


são expostos a ambientes severos.

 Podem ser usados como isolantes térmicos.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Refratários

 Aplicações típicas: tijolos refratários (mais comum),
revestimentos de fornos para o refino de metais, a fabricação
de vidro, tratamento térmico metalúrgico, e a geração de
energia.

 Desempenho depende da composição, com isso existem várias


classificações – Callister:
 Argila refratária.
 Sílica.
 Básica.
 Refratários especiais.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Refratários

 Ingredientes brutos: tanto partículas grandes (ou chamotes)
como partículas finas (com cozimento, normalmente formam fase
de ligação ou colagem – essa fase pode ser vítrea ou cristalina).

 Temperatura de serviço: inferior a de cozimento.

 Quanto menor a porosidade

 maior resistência, tanto para suportar carga quanto também


ao ataque de materiais corrosivos.

 Menor resistência ao choques térmicos e isolamento térmico.

 Porosidade ótima depende das condições de serviço.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Prensagem do Pó

 Processo rápido.

 Composições argilosas e não-argilosas (cerâmicas eletrônicas,
magnéticas, alguns produtos à base de tijolos refratários) –
Análogo cerâmico à metalurgia do pó.

 Massa pulverizada contendo pequena quantidade de água (ou


outro elemento aglutinante) é compactada na forma desejada
mediante pressão.

 O grau de compactação é maximizado e a fração de espaço vazio é


minimizada pelo uso de partículas maiores e mais finas
misturadas em proporções apropriadas.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Prensagem do Pó



Não existe qualquer deformação plástica das partículas durante o
processo de compactação, como nos metais.

 Uma das funções do elemento aglutinante é a de lubrificar as


partículas pulverizadas, à medida que elas se movem umas contra
as outras durante o processo de compactação.

 Três procedimentos básicos de prensagem de pós:

 Uniaxial;
 Isostático (ou hidrostático) e;
 Prensagem a quente.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Prensagem do Pó – Prensagem Uniaxial



Pó compactado em um molde metálico através de uma pressão que
é aplicada ao longo de uma única direção.

 A peça conformada assume a configuração do molde e do cursor da


prensa através do qual a pressão que é aplicada.

 Restrito a formas relativamente simples.

 Contudo apresenta altas taxas de produção e o processo é barato.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Prensagem do Pó – Prensagem
Uniaxial 
a) Cavidade do molde é preenchida
com pó.

b) O pó é compactado por meio de


uma pressão aplicada sobre a
parte superior do molde.

c) A peça compactada é ejetada pela


ação de elevação do punção
inferior.

d) A sapata de enchimento empurra


a peça compactada para fora do
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Prensagem do Pó – Prensagem Isostática



Material pulverizado está contido em um envelope de borracha.

 A pressão é aplicada por um fluido, isostaticamente (possui a


mesma magnitude de pressão em todas as direções).

 São possíveis formas mais complicadas do que em uma situação de


prensagem uniaxial.

 Entretanto, na prensagem isostática, consome mais tempo e é de


exucação mais cara.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Prensagem do Pó – Cozimento



Tanto para o procedimento uniaxial quanto para o isostático, é
exigida uma operação de cozimento após a operação de prensagem.

 No cozimento, a peça moldada apresenta uma contração em volume


e experimenta uma redução em sua porosidade, juntamente com
uma melhoria da sua integridade mecânica.

 Essas alterações ocorrem mediante a coalescência das partículas de


pó para formar uma massa mais densa, em um processo conhecido
por sinterização.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Sinterização no estado sólido



Após a prensagem muitas partículas de pó se tocam entre si (a).

 No estágio inicial da sinterização ocorre a formação de


empescoçamento ao longo das regiões de contato entre partículas
adjacentes e se forma um contorno de grão dentro de cada pescoço,

 e cada interstício entre as partículas se torna um poro (b);

 Os poros se tornam menores e adquirem e adquirem formas mais


esféricas (c).
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outros Métodos de Processamento
Sinterização no estado sólido



As partículas se ligam entre si por difusão no estado sólido.

 O compacto poroso adquire maior densidade e resistência.

 As partículas coalescem sem fusão formando um “pescoço” e os


poros vão ficando cada vez menores e os grãos maiores à medida
que progride o processo de sinterização.

 Este processo é usado para cerâmicas avançadas que utilizam


matéria-prima muito pura ( ex, um óxido; a temperatura usada em
geral é de ¾ da temperatura de fusão do material).

 Com maiores tempos de sinterização os poros vão ficando menores.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
Sinterização no estado sólido

 A força motriz para o processo de
sinterização é a redução na área superficial
total das partículas;

 As energias de superfície são maiores em


magnitude do que as energias dos contornos
de grão.

 A sinterização é conduzida a uma T abaixo da


T de fusão, de modo tal que normalmente
NÃO existe uma fase líquida presente.

 O transporte de massa necessário para as


alterações na figura ao lado é obtido através
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
Sinterização no estado

sólido

Compactado de pós de
óxido de alumínio que foi
sinterizado a 1700oC e 6
min.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
Prensagem a quente

 Prensagem do pó e tratamento térmico são realizados
simultaneamente.

 O agregado pulverizado é compactado a uma temperatura elevada.

 É usado para materiais que não formam uma fase líquida exceto
quando submetidos a T muito elevadas e impraticáveis de serem
aplicadas.

 Utilizada quando são desejadas densidades elevadas sem que haja


crescimento apreciável no contorno de grão.

 Técnica de fabricação cara e possui limitações.


Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
TAPE CASTING (FUNDIÇÃO EM FITA)

É usado na produção de lençóis flexíveis de cerâmica que é vazada em
um suporte (metal/papel/vidro/polímero) uniformemente através de
espalhamento, que depois é seco e finalmente cozido.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
TAPE CASTING (FUNDIÇÃO EM FITA)

 Essas lâminas são preparadas a partir de suspensões (parecidas com as
vistas).

 Suspensão consiste em uma suspensão de partículas cerâmicas em um


líquido orgânico que contém elementos aglutinantes e agentes
plasticizantes,

 incorporados para introduzir resistência e flexibilidade à fita fundida.

 Pode ser necessária a desaeração em vácuo para remover bolhas de ar


ou de vapor de solvente que tenham sido aprisionadas no material as
quais podem atuar como sítios iniciadores de trincas na peça acabada.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
TAPE CASTING (FUNDIÇÃO EM FITA)

 A fita real é formada pelo derramamento da suspensão sobre uma
superfície plana (de aço inoxidável, vidro, uma película polimérica ou
papel);

 Uma lâmina afiada espalha a suspensão na forma de uma fita delgada


com espessura uniforme.

 Na secagem, os componentes voláteis da suspensão são removidos


por evaporação;

 Esse produto cru consiste de uma fita flexível que pode ser cortada ou
no interior da qual podem ser perfurados orifícios, antes de uma
operação de cozimento.
Aplicações e Processamento das
Cerâmicas
Outras Métodos de Processamento
TAPE CASTING (FUNDIÇÃO EM FITA)

 As espessuras das fitas variam normalmente entre 0,1 e 2 mm.

 É amplamente utilizada na produção de substratos cerâmicos usados


para a fabricação de circuitos integrados e de capacitores com
camadas múltiplas.
Por que peças de argila espessas são mais
suscetíveis à fissura durante a secagem do que

peças delgadas?

• Devido à diferença de encolhimento da


superfície e do interior, as peças espessas são
mais suscetíveis à fissura. Em peças espessas
a água presente na argila tem uma distância
maior a percorrer.
Por que é preciso controlar a velocidade de
secagem de uma peça cerâmica conformada
por vazamento (suspensão de barbotina)?

Por que é preciso controlar a velocidade de
secagem de uma peça cerâmica conformada
por vazamento (suspensão de barbotina)?

• Deve ser assegurado um encolhimento uniforme na
peça. Se o interior da peça encolher mais lentamente
que a superfície, surgem fissuras e defeitos na peça.
A secagem deve ser feita à temperatura menor que
100ºC e é afetada pela velocidade do ar, umidade do
ar e pela composição da argila.
Exercícios
1 – Cite duas características desejáveis dos minerais argilosos relativas
aos processos de fabricação.

2 – De um ponto de vista molecular, explique sucintamente o
mecanismo segundo o qual os minerais argilosos se tornam
hidroplásticos quando se adiciona água ao meio.

3 – (a) por que é tão importante controlar a taxa de secagem de um


corpo cerâmico que tenha sido conformado hidroplasticamente ou
através de uma fundição por suspensão?
(b) Cite três fatores que influenciam a taxa de secagem, e explique
como cada um deles afeta essa taxa.

4 – Cite uma razão pela qual a contração de volume durante a secagem


é maior para os produtos hidroplásticos ou de fundição por suspensão
que possuem partículas menores.

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