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TRANSTORNO

BIPOLAR:
MITOS E VERDADES
Introdução

O Transtorno Bipolar (TB) é uma condição psiquiátrica, que, segundo a


Organização Mundial da Saúde, atinge 2,2% da população mundial
adulta, e só no Brasil estima-se que ele afeta a vida de 6 milhões de
pessoas. Por ser uma condição que interfere diretamente na qualidade
de vida dos pacientes, tem sido, cada vez mais, discutida e
desmistificada, já que a informação é o primeiro passo para diminuir o
preconceito da sociedade.

A doença tem como principal característica as alterações de humor, com fases


de depressão e euforia, também conhecida como mania. Essas fases variam o
grau de intensidade, de acordo com cada paciente, e por isso, o diagnóstico é
essencial para o tratamento.

No decorrer deste ebook, vamos falar sobre o Transtorno, seus tipos e


sintomas, as fases e a diferença entre oscilação de humor considerada
normal e a patológica, além dos tratamentos oferecidos para os
pacientes para o controle da doença. Acompanhe.
1. O que é Transtorno Bipolar?

A situação é clássica: sentimento de angústia e desânimo e


nenhuma vontade de se levantar da cama, seguido de uma
animação fora do normal, autoconfiança inabalável, sensação de
ter o poder em qualquer situação e vontade de realizar diversas
coisas ao mesmo tempo.

Como vimos, o Transtorno Bipolar tem este nome, pois alterna dois
estados emocionais básicos, a alegria e tristeza. Assim, como em
outras doenças caracterizadas pelo excesso ou falta de algum
elemento, as de fundo psiquiátrico também representam alterações
para mais ou para menos de aspectos emocionais. A oscilação de
humor é uma das principais manifestações dos pacientes que sofrem
com Transtorno Bipolar, que pode ser de tipos diferentes, de acordo
com o grau de intensidade.
1. O que é Transtorno Bipolar?

1.1. Transtorno Bipolar tipo I


É caracterizado pelos episódios de depressão e de mania e ocorre em 1% da
população geral. Nesses casos, o paciente apresenta sintomas intensos, que
influenciam no seu comportamento e conduta, comprometendo os
relacionamentos, o desempenho profissional, a situação econômica e também a
sua segurança e a de quem convive com ele. Em casos mais graves, há a
necessidade de internação devido à incidência de complicações psiquiátricas.

1.2 Transtorno Bipolar do tipo II


Com quadros mais brandos chamados de “espectro bipolar”, tem como
característica a alternância da depressão com fases mais leves de euforia,
chamada também de hipomania e tem prevalência em até 8% da população.
Normalmente, os sintomas não causam grandes prejuízos nas atividades
cotidianas e na vida do paciente.

1.3 Transtorno Bipolar não especificado ou misto


Quem sofre esse tipo de TB tem os sintomas que se enquadram à psicopatologia,
porém nem a quantidade de episódios nem a sua duração são suficientes para
diagnosticar o paciente com os tipos I e II.
1. O que é Transtorno Bipolar?

1.4 Transtorno Ciclomítico


É o diagnóstico de quando o paciente tem quadros leves de TB, com oscilações
de humor que podem ser observadas em períodos curtos, até no mesmo dia.
Quem sofre de transtorno ciclomítico alterna entre a hipomania e a depressão
leve, e por essas características é erroneamente taxado como irresponsável e
com temperamento instável.

1.3 Causas
Segundo levantamento da Universidade Federal de São Paulo, em parceria com
o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, o Transtorno Bipolar é
doença mental que ocupa o terceiro lugar na lista das que mais afastam os
brasileiros do trabalho, e está atrás apenas da depressão e esquizofrenia.

As causas do Transtorno Bipolar são incertas, mas alguns fatores identificados


desempenham um papel de risco para a doença mental.
A hereditariedade é um deles, e por isso os casos são mais comuns entre
membros da mesma família. Dentre os portadores da doença, 50% apresentam
pelo menos um caso na família, e seus filhos têm um risco aumentado de
desenvolverem o Transtorno se comparados à população em geral.
1. O que é Transtorno Bipolar?

As alterações químicas no cérebro, assim como os níveis de vários


neurotransmissores, também exercem um papel importante nos diagnósticos
dos pacientes com TB.

Alguns eventos também podem precipitar a manifestação da doença em


pacientes geneticamente predispostos, como episódios frequentes de
depressão, estresse prolongado, uso de remédios que inibem o apetite, como
anorexígenos e anfetaminas e puerpério, além de disfunções hormonais da
tireoide.

Todas essas situações podem ajudar a engatilhar um episódio maníaco-


depressivo.

1.4 Tempo de transição de humor


O tempo de oscilação entre a fase depressiva e maníaca é chamada de ciclagem.
Geralmente, a depressão dura entre 15 dias e dois anos, e a mania dura, pelo
menos, uma semana. Os pacientes com diagnóstico de TB também passam por
fases de normalidade, intercaladas com os dois polos.
Existem casos mais raros de pacientes que apresentam a chamada ciclagem
rápida, ou seja, têm períodos curtos de oscilação entre as fases, com poucas
horas ou dias de diferença entre uma e outra.
1. O que é Transtorno Bipolar?

1.5 O diagnóstico do Transtorno Bipolar


Entender que o Transtorno Bipolar é uma condição clínica, e não confundi-lo
com preguiça, desânimo e inconsequência é fundamental para o correto
encaminhamento de quem sofre com as variações de humor.

Períodos de maior felicidade e recolhimento são comuns na vida das pessoas,


pois todos estão sujeitos à instabilidade emocional. O importante é identificar,
quando essas oscilações representam uma patologia e não apenas uma
condição natural. Pessoas com Transtorno de Bipolaridade têm as mudanças de
fase de humor independente dos fatores externos, ou seja, elas acontecem
aparentemente sem uma justificativa de causa e consequência.
1. O que é Transtorno Bipolar?

O diagnóstico da doença é clínico, feito de acordo com o histórico do paciente, e,


de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, pode levar até dez anos
para ser preciso e fechado. Pessoas que procuram ajuda médica ao se sentirem
depressivas relatam apenas os momentos de baixa de humor, já que, quando
estão na mania, sentem-se muito bem e acreditam que esta fase representa a
normalidade, e, portanto não necessita de tratamento. Nesses casos, os
familiares e amigos têm uma participação importante, pois eles podem sinalizar
ao psiquiatra comportamentos não habituais do paciente, o que ajuda no
correto diagnóstico do TB.

Normalmente, a doença se manifesta no fim da adolescência e início da fase


adulta, mas crianças também podem sofrer do transtorno. Nos EUA, por
exemplo, os diagnósticos de bipolaridade entre crianças e adolescentes
tiveram um crescimento de 40% na última década. Acredita-se que esse
aumento se deve à conscientização sobre a doença e à desmistificação da
mesma.
2. Fase maníaca

Os episódios da fase maníaca de um paciente com Transtorno Bipolar


podem durar dias ou meses, e variam de pessoa para pessoa. A intensidade
dos sintomas também pode variar, de acordo com tipo da doença, I ou II,
mas são similares em ambos os casos. Dentre eles, destacam-se:

• Redução da necessidade de sono;


• Falta de controle temperamental;
• Compulsão alimentar;
• Uso de drogas, como a bebida alcoólica;
• Agitação acima do normal;
• Alto grau de irritabilidade;
• Aumento da energia;
• Fala em excesso;
• Autoestima elevada, com ilusões de suas habilidades;
• Múltiplos parceiros sexuais;
• Diminuição na capacidade de discernimento;
• Facilidade de distrair-se;
• Problemas financeiros desencadeados pela falta de controle de gastos;
• Hiperatividade;
• Onipotência e vontade de fazer várias coisas ao mesmo tempo;
• Sentir-se capaz de lidar com todas as situações.
2. Fase maníaca

A compulsão é uma das características mais evidentes dessa fase. Segundo


dados da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, a associação do TB
com a dependência de álcool ocorre em 41% dos casos diagnosticados,
enquanto a de outras drogas ilícitas corresponde a 12%. A dependência é
um fator agravante para o prognóstico do TB, pois piora a adesão do
paciente ao tratamento e aumenta em até duas vezes as chances de suicídio,
comuns na fase depressiva.

Durante a mania, os bipolares tomam atitudes que não seriam nem


consideradas se estivessem em um estado de normalidade e, por isso,
quando há uma transição para a fase depressiva, a diferença de
comportamento é bastante clara e facilmente perceptível.
3. Fase Depressiva

A fase depressiva do paciente com TB é caracterizada pela presença de


cinco ou mais sintomas, que podem durar a maior parte do tempo, por um
período mínimo de duas semanas, que pode ser estendido.

Dentre os sintomas apresentados nessa fase, destacam-se:

• Tristeza;
• Irritabilidade acima do normal;
• Dificuldade com a concentração;
• Baixa energia;
• Dificuldades para dormir;
• Perda de interesse nas atividades que eram prazerosas;
• Baixa na autoestima;
• Alteração do apetite;
• Pensamentos suicidas;
• Cansaço crônico;
• Dificuldade em tomar decisões;
• Afastamento de amigos;
• Sentimento de culpa;
• Perda ou ganho de peso.
3. Fase Depressiva

Nessa fase, há uma mudança evidente de comportamento do paciente, que


não se sente capaz de realizar as atividades diárias, que acaba deflagrando
um isolamento social. Em episódios mais graves, as fases depressivas
podem incluir sintomas psicóticos, como desilusões de culpa, crenças
fortes que não são explicadas pelo histórico cultural do paciente e
alucinações, quando ele vê ou sente a presença de coisas e pessoas que não
existem ou não se encontram no ambiente.

Durante a fase depressiva, os pensamentos de suicídio e autodestruição são


considerados constantes e exigem atenção. Segundo a Associação Brasileira de
Transtorno Bipolar, 50% das pessoas que sofrem com TB tentam o suicídio ao
menos uma vez durante a vida e desses15% o cometem.
4 .Quando a mudança de
humor se torna patológica?

O Transtorno Bipolar é caracterizado pela alternância doentia dos estados


emocionais. O paciente diagnosticado com essa doença não tem as suas
oscilações comportamentais provocadas por questões externas, ou seja,
situações cotidianas e que influenciam diretamente no humor das pessoas.
Como vimos, elas são causadas por diversos outros fatores, como a
hereditariedade e o desequilíbrio químico.

A vida emocional do paciente é uma verdadeira montanha russa e por isso é


importante o acompanhamento médico assim que essa inconstância emocional
é identificada pelas pessoas próximas e que convivem com ele.

Muito além dos episódios de tristeza e alegria, os sintomas patológicos


precisam ser identificados, pois podem representar riscos tanto ao
paciente, quanto aos amigos e familiares, como os já expostos de acordo
com a fase. Dentre eles, estão a perda de capacidade de julgamento, gastos
exagerados, sentimentos de grandiosidade e incapacidade de aceitar
qualquer tipo de limite imposto.
5. Os tratamentos do
Transtorno Bipolar

Quando o diagnóstico do Transtorno Bipolar é feito, deve-se compreender que a


doença não tem cura, mas pode ser controlada para que o paciente tenha uma
rotina normal, sem comprometer a sua vida pessoal e profissional.

As medidas de controle representam as várias frentes do tratamento.

5.1 Medicamentos
Cada caso tem uma indicação de medicação diferente, de acordo com o tipo, a
gravidade e a evolução do TB, e as prescrições médicas podem indicar o uso de
neurolépticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos, antipsicóticos e estabilizadores
de humor, principalmente o carbonato de lítio. Ele tem se mostrado eficaz,
quando há a necessidade de reverter episódios graves de euforia e evitar a sua
recorrência.

As recaídas costumam ser evitadas com a associação do lítio, anticonvulsivantes


e antidepressivos, que devem ser usados com cuidado, pois podem incentivar o
estado de euforia, diminuindo o tempo da ciclagem e aumentando a incidência
das crises.
5. Os tratamentos do
Transtorno Bipolar

5.2 Psicoterapia
O acompanhamento psicoterapêutico é uma ferramenta de apoio no
tratamento dos pacientes diagnosticados com o transtorno de bipolaridade de
todos os tipos.

Além de oferecer o suporte necessário para enfrentar a oscilação emocional e


todas as dificuldades que o impõe no dia a dia de quem sofre com o TB, a terapia
ainda ajuda a prevenir as crises e atua como agente facilitador na adesão ao
tratamento medicamentoso, que deve ser mantido por toda a vida do paciente.
O reforço da necessidade do tratamento deve ser ainda mais incisivo nas fases de
mania, quando a pessoa acredita estar curada e minimiza a importância da
continuação do tratamento alopático.

A psicoterapia também pode ser indicada para os familiares do paciente para


que haja um acompanhamento e orientação sobre como lidar com a doença, já
que ela afeta a vida de todos que convivem com quem tem o transtorno bipolar.
5. Os tratamentos do
Transtorno Bipolar

5.3 Mudança de hábitos


A conscientização do paciente sobre o transtorno bipolar é essencial para que
ele adote mudanças nos hábitos de vida e que facilitem o tratamento da doença.
Dentre essas medidas estão o abandono de vícios, como drogas e bebidas, fazer
exercícios regularmente, pois, quando praticados com regularidade, ajudam a
estabilizar o humor e cuidar melhor do sono, essencial para o controle das
emoções.

6. Conclusão

O principal passo para que a pessoa com transtorno bipolar tenha uma maior
qualidade de vida é o diagnóstico precoce. Por isso, ao mínimo sinal de oscilação
brusca de humor, acompanhado dos sintomas que citamos ao longo deste
ebook, é recomendável procurar um profissional de saúde mental para fazer
uma avaliação e correto tratamento da psicopatologia. Quando as prescrições e
orientações são seguidas, o paciente consegue manter a doença sob controle e
garantir o seu bem-estar.
TRANSTORNO
BIPOLAR:
MITOS E VERDADES

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