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Best Cars Web Site - Nissan Frontier AX

Avaliação

Nissan Frontier AX

Pickup japonês fica maior e mais potente, mas deve


alguns acertos e uma suspensão mais suave

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Um bom veículo de trabalho, mas que deixa a desejar em conforto e


desempenho para o uso cada vez mais cotidiano a que pickups e utilitários
esportivos são submetidos: essa foi a impressão deixada pelo Nissan
Frontier 4x4 AX de cabine dupla, novo pickup da marca japonesa, lançado em
junho e avaliado pelo Best Cars Web Site durante cerca de 400 quilômetros
de cidade, estrada e fora-de-estrada.
O Frontier -- nome utilizado também nos Estados Unidos, embora ele quase
tenha sido lançado aqui como D22 -- corresponde à 16ª. geração de pickups
Nissan desde 1934. Em relação ao anterior D21, é 16 cm mais longo e 13 cm
mais alto, um ganho importante. As linhas não inovam, mas são agradáveis e
impõem-se, sobretudo quando equipado com estribos e rodas e pneus mais
largos como o modelo avaliado. O pára-choque traseiro cromado segue o
dianteiro, coerência não presente no Ranger. Faróis algo recuados são
típicos do mercado americano.
A atmosfera interna agrada, com bom acabamento e dotação de equipamentos.
Encontra-se facilmente boa posição de dirigir, com ajuda do volante
regulável, e há farto espaço para objetos no painel, console e portas. Os
controles elétricos dos vidros ficam centralizados na porta do motorista.
Só o vidro dessa porta tem sistema um-toque e nenhum dispõe de
temporizador. O travamento dos comandos de vidros traseiros bloqueia
também o da porta dianteira direita, detalhe bem-pensado para o transporte
de crianças na frente, agora permitido quando houver outras três atrás.
Bom desempenho fora-de-estrada, mas a suspensão é muito desconfortável
para uso cotidiano
No painel, com aparência de automóvel, o hodômetro digital oferece duas
contagens parciais: úteis para controlar a quilometragem percorrida em
viagens e desde o último abastecimento, por exemplo. O ar-condicionado, de
série, atende às expectativas, mas não há faixa degradê no pára-brisa (por
que será que tantos fabricantes ainda a consideram dispensável?).
Toca-fitas também é de fábrica e deveria poder ser ouvido sem a chave no
contato. Outra pequena falha: as três portas dos passageiros não acionam a
luz interna. O espaço traseiro é bom em largura e altura, mas o assoalho
alto em relação ao banco traz desconforto às pernas -- inconveniente
encontrado em menor grau em outros pickups.
Entre dois motores a gasolina (2 e 2,4 litros) e dois a diesel (2,7 e 3,15
litros) disponíveis lá fora, a Nissan optou por vender no Brasil apenas o
último, mais potente e de menor manutenção. Com comando de válvulas no
bloco, desenvolve 103 cv (30% mais que o 2,7 do pickup anterior), a maior
potência entre os aspirados do segmento, mas 12 cv abaixo do Ranger
turbodiesel. O torque cresceu de 17,7 mkgf para 21,6 mkgf. Nada justifica,
entretanto, a falta do turbocompressor empregado nos concorrentes -- mesmo
que instalado no Brasil, como nos primeiros Mitsubishi Pajero e L200.
Desempenho, consumo e emissões seriam beneficiados a um custo não
proibitivo.
Interior bem-acabado traz muito espaço para objetos; a segunda alavanca no
console aciona tração integral e reduzida
(fotos: fabricante)
A tração integral do Frontier é temporária e pode ser acionada, por
alavanca no assoalho, a até 40 km/h. Conta com redução, que exige a parada
do veículo, roda-livre automática (opcional) e diferencial de
escorregamento limitado -- que Ranger e S10 não oferecem --, útil em
curvas fechadas e no fora-de-estrada. A suspensão dianteira com duplo
braço triangular promete correto posicionamento das rodas em curvas, mas
daí a uma boa estabilidade há certo caminho a percorrer.
O maior inconveniente do pickup Nissan em uso cidade-estrada é a escolha
do motor diesel como única versão, e não apenas pelo desempenho. Por força
da legislação, que exige capacidade de uma tonelada para o uso do
combustível subsidiado (neste caso são 1.050 kg), a fábrica não poderia
suavizar a suspensão -- e disso é que o Frontier mais precisa. É duro e
desconfortável, mais do que espera de um pickup moderno e de cabine dupla
(os maiores comprimento e peso tendem a suavizar os impactos). O que pode
ser positivo no fora-de-estrada ou ao levar carga torna-se, no uso urbano,
fator de desconforto e insegurança: rígido demais, tende a provocar pulos
e desvios em piso irregular, tão comum em nossas estradas "carpetadas".
Pode-se argumentar que ir ao trabalho ou viajar com a família por asfalto
não são objetivos dos pickups, mas o estilo, acabamento e preço de modelos
como o Frontier deixam clara a percepção pelos fabricantes do verdadeiro
uso a que têm sido destinados.
Requer alguns acertos para competir bem entre os pickups médios -- e
merece um motor a gasolina e mais potente
Um fator a ser revisto com urgência pela Nissan é o peso do acelerador,
que chega a causar dores na perna após longas viagens, já que a baixa
potência leva o motorista a acelerar mais. Em contrapartida, os engates do
câmbio são precisos, a embreagem (de comando hidráulico) bastante leve e
os retrovisores de bom tamanho, com o esquerdo também convexo. O
comportamento fora-de-estrada, testado em cerca de 20 km de trilhas e piso
arenoso, satisfaz. O curso da suspensão é adequado e a tração integral e
reduzida não apresentaram qualquer problema.
O Frontier custa US$ 34,6 mil, já com ar-condicionado, rádio/toca-fitas e
bancos individuais. Controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores,
rodas de alumínio com pneus 235/75, volante de três raios e acabamento em
tecido luxo são os principais opcionais. É mais do que se paga por um
Ranger similar, mas ser diferente tem seu preço -- só não deveria incluir
o desconforto da suspensão...

FICHA TÉCNICA
Mais potente dos motores que o equipam lá fora, o diesel aspirado de
3.150 cm3 é opção única no mercado brasileiro
MOTOR - Longitudinal, 4 cilindros em linha; comando no bloco, 8
válvulas. Diâmetro e curso: 99,2 x 102 mm. Cilindrada: 3.153 cm3.
Taxa de compressão: 22,2:1. Potência máxima: 103 cv a 3.600 rpm.
Torque máximo: 21,6 mkgf a 2.000 rpm. Injeção direta, bomba
rotativa.
CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração traseira ou integral, com
redução.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor.
DIREÇÃO - de esferas recirculantes; assistência hidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, duplo braço triangular;
traseira, eixo rígido e feixe de molas.
RODAS - 7 x 15 pol.; pneus, 235/75 R 15.
DIMENSÕES - comprimento, 4,885 m; largura, 1,820 m; altura, 1,715 m;
entreeixos, 2,950 m; capacidade do tanque, 60 l; capacidade de
carga, 1.050 kg; peso, 1.780 kg.
DESEMPENHO - dados não declarados.

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