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Criando portas lógicas com transistores


Postado por Ana Paula Messina em 11/07/18 as 17:41 (atualizado em 06/11/19 as 12:34)

Artigos Eletrônica Hardware Lógica digital # $!

Descubra e pratique os conceitos que integram as portas lógicas utilizando


transistores de junção bipolar.

Introdução

O professor e engenheiro elétrico Vahid, faz uma interessante afirmação em seu livro, onde as chaves

são a causa dos circuitos digitais utilizarem números binários constituídos de bits, a natureza de uma

chave de estar ligada ou desligada corresponde aos 1s e 0s do sistema binário. Com esta afirmação

agora podemos revisar brevemente um período da história da computação, que envolve a evolução

dos circuitos lógicos com relés, válvulas e transistores, chegando o que hoje conhecemos por circuitos

integrados.

A chave eletromagnética que estava ganhando espaço nas indústrias no início da década de 1930,
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conhecida como relé de estado sólido, foi a responsável em criar os primeiros circuitos aritméticos e
lógicos com a capacidade de reprogramação, dando inicio à computação com relés, como os

computadores gigantes de Zuse e Mark II.

Um relé possui uma bobina e um contato metálico que abre e fecha, controlando o fluxo da corrente.

Com o movimento mecânico, torna-se um dispositivo lento para realizar cálculos complexos. Entre as

décadas de 1940 e 1950 as válvulas termiônicas eram extremamente utilizadas nas indústrias de

comunicação para amplificar sinais fracos, como a válvula não possui partes mecânicas para realizar o

chaveamento, estes componentes, principalmente as válvulas termiônicas do tipo triodo foram sendo

utilizadas nos computadores tornando-os mais rápidos, porém mais quentes e vilões do consumo de

energia. Um exemplo disso é o computador ENIAC de 1945/46 que consumia 174 mil Watts, contendo

mais de 18 mil válvulas e 1.500 relés realizando em média 5 mil operações por segundo.

Com a invenção do transistor discreto em 1947 por William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain

dos Laboratórios Bell, surgiram os primeiros computadores com tamanho e consumo de energia

reduzidos, sendo um componente eletrônico barato, mais rápido e confiável comparando com as

válvulas e relés para computar dados. Com a necessidade de miniaturização dos circuitos eletrônicos

surgiram os primeiros circuitos integrados de silício (CIs) em 1958, que atualmente possuem milhares ou

bilhões de transistores encapsulados em um único componente.

Evolução das chaves para computar dados.

Como os transistores são componentes eletrônicos de fácil acesso e utilizados até hoje em projetos de

eletrônica, podemos estudar seu comportamento como uma chave, demonstrando na prática o

funcionamento das principais portas lógicas AND, OR, NOT e XOR, que dão vida aos circuitos lógicos.
1. Como funcionam os transistores na teoria

Os transistores são dispositivos semicondutores capazes de controlar o fluxo da corrente em um

circuito. Existem diferentes tipos de transistores e o mais simples é o de junção bipolar. Eles possuem

internamente um controle de passagem de corrente feita por três camadas de cristais de silício.

A camada do Emissor é bastante dopada e tem como objetivo emitir elétrons na camada Base, que é

uma região fina e pouco dopada para conseguir transferir os elétrons do Emissor para a camada Coletor.

O Coletor é a região mais extensa do transistor possuindo uma dopagem balanceada para coletar os

elétrons que estão passando pela Base, conseguindo dissipar mais potência que as outras camadas.

Na Figura 1 a camada superior significa Coletor, a central Base e a inferior Emissor, onde podemos

observar em seus terminais e nas representações esquemáticas de um transistor NPN e PNP.

Figura 1: Transistores NPN e PNP.

O transistor realiza o seu trabalho como chaveamento eletrônico de uma forma simples, pense em uma

chave com dois estados de "liga e desliga", mas sem contato físico de um relé. Aplicando tensões

positivas adequadas nas camadas de Base e Coletor, suas características semicondutoras fazem fluir

uma corrente para a junção Base/Emissor, que consequentemente permite fluir uma corrente para a

junção Coletor/Emissor como demonstra a Figura 2.


Figura 2: Fluxo da corrente internamente em um transistor NPN demonstrando as Junções de
Base/Emissor e Coletor/Emissor.

2. Aplicando a teoria

O primeiro passo é juntar tudo o que for preciso para os testes, para isso separamos uma lista de

componentes necessários para você realizar os experimentos deste artigo com transistores, então

anota ai!

1 Protoboard pequeno.

6 Transistores NPN BC547.

5 Resistores de 10K.

1 Resistor de 1K.

3 LEDs informativo para observar os estados do transistor

2 Chaves/Botões táctil.

1 Módulo de fonte para protoboard com 5V.

1 Fonte de 9V.

1 Multímetro de sua preferência.

Agora com os componentes em mãos, podemos iniciar a primeira montagem no protoboard, para isso

siga o esquema de chaveamento com transistor BC547 como mostra a Figura 3.

Assista a série "Eletrônica digital na prática" no YouTube para projetos com muito binário e portas

lógicas no protoboard.
Figura 3: Esquema do transistor BC547 como chave.

A montagem no protoboard deve ficar semelhante a Figura 4.

Figura 4: Montagem do transistor BC457 como chaveamento na prática.

Ao clicar o botão o LED irá acender, mas como isso funciona? Com o multímetro setado em DC Volts,

medimos o comportamento da Base que terá um valor de 0 Volts, ao clicar o botão adicionamos 5V com
um resistor limitador de corrente de 10K, onde a Base terá aproximadamente 0,7V vindos do cristal de
silício, uma tensão suficiente para passar uma pequena corrente ao Emissor no GND, sendo possível

realizar a junção Base/Emissor. Para medir o comportamento do Coletor sem utilizar o botão,

temos aproximadamente 5V, ou seja, o transistor está em modo de Corte, a corrente não está fluindo e

por este motivo o LED não acende mesmo recebendo uma tensão positiva.

Quando a Base/Emissor é acionada pelo botão, o Coletor terá aproximadamente 0V pois a corrente está

fluindo pela junção Coletor/Emissor com a ajuda do resistor limitador de corrente de 1K e o LED irá

acender, ou seja, o transistor está em modo Saturado, a corrente está fluindo ao máximo.

Pensando nos conceitos de portas lógicas, internamente um transistor trabalha como uma porta

inversora, pois quando a tensão da Base estiver em 0V a tensão do Coletor será 5V e vise-versa como

mostra a Figura 5.

Uma observação deve ser feita com atenção nos experimentos, quando adicionamos um LED

informativo na saída (Output) para visualizar os estados do transistor de ligado e desligado, a

interpretação é dada como uma porta comum e não inversora. Se a interpretação fosse uma inversão, o

LED ficaria acesso e ao pressionar o botão apagaria o LED.

Figura 5: Transistores a esquerda em negrito estão em Corte e os dois transistores a direita estão
Saturados.

2.1 Transistores e portas lógicas

Com o primeiro experimento realizado foi possível demonstrar que um transistor trabalha como uma

chave eletrônica que liga e desliga. Depois das válvulas e relés, os circuitos lógicos eram desenvolvidos

com transistores de junção bipolar, porém o próximo desafio era fabricar um circuito lógico completo

miniaturizado, desse modo surgiu a famosa família de circuitos integrados TTL (Transistor-Transistor

Logic), que foram responsáveis no desenvolvimento dos computadores pessoais.

Existem diversos CIs TTL que possuem configurações com determinadas portas lógicas, como por
exemplo o 7404 (Seis portas inversoras), 7408 (Quatro portas AND), 7432 (Quatro portas OR) e 7486

(Quatro portas XOR) e assim por diante. Mas como uma porta do 7408 realiza a lógica AND? Ou uma

porta do 7432 realiza a lógica OR? Para responder essas perguntas de forma didática vamos realizar

novos experimentos com transistores, desenvolvendo no protoboard as portas lógicas a um baixo nível

de abstração e em conjunto apresentar aplicações reais das lógicas Inverter/NOT, AND, OR, e XOR em

circuitos eletrônicos. Inclusive é possível realizar essas lógicas invertidas, adicionando uma inversora na

saída de cada uma e então surgem as portas NAND, NOR e XNOR.

Uma outra forma de manipular portas lógicas é utilizando a técnica bitwise com a linguagem de

programação C++.

2.1.1 Porta Inverter/NOT

A porta inversora ou Inverter/NOT é a mais simples de todas, é possível obter os possíveis resultados a

partir da tabela verdade com uma entrada e uma saída (Input e Output), a lógica é dada como sempre a

entrada será inversa à saída. Para observar estes estados de verdadeiro e falso com a lógica inversora,

vamos montar no protoboard o seguinte diagrama esquemático com seus respectivos componentes.

Figura 6: Esquema da porta Inverter/NOT com transistores.

A montagem no protoboard deve ficar semelhante a Figura 7. Pela lógica o LED verde deverá ficar

acesso e ao clicar o botão ele apagará.


Figura 7: Porta Inverter/NOT na prática.

Na Figura 6 podemos observar que além do diagrama esquemático da porta inversora com transistor,

possuímos a sua tabela verdade, a notação em expressão booleana e o simbolo lógico que é

normalmente utilizado em esquemas, sendo possível observar na Figura 8 de um exemplo de aplicação

real, utilizando duas portas inversoras do integrado 74HCT04 para realizar o clock de um computador de

8 bits.

Figura 8: Exemplo de aplicação real da porta lógica inversora.

2.1.2 Porta AND

A porta lógica AND/E precisa de duas entradas para obter uma saída, sua lógica funciona da seguinte

maneira, as duas entradas devem ser verdadeiras para o resultado ser verdadeiro, caso contrário a

saída é falsa. Montando no protoboard o diagrama esquemático e analisando a tabela verdade da

Figura 9 ajuda o entendimento da lógica.


Figura 9: Esquema da porta AND com transistores.

O circuito no protoboard deve ficar semelhante a Figura 10. Na lógica o LED irá acender com os dois

botões pressionados.

Figura 10: Porta AND na prática.

A lógica AND é comum em circuitos de diversas finalidades, um exemplo interessante de aplicação real

é um circuito somador completo (operações aritméticas de soma em notação binária) com display de 7

segmentos, dando um zoom na Figura 11 é possível localizar um circuito combinacional com duas

portas OR e uma AND que são responsáveis em informar quando o resultado da operação for maior que

9, pois cada display exibe números de 0 a 9 e aqui surge o seguinte problema: e se a soma for igual a 10

ou 18? Caso esta informação seja verdadeira envia um bit para o display da esquerda e ativa um padrão

de bits 0110 nas 4 entradas B para a próxima somatória, exibindo corretamente o resultado nos displays.
Interessante né? Você pode se aprofundar no assunto lendo o artigo Display decimal para circuito

digital aritmético.

SOMANDO NÚMEROS BINÁRIOS COM DISPLAY DE 7 SEG…

Figura 11: Diagrama esquemático do Full Adder/BCD Adder de 4 bits.

2.1.3 Porta OR

A porta OR/OU é a mais dinâmica de todas, ela aceita entradas diferentes e verdadeiras. Sua lógica é

denominada de uma forma simples. se as duas entradas forem falsas o resultado deve ser falso, caso

contrário o resultado é verdadeiro. Vamos montar no protoboard seguindo a Figura 12 para entender o

funcionamento da porta OR na prática.


Figura 12: Esquema da porta OR com transistores.

A montagem deve ficar semelhante a Figura 13. Pela lógica o LED verde acende com um dos botões

pressionados ou os dois juntos, bem diferente da lógica AND!

Figura 13: Porta OR na prática.

2.1.4 Porta XOR

A famosa lógica OU Exclusiva, ela faz piscar LEDs de uma forma elegante, sua lógica desmembrada são

compostas por portas NAND, e se comporta as vezes como uma porta inversora controlada. Quanta

informação! Pois bem, a porta XOR tem a seguinte lógica, se as entradas forem iguais o resultado deve

ser falso, caso contrário o resultado é verdadeiro. Vamos montar o maior circuito deste artigo no

protoboard seguindo a Figura 14, contando com 5 transistores e LEDs para as entradas.
Figura 14: Esquema da porta XOR com transistores.

O circuito no protoboard deve ser parecido com a Figura 15. Na lógica um dos botões pressionados

acende o LED de saída, os dois botões ao mesmo tempo apaga. Para enxergar a porta inversora

controlada citada acima, mantenha pressionado um dos botões e o outro fique alternando o clique, o

LED de saída com o LED do botão que você está clicando vão sempre ficar ao contrário do outro. Veja o

video do circuito em funcionamento.

Figura 15: Porta XOR na prática.

Como salientado a porta XOR faz piscar um LED, resumidamente de uma forma simples aplicamos 0 em

umas das entradas e a outra alternamos entre 0 ou 1 conforme a Figura 16, também é possível realizar o

mesmo efeito utilizando sinais de clock, onde as entradas recebem valores diferentes de um clock,

sendo assim a onda quadrada de A será mais larga (Duty cycle maior) e a B será mais fina (Duty cycle
menor) ou vise versa, desencontrando as bordas de subida das ondas fazendo a saída Y alterar

conforme observamos na Figura 17. Outra forma diferente de piscar um LED com a lógica XOR é

utilizando um Arduino.

Figura 16: Pisca LED aplicando a lógica XOR com software de simulação em tempo real, com um sinal de
clock e um botão forçando nível 0.

Figura 17: Pisca LED aplicando a lógica XOR com software de simulação em tempo real, com dois sinais de
clock, alternando as bordas de subida.

Uma aplicação mais avançada da porta XOR são em circuitos que realizam operações aritméticas de

soma e subtração no mesmo circuito conforme o vídeo abaixo. Este projeto aplica o conceito de XOR

agir como porta inversora controlada, onde um circuito subtrator de 1 bit é consequentemente um

somador com inversor em uma das entradas, mas quando ocorre essa junção de operações ela precisa

ser exata, uma hora deve somar outra subtrair quando uma pessoa quiser. Para isso se tornar real
trocamos as portas inversoras com XOR's, isso podemos observar na Figura 18 com um circuito de 8 bits

que faz exatamente esse processo.

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS BINÁRIOS DE 8 BITS…

Figura 18: Diagrama esquemático do Parallel Full Adder/Subtractor.

Conclusão

Com uma breve apresentação descrita neste artigo sobre os transistores, foi possível explicar na prática
como um transistor funciona por meio de experimentos com prototipagem e análise de circuito com

equipamento de medição. Este conhecimento teórico e prático possibilitou ressaltar conceitos que

integram as portas lógicas NOT, AND, OR e XOR aplicando a um nível baixo de abstração utilizando

transistores como apresentado no item 2,1, fazendo assim uma associação com prototipagem didática e

explanação de aplicações reais das portas lógicas em projetos digitais compostos por circuitos

integrados.

Diga nos comentários qual a sua experiencia em montar esses mini circuitos no protoboard ou tire suas

dúvidas!

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microprocessadores.

Referências

1. MALVINO, A. P; BROWN, J. A; Digital computer electronics. 3 ed. McGraw-Hill, 1999.

2. TOCCI, R, J; WIDMER, N. S; MOSS, G. L; Sistemas digitais: princípios e aplicações. 10 ed. Pearson

Prentice Hall, 2008.

3. VAHID, F: Sistemas digitais: projeto, otimização e HDLs. 1 ed, Bookman, 2008.

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