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Introdução
Primeiro Estado – Formado pelo clero, ou seja, os membros da Igreja, que podiam ser oriundos
da nobreza (alto clero) ou das classes populares (baixo clero); 1%.
Segundo Estado – Composto pela nobreza, também apresentava divisões internas: a nobreza
cortesã, ligada à corte real, e a nobreza provincial, ligada ao campo. A nobreza cortesã, por sua
vez, era constituída principalmente pela nobreza tradicional, mas também era integrada por
burgueses que conseguiam comprar títulos; 2%.
Terceiro Estado – Compreendia a maioria absoluta da população da França, e era constituído
por setores da burguesia, profissionais liberais, trabalhadores urbanos e camponeses. 97%.
Apesar de arcar com os impostos, este grupo social não possuía representação política, o que gerava
grande insatisfação entre os setores que o compunham, principalmente a burguesia. No caso dos
camponeses, ainda persistiam relações feudais de exploração sobre o uso da terra.
A situação vinha se agravando em virtude da crise econômica que atingia o Estado francês, muito em
razão das guerras nas quais a França havia se envolvido nos anos anteriores, impondo uma série
de dívidas ao regime do monarca Luís XVI. Os custos para arcar com os privilégios do Primeiro e
Segundo Estados geravam ainda mais insatisfação popular.
Em 1788, a situação social se tornou incontornável. A inflação havia aumentado muito e grande parte da
população não conseguia sequer comprar comida. Em razão da gravidade da crise, o rei convocou
a Assembleia dos Estados Gerais pela primeira vez desde 1614.
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CURSINHO
História. Prof*.Caio Galeno.
Embora contassem com a minoria de representantes na Assembleia Geral, o Primeiro e o Segundo
Estados esperavam impor um novo aumento de impostos como solução para a crise econômica, por meio
de uma votação que se desse com um voto por Estado, independentemente da quantidade de membros
presentes. O Terceiro Estado não aceitou esta proposta de votação e o agravamento da crise culminou
nos acontecimentos da Revolução Francesa.
Durante o processo que durou dez anos, os acontecimentos que se desenvolveram a partir da queda da
Bastilha são divididos em três períodos principais, que indicam as disputas entre as forças sociais que
lideraram a Revolução Francesa. São eles:
Em razão da revolta popular, o rei reconheceu o poder da Assembleia Nacional, que eliminou os
privilégios feudais sobre a posse da terra e aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Baseada nos princípios do Iluminismo, a Declaração estabelecia a igualdade jurídica entre os cidadãos e
acabava com os estamentos.
A Igreja foi separada do Estado, os poderes foram descentralizados e o poder do rei passou a ser
controlado pela Constituição. A representação política foi expandida, embora com limitações, pois previa
o voto censitário (exclusivo aos proprietários) e sem a participação das mulheres.
Após a crise desencadeada pela tentativa de fuga do rei, a Assembleia Nacional proclamou a
República em 22 de setembro de 1792, passando a ser denominada de Convenção e eliminando o voto
censitário. Neste período, os jacobinos, grupo liderado por Robespierre, ganharam força entre a
sociedade francesa.
3. Diretório (1794-1799)
A perseguição promovida por Robespierre provocou reações e, em julho de 1794, com o apoio de setores
dissidentes, os girondinos reconquistaram o poder e condenaram o líder jacobino à morte na guilhotina.
Uma nova Constituição foi elaborada em 1795, adotando novamente o voto censitário, e a Convenção
Nacional foi substituída pelo Conselho dos Anciãos e pelo Conselho dos Quinhentos. Estes dois órgãos
do poder legislativo eram responsáveis por eleger cinco pessoas para ocupar o Diretório, responsável
pelo poder executivo.
Nesta fase da Revolução, o Diretório tomou medidas para se distanciar tanto dos restauradores
monárquicos quanto dos revolucionários que ainda existiam, sem, contudo, pôr fim à política do Terror –
mas, desta vez, os alvos do Terror Branco foram os jacobinos.
Com as dificuldades econômicas e os conflitos ocorridos neste período, incluindo as guerras contra as
monarquias vizinhas, os girondinos tiveram dificuldade para manter o apoio popular.
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CURSINHO
História. Prof*.Caio Galeno.
Nesse momento, ganhava prestígio na sociedade francesa o jovem general Napoleão Bonaparte, que
havia liderado vitórias militares nos últimos anos. Parte da burguesia, procurando legitimar seu
controle, apoiaria o golpe que alçou Napoleão ao poder e daria início a um novo período da história da
França.
Conclusão
A sociedade francesa passou por diversas mudanças em razão da Revolução Francesa. A aristocracia
perdeu o poder político que detinha para a burguesia, que se tornou a nova classe dominante, marcando
o fim do feudalismo e o início do capitalismo na França. Encerrava-se aí a Revolução Francesa, que havia
durado tempo suficiente para transformar o mundo de sua época.