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REFLEXÕES SOBRE TROCAS POSITIVAS

NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

1
Ana Lígia Oliveira Teixeira
2
Rosemere Athayde Santos de Castro
3
Solimara Ravani de Sant'Anna

RESUMO

Identifica-se, no cotidiano escolar, que o aluno tem uma participação ativa na


construção do seu desenvolvimento, porque ele vai formando e transformando
o conhecimento de si e do mundo, por meio da interação com as outras
pessoas de seu grupo social. Inspiradas em Vygotsky (1998) pode-se dizer que
a construção de cada indivíduo é influenciada pelo seu contexto, pela sua
história e pelas relações sociais que partilha e, o fato de cada sujeito possuir
sua história de vida e cultura, influenciando no desenvolvimento de como e
quanto tempo levamos para aprender algo é que percebemos que o
desenvolvimento humano se caracteriza em uma dimensão social e histórica.

Palavras chave: desenvolvimento, conhecimento, história, proximal.

1
Licenciada em Matemática.
2
Licenciada em Letras.
3
Bacharel em Administração de Empresas.

1
A questão da aprendizagem nos remete ao entendimento de que devemos

levar em consideração que as pessoas já nascem em um contexto que é

histórico e social. É histórico, quando se considera que o desenvolvimento do

indivíduo é influenciado pelas experiências e conquistas de muitos outros

indivíduos, ao longo dos tempos e é social, porque esse conhecimento é

organizado e estruturado pelos grupos sociais – família, amigos, escola, igreja,

trabalho, entre outros.

Segundo Vygotsky (1998):

[...] o desenvolvimento é influenciado pela aprendizagem que ocorre


nas relações que partilhamos nas experiências que vivenciamos e, no
contexto sociocultural do qual fazemos parte.

Deste modo, pode-se dizer que na abordagem histórico-cultural, o indivíduo se

desenvolve e aprende sobre o mundo e as coisas que o cercam de uma forma

histórica, social e cultural, ao mesmo tempo em que também constrói os

elementos integrantes de seu meio, tais como; valores, linguagem e até o

próprio conhecimento.

Vygotsky (2000, p. 26-7) diz ainda que:

Todas as funções superiores constituíram-se na filogênese, não


biologicamente, mas socialmente. /.../ Sua composição, gênese,
função (maneira de agir) – em uma palavra, sua natureza – são
sociais. Mesmo sendo, na personalidade, transformadas em
processos psicológicos –, elas permanecem ‘quase’- sociais. O
individual, o pessoal – não é ‘contra’, mas uma forma superior de
sociabilidade.

Concordando com esse autor é possível dizer que o desenvolvimento é um


processo dinâmico de transformação de significados partilhados socialmente.
O aluno é um ser social que já passa pelas etapas do desenvolvimento fora da
escola. No entanto o desenvolvimento das funções psicológicas não é estático,
pelo contrário, é um processo dinâmico de transformação de significados e

2
sentidos a serem partilhados.

Outra questão relevante a ser citada na teoria de Vygotsky diz respeito à zona
de desenvolvimento proximal cujo limite, pode levar a criança a não conseguir
realizar tarefa alguma, nem com ajuda ou supervisão de quem quer que seja.
Nesse caso é papel do professor identificar o que os alunos podem fazer
sozinhos e o que devem trabalhar em grupos, avaliando quais atividades
precisam de acompanhamento e decidir quais exercícios - por exigir saberes
prévios que ainda não estão consolidados ou acessíveis - ainda são inviáveis
mesmo com assistência.

TROCAS POSITIVAS NUMA VIA DE MÃO DUPLA:

O professor pode escolher: avaliar os limites do aluno, suas dificuldades,


considerando no que ele avançou na aprendizagem, ou avaliar, buscando
estimular seu potencial e ampliar suas possibilidades. Qual das opções é a
melhor? A pesquisadora Cláudia Davis4, que se baseou nos estudos de
Vygotsky diz que a segunda ação contribui para colocar o estudante no
caminho do melhor aprendizado possível. Para a autora [...] Esse conceito é
promissor porque sinaliza novas estratégias em sala de aula. Nesse sentido, na
opinião da especialista, o que interessa não é avaliar as dificuldades das
crianças, mas suas diferenças, e afirma ainda: [...] Elas são ricas, muito mais
importantes para o aprendizado do que as semelhanças.

A experiência no magistério ensina que não há um estudante igual a outro. Os


limites e possibilidades que determinam, entre outras coisas, as habilidades
individuais são distintas. Isso significa que cada criança avança em seu próprio
ritmo. Num primeiro momento, ter como missão lidar com tantas
individualidades pode até parecer um pesadelo, mas a caminhada no fazer
escolar mostra que o que realmente existe aí, são excelentes oportunidades de
promover a troca de experiências.
4
Claudia Davis. Professora de psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP).

3
Essa fala a respeito da necessidade de interação e da valorização das
diferenças é histórica e o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934) nas
primeiras décadas do século 20, já defendia que o convívio de crianças mais
adiantadas com aquelas que ainda precisam de apoio para dar seus primeiros
passos em sala de aula contribui sobremaneira para o desenvolvimento de
ambas.

Segundo esse autor, existem dois níveis de desenvolvimento infantil. O


primeiro nível que ele chama de real incorpora as funções mentais que já estão
completamente desenvolvidas e são o resultado de habilidades e
conhecimentos adquiridos pela criança. Esse nível é estimado com base no
que uma criança consegue realizar sozinha; entretanto, essa avaliação, não
leva em conta o que ela conseguiria fazer ou alcançar com a ajuda do próprio
professor ou de um colega. É justamente nesse quesito, ou seja, na distância
entre o que já se sabe e o que se pode aprender com alguma ajuda que reside
o que ele chama de segundo nível de desenvolvimento que ele denominou de
proximal.

Quando o professor ignora o que sugere o limite proximal, muitas das


atividades propostas em sala de aula colocam os alunos diante de desafios
quase impossíveis. Daí a necessidade de o professor orientar a formação de
grupos de modo a colocar juntos alunos de níveis de desenvolvimento
diferentes. Portanto, evitar que os alunos formem grupos homogêneos ou
permitir que se organizem de acordo com suas afinidades. Isto por que, é
importante aproximar alunos com diferentes níveis de ensino nas atividades em
que o domínio dos saberes seja um diferencial.

Nesse sentido, pode-se dizer a integração de crianças em diferentes níveis de


desenvolvimento deve ser encarada como um dos fatores determinantes no
processo de aprendizado.

4
BIBLIOGRAFIA

DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educação. São Paulo:


Cortez, 1994. 2 ed. Coleção Magistério.

Vygotsky, Lev Semionovch. Coleção Educadores. Coelho, Edgar Pereira.


Edgar Pereira Coelho (org.) – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Ed.
Massangana, 2010. –.

Vygotsky, Lev Semionovich, 1896-1934. 2. Educação – Pensadores –


História. I. Coelho, Edgar Pereira. II. Título.

Neves, Magda Floriana. Vygotsky e as teorias da aprendizagem.


Universidade Federal de Pelotas. UNIrevista - Vol. 1, n° 2 : (abril 2006).

VYGOTSKY, L. S. 1984. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins


Fontes, 132 p.
VYGOTSKY, L. S. 1987. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 157 p.

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