Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
e Arbitragem
Profª. Arlete Regina Floriani
2015
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profª. Arlete Regina Floriani
657.450
192 p. : il.
ISBN 978-85-7830-894-0
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico, a partir deste momento você terá a oportunidade de
conhecer o que é perícia contábil e arbitragem. Trata-se de um tema de grande
importância na sua formação profissional, pois lhe dará a base necessária para
que você possa encontrar excelentes oportunidades no mercado de trabalho.
Isso depende apenas do seu comprometimento com o estudo.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA .
O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E TRABALHOS .
TÉCNICOSDACONTABILIDADE,BASESCONTEXTUAIS,EXERCÍCIO.
PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL................................................................. 1
VII
TÓPICO 4 – FUNÇÕES CONTÁBEIS................................................................................................ 65
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 65
2 FUNÇÕES CONTÁBEIS.................................................................................................................... 65
3 FUNÇÕES FUNDAMENTAIS.......................................................................................................... 65
4 FUNÇÕES COMPLEMENTARES.................................................................................................... 66
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 69
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 71
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 72
VIII
TÓPICO 2 – ÉTICA NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM............................................................. 159
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 159
2 CÓDIGO DE ÉTICA........................................................................................................................... 160
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 164
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 166
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 189
IX
X
UNIDADE 1
DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS PARA O
SURGIMENTO DA PERÍCIA,
CLASSIFICAÇÃO E TRABALHOS
TÉCNICOS DA CONTABILIDADE,
BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO
PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você será capaz de:
• identificar os quesitos;
• entender arbitragem.
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 1 será apresentada com a estrutura de quatro tópicos, sendo
que ao final de cada tópico encontrarás atividades que auxiliarão no seu
aprendizado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
DADOS HISTÓRICOS
1 INTRODUÇÃO
Na maioria das vezes o aluno se questiona: por que estudar história? Que
ligação tem com a contabilidade? Conhecer os dados históricos é de fundamental
importância, pois, desta maneira, temos a oportunidade de entender qual era o
pensamento dos precursores da matéria. Acerca deste tema buscamos apresentar
aspectos doutrinários da perícia contábil, as datas que marcaram este período
que iniciou em 1939 e mostrar que sete anos foram necessários para que a perícia
contábil se institucionalizasse, pois, somente em 1946, com a criação do Conselho
Federal de Contabilidade, Decreto-Lei nº 9.295, é que foi institucionalizada a
perícia contábil no Brasil.
Mais uma razão para se estudar a historicidade dos fatos para conhecer
como eram resolvidos estes tipos de problema antes da normatização.
3
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
2 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
No Brasil, analisando os primeiros sinais do surgimento da perícia
contábil, observamos que o período remonta a 1939, quando o Código de Processo
Civil (promulgado pelo Decreto-Lei nº 1.608, de 18.09.1939, em seus arts. 57, 117,
129, 131, 132, 208, 254, 255, 256, 257, 267, e 268) descreveu, de maneira sucinta e
precisa, admitindo a perícia como prova de fato, que depende de conhecimento
especial, inclusive expôs sobre o laudo, a recusa do perito, a substituição deste, os
esclarecimentos pelo perito em audiência, a indicação de assistentes técnicos, as
despesas com o ato e as penalidades aplicáveis por eventual ato ilícito ou dolo do
perito, explica Hoog (2010).
3 ORIGEM
A origem da perícia conta com o apoio dos dados históricos na formação do seu
processo, pois nos leva a conhecer a cultura dos povos que os levaram a introduzi-la.
4
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
5
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Magalhães et al. (2008) corroboram com Sá (2009) e citam que foi com
o advento do “segundo” Código de Processo Civil, criado pela Lei nº 5.869/73,
através das Leis Complementares atribuídas ao Código de Processo Civil, que
as perícias judiciais tiveram ampliada a sua legislação, ficando de forma clara e
aplicável. Neste mesmo contexto foi inclusa a Legislação Trabalhista e o Direito
Comercial, que adotam a mesma metodologia que as jurisprudências de natureza
processual civil, ampliando ainda mais a área atingida pela perícia.
5 OBJETIVO
A perícia contábil, segundo Hoog (2010), tem por objetivo verificar atos
das empresas ou fatos ligados a sua riqueza, com o objetivo de oferecer opinião
científica contábil, prova cabal, solucionando as questões propostas. Para oferecer
opinião, laudo ou parecer revelador de prova, são realizados exames, vistorias,
indagações, investigações, avaliações, arbitramento, procedimento necessário
para dar sustentação científica contábil.
6
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
6 CONCEITUAÇÕES
Antes de iniciar qualquer atividade prática, o primeiro passo é conhecer o
conceito do que se propõe analisar. Neste subtópico serão abordados os seguintes
itens: perícia, perito, assistente e usuários da perícia para que você, acadêmico,
tenha o conhecimento necessário para a realização das atividades pertinentes, bem
como conheça e reconheça a função de cada profissional envolvido no processo.
6.1 PERÍCIA
A expressão perícia é derivada do latim peritia, que significa conhecimento.
(SÁ, 2009). A forma de se elaborar a perícia é a que enseja opinião sobre a verificação
feita, ao patrimônio individualizado de empreendimentos ou de pessoas, cujo
procedimento, por sua natureza, é determinado ou requerido quando alguém,
interessado no tema, pede a opinião.
7
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Dessa forma, explica Wakim (2012, p. 4), pode-se definir perícia contábil
como “uma tecnologia da contabilidade que significa pesquisa, exame acerca da
verdade dos fatos, efetuada por pessoa com reconhecida habilidade ou experiência
na matéria investigada”.
Com o intuito de que não ocorra qualquer dúvida sobre este campo
de atuação privativa dos contadores, buscou-se dar maior abrangência ao
tema, e assim permitir ao acadêmico entender melhor quais são, de fato, suas
oportunidades de trabalho enquanto contador diplomado.
8
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
9
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Sá (2009) vai além, e explica que os fins para os quais se pode requerer uma
perícia são vários, precisando para isso que se baseie em elementos “verdadeiros”
e “competentes”.
1 Apresentação
10
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
2 Visão do conjunto
11
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
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TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
Histórico R$
Compra de mercadoria sem a competente entrada do
10.923.570,00
estoque, o que significa desvio da mercadoria, NF nº 29.301.
Venda de mercadoria sem a competente entrada do
5.393.520,00
valor recebido, NFVC nº 051 a 165.
Saída fictícia de caixa, por compra lançada com valor
maior do que o real: valor lançado: valor lançado
R$ 695.935,00; valor correto conforme NF.9804 – R$ 3.000,00
692.935,00; diferença encontrada
TOTAL 16.322.090,00
b) Indícios de fraudes
Histórico R$
Depósito em nome de outra empresa (...) Ltda., no
5.000.000,00
Banco 3.
Depósito de grande valor em nome da Parte 3,
38.000.000,00
procuradora da empresa periciada, no Banco 4.
TOTAL 43.000.000,00
Histórico R$
- MARÇO/x5 (nas duas filiais) 16.817.301,00
- ABRIL/x5 (matriz e filiais) 86.278.793,00
- MAIO/x5 (matriz e filiais) 78.331.986,00
JUNHO/x5 (matriz e filiais) 80.144.048,00
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
4 Documentos Probantes
5 Recomendações
6 Contribuição ao aprendizado
14
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
Prezado Acadêmico,
• Para fins administrativos a perícia pode ser realizada, por exemplo, para
verificar se o almoxarife está controlando os estoques sem permitir de haja
desvio dos mesmos. Este tipo de perícia pode ser requerido dentro da própria
empresa, por seu setor de contabilidade caso não disponha de outros meios.
• Para fins regimentais as perícias são realizadas para as Comissões Parlamentares
de Inquérito, e quem as solicita é a Câmara dos Deputados.
• Para fins sociais as perícias são promovidas pelos sindicatos para que haja
clareza na forma como os acordos salariais foram realizados.
• Para fins de observar se as empresas possuem meios de remunerar melhor, a
perícia apura as condições em que os aumentos se suportam, tão como se há
boa-fé na apuração.
• Para confirmar se as afirmações dos autores estão em conformidade, buscou-se
o que contempla o Código de Processo Civil, e no artigo 420 está disposto que
“a prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação”.
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Infere-se que a perícia contábil deve ser elaborada de forma imparcial, ampla,
segura e sigilosa, utilizando-se o perito de fontes seguras, não permitindo que os
resultados sejam tratados de forma que venham a beneficiar alguma das partes.
6.2 O PERITO
No início deste caderno foi abordado o surgimento da perícia, e observou-
se que os primeiros sinais surgiram em 1939. Daquela época para os dias atuais
já houve muitas mudanças e adequações, porém, devido à crescente evolução e a
relevância do trabalho pericial, necessário se faz atualização e aprimoramento das
normas, daí mais uma vez a necessidade, do Conselho Federal de Contabilidade,
fazer novos ajustes. Em 10 de dezembro de 2009 foi aprovada a Resolução nº
1.244/09 (que está ainda vigente, e sem nenhuma alteração, até esta data), a qual
entrou em vigor em 1º de janeiro de 2010, e estabelece o seguinte: o artigo 1º
aprovou NBC PP 01 que dispõe sobre o Perito Contábil; o artigo 2º aprova a data
de início de vigência, e o artigo 3º revoga, a partir de 1º de janeiro de 2010, as
Resoluções CFC nº 857/99, 1.050/05, 1.051/05, 1.056/05 e 1.057/05, publicadas no
Diário Oficial da União – D.O.U, seção I, de 29/10/99, 08/11/05, 08/11/05, 23/12/05
e 23/12/05, respectivamente.
Nesse contexto observa-se o que explica Hoog (2011, p. 69) sobre o perito
“[...] o perito não é funcionário público concursado, trata-se de um profissional liberal
devidamente habilitado de livre escolha do magistrado, por ser pessoa de sua confiança”.
16
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
6.2.1 O conceito
Conforme pesquisa realizada para a elaboração deste caderno, ainda
não existe nada escrito quanto ao conceito de perito, e nossas bibliografias são
carentes no que concerne a este tema, explicam Magalhães et al. (2008), porém,
as Normas de Perícia Judicial conceituam, e é aceito, da seguinte forma: Perito
Judicial é o profissional habilitado e nomeado pelo juiz para emitir sua opinião
sobre questões técnicas de sua especialidade.
Ressaltam Magalhães et al. (2008) que o profissional para poder atuar como
perito necessita ter nível universitário, ser inscrito no órgão de classe competente,
e no caso do contador, este profissional deve ser inscrito no Conselho Regional
de Contabilidade do Estado onde estiver inserido, devendo comprovar sua
especialidade mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
Wakim e Wakim (2012) entendem que o art. 145 do CPC considera o perito
como cientista, isto porque ele fornecerá ao condutor do litígio informações
técnicas e científicas que permitam o juiz tomar sua decisão, e complementam
citando o que preveem os parágrafos 1º e 2º:
Já não é mais possível mencionar que não há nada escrito que conceitue o
Profissional Perito, haja vista que a Resolução nº 1.244/09 do CFC, foi instituída
e está em vigor desde 1º de janeiro de 2010 (sem alteração), a qual apresenta de
forma clara três conceitos que apresentamos a seguir:
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Para dirimir eventuais dúvidas, no que diz respeito ao que significa perito,
utilizamo-nos do dicionário da Língua Portuguesa, de autoria de Ferreira (1999)
que explica: “perito é a pessoa sabedora ou especialista em determinado assunto;
ou ainda, é o profissional nomeado judicialmente para exame ou vistoria”.
18
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
IDENTIFICAÇÃO DO REGISTRO
NOME: ................
REGISTRO: ..........
CATEGORIA: .......
CONTADOR: .........................
CPF: ...................
20
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
E
IMPORTANT
21
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
De acordo com o § 1º, inciso I, art. 421 do CPC, o juiz incumbe às partes a
“indicação” do assistente técnico, dentro do prazo de cinco dias, a contar da data
de intimação do despacho de nomeação do perito.
22
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
24
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
8 INDEPENDÊNCIA
Um profissional independente é aquele que toma suas próprias decisões,
que tem autonomia para a realização de suas funções. De acordo com o item 15,
das Normas Brasileiras de Contabilidade PP 01 – Perito Contábil, alterada segundo
a Resolução do CFC – Conselho Federal de Contabilidade nº 1244/2009, o “Perito
deve evitar qualquer interferência que possa constrangê-lo em seu trabalho,
não admitindo, em nenhuma hipótese, subordinar sua apreciação a qualquer
fato, pessoa, situação ou efeito que possa comprometer sua independência,
denunciando a quem de direito a eventual ocorrência da situação descrita”. Pelo
exposto entende-se que o profissional da perícia contábil deve realizar seu trabalho
conforme sua autonomia, ética, caráter, e livre de qualquer compromisso.
9 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
Continuando com o estudo das Normas Brasileiras de Contabilidade PP 01 –
Perito Contábil, alteradas de acordo com a Resolução CFC nº 1244/2009, averiguou-se
os itens 16 a 19, que tratam do impedimento e suspeição observando o seguinte:
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
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TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes; (b) ser inimigo capital de
qualquer das partes; (c) ser devedor ou credor em mora de qualquer
das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou
em linha colateral até o terceiro grau ou entidades das quais esses
façam parte de seu quadro societário ou de direção; (d) ser herdeiro
presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges;
(e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;
(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do
objeto da discussão; (g) houver qualquer interesse no julgamento da
causa em favor de alguma das partes.
O item 24 dispõe que o perito pode declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Os casos de impedimento e suspeição estão previstos também no CPC, e
contemplados nos artigos 134; 135; 136; 137; e 138.
Caput do art. 134 – É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário.
Caput do art. 135 – Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do
juiz, quando:
Caput do art. 136 – Quando dois ou mais juízes forem parentes [...]
remetendo o processo ao seu substituto legal.
Caput do art. 137 – Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição
aos juízes de todos os tribunais.
10 HONORÁRIOS
O profissional, ao ser convocado a realizar um trabalho pericial, inicialmente
deve elaborar a proposta de honorários, e para isso o perito deve considerar os
seguintes fatores: 1) a relevância; 2) o vulto; 3) o risco; 4) a complexidade; 5) a
quantidade de horas; 6) o pessoal técnico; 7) o prazo estabelecido; 8) a forma de
recebimento; e, 9) os laudos interprofissionais, entre outros fatores. Para maior
compreensão buscamos identificar o que as Normas Brasileiras de Contabilidade
PP 01 – Perito Contábil, alteradas de acordo com a Resolução CFC nº 1244/2009,
entende de cada um dos fatores:
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TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
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TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
AUTOS
REQUERENTES:
REQUERIDO:
_____________________________
ZUNG CHE YEE
CREA-PR n. 3.729-D
30
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
11 O SIGILO
Manter-se em sigilo é um ato obrigatório por qualquer profissional, na
realização de qualquer função, mas no exercício pericial contábil é ainda mais
importante, haja vista a legislação específica que trata deste assunto.
De acordo com os itens 25; 26; e, 27, respectivamente, das Normas Brasileiras
de Contabilidade PP 01 – Perito Contábil, alteradas de acordo com a Resolução
CFC nº 1244/2009, em obediência ao Código de Ética Profissional do Contabilista,
o perito deve respeitar e assegurar o sigilo das informações a que teve acesso,
proibida a sua divulgação, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo.
12 RESPONSABILIDADE E ZELO
Cabe ao perito conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais
e legais, às quais está sujeito no momento em que aceita o encargo para a execução
de perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral, segundo dispõe
o item 28 das Normas Brasileiras de Contabilidade PP 01 – Perito Contábil,
alteradas de acordo com a Resolução CFC nº 1244/2009.
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TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
E
IMPORTANT
14 A ÉTICA PROFISSIONAL
O trabalho pericial é de extrema importância nos casos em que há
discordância na tomada de decisão. Conforme citado anteriormente, para que
haja responsabilidade ética do perito, deve haver cumprimento dos princípios
éticos, razão pela qual se entende imprescindível a exposição do Código de Ética
34
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
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UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
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TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS
37
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos:
• A expressão Perícia é derivada do latim, que quer dizer Peritia, o que significa
Conhecimento e o profissional responsável pela elaboração da perícia
denomina-se Perito, o qual deve ser Bacharel em Ciências Contábeis, e deve
ser registrado no Conselho Regional de Contabilidade do estado onde tem sua
residência e/ou domicílio.
• Sobre os aspectos históricos da perícia é possível dizer que foi em 1939 que
ela iniciou, segundo explicam Magalhães et al. (2008) através do Código de
Processo Civil (CPC).
38
• Não basta apenas ter o conhecimento da legislação que trata da perícia,
habilitação, ética, é preciso conhecer e obedecer as determinações previstas
pelo Código de Ética Profissional do Contador – CEPC, que dispõe sobre o
sigilo profissional, em que o perito-contador e o perito-contador assistente,
devem respeitar e assegurar sigilo sobre as informações que apurarem durante
a execução do trabalho, proibida a sua divulgação, salvo nos casos em que
houver obrigação legal de fazê-lo.
Bom estudo!
39
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Perícia judicial.
b) ( ) Auditoria independente.
c) ( ) Auditoria interna.
d) ( ) Perícia contábil.
e) ( ) Perícia extrajudicial.
2 Preencha as lacunas:
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! Agora vamos avançar rumo ao tema perícia com as
características e classificação da perícia, requerimento e por fim abordaremos os
trabalhos técnicos da contabilidade.
2 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
No que tange às características para o surgimento da perícia é possível
dizer que no início do século XX a auditoria era denominada de “Perícia
Administrativa”, entretanto, não é mais possível confundir nos dias atuais,
explica Sá (2009).
43
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Outro aspecto relevante da auditoria é que ela é habitual e pode ser feita
por seleção e amostragem; visa atingir um público bem maior do que a perícia,
como por exemplo: os sócios, diretores, credores, investidores, fisco e demais
usuários interessados na informação. Conforme alteração realizada na Resolução
nº 560/83, §1º, art. 3º, a auditoria de maneira geral não é mais de competência
exclusiva do contador, conforme exposto pelo CFA – Conselho Federal de
Administração, e pelo CFE - Conselho Federal de Economia.
44
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO,
E TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE
Pelo exposto não podemos confundir a perícia, objeto deste estudo, com a
auditoria, que é um item permitido também aos administradores e economistas
executarem.
4 A CLASSIFICAÇÃO DA PERÍCIA
Para o seu melhor entendimento, buscou-se identificar as formas de se
classificar uma perícia, e para isso nos amparamos dos estudos realizados por Sá
(2009), que aborda a perícia de três formas distintas, classificadas em três grandes
grupos gerais:
Ressalta o autor que existe uma enorme tendência para que se classifique
as perícias administrativas e especiais no campo da auditoria, entretanto estes
fatos não podem ser confundidos.
45
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Em outras palavras o autor explica que a perícia judicial será prova quando,
no processo de conhecimento ou de liquidação por artigos, tiver o propósito de
trazer a verdade real, demonstrável científica ou tecnicamente, para subsidiar
a decisão do julgador; e será arbitramento, quando, determinada no processo
de liquidação de sentença, tiver por objeto quantificar a obrigação mediante
critério técnico em que ela se constituir.
46
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO,
E TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE
5 REQUERIMENTO
Nos itens anteriores foi tratado sobre o objetivo de perícia e observou-se
que ela busca expor a “verdade real” em determinado caso judicial. Considerando
o exposto é possível concordar com Barboza (2010), quando menciona que a
perícia pode ser requerida por uma das partes, ou então, é determinada de ofício
pelo juiz, com o objetivo exclusivo de fazer prova judicial.
a) [...]
b) [...]
c) perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços [...], e confirma que este
serviço é de competência exclusiva do contador, segundo o item 4 (quatro) da
resolução 1.243/2009 (vigente), cuja matéria é objeto da formação profissional
do Contador, vista, analisada e estudada durante o período previsto para a
formação de Bacharel em Ciências Contábeis.
47
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos:
• Sobre o requerimento da perícia Barboza (2010) menciona que ela pode ser
requerida pela parte, ou então, é determinada de ofício pelo juiz, com o objetivo
exclusivo de fazer prova judicial.
48
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Perícia Seletiva
b) ( ) Perícia Progressiva
c) ( ) Perícia Real
d) ( ) Perícia Administrativa
e) ( ) Perícia Competitiva
2 Preencha as lacunas.
( ) Documentos.
( ) Dados.
( ) Fatos.
( ) Coisas.
a) ( ) Prova Possessória.
b) ( ) Prova Falimentar.
c) ( ) Prova Experimental.
d) ( ) Prova Pericial.
e) ( ) Todas as alternativas estão incorretas.
49
5 Segundo Barboza (2010), a auditoria constitui-se num conjunto de procedimentos
técnicos, com o objetivo de examinar a integridade, adequação e eficácia
dos controles internos, informações contábeis, financeiras, administrativas,
econômicas e operacionais da entidade. Diferentemente da perícia, a auditoria é:
a) ( ) Habitual.
b) ( ) Esporádica.
c) ( ) Processual.
d) ( ) Anual.
e) ( ) Mensal.
a) ( ) Fora do Estado.
b) ( ) Por pessoa encarregada de arbitrar.
c) ( ) Conflituosa.
d) ( ) Em regime comprobatório.
e) ( ) Por advogado aprovado no exame da ordem.
50
UNIDADE 1
TÓPICO 3
EXERCÍCIO PROFISSIONAL
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! A partir de agora o tema começa a exigir de você
maior atenção, pois seu nível de compreensão é mais difícil, porém fundamental
para a realização da perícia.
2 EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Reforçando o que já foi explicado anteriormente, o grau de formação
exigido para o exercício da função pericial é o bacharelado em Ciências Contábeis,
porém, isto não é suficiente.
a) Irregularidades administrativas
51
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
NOTA
52
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL
NOTA
NOTA
NOTA
A negligência pode ser decorrente da falta de conhecimento sobre o tema que está
sendo abordado, ao qual o profissional disse estar preparado para exercê-lo enquanto profissional.
53
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
NOTA
NOTA
54
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL
NOTA
Comentam Magalhães et al. (2008) que a simulação pode ser detectada quando
realizada para adiar negócios ou para usar de expedientes que protelem a realização de obrigações.
55
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
NOTA
b) Irregularidades Contábeis
56
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL
o fraqueza de conhecimento;
o de boa-fé;
o premeditação;
o exigências técnicas;
o rigor nas aplicações de contabilidade.
NOTA
57
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
NOTA
58
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Erro substancial o que se refere à essência. Erro formal o que faz referência
à representação. Portanto, erro formal é a representação gráfica defeituosa ou
viciada. Em contabilidade o erro é de substância ou conceito quando o plano
de contas ou os livros são organizados com impropriedades de indicação ou
defeitos de função. Magalhães et al. (2008) consideram erro técnico quando
a impropriedade ou a inexatidão contrariam os princípios contábeis e suas
convenções. Os erros de escrituração são de redação ou quantitativos; erro de
conta ou de posição na conta, a débito ou a crédito indevidamente. No processo
revisional ou pericial, o erro de escrituração é procurado mediante exame crítico
da compilação e de seu confronto com a matéria transcrita com as respectivas
fontes elementares. Localizar erro é fase necessária de observação. A evidência
de erros na escrituração leva o revisor ou o perito a ficarem de sobreaviso para as
conclusões em virtude dos efeitos respectivos.
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos:
61
AUTOATIVIDADE
62
Assinale a sequência correta:
a) ( ) V – V – F – F – F.
b) ( ) V – V – V – F – F.
c) ( ) V – V – V – V – F.
d) ( ) V – F – F – F – F.
e) ( ) V – F – F – V – V.
5 D’Auria (1962 apud Magalhães et al., 2008) destaca como indícios de fraude
as seguintes imperfeições:
6 De acordo com Magalhães et al. (2008), assinale a alternativa que define infração:
7 De acordo com Magalhães et al. (2008) são elencadas como adulterações não
apenas o simples fato de alterar a escrituração em alguma de suas partes,
mas também a emenda, as eliminações ou os acréscimos que alterem,
propositadamente, os registros.
a) ( ) Históricos.
b) ( ) Datas.
c) ( ) Contas.
d) ( ) Lançamentos.
e) ( ) As normas periciais.
8 Preencha as lacunas.
63
a) ( ) Reajuste salarial.
b) ( ) Aumento no quadro de colaboradores.
c) ( ) Registro em carteira profissional.
d) ( ) Perda de emprego.
64
UNIDADE 1
TÓPICO 4
FUNÇÕES CONTÁBEIS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico abordaremos as funções contábeis. O perito é um profissional
da contabilidade e, como tal, deve conhecer como essas funções contábeis
acontecem no cotidiano, no exercício da profissão.
2 FUNÇÕES CONTÁBEIS
As irregularidades administrativas e contábeis, cujo tema foi estudado
no tópico anterior, estabelecem classificações assim identificadas: funções
fundamentais e funções complementares.
3 FUNÇÕES FUNDAMENTAIS
Funções fundamentais da contabilidade são conhecidas, também, como funções
peculiares da contabilidade, pois descrevem os fatos em determinado momento.
65
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
4 FUNÇÕES COMPLEMENTARES
Como o próprio nome indica, estas funções complementam as rotinas do
cotidiano da contabilidade, e delas derivam, funções corretivas que complementam
sua utilidade, tais como:
a) Função administrativa
b) Função revisora
c) Função pericial
• do planejamento contábil;
• da sistematização de controles;
• do desenho de impressos necessários à atividade administrativa;
• das normas sobre os elementos patrimoniais;
• dos cálculos das operações;
• do inventário dos bens e seus processos de avaliação, elaboração de orçamentos,
redação dos atos contratuais das operações, enfim, colaboração justificada com
os meios da contabilidade.
66
TÓPICO 4 | FUNÇÕES CONTÁBEIS
67
UNIDADE 1 | DADOS HISTÓRICOS, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O SURGIMENTO DA PERÍCIA, CLASSIFICAÇÃO E
TRABALHOS TÉCNICOS DA CONTABILIDADE, BASES CONTEXTUAIS, EXERCÍCIO PROFISSIONAL, FUNÇÃO CONTÁBIL
Por fim, quanto ao aspecto profissional, a revisão é uma das mais altas
expressões da qualidade do trabalho contábil. Por isso ela somente é exequível
por meio de contador com domínio dos conhecimentos técnicos.
NOTA
68
TÓPICO 4 | FUNÇÕES CONTÁBEIS
LEITURA COMPLEMENTAR
PERICIA CONTÁBIL
FONTE: Simonaggio, Silvio. Perícia Contábil. Revista Brasileira de Contabilidade. set/out. 2010, p. 24.
70
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico vimos:
71
AUTOATIVIDADE
1 Preencha as lacunas.
( ) Administrativos.
( ) Técnico.
( ) Psicológico.
( ) Social.
( ) Sustentável.
72
5 Preencha as lacunas:
a) ( ) Frequentemente.
b) ( ) Oportunamente.
c) ( ) Mensalmente.
d) ( ) Raramente.
e) ( ) Eventualmente.
a) ( ) Todos os dias.
b) ( ) Uma vez ao mês.
c) ( ) Continuadamente.
d) ( ) Esporadicamente.
e) ( ) Quando o auditor solicitar.
73
74
UNIDADE 2
PERÍCIA CONTÁBIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 2 será apresentada com a estrutura de quatro tópicos, sendo que ao
final de cada tópico encontrarás atividades que auxiliarão no seu aprendizado.
75
76
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! Esta unidade contempla a legislação da perícia
contábil, que prevê os atos preparatórios da perícia, a execução do trabalho
pericial, o laudo pericial e, por último, trataremos do parecer pericial contábil.
2 LEGISLAÇÃO PERICIAL
Ao identificarmos a atual legislação pertinente ao exercício da perícia
contábil, amparados na matéria, destacamos a Resolução nº 1.243/2009, que
aprovou a NBC TP 01 – Perícia Contábil, e está vigente desde 1º de janeiro de
2010 até a presente data.
77
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
2.1 NBC TP 01
Acadêmico! Agora você terá contato direto com a legislação que trata
da perícia contábil, que é promulgada pelo Conselho Federal de Contabilidade
através de resolução.
No que diz respeito a execução da perícia, a NBC TP 01 trata este tema nos
itens 6 ao 17, que dispõem:
78
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
O item 12 dispõe que “o perito deve utilizar os meios que lhe são facultados
pela legislação e normas concernentes ao exercício de sua função, com vistas a
instruir o laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil com as peças que
julgarem necessárias”.
79
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
Por fim, o item 17, que finaliza a parte de execução da perícia segundo a
NBC TP 01, dispõe: “o perito-contador assistente que assessorar o contratante, na
elaboração das estratégias a serem adotadas na proposição de solução por acordo
ou demanda, cumprirá, no que couber, os requisitos desta Norma”. Os requisitos
são tratados no desenrolar desta unidade.
NOTA
Segundo Dal Pizzol (2003), é importante destacar que o trabalho de perícia social
deve ser realizado levando em conta todo o conhecimento técnico-operativo, assim como
os preceitos contidos no Código de Ética Profissional. Como vimos, a perícia judicial reveste-
se de aspectos legais a serem observados pelos peritos a serviço do juízo.
80
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
VII) O item 25, que trata sobre a avaliação, dispõe que esta é “o ato de estabelecer
o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas”.
VIII) Por fim, vem a certificação, que é tratada no item 26 da NBC TP 01, a qual
consiste no “o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil
pelo perito-contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública
atribuída a este profissional”.
I- Aspectos introdutórios
II- Objetivos
81
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
III- Desenvolvimento
V– Equipe técnica
82
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
VI– Cronograma
83
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
84
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
Execução da perícia
Com base na documentação
existente nos autos
elaborar o sumário dos XX/XX/
XX/XX/XX
5 Sumário autos indicando tipo do h h XX
documento e folha dos autos
onde pode ser encontrado.
Com fundamento no
conteúdo do processo, XX/XX/
Pesquisa XX/XX/XX
9 definir as pesquisas, os h h XX
documental
estudos e o catálogo da
legislação pertinente.
XX/XX/
Exame de documentos XX/XX/XX
h h XX
pertinentes à perícia.
XX/XX/
Exame de livros contábeis, XX/XX/XX
h h XX
fiscais, societários e outros.
XX/XX/
Análises contábeis a serem XX/XX/XX
h h XX
realizadas.
85
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
FONTE: NBC TP 01. Disponível em: <www.cfc.org.br>. Acesso em: 10 jan. 2015.
NOTA
I) Aspectos Introdutórios
86
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
II) Aplicabilidade
O item 49 dispões que: Quem redige o termo de diligência é o perito e deve
ser apresentado diretamente à parte, ao seu procurador, ou ao terceiro, através de
qualquer meio escrito que possa ficar documentada a entrega, contendo de forma
minuciosa o rol de documentos, livros, coisas ou outros dados de que se necessite
para a elaboração do laudo pericial ou parecer pericial contábil.
Segundo o item 50, uma vez emitido o termo de diligência, este é entregue
ao diligenciado, que é qualquer pessoa física ou jurídica, inclusive de direito
público, que tenha a posse dos documentos, coisas, dados ou informações úteis e
indispensáveis para subsidiar a elaboração do laudo pericial contábil ou do parecer
pericial contábil, e que o diligenciado, por decorrência legal ou determinação de
autoridade competente, esteja obrigado a fornecer elementos de prova.
O item 51 determina que o perito deve observar os prazos a que está obrigado
por força de determinação legal, e dessa forma, deve sempre mencionar o tempo
máximo para o cumprimento da solicitação a que está obrigado o diligenciado.
Inerente ao item 53, deve ser apensada ao laudo ou parecer cópia do termo de
diligência, o qual deve conter o ciente do diligenciado ou do seu representante legal.
Deve compor o texto do laudo, as informações colhidas ou não durante as buscas das
provas, bem como as providências tomadas para o cumprimento do seu ofício.
III) Estrutura
87
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
De acordo com o item 56, o perito elaborará o termo de diligência, podendo adotar
os modelos sugeridos em anexo ao final desta Norma, que demonstramos a seguir.
SECRETARIA:
PARTES:
PERITO-CONTADOR: (categoria e nº do registro)
PERITO-CONTADOR ASSISTENTE: (categoria e nº do registro)
Na condição de perito-contador, nomeado pelo Juízo em referência e/ou
perito-contador assistente indicado pelas partes, nos termos do artigo 429 do
Código do Processo Civil e das Normas Brasileiras de Contabilidade, solicita-
se que sejam fornecidos ou postos à disposição, para análise, os documentos a
seguir indicados:
1.
2.
3.
4.
etc.
Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para elaboração e
entrega do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, é necessário
que os documentos solicitados sejam fornecidos ou postos à disposição deste
perito-contador ou perito-contador assistente até o dia __-__-__, às __h, no
endereço ........(do perito-contador e/ou perito-contador assistente, e/ou parte).
Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido remetidos
ou estiverem à disposição para análise.
88
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
Local e data
Assinatura
Nome do perito-contador ou perito-contador assistente
Contador – Nº de registro no CRC
EXTRAJUDICIAL
PARTE CONTRATANTE:
PERITO-CONTADOR: (categoria e nº do registro)
PERITO-CONTADOR ASSISTENTE: (categoria e nº do registro)
1.
2.
3.
4.
etc.
Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para elaboração e
entrega do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, é necessário
que os documentos solicitados sejam fornecidos ou postos à disposição deste
perito-contador ou perito-contador assistente até o dia __-__-__, às __h, no
endereço ........(do perito-contador e/ou perito-contador assistente, e/ou parte).
Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido remetidos
ou estiverem à disposição para análise.
Local e data
Assinatura
Nome do perito-contador ou perito-contador assistente
Contador – Nº de registro no CRC
89
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
CÂMARA ARBITRAL:
ÁRBITRO:
JUIZ ARBITRAL:
PARTES:
PERITO-CONTADOR: (categoria e nº do registro)
1.
2.
3.
etc.
Local e data
Assinatura
Nome do perito-contador ou perito-contador assistente
Contador – Nº de registro no CRC
90
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
I- Aspectos introdutórios
Os itens 57 a 59 determinam:
• que o laudo e o parecer pericial contábil sejam somente elaborados por contador
registrado e habilitado em Conselho Regional de Contabilidade;
• que o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são documentos
escritos, nos quais os peritos devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo
da perícia e narrar os aspectos e os pormenores que envolvam o seu objeto e as
buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho;
• que os peritos, no encerramento do laudo pericial contábil ou do parecer
pericial contábil, declarem, de forma clara e precisa, as suas conclusões.
91
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
III- Terminologia
• Síntese do objeto da perícia: o relato sucinto de forma que resulte numa leitura
compreensiva dos fatos relatados ou na transcrição resumida dos fatos da lide sobre
as questões básicas que resultaram na nomeação ou na contratação do perito.
92
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
• Palavras e termos ofensivos: o perito que se sentir ofendido por expressões injuriosas,
de forma escrita ou verbal, no processo, poderá tomar as seguintes providências:
(a) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes, peritos ou
advogados, o perito ofendido pode requerer a autoridade competente que
mande riscar os termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra;
(b) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer dos peritos, o perito ofendido
pode requerer a autoridade competente que mande riscar os termos ofensivos
dos autos ou cassada a palavra. Pode ainda, ser comunicado o ocorrido
mediante protocolo ao Conselho Regional de Contabilidade da sua jurisdição;
(c) as providências adotadas, na forma prevista nos itens precedentes, não
impedem outras medidas de ordem civil ou criminal.
93
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
(a) Omissão de fatos: o perito-contador não pode omitir nenhum fato relevante
encontrado no decorrer de suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha
sido objeto de quesitação e desde que esteja relacionado ao objeto da perícia.
(b) A conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração
de haveres; liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas;
resolução de sociedade; avaliação patrimonial, entre outros.
(c) Pode ocorrer que na conclusão seja necessária a apresentação de
alternativas, condicionada às teses apresentadas pelas partes, casos em que
cada uma apresenta uma versão para a causa. O perito deve apresentar
ao juiz as alternativas condicionadas às teses apresentadas, devendo,
necessariamente, serem identificados os critérios técnicos que lhes deem
respaldo. Tal situação deve ser apresentada de forma a não representar a
opinião pessoal do perito, consignando os resultados obtidos, caso venha a
ser aceita a tese de um ou de outro demandante, como no caso de discussão
de índices de atualização e taxas.
(d) A conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos.
(e) A conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da
perícia, não envolvendo, necessariamente, quantificação de valores.
IV- Estrutura
94
TÓPICO 1 | ABORDAGENS GERAIS SOBRE A PERÍCIA CONTÁBIL
V- Assinatura em conjunto
95
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
Prezado acadêmico! Com a abordagem feita dos 88 itens acima, você tem a
resolução 1.243/2009, separada por tema, que é a atual resolução CFC sobre o trabalho
de perícia, a qual representa parte da base legal para o exercício da perícia contábil.
96
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos:
97
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Portaria.
b) ( ) Lei.
c) ( ) Resolução.
d) ( ) Relatório.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
98
( ) Conhecer detalhadamente: os fatos concernentes à demanda.
( ) Tempo de experiência do perito assistente.
( ) Elaborar com clareza os quesitos.
( ) Informar ao Juiz o nome completo do perito assistente.
( ) O tempo necessário para a elaboração do trabalho.
a) ( ) Requerentes da perícia.
b) ( ) Aos peritos-contadores assistentes.
c) ( ) Proprietários da parte acusada.
d) ( ) Assistentes do Juiz, através de ofício.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
9 Complete a sentença.
10 Preencha as lacunas:
99
d) A avaliação é o _______________________, ____________,
___________________, ______________________, _______________ e
____________________.
e) A indagação é a ___________________________________________________
___________.
100
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prosseguindo com o objeto de estudo deste caderno, o passo seguinte é a
abordagem do plano de trabalho.
2 PLANO DE TRABALHO
Podemos equiparar o plano de trabalho aos atos preparatórios da perícia,
que estando de posse do processo judicial, e conhecido o trabalho a ser realizado,
deve o perito traçar com antecedência a maneira de executar e os pontos que deve
tanger o seu trabalho, inclusive os correlatos.
NOTA
101
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
Para se ter uma visão mais ampla do plano de trabalho, este é dividido em
etapas, que segundo Sá (2009), são sete, assim decifradas:
1) o perito tem que ter pleno conhecimento da questão, ou, se for judicial, deve ter
conhecimento do processo que está sendo executado;
2) pleno conhecimento dos fatos que motivam a tarefa;
3) levantamento prévio dos recursos disponibilizados para exame;
4) prazo necessário para a execução das tarefas e entrega do laudo ou parecer,
conforme o caso;
5) acessibilidade aos dados, uma vez que muitas vezes há necessidade de
deslocamento etc., para o levantamento dos mesmos;
6) conhecimento dos sistemas contábeis adotados, e, confiabilidade de documentação;
7) natureza de apoios, caso seja necessário.
Ressalta Sá (2009) que não se pode afirmar que as sete etapas sejam um
guia, uma vez que o elenco contempla apenas o que as partes normalmente
desejam saber e requerem como opinião do perito; e explica de forma mais
circunstanciada o que significa cada uma das etapas apresentadas:
NOTA
Para Sá (2009, p. 34), “[...] o pleno conhecimento das razões pelas quais a perícia se
realiza deve determinar a filosofia e a política do plano de trabalho a ser elaborado como guia”.
102
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHOS PERICIAIS
Sá (2009) explica que são muitos os fatos que envolvem a tarefa pericial, e
não se pode confundir com o conhecimento da “questão”. Ressalta que a questão
nos dá a razão para a metodologia enquanto que os fatos nos informam o que já
aconteceu e está por suceder.
Neste caso a intenção da pessoa que o faz é uma, e essa é sua razão, porém
os fatos militam contra ele.
NOTA
De acordo com Sá (2009), “[...] os fatos são ocorrências que não se confundem
com as razões que motivaram a perícia, mas, para planejar é preciso conhecer a ambos”.
A partir dos quesitos e das questões, com que elementos pode o perito
contar para responder?
NOTA
Esta medida permitirá que o perito peça mais tempo, ou desista de realizar
o serviço para não fazê-lo mal.
104
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHOS PERICIAIS
O quadro acima acusa que é possível, dentro das previsões, realizar a tarefa.
NOTA
Para planejar é preciso saber como se chega aos dados e se é possível ter
confiança neles.
105
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
O perito precisa saber que pode contar com apoios para auxiliá-lo no que
for necessário, e assim, planejar seu trabalho de acordo com as circunstâncias.
Exemplo:
FONTE: SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. São Paulo: Atlas, 2009.
Exemplo:
106
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHOS PERICIAIS
Como modus operandi, são mutáveis, a técnica não é a ciência, mas é parte da
aplicação desta ciência. Da técnica modus operandi nasce a tecnologia modus faciendi.
No caso da perícia, para que o laudo possa ser elaborado, o perito deve se
valer de técnicas usuais e especiais. As técnicas preliminares são:
107
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
2) Técnicas básicas: de acordo com Alberto (2009), técnicas básicas são exame,
vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação e certificação.
Dependendo da finalidade da perícia solicitada, esta se valerá de técnicas
específicas. Ressalta o autor que não se pode confundir procedimentos técnicos
típicos da atividade pericial, com “espécies de perícia”.
NOTA
109
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
I – NOTAS DE COMPRAS
II – ORDENS DE FABRICAÇÃO
Partir das notas de fabricação nºs ............. dos materiais .............. para o
Registro dos estoques códigos ......................
Partir dos estoques códigos .................. para as notas de fabricação nºs .........
(listar todos os exames e destacar as discrepâncias encontradas).
Exemplificando:
Processo nº ........ Vara ....... Juiz ........Partes: autores .......réus .........Data ......
Natureza da ação .............Fórum de ......... Advogados: Autores .......Réus ........
Peritos ............. Do juiz .......... Do autor ................. Do réu .................
Compromisso em ............................. Prazo .............................
110
TÓPICO 2 | CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHOS PERICIAIS
Quesito nº 1
Quesito nº 2
Quesito nº 3
NOTA:
“Os planos periciais têm o conteúdo compatível com os objetos de
exames, adaptando-se tudo a cada caso na conformidade dos regimes contábeis
e documentais e natureza do serviço”. (SÁ, 2009 p. 41).
111
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos:
• As etapas para a realização da perícia são sete e, segundo Sá (2009), contemplam as partes
normais do processo; de forma geral é possível dizer que o perito tem que conhecer o
processo; os fatos que motivaram a tarefa; levantar os recursos disponibilizados para
exame; prazo para execução da tarefa; acesso aos dados; conhecimento dos sistemas
contábeis adotados; e, natureza de apoio, se necessário for.
112
AUTOATIVIDADE
1 Preencha as lacunas:
3 Sá (2009) explica que são muitos os fatos que envolvem a tarefa pericial, e
não se confundem com o conhecimento da “questão”, e ressalta, a questão
nos dá a razão para a metodologia enquanto que os fatos nos informam:
113
a) ( ) Conhecer o regime tributário do réu.
b) ( ) Conhecer o que se pode dispor para examinar.
c) ( ) Conhecer o parecer do perito-assistente.
d) ( ) Conhecer a capacidade de gerar lucro da empresa.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
a) ( ) Recursos disponibilizados.
b) ( ) Regimes contábeis.
c) ( ) Modus faciendi.
d) ( ) Modus de operandi.
e) ( ) Objetos de exames.
114
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Dando prosseguimento aos nossos estudos, abordaremos laudos. Em
tópicos anteriores já foram abordados aspectos formais do tema, entretanto,
aqui será apresentado de forma mais ampla e esmiuçada, para que você consiga
compreender melhor este assunto que é extremamente complexo.
2 LAUDO PERICIAL
Laudo foi conceituado por Alberto (2009, p. 108) como “[...] peça escrita,
na qual os peritos contábeis expõem, de forma circunstanciada, as observações e
estudos que fizeram e registram as conclusões fundamentadas da perícia”.
115
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
Continua Sá (2009):
[...] os laudos podem ser: (I) isolados; ou, (II) de uma Junta ou Colegiado
de Peritos.
NOTA
Exemplo:
NOTA
116
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO PERITO
Considerando que os anexos podem (às vezes) formar a parte mais volumosa
do trabalho, sobretudo nas perícias judiciais, é tolerável que o perito, ao verificar
a veracidade do anexo, apenas mencione: “como consta das folhas.... dos autos”.
Se, ao final, não for possível a conclusão, o perito dará sua negativa. Isto pode
acontecer nos casos de a matéria estar fora do alcance contábil, ou na falta de convicção.
Se a conclusão só puder ser dada com ressalvas, estas deverão ser expressas
e bem identificadas.
No caso de a conclusão ser negativa o perito deve sempre detalhar. Por exemplo:
Não pode este perito afirmar que o limite de depreciações utilizado foi
o adequado porque a empresa desde ..... não possuía seus registros de bens do
imobilizado, nem os controlava de modo a permitir a plena identificação, nem
nos apresentou qualquer laudo técnico que comprovasse a vida útil dos bens,
apesar de solicitados, conforme carta à diretoria de produção, de tal data, com
a prova de recebimento assinada pelo diretor .... em ..... .
NOTA
Uma resposta com apenas um NÃO, não qualificaria o laudo, gerando margens
para dúvidas.
117
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
O perito não deve poupar explicações que justifiquem seu trabalho e que
ofereçam confiança aos que dele se vão utilizar.
Exemplo de laudo:
118
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO PERITO
Resposta do Perito: Sim. Tal valor, todavia, como já foi esclarecido, não
é. Este perito o considera correto.
119
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
NOTA
Conforme comenta Sá (2009), de acordo com cada caso, a estrutura pode ser
ampliada, porém, o mínimo que deve conter é o que foi exposto.
120
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO PERITO
O perito não deve divagar, mas, de forma concreta, o laudo deve estar
focado na matéria, respeitando sua disciplina de conhecimentos.
121
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
Resposta: Não.
Não. O valor dos materiais foi tomado apenas pelo preço da fatura,
sem considerar os demais custos de compra que devem aumentar o custo dos
materiais. “O anexo nº.... demonstra a irregularidade. Além deste procedimento,
Ferir o que dispõe a lei ......, fere a Norma de Avaliação Contábil do CFC
nº .... e altera o resultado da empresa para menor”.
FONTE: Sá (2009)
NOTA
4. Argumentação: deve o perito alegar por que concluiu ou em que se baseou para
apresentar a sua opinião. Quando as argumentações forem longas, demandando
a evocação de muitos argumentos, o perito pode utilizar-se de anexo para
discorrer sobre suas razões, tornando, desta forma, mais concisa a resposta.
122
TÓPICO 3 | EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO PERITO
NOTA
123
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos:
• Segundo Sá (2009), não existe um modelo padrão de laudo, mas o que existe
são formalidades que compõem sua estrutura.
• Abordagem dos requisitos de um laudo contábil. Vimos que para que o laudo seja
classificado de boa qualidade, deve contemplar seis itens, assim denominados:
(1) objetividade; (2) rigor tecnológico; (3) concisão; (4) argumentação; (5)
exatidão; e (6) clareza.
125
AUTOATIVIDADE
( ) De um só perito.
( ) De um perito juntamente com o seu assistente.
( ) De uma Junta ou Colegiado de Peritos.
( ) De dois peritos.
( ) Nenhuma das alternativas anteriores é correta.
4 Preencha as lacunas:
a) Nas perícias ___________, nas quais, muitas vezes, o que se busca investigar
é _____________, os laudos passam a ter _________________, haja vista que
________________________, mas sim _______________________. Nesse
caso o perito passa a expor _________________, a _________________, as
_____________________, onde recaiu a responsabilidade.
126
5 Classifique as opções em verdadeiras e falsas com V e F, respectivamente.
Independente do tipo de perícia, o laudo traz a opinião e é preciso que tenha
requisitos de qualidade. São requisitos de qualidade, segundo Sá (2009):
( ) Identificação do perito.
( ) Identificação de quesito por quesito ou sobre o qual se opina.
( ) Identificação do oficial da justiça.
( ) Identificação da autoridade a que se destina.
( ) Identificação completa do caso.
7 De acordo com Sá (2009), não existe um padrão de laudo, mas existem formalidades
que compõem a estrutura dos mesmos. Identifique a resposta CORRETA:
127
Agora assinale a alternativa CORRETA.
a) ( ) F– V– V– F– F.
b) ( ) V– F– V– V– F.
c) ( ) V– F– F– V– V.
d) ( ) F– F– V– V– F.
e) ( ) V– V– F– V– V.
128
UNIDADE 2
TÓPICO 4
FUNÇÕES CONTÁBEIS
1 INTRODUÇÃO
Prezado Acadêmico! Vamos, agora, abordar o tema parecer pericial
contábil, que merece destaque pela sua relevância no contexto geral. Trataremos
também do parecer pericial contábil, antes e depois da Lei nº 8.455/92 e o
encaminhamento do parecer pericial contábil a quem de direito.
129
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
Para Alberto (2009) parecer pericial contábil é uma espécie de laudo, onde
o profissional sobre determinada matéria, o faz segundo as técnicas e abrangências
periciais, gerados por quem deles tenha de fazer uso para a defesa de interesses
próprios, ou para elucidar algum assunto, e o classifica em: extrajudicial, judicial,
e, própria opinião.
Judicial: pode ser gerado pela parte para instruir a inicial da ação a ser
proposta ou para servir de razões a contestar em ações que esteja sofrendo,
segundo admite o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
(a) resumo do laudo oficial – sintetiza toda a matéria técnica tal qual consta do
laudo pericial contábil gerado pelo perito judicial.
130
TÓPICO 4 | FUNÇÕES CONTÁBEIS
(c) parecer pericial contábil – nesta regra o assistente técnico oferece sua opinião
técnica favorável, desfavorável, ou, parcialmente favorável, a respeito do
laudo pericial contábil que foi submetido a sua apreciação técnica.
Sugere Ornelas (2003) que o parecer não seja entregue no dia em que é
terminado. Após o término, é importante deixá-lo em repouso por uns dois dias.
Depois, é recomendado fazer uma nova leitura do conteúdo do trabalho técnico,
para saber se mantém sua opinião. Essa leitura é uma oportunidade de verificar
eventuais erros ou equívocos, este é o momento em que o perito avalia se sua
peça contábil está clara aos leitores ou usuários. Se o perito estiver seguro de tudo
o que escreveu, e é aquilo mesmo que irá apresentar, então estará apto a sustentar
seu trabalho técnico em qualquer circunstância, e então poderá entregá-lo.
Sugere Ornelas (2003) que esta via seja guardada juntamente com os
demais documentos e provas utilizadas na execução do trabalho, para servir de
guia a eventual resposta às impugnações ou pedidos de esclarecimentos feitos
pelo juiz ou pelas partes.
O assistente técnico tem prazo de dez dias após a entrega do laudo pericial,
segundo a Lei nº 10.358/2001, para oferecer seu parecer pericial contábil sobre a
peça técnica oferecida pelo judicial, conforme dispõe o parágrafo único do art. 433.
131
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
NOTA
132
TÓPICO 4 | FUNÇÕES CONTÁBEIS
LEITURA COMPLEMENTAR
PERÍCIA CONTÁBIL
133
UNIDADE 2 | PERÍCIA CONTÁBIL
134
TÓPICO 4 | FUNÇÕES CONTÁBEIS
135
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico vimos:
• O parecer pericial contábil, que inicia com o advento da Lei nº 8.455/92, quando
surgiu um novo tipo de laudo de responsabilidade do assistente técnico,
denominado Laudo Crítico (ORNELAS, 2003).
136
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Laudo gerencial.
b) ( ) Laudo especial.
c) ( ) Laudo básico.
d) ( ) Laudo crítico.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
3 Preencha as lacunas:
137
5 “O trabalho do assistente técnico não perde as características de laudo, à
medida que emite juízo técnico ou defende tese ou critério técnico divergente
do laudo pericial contábil oficial”. (ORNELAS, 2003 p. 104). Por este motivo
deve-se obedecer algumas regras básicas. Classifique as opções a seguir em
verdadeira e falsas usando V e F, respectivamente.
a) ( ) Perito-contador.
b) ( ) Promotor Público.
c) ( ) Juiz Responsável.
d) ( ) Oficial da Justiça.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
7 Preencha as lacunas:
138
UNIDADE 3
ARBITRAGEM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3 será apresentada com a estrutura de três tópicos, sendo que ao
final de cada tópico encontrarás atividades que auxiliarão no seu aprendizado.
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3 trataremos de um tema com o qual você, acadêmico, não
está acostumado a lidar no seu cotidiano, a arbitragem. Não é a arbitragem que
nos é comum no esporte e, sim, a arbitragem utilizada para dirimir pendências
entre pessoas e negócios.
2 A ARBITRAGEM
Conforme já mencionamos no Tópico 1, contemplamos a legislação que
ampara a arbitragem e é composta de sete capítulos que apresentam, entre os
principais assuntos, o profissional (árbitro), o procedimento arbitral, a sentença
arbitral, e o reconhecimento e execução.
2.1 LEGISLAÇÃO
Para iniciar este item, buscamos identificar a data e a lei que regulamentam
a arbitragem, e obtivemos a seguinte informação: foi no dia 23 de setembro de
1996 que Fernando Henrique Cardoso aprovou a Lei nº 9.307, para regulamentar
a arbitragem, a qual foi publicada no D.O.U, de 24/09/96.
Esta lei é composta de sete capítulos, cada um com sua abordagem. Inicia
com as disposições gerais, procedimentos periciais, o profissional árbitro, entre
outros, até as disposições finais da lei.
141
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
142
TÓPICO 1 | LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A ARBITRAGEM
144
TÓPICO 1 | LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A ARBITRAGEM
O capítulo III trata dos árbitros, e destaca quem pode ser árbitro; número
de árbitros que podem ser nomeados; nomeação de árbitros em número par;
procedimento do árbitro no desempenho da função, quem não pode ser árbitro,
deveres, recusa, momento da recusa, equiparação dos árbitros no exercício de
suas funções, o que é árbitro. É composto pelos artigos 13 ao 18, e parágrafos.
O art. 13 dispõe que pode ser árbitro qualquer pessoa capaz, e que tenha
a confiança das partes.
145
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
146
TÓPICO 1 | LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A ARBITRAGEM
O art. 23 prevê que a sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas
partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é
de seis meses, contados da instituição da arbitragem ou da substituição do árbitro.
148
TÓPICO 1 | LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A ARBITRAGEM
149
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
150
TÓPICO 1 | LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A ARBITRAGEM
O art. 41 expõe nos artigos 267, inciso VII; 301, inciso IX; e 584, inciso III,
do Código de Processo Civil que passam a ter a seguinte redação:
Art. 267...........................................................
VII- pela convenção de arbitragem;
151
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
Art. 42 - o art. 520 do Código de Processo Civil passa a ter mais um inciso,
com a seguinte redação:
Art. 520...........................................................
VI- julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.
O art. 43 confirma que esta lei entra em vigor sessenta dias após a data de
sua publicação.
O art. 44 expõe sobre a revogação dos artigos: 1.037 a 1.048 da Lei nº 3.701,
de 1º de janeiro de 1916, Código Civil Brasileiro;
UNI
152
RESUMO DO TÓPICO 1
153
AUTOATIVIDADE
a) ( ) a Perícia
b) ( ) o Laudo Pericial
c) ( ) a Figura do árbitro
d) ( ) a Arbitragem
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
5 Preencha as lacunas.
155
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V– F– V– F– V.
b) ( ) V– F– V– V– V.
c) ( ) V– F– F– F– V.
d) ( ) V– V– F– F– V.
e) ( ) V– F– F– V– V.
156
( ) As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar.
( ) As partes poderão, de comum acordo, estabelecer o processo de escolha
dos árbitros.
( ) O árbitro ou o presidente do tribunal designará, se julgar conveniente, um
secretário, que poderá ser um dos árbitros.
( ) O árbitro deve proceder com imparcialidade, independência, competência,
diligência e discrição, no desempenho de sua função.
( ) Pode o árbitro, ou o tribunal arbitral, determinar às partes o adiantamento
de verbas para despesas e diligências que julgar necessárias.
II- O árbitro somente poderá ser recusado por motivo ocorrido após a sua
_____________, quando:
a) não for nomeado ______________________; ou,
b) o motivo para a recusa do árbitro for ______________________ à sua
___________________.
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A abordagem ética está cada vez mais presente nos dias atuais e serve de
atributo aos profissionais da área para o bom desempenho de sua profissão.
2 CÓDIGO DE ÉTICA
O Código de Ética para Árbitros, nos termos aprovados pelo CONIMA –
Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem, se aplica à conduta
de todos os árbitros, quer nomeados por órgãos institucionais ou partícipes de
procedimentos "ad hoc". Está dividido em oito partes, que apresentaremos a
seguir, e faremos uma abordagem rápida do que cada uma representa.
160
TÓPICO 2 | ÉTICA NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
• Uma vez que o árbitro aceitou o encargo, se subentende que ele já avaliou
o fato de que é imparcial, e que poderá atuar com independência, com
celeridade e com competência.
161
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
• O árbitro deverá atuar com suma prudência na sua relação com as partes.
Seu relacionamento não deve gerar nenhum vestígio de dúvida quanto à sua
imparcialidade e independência.
• O árbitro é o juiz do procedimento arbitral, portanto, seu comportamento
deverá ser necessariamente acorde com a posição que ele detém.
• O fato de o árbitro ter sido nomeado por uma das partes não significa que a
ela esteja vinculado; ao contrário, deverá manter-se independente e imparcial
frente a ambas.
• Deverá manter comportamento probo e urbano para com as partes, dentro e
fora do processo.
O árbitro deverá:
162
TÓPICO 2 | ÉTICA NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
4 guardar sigilo sobre os fatos e as circunstâncias que lhe forem expostos pelas
partes antes, durante e depois de finalizado o procedimento arbitral;
5 comportar-se com zelo, empenhando-se para que as partes se sintam
amparadas e tenham a expectativa de um regular desenvolvimento do
processo arbitral;
6 incumbir-se da guarda dos documentos quando a arbitragem for "ad hoc"
e zelar para que essa atribuição seja bem realizada pela instituição que a
desenvolve, e explica:
Para finalizar este tópico, nos amparamos nas palavras proferidas por
Senge (1994, p. 4-6), que, ao referir-se sobre ética, menciona:
163
RESUMO DO TÓPICO 2
164
referências de qualquer modo desabonadoras a arbitragens que saiba
estar ou ter estado a cargo de outro árbitro; preservar o processo e a
pessoa dos árbitros, inclusive quando das eventuais substituições.
• Infere-se que a virtude do homem tem ligação com a justiça praticada no exercício
profissional e no comportamento pessoal com o meio em que está inserido.
165
AUTOATIVIDADE
2 O Código de Ética para Árbitros, nos termos aprovados pelo CONIMA, está
dividido em oito partes. Assinale a única alternativa que não corresponde
com o escrito no código.
166
____________, pressupondo-se ____________________ para proceder
_____________________ quanto à ____________________________________
_ _____________________.
167
168
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Para elaborar este tópico, selecionamos alguns itens que entendemos ser
relevantes para a sua formação. Desejamos que você tenha um bom estudo e que
aproveite bem este material que lhe proporcionamos.
2 ORIGEM DA ARBITRAGEM
Desde os tempos mais remotos, buscamos apaziguar os problemas
inerentes aos conflitos.
3 ÁRBITRO E PERITO
De acordo com Alberto (2009), a perícia existe desde os mais remotos
tempos da humanidade, assim que esta iniciou o processo civilizatório para
caminhar da animalidade à racionalidade, e quem comandava a sociedade
primitiva eram, a bem dizer, o perito, o juiz, o legislador etc., uma vez que
julgavam, faziam e executavam as leis.
170
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
UNI
171
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
Por seu turno, a parte não pode, após estar ciente da causa de impedimento
ou de suspeição do árbitro, pretender recusá-lo, apesar de ter aceito sua indicação.
172
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
Pelo que expusemos, você pode observar a abrangência que tem a figura
do árbitro e do perito na perícia.
4 PERÍCIA ARBITRAL
Alberto (2009), ao explicar sobre a perícia contábil, ressaltou as distintas
espécies de perícia, que são identificáveis e definíveis segundo os ambientes
em que estão instadas a atuar, cujos ambientes delinearão suas características
intrínsecas e o modus faciendi, para o perfeito atendimento do objeto. Os ambientes
de atuação que lhe definirão as características podem ser: ambiente judicial,
ambiente semijudicial, ambiente extrajudicial e o ambiente arbitral.
UNI
Alberto (2009) ressalta que as espécies de laudo não dependem diretamente das
espécies de perícias. Estão mais ligados aos objetivos e procedimentos periciais empregados.
5 TÉCNICAS DE ARBITRAMENTO
Segundo Alberto (2009), a finalidade da perícia determinada ou solicitada
se valerá de técnicas específicas. Alberto (2009) explica que não podemos
confundir procedimentos técnicos típicos da atividade pericial com “espécies
de perícia”, pois são coisas completamente diversas, entretanto cabe considerar
que em sua maior parte estas técnicas são comuns a todas as espécies de perícia,
embora parte-se da conceituação das Normas Contábeis, assim identificadas:
exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação, certificação.
174
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
6 LAUDO ARBITRAL
O laudo arbitral, segundo Alberto (2009), diverge, em parte, das
características gerais elencadas, pois a conclusão arbitral é uma decisão sobre a
questão proposta.
7 SENTENÇA ARBITRAL
Arenhart (2005), doutor em Direito Processual Civil, estudioso da área,
realizou estudos pertinentes à arbitragem e faz breves observações sobre o
procedimento arbitral, conforme segue.
A sentença arbitral opera seus efeitos não apenas em relação às partes, entre
as quais é dada, mas também, à semelhança do que ocorre com a sentença judicial,
e é impositiva também frente aos sucessores das partes, conforme prevê o art. 31.
175
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
Arenhart (2005) ressalta que, do mesmo modo que ocorre com a sentença
judicial, pode a sentença arbitral operar efeitos, naturais e reflexos, em face de
terceiros, não podendo, porém, ser exigida em relação aos mesmos, nem sendo
estes efeitos indiscutíveis para terceiros.
176
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
Uma vez concluída a sentença arbitral, será dado ciência às partes, através
do envio de cópia da decisão, pessoalmente, com recibo, por via postal ou por
qualquer outro meio de comunicação, desde que comprove o seu recebimento.
177
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
178
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
Uma vez encerrado este item, você pode confirmar a escassez de matéria
sobre o tema. São poucos autores que abordam este conteúdo e cada qual comenta
algum ponto diferente, sempre amparado na legislação pertinente.
179
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
são considerados despesas do processo, os quais devem ser pagos a cada ato,
mediante depósito antecipado que será liberado no todo ou em parte, quando da
entrega do laudo. Nestes casos o procedimento normal é o de que o perito nomeado
em juízo examine os autos e verifique se há necessidade ou não de solicitar o
depósito prévio dos honorários provisórios ou definitivos para a realização da
perícia. A determinação de que se faça ou não este depósito prévio de honorários
não é uma faculdade do juízo. O perito, judicialmente nomeado, deverá solicitar,
mediante petição, fundamentando o pedido, estimando o montante necessário
para os primeiros trabalhos periciais.
NOTA
Alberto (2009) ressalta que as espécies de laudo não dependem diretamente das
espécies de perícias. Estão mais ligados aos objetivos e procedimentos periciais empregados.
Ressaltamos que nos casos das ações trabalhistas, com raras exceções,
os autores são pessoas de capacidade econômica reduzidíssima, que não têm
capacidade de antecipar ou de suportar os honorários, bem como, se pensarmos
do ponto de vista social da Justiça Trabalhista, é possível concluir que não existe a
possibilidade de exigir depósitos prévios ou antecipações, ou até mesmo pagamento
imediatamente posterior à entrega do laudo à maioria dos casos.
180
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
181
UNIDADE 3 | ARBITRAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
Atuando como perito indicado pelo juízo ou por indicação das partes, como
assistente técnico, o contador deve buscar a solução do conflito por meio da prova
pericial. Na arbitragem, o objetivo é o mesmo, o que muda é a forma de atingir a
finalidade. Portanto, os peritos contábeis estão aptos a atuar na arbitragem.
182
TÓPICO 3 | ITENS RELEVANTES NO EXERCÍCIO DA ARBITRAGEM
183
RESUMO DO TÓPICO 3
• A origem da arbitragem.
• Qual a civilização que iniciou o trabalho arbitral e como ele era desenvolvido
pelas civilizações primitivas.
• No que tange ao árbitro e ao perito, Alberto (2009) explica que no início quem
comandava a sociedade era o perito, juiz, legislador etc., uma vez que este
julgava, fazia e executava as leis.
• Alberto (2009) ressalta que as espécies de laudo não dependem diretamente das
espécies de perícias, estão mais ligadas aos objetivos e procedimentos periciais
empregados. Ainda sobre o laudo arbitral foi relatado sobre a forma descritiva,
isto é, deverá descrever em forma de relatório, fundamentos e dispositivo final,
que tem semelhança apurada com as características de sentença judicial.
184
• A matéria que trata sobre a sentença arbitral, e foi exposto que é o ato do árbitro
ou do tribunal arbitral decidir a discussão submetida à arbitragem, e sobre a
nomeação do perito, a quem compete quando nomeado em juízo, bem como os
honorários que lhe cabem.
185
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Conciliatória
b) ( ) Compromissória
c) ( ) Civilizatória
d) ( ) Condenatória
e) ( ) Todas as alternativas estão erradas.
186
a) ( ) Sentença arbitral.
b) ( ) Laudo pericial.
c) ( ) Opinião independente.
d) ( ) Liminar de arbitragem.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
187
( ) Maleáveis
( ) Identificáveis
( ) Explicáveis
( ) Definíveis
( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
a) ( ) Perícia judicial
b) ( ) Perícia semijudicial
c) ( ) Perícia extrajudicial
d) ( ) Perícia arbitral
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
a) ( ) Probante
b) ( ) Decisória
c) ( ) Subsidiadora
d) ( ) Homologatória
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
188
REFERÊNCIAS
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
189
______. Lei nº 5.584, de 26 de junho de 1970. Dispõe sobre normas de Direito
Processual do Trabalho, altera dispositivos da Consolidação das Leis do T
rabalho, disciplina a concessão e prestação de assistência judiciária na Justiça do
Trabalho, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l5584.htm>. Acesso em: 21 out. 2011.
D’AURIA, Francisco. Revisão e perícia contábil – parte teórica. 3. ed. São Paulo:
Nacional, 1962.
190
HOOG, Willian Alberto Zappa. Prova Pericial Contábil: aspectos práticos &
Fundamentais. 4. ed. Curitiba: Juruá, 2005.
______. Prova Pericial Contábil: teoria e prática. 9. ed. Curitiba: Juruá, 2011.
______. Perícia contábil: normas brasileiras interpretadas. 5. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia contábil. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
VASQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. 17. ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1999.
YEE, Zung Che. Modelo de Petição para peritos & Vocabulário Jurídico básico.
3. ed. Curitiba: Juruá, 2011.
191
ANOTAÇÕES
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____________________________________________________________
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