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PRINCÍPIOS – PARTE 1

16:18 -
1 - GERAL
2 - Princípio da [Supremacia do interesse Público]
3 - Princípio da [indisponibilidade do interesse público]
4 - Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos
5 - Princípio da [Legalidade]
6 - Pr Reserva Legal
7 - PR [IMPESSOALIDADE]
8 - Princípio da Moralidade
9 - Princípio da Motivação
10 - Princípio da [Publicidade]
11 - Princípio da [Eficiência]

1 - GERAL
A norma jurídica é a célula do ordenamento jurídico (corpo sistematizado de regras de conduta, caracterizadas
pela coercitividade e imperatividade). É um imperativo de conduta, que coage os sujeitos a se comportarem da
forma por ela esperada e desejada.

Conceito A compreensão da norma jurídica somente é possível a partir da noção de ordenamento jurídico, isto porque a
eficácia da norma e a institucionalização da sanção dependem da pré-existência de um ordenamento jurídico

Os princípios jurídicos podem ser definidos como sendo um conjunto de padrões de conduta presentes de
forma explícita ou implícita no ordenamento jurídico. Os princípios, assim como as regras, são normas.
# Supremacia do interesse público sobre o privado;
# Indisponibilidade dos bens e do interesse público;
# Continuidade da prestação dos serviços públicos.

Leia: “CHÁ em PARIS .


Princípios não expressos do Direito Administrativo:
C = Continuidade
H = Hierarquia
A = Autotutela

em
P = Presunção de legitimidade
A = Auto executoriedade
R = Razoabilidade
I = Isonomia
implícitos S = Supremacia do interesse público

"SE TU PRESISAR CONTI CON MEPIH"


SE gurança publica
TU tela
PREcaução
SI ndicabilidade
S upremacia do interesse publico
A utotutela
R azoabilidade e Proporcionalidade
CONTI nuidade do Serviço Público
CON traditório e ampla defesa
M otivação
E specialidade
P resunção de inocência
I ndisponibilidade do interesse público
H ierarquia

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
1°Supremacia do poder público sobre o privado.
2° indisponibilidade do interesse publico,
3° presunção de legitimidade ou de veracidade,
4° motivação,
5°razoabilidade e proporcionalidade,
6°contraditório e ampla defesa,
7° autotutela,
8°Tutela.
9° segurança jurídica,
10° continuidade do serviço publico,
11° especialidade,
12° hierarquia,
13° precaução.
14°sindicabilidade.
O art. 37, caput, é norma de eficácia plena e de aplicabilidade imediata.
Já o art. 37, I é de eficácia contida ou restringível. Vejamos:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
Aplicabili eficiência e, também, ao seguinte:
dade
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da eficiência não é aplicado, por faltar-lhe regulamentação
legislativa. ERRADO. CESPE 2017
A violação de princípios da administração pública, tais como da moralidade, da impessoalidade e da eficiência,
caracteriza ato de improbidade administrativa, desde que comprovado o dolo(MÁ-FÉ), ainda que genérico, do
agente. CESPE 2014

Configuração dos atos de improbidade administrativa:

*Enriquecimento Ilícito e Princípios da Administração Pública: Somente condutas dolosas.

*Lesão ao Erário: Admite as modalidades dolosa ou culposa.

STJ, AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.366.004 - GO: (...) Ademais, "para a caracterização dos atos de
improbidade administrativa previstos no art. 11 da Lei 8.429/92, é necessário que o agente ímprobo tenha
Improbid agido ao menos com dolo genérico,prescindindo a análise de qualquer elemento específico para sua tipificação
ade Adm " (AgRg no AREsp 307.583/RN, Rel. Min.Castro Meira, Segunda Turma, DJe 28/6/2013). Outros precedentes:
AgRg nos EREsp 1.260.963/PR, Rel. Min. Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 3/10/2012; e AgRg nos EAREsp
62.000/RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 18/9/2012. Incidência da Súmula 83/STJ.

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão,
dolosa OU CULPOSA, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos
bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

DOLO: ENRIQUECIMENTO ILÍCITO E ATENTAR CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DOLO OU


CULPA: PREJUÍZO AO ERÁRIO. LOGO, A NEGLIGÊNCIA, A IMPRUDÊCIA E A IMPERÍCIA NA PRÁTICA DE ATOS QUE
ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO É CAUSA DE IMPROBIDADE. DEVE-SE
PROVAR A INTEÇÃO DO SUJEITO NA PRÁTICA DO ATO.
STJ: "O atraso do administrador na prestação de contas, sem que exista dolo, não configura, por si só, ato de
improbidade administrativa que atente contra os princípios da Administração Pública (art. 11 da Lei 8.429/92).
AgRg no REsp 1382436. 2013".
(info 529).
Súm
STJ: "Os atos fundamentados em lei local não caracterizam o dolo genérico, essencial para os casos de
improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública (art.11 da Lei
8.429/92). EDcl no AgRg no AREsp 166.766. 2012".
(info 508)
D) A violação de princípios da administração pública, tais como da moralidade, da impessoalidade e da
eficiência, caracteriza ato de improbidade administrativa, desde que comprovado o dolo, ainda que genérico,
do agente. INCORRETA
Dolos
Dolo genérico: vontade de praticar o ato que violou os princípios da AP;

Dolo específico: intenção de violar os princípios da AP.


Regime Postulados básicos e implícitos:
jurídico-  Princípio da Supremacia do interesse Público;
administr  Princípio da indisponibilidade do interesse público.
ativo
São considerados como basilares da administração pública os princípios da legalidade, da supremacia do
interesse público sobre o privado e o da continuidade do serviço público. ERRADO CESPE 2013

Os princípios basilares são também conhecidos como supraprincípios.


Fernanda Marinela: " as pedras de toque do direito administrativo são os princípios da supremacia do interesse
Pr público e o da indisponibilidade do interesse público ", são os princípios basilares, mais importantes!
Basilares
da Adm Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro "Os dois princípios fundamentais e que decorrem da assinalada
Púb bipolaridade do Direito Administrativo - liberdade do indivíduo e autoridade da Administração - são os
princípios da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o privado, que não são específicos dos
Direito Administrativos porque informam todos os ramos do direito público; no entanto, são essenciais,
porque, a partir deles, constroem-se todos os demais". (Di Pietro, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo,
25ºEd., pg, 64)

2 - Princípio da [Supremacia do interesse Público]


É um Poder
Primplícito
Um dos pilares do reg. Jur. adm.
Não caráter absoluto (como todos os PR. jur.)
Fundamenta-se na necessidade do Estado ter poderes especias/ instrumentos para cumprir suas finalidades/
objetivos legais.
Prerrogativas que o OJ confere ao Estado para que este logre em atingir os fins impostos pelo mesmo OJ;
Quem determina essa finalidade de atuação não é a própria Adm Púb (simples gestora pública) mas sim a
Res
Constituição e as leis.
Não está presente em toda e qq atuação da Adm Púb
Deve respeitas direitos e garantias fundamentais.

Incidência direta: apenas nos atos de império.


Não incide diretamente:
 Atos de gestão;
 Atos de mero expediente;
 Quando Adm Púb atua como agente econômico (Estado empresário)

Incidência indireta: Irradia sobre toda atuação adm, mesmo qdo não impõe obrigações/ restrições aos
adminstrados.
Exemplos:
 Intervenção na propriedade privada;
 Cláusulas exorbitantes nos CT Adm;
 Exercício do poder de polícia adm;
 Presunção de legitimidade dos atos adm (impõe aos particulares o ônus de provarem eventuais vícios.
O princípio da supremacia do interesse público vem sendo questionado pela doutrina, em especial, após a CF,
que estabeleceu o Estado democrático de direito e assegurou direitos e garantias individuais acima dos
interesses do Estado, não existindo, por outro lado, norma constitucional que respalde a permanência de tal
princípio no ordenamento jurídico. ERRADO. CESPE TJDFT JUIZ

O princípio da Supremacia do Interesse Público é aceito pela doutrina majoritária e também é mitigado pelos
princípios da Legalidade e da Proporcionalidade, que por sua vez, protege os administrados de virtuais abusos
cometidos pela Administração.

muito embora até haja alguns estudiosos propondo críticas mais ácidas ao princípio da supremacia do interesse
Críticas público, fato é que a doutrina amplamente majoritária continua sustentando o valor imprescindível de tal
postulado como premissa primeira da própria noção de Estado, enquanto entidade politicamente organizada.
Regra geral, portanto, os interesses públicos devem preponderar sobre os interesses puramente particulares,
justamente porque aqueles representam os interesses do todo social, da coletividade. É evidente, por outro
lado, que, como qualquer outro princípio, a supremacia do interesse público não ostenta caráter absoluto. Pelo
contrário, encontra limites definidos no próprio ordenamento, como a observância dos direitos e garantias
fundamentais dos cidadãos. Por outro lado, especificamente no que se refere à segunda parte da afirmativa (na
linha de que inexistiria “norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio no ordenamento
jurídico"), existem diversos dispositivos previstos no texto da Lei Maior dos quais se extrai, claramente, a
densidade do princípio da supremacia. Exemplos: art. 5º, XXIV (desapropriação); art. 5º, XXV (requisição de
bens por iminente perigo público), entre outros.
Por ser um princípio estruturante implícito da atuação da administração pública, na prática, a supremacia do
interesse público é um conceito jurídico indeterminável. (ERRADO) CESPE 2017

A supremacia do interesse público é conceito jurídico INDETERMINADO, e não indeterminável. Veja-se: “Neste
diapasão, deve-se atentar para o fato de que os conceitos jurídicos indeterminados possuem algum conteúdo
determinável, uma densidade mínima. O conceito jurídico indeterminado jamais pode ser entendido como uma
“carta branca” ao Administrador. Na interpretação dos conceitos jurídicos indeterminados deve-se ter em
mente que “existe um dever jurídico de boa administração (...) porque a norma só quer a solução excelente. Se
não for esta a adotada, haverá pura e simplesmente violação da norma de Direito, o que enseja correção
jurisdicional, dado que terá havido vício de legitimidade”. Fonte:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=352d47cf1a528e7f
Conceito
Jur
Errada, pois, em que pese a supremacia do interesse público tratar-se de conceito INDETERMINADO, por
indeterm
representar um conceito, cujo conteúdo e extensão são em larga medida incertos (que dependem do caso
concreto), não é INDETERMINÁVEL, pois – a depender do caso real – pode ser determinado, figurando na
jurisprudência do STJ com inúmeros significados diferentes (plurissignificação). Indeterminável é tudo aquilo
que é indefinível (que jamais pode vir a ser definido). Indeterminado é tudo aquilo que não está estabelecido
claramente, mas que pode vir a ser estabelecido a depender do caso concreto. Percebam a expressão "NA
PRÁTICA" da assertiva "e".

A supremacia do interesse público pode ser considerada uma cláusula geral, e não um conceito jurídico
indeterminável. Cláusulas gerais são normas com diretrizes indeterminadas, que não trazem expressamente
uma solução jurídica (consequência). A norma é inteiramente aberta. Uma cláusula geral, noutras palavras, é
um texto normativo que não estabelece "a priori" o significado do termo (pressuposto), tampouco as
consequências jurídicas da norma (consequente). Ao passo que conceito jurídico indeterminado, quando
palavras ou expressões contidas numa norma são vagas/imprecisas, de modo que a dúvida encontra-se no
significado das mesmas, e não nas consequências legais de seu descumprimento. Um grande exemplo de
conceito jurídico indeterminado está no parágrafo único do art. 927 do CC de 2002 , que trata da "atividade de
risco". Veja que no exemplo, a dúvida está no significado (conteúdo/pressuposto) de "atividade de risco", e não
nas consequências jurídicas (responsabilidade civil objetiva). (Fonte:
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/959725/qual-a-diferenca-entre-clausula-geral-e-conceito-juridico-
indeterminado-fernanda-braga)
A prerrogativa da administração pública de desapropriar ou estabelecer restrição a alguma atividade individual
decorre do princípio da autotutela. ERRADO. CESPE 2017
Quest A supremacia do interesse público sobre o privado é o principio que autoriza a administração a limitar direito
individual em prol da coletividade
Autotutela -> Rever seus proprios atos.
Sempre que a administração pública estiver envolvida em relações jurídicas, sejam elas de direito público ou de
direito privado, o interesse da administração pública deverá imperar, pois ele sempre se sobrepõe ao interesse
privado. ERRADO. CESPE 2013

Nem sempre o interesse da admintração pública deve imperar, mas tão somente nas relações jurídicas de
dirieto público onde está se buscando a interesse público, haja vista nas relações jurídicas de Direito privado
Relativo não há qualquer superioridade dos interesse da administração em relação ao interesse privado.
A SUPREMACIA SERÁ MITIGADA DIANTE DE UM ATO DE GESTÃO, POIS SÃO PRATICADOS PELA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SITUAÇÃO DE IGUALDADE COM OS PARTICULARES. EX.: ALIENAÇÃO, VENDA DE
BENS, ALUGUEL DE IMÓVEIS...
A verticalidade do interesse da administração pública em detrimento do particular só existe quando estamos
diante de uma relação de direito público. No regime de direito privado não há verticalidade entre o interesse
da administração e o interesse do particular, há horizontalidade entre os interesses.

3 - Princípio da [indisponibilidade do interesse público]


É uma restrição.
PR.implícito
Um dos pilares do reg. Jur. adm.
A Adm Púb é mera gestora da coisa pública, e não dona (que é o povo).
A disponibilidade é característica do direito de propriedade.
Bens e interesses públicos são indisponíveis pois não pertencem à Adm Púb tampouco a seus agentes púb.
Inexiste a “vontade autônoma” da Adm, mas sim a “vontade” da lei, que legitimamente traduz a “vontade
geral”, do povo, manifestada pelos representantes no PL.
Renúncias de receitas somente se previstas em lei
Presente em toda e qq atuação da Adm Púb.
Manifesta-se tanto nas atividades-fim, quanto nas atividades-meio.
Atua visando interesse públicoprimárioe secundário.
Atua sob o regime de direitopúblico e direito privado.
Res Relação com o princípio da legalidade:
 Possui estreita relação, como se fosse sinônimo.
 Toda atuação da Adm Púb deve atender à lei;
 Pois lei é manifestação legítima do dono dacoisa pública: o povo.

Interesse público primário:


 Interesses diretos do povo;
 Interesses gerais imediatos.

Interesse público secundário:


 Interesses imediatos do Estado na qualidade de PJ, titular de dir e obrig.
 Interesses meramente patrimoniais;
 Atos internos de gestão adm (atividades-meio da Adm Púb)
 Sò é legítimo se não contrariar o interesse primário.
 Se contrariar nem poderá ser considerado interesse público, masapenas interesse adm ou
governamental ilegítimo.
 Ex: Pagar remuneração ínfima aos servidores, indenizações irrisórias nas desapropriações, tributar
desmesuradamente os adminstrados.

OBS: Para alguns autores essa distinção carece de sentido, pois qualquer atuação legítima do Estado deve estar
voltada ao int púb primário

4 - Princípio da [Continuidade dos Serviços Públicos]


Princípio implícito.
Observância obrigatória para os particulares incumbidos da prestação de serviços púb sob o regime de
delegação.
Exemplos:
 Limitação da greve dos servidores púb;
 Exceptio nom adimpleti contractus.
"O Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido a legitimidade do corte no fornecimento do serviço de
telefonia quando inadimplentes entes públicos, desde que a interrupção não atinja serviços públicos essenciais
para a coletividade, tais como escolas, creches, delegacias e hospitais". (EDcl no REsp 1244385/BA, DJe
14/02/2017)

“ADMINISTRATIVO - FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA - FALTA DE PAGAMENTO - CORTE - MUNICÍPIO


COMO CONSUMIDOR. 1. A Primeira Seção já formulou entendimento uniforme, no sentido de que o não
pagamento das contas de consumo de energia elétrica pode levar ao corte no fornecimento. 2. Quando o
consumidor é pessoa jurídica de direito público, a mesma regra deve lhe ser estendida, com a preservação
apenas das unidades públicas cuja paralisação é inadmissível. 3. Legalidade do corte para as praças, ruas,
ginásios de esporte, etc. 4. Recurso especial provido.” (STJ, REsp n. 460271/SP, Rel. Min. ELIANA CALMON,
Interrupç grifos nossos).
ão
Serviços Do acórdão se percebe que o Município inadimplente pode sofrer com o corte por inadimplemento. Contudo,
Públicos em havendo questionamento administrativo, este deve ser resolvido, de modo a não tornar o corte abusivo.

ADMINISTRATIVO. ENERGIA ELÉTRICA. MUNICÍPIO INADIMPLENTE. FORNECIMENTO. CORTE. ART. 6, § 3º,


INCISO II, DA LEI Nº 8.987/95 E ART. 17 DA LEI Nº 9.427/96.
1. É lícito ao concessionário de serviço público interromper, APÓS AVISO PRÉVIO, o fornecimento de energia
elétrica de ente público que deixa de pagar as contas de consumo, desde que não aconteça de forma
indiscriminada, preservando-se as unidades públicas essenciais.
2. A interrupção de fornecimento de energia elétrica de Município inadimplente somente é considerada
ilegítima quando atinge as unidades públicas provedoras das necessidades inadiáveis da comunidade,
entendidas essas – por analogia à Lei de Greve – como "aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo
iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população".
(Resp 726627/MT, julgado em 05/08/2008).

5 - Princípio da [Legalidade]
“Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite. No âmbito das
Conceito relações entre particulares, o princípio aplicável é o da autonomia da vontade, que lhes permite fazer tudo o
que a lei não proíbe.” (p. 65)
A Adm Púb só pode agir caso haja lei que imponha ou autorize sua atuação.
Tem escopo inverso dos particulares.
A Adm Púb não pode atuar nem contra nem além da lei.
Resumo
Encontra-se sujeita também a seus próprios atos normativos para assegurar o fiel cumprimento da lei
(decretos, portarias, etc.) que não podem inovar a OJ. (***)
Legalidade: Conforme/compatibilidade a letra da lei.
Legitimidade: Conforme/compatibilidade os princípios jur/OJ.
Essas expressões podem ser empregadas como sinônimas.
Legalidade Ampla -> Aplica-se ao particular, facultando-lhe fazer tudo aquilo que a lei não proiba.
Legalidade Estrita -> Aplica-se à administração pública, restringindo-lhe a atuação ao limites estabelecidos em
lei.
Class
A legalidade Estrita se divide ainda em;
Primazia da lei -> Atos administrativos não podem contrariar a lei
Reserva Legal -> Atos administrativos só podem ser praticados mediante autorização
de acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade possui três restrições excepcionais
(ou exceções):
Restriçõe
(i) medida provisória;
s
(ii) estado de defesa;
(iii) estado de sítio
Em face do princípio da legalidade, a administração pública pode realizar uma interpretação contra legem,
secundum legem e praeter legem, conforme a necessidade, adequação e proporcionalidade em prol do
interesse público. ERRADO. CESPE 2014
A Administração não pode atuar contra legem (contrariando a lei) nem praeter legem (fora da lei). Conforme
Alexandre Mazza: "O exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da Administração
ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar a vontade da lei. (...) O princípio da legalidade é
o mais importante princípio específico do Direito Administrativo. Dele derivam vários outros, tais como:
Quest finalidade, razoabilidade, isonomia e proporcionalidade. CONCEITO: A Administração Pública só pode praticar
as condutas autorizadas em lei.

Como decorrência do princípio da legalidade, a organização e o funcionamento da administração federal


somente podem ser disciplinados por lei. ERRADO. CESPE 2013
A CF/88 ao disciplinar a competência do chefe do poder executivo, deixou expresso a atribuição de dispor, por
meio de DECRETO (autônomo), sobre a organização e o funcionamento da administração federal, MAS
QUANDO NÃO implicar aumento de despesa NEM criação ou extinção de órgãos públicos. (Art. 84, VI, "a").
ETIMOLOGIA :

A vedação ao nepotismo é regra que alcança os cargos de provimento efetivo, em comissão, as funções
gratificadas e os cargos de direção e assessoramento.

Súmula vinculante n.º 13 extremamente importante!

Vale ressaltar que a norma que impede nepotismo no serviço público não alcança servidores de provimento
efetivo. STF. Plenário. ADI 524/ES, rel. orig. Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o acórdão Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (Info 786).

Não haverá nepotismo se a pessoa nomeada possui um parente no órgão, mas sem influência hierárquica
[Nepotis sobre a nomeação. A incompatibilidade da prática enunciada na SV 13 com o art. 37 da CF/88 não decorre
mo] diretamente da existência de relação de parentesco entre pessoa designada e agente político ou servidor
público, mas de presunção de que a escolha para ocupar cargo de direção, chefia ou assessoramento tenha
sido direcionado à pessoa com relação de parentesco com quem tenha potencial de interferir no processo de
seleção. STF. 2ª Turma. Rcl 18564/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado
em 23/2/2016 (Info 815).

É inconstitucional lei estadual que excepciona a vedação da prática do nepotismo, permitindo que sejam
nomeados para cargos em comissão ou funções gratificadas de até dois parentes das autoridades estaduais,
além do cônjuge do Governador. STF. Plenário. ADI 3745/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 15/5/2013 (Info 706).

“ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. VEDAÇÃO NEPOTISMO. NECESSIDADE DE LEI FORMAL. INEXIGIBILIDADE.


PROIBIÇÃO QUE DECORRE DO ART. 37, CAPUT, DA CF. RE PROVIDO EM PARTE. I - Embora restrita ao âmbito do
Judiciário, a Resolução 7/2005 do Conselho Nacional da Justiça, a prática do nepotismo nos demais Poderes é
ilícita. II - A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática. III - Proibição que
decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal.

Segundo o STF, a vedação ao nepotismo decorre diretamente de princípios constitucionais explícitos, como os
princípios da impessoalidade, da moralidade administrativa e da igualdade, não se exigindo a edição de lei
formal para coibir a sua prática. Q650579

Diferentemente do que propõe a assertiva, a vedação ao nepotismo não depende de lei formal, sendo
decorrência direta dos princípios constitucionais da impessoalidade, eficiência, igualdade e moralidade,
conforme entendimento consagrado pelo STF no Agravo Regimental na Medida Cautelar na Reclamação nº
6.702/PR.

O nepotismo é vedado, portanto, independentemente de previsão legal, em qualquer dos Poderes da


República, nos termos da Súmula Vinculante nº 13: “a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”.
É VEDADO NEPOTISMO:
Abrangên
1) Adm Púb. DIRETA (U, E, M, DF); e
cia
2) Adm. Púb. INDIRETA (Autarquias, Fundação, EP e SEM)
tema é objeto de decisão do STF na qual declarou a constitucionalidade de Resolução do Conselho Nacional de
Justiça (normal infralegal) que vedava expressamente a prática de nepotismo. Vejamos a ementa:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, AJUIZADA EM PROL DA RESOLUÇÃO Nº 07, de 18.10.05, DO


CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. ATO NORMATIVO QUE “DISCIPLINA O EXERCÍCIO DE CARGOS, EMPREGOS E
FUNÇÕES POR PARENTES, CÔNJUGES E COMPANHEIROS DE MAGISTRADOS E DE SERVIDORES INVESTIDOS EM
CARGOS DE DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO, NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. Os condicionamentos impostos pela Resolução nº 07/05, do
CNJ, não atentam contra a liberdade de prover e desprover cargos em comissão e funções de confiança. As
Lei restrições constantes do ato resolutivo são, no rigor dos termos, as mesmas já impostas pela Constituição de
1988, dedutíveis dos republicanos princípios da impessoalidade, da eficiência, da igualdade e da moralidade.
(…) 3. Ação julgada procedente para: a) emprestar interpretação conforme à Constituição para deduzir a função
de chefia do substantivo “direção” nos incisos II, III, IV, V do artigo 2° do ato normativo em foco; b) declarar a
constitucionalidade da Resolução nº 07/2005, do Conselho Nacional de Justiça (ADC 12/DF, DJ 18/12/2009)

Como se vê, no caso, a Suprema Corte entendeu que a prática do nepotismo no Judiciário poderia ser
combatida por meio da referida Resolução do CNJ, norma de natureza infralegal, ou seja, a situação não
reclamava a edição de lei formal, eis que as restrições ao nepotismo impostas pela norma seriam decorrência
lógica dos princípios constitucionais da impessoalidade, eficiência, igualdade e moralidade.
Não configura ofensa ao princípio da moralidade a nomeação de esposa de magistrado, devidamente
concursada, para função de confiança diretamente subordinada ao juiz cônjuge. ERRADO. CESPE. 2018

Apesar da situação não se enquadrar como nepotismo de cargos públicos, pois a servidora possui cargo público
efetivo, ela se enquadra em uma hipótese vedada na lei 8.112 que penaliza com advertência servidores que:
Nomeaçã "manter sob sua chefia imediata em cargo ou função de confiança cônjuge, companheiro ou parente até o 2ª
o esposa grau civil".

a questão tenta fazer uma certa confusão, primeiro temos que lembrar que o nepotismo aplica aos cargos de
provimento em comissão, função gratificada, cargos de direção e assessoramento, NÃO aplicando para os
cargos de provimento efetivo decorrente de concurso público. Em resumo: a nomeação da esposa, embora
concursada, foi para função de confiança, tornando o referido ato ilegal, conforme SV.13.
- Neopostismo aplica: cargo em comissão, função gratificada, cargos de direção e acessoramento.

- Neopotismo não aplica: cargos políticos (secretário de Estado e Minstro de Estado) e cargos de provimento
efetivo decorrente de concurso público.

A Constituição do Estado do Espírito Santo prevê, em seu art. 32, VI, que é “vedado ao servidor público servir
sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil”. Foi proposta uma ADI contra esta norma.
O STF julgou a norma constitucional, mas decidiu dar interpretação conforme à Constituição, no sentido de o
dispositivo ser válido somente quando incidir sobre os cargos de provimento em comissão, função gratificada,
cargos de direção e assessoramento. Em outras palavras, o STF afirmou que essa vedação não pode alcançar os
servidores admitidos mediante prévia aprovação em concurso público, ocupantes de cargo de provimento
efetivo, haja vista que isso poderia inibir o próprio provimento desses cargos, violando, dessa forma, o art. 37, I
e II, da CF/88, que garante o livre acesso aos cargos, funções e empregos públicos aos aprovados em concurso
público. STF. Plenário. ADI 524/ES, rel. orig. Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o acórdão Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (Info 786).
Fonte: Dizer o Direito
Cargo político não se submete à vedação do nepotismo prevista na súmula vinculante 13 do STF.
Esta análise, no entanto, deverá ser realizada caso a caso.
Vejamos:

"O Supremo Tribunal Federal possui decisões que fixam o entendimento segundo o qual os cargos de natureza
política, como o de Secretário de Estado ou Secretário Municipal, não se submetem às hipóteses da Súmula
Vinculante n. 13 do STF (RE 579.951/RN, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 12.9.2008; Rcl 6650 MC-AgR, Rel.
Min. Ellen Gracie, DJ 21.11.2008).
Ocorre que, no caso concreto apresentado nos autos, tem-se cargo que, à primeira vista, parece ser de
duvidosa natureza política: o de Procurador-Geral da Câmara Municipal. O fato alegado de que lei municipal
teria atribuído natureza eminentemente política a tal cargo não parece elidir a plausível hipótese de incidência
no caso da Súmula Vinculante n. 13 do Supremo Tribunal Federal, tal como atestado em análise preliminar pelo
Juízo de Direito da Comarca de Silva Jardim-RJ.
Portanto, neste primeiro contato com os autos, não vislumbro no caso concreto qualquer violação aos termos
da Súmula Vinculante n. 13 do STF por parte da autoridade reclamada. Ausente o requisito da plausibilidade
jurídica do pedido, entendo que não há motivo para a concessão de medida liminar."
Rcl 12.742 MC (DJe 1.2.2012) - Relator Ministro Gilmar Mendes - Decisão Monocrática.

Cargo Nepotismo e agente político


político "Esta Corte apreciou exceções à vedação ao nepotismo em pelo menos duas oportunidades: ao julgar o RE
579.951, rel. Min. Ricardo Lewandowski e a RCL 6.650-MC-AgR, rel. Min. Ellen Gracie. Em ambos os casos, a
Corte excluiu da incidência da Súmula Vinculante nº 13 a situação de nomeação de irmãos para cargos de
natureza política, como Secretário de Estado. A Corte assentou, ainda, que aqueles julgamentos não deveriam
ser considerados como precedentes específicos, pois a abordagem do nepotismo deve ser realizada caso a
caso.
No presente caso, conforme documentalmente demonstrado nas informações, a Sra. Maria Rosa dos Reis Buzzi
ocupa o cargo de Diretora do Departamento de Finanças desde 2005, portanto, em momento anterior ao seu
casamento com o Sr. Alberto Buzzi Junior, atualmente vereador, ocorrido em 25.04.2009. A nomeação da Sra.
Maria Rosa dos Reis Buzzi, que não detém relações de parentesco com o prefeito do Município de Sales
Oliveira, não se subsume, ao menos nessa análise prefacial, à vedação contida na Súmula Vinculante nº 13."
Rcl 14.497 MC (DJe 19.10.2012) - Relator Ministro Joaquim Barbosa - Decisão Monocrática.

"Então, quando o art. 37 refere-se a cargo em comissão e função de confiança, está tratando de cargos e
funções singelamente administrativos, não de cargos políticos. Portanto, os cargos políticos estariam fora do
alcance da decisão que tomamos na ADC nº 12, porque o próprio capítulo VII é Da Administração Pública
enquanto segmento do Poder Executivo. E sabemos que os cargos políticos, como por exemplo, o de secretário
municipal, são agentes de poder, fazem parte do Poder Executivo. O cargo não é em comissão, no sentido do
artigo 37. Somente os cargos e funções singelamente administrativos - é como penso - são alcançados pela
imperiosidade do artigo 37, com seus lapidares princípios. Então, essa distinção me parece importante para, no
caso, excluir do âmbito da nossa decisão anterior os secretários municipais, que correspondem a secretários de
Estado, no âmbito dos Estados, e ministros de Estrado, no âmbito federal."
RE 579.951 (DJe 24.10.2008) - Voto do Ministro Ayres Britto - Tribunal Pleno.
Cruzado
Ano:2018Banca:CESPEÓrgão:STM Em razão do princípio da tipicidade,é vedado à administração celebrar
contratos inominados.ERRADO
O princípio da legalidade veda à administração a prática de atos inominados, embora estes sejam permitidos
aos particulares. CESPE 2018

Atos inominados: atos sem que haja previsão em lei; que são possíveis apenas aos particulares em virtude do
princípio da autonomia da vontade inerente ao direito civil.(pois a adm rege-se pela estrita legalidade de seus
atos, enquanto os particulares nao)

“decorrência do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de a Administração praticar atos


Atos inominados; estes são possíveis para os particulares, como decorrência do princípio da autonomia da vontade
inominad (...) Atipicidade só existe em relação aos atos unilaterais; não existe nos contratos porque, com relação a eles,
os não há imposição de vontade da Administração, que depende sempre da aceitação do particular; nada impede
que as partes convencionem um contrato inominado, desde que atenda ao melhor interesse público e ao do
???? particular’’ (DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito administrativo. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 195)

Ato inominado (NÃO)

Contrato inominado (SIM)

“Nessa esteira, as professoras Di Prieto e Irene Patrícia Nohara lecionam que a tipicidadeveda que
Administração Pública pratique atos inominados, ou seja, sem que haja previsão em lei; que são possíveis
apenas aos particulares em virtude do princípio da autonomia da vontade inerente ao direito civil.” FONTE:
https://oluapazuos.jusbrasil.com.br/artigos/239222593/ato-administrativo-administrativo-de-policia-poder-
discricionario
Prova Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que
empresta devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
da
Ementa: Conselho Superior da Magistratura. Recurso administrativo. Concessão de gratificação especial por
gestão de contratos a gestores de suprimento de fundos. Impossibilidade de extensão do benefício. Ausência
de previsão legal. Submissão ao princípio da legalidade. Recurso desprovido. (...) 3. A Administração, por ser
submissa ao princípio da legalidade, não pode levar a termo interpretação extensiva ou restritiva de direitos,
quando a lei assim não o prever de modo expresso. Nesse mesmo sentido, eis o uníssono entendimento da
Interpreta jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: "A atuação da Administração Pública é cingida ao princípio da
ção da legalidade estrita, devendo obediência aos preceitos legais, sendo-lhe defeso proceder interpretação extensiva
Adm ou restritiva, onde a lei assim não o determinar." (RMS 26.944/CE, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma,
julgado em 27/05/2010, DJe 21/06/2010). 4. Recurso conhecido e desprovido. (Tribunal de Justiça do Estado do
Espírito Santo – Conselho da Magistratura/ Recurso N° 100120030745/ Relator: Desembargador Carlos
Henrique Rios do Amaral/ Julgado em 04.03.2013/ Publicado no DJe em 07.03.2013)

Ex: RAS PM e PC não pode ser estendido a outras categorias


Carvalho Filho (2008, p. 45), leciona sobre o assunto:

Atos "O Controle Judicial, entretanto, não pode ir ao extremo de admitir que o juiz se substitua ao administrador.
vinculado Vale dizer: não pode o juiz entrar no terreno que a lei reservou aos agentes da Administração, perquirindo os
s critérios de conveniência e oportunidade que lhe inspiram a conduta. A razão é simples: se o juiz se atém ao
exame da legalidade dos atos, não poderá questionar critérios que a própria lei defere ao administrador."
**Nos atos administrativos vinculados, que são "aqueles emitidos quando o agente atende exclusivamente à
legalidade", não há espaço para um juízo de mérito quanto à conveniência e a oportunidade da sua prática pelo
administrador público.

Assim, nos atos administrativos vinculados, além dos elementos sempre previstos em lei (competência,
finalidade e forma), também são estabelecidos pela lei o motivo e o objeto do ato.

Nos atos vinculados, portanto, o controle judicial, se houver provocação para tanto, recai sobre todos os
elementos do ato administrativo,inclusive os que compõe o mérito (motivo e objeto).

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO.

IMPORTAÇÃO. PENA DE PERDIMENTO DA MERCADORIA. RECONHECIMENTO DA DESPROPORCIONALIDADE


PELAS INSTÂNCIAS DE ORIGEM. SUBSTITUIÇÃO PELO PODER JUDICIÁRIO DA PENALIDADE IMPOSTA PELO
ADMINISTRADOR PÚBLICO.

IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO INTERNO DO FAZENDA NACIONAL DESPROVIDO.

1. Consoante entendimento consolidado nesta Corte Superior, a intervenção do Poder Judiciário nos atos
administrativoscinge-se à defesa dos parâmetros da legalidade, permitindo-se a reavaliação do mérito
administrativo tão somente nas hipóteses de comprovada violação aos princípios da legalidade, razoabilidade e
proporcionalidade, sob pena de invasão à competência reservada ao Poder Executivo. (...)

(AgInt no REsp 1271057/PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
18/05/2017, DJe 25/05/2017)

ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. POLÍCIA


TÉCNICO-CIENTÍFICA. AUXILIAR DE AUTÓPSIA. EXAME DE APTIDÃO FÍSICA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
IMPOSSIBILIDADE.

1. Cinge-se a controvérsia à legalidade da exigência de aprovação em teste de aptidão física, em face das
atividades inerentes ao cargo de Auxiliar de Autópsia, para o qual o recorrente concorreu.

2. As disposições do edital inserem-se no âmbito do poder discricionário da Administração, o qual não está,
porém, isento de apreciação pelo Poder Judiciário, se comprovada ilegalidade ou inconstitucionalidade nos
juízos de oportunidade e conveniência, como na espécie, em que não há previsão legal para a exigência do
teste de aptidão física.

3. O exame de aptidão física em concurso público apenas poderá ser exigido se for amparado em lei, por força
do que estabelece o II do art. 37 da Constituição Federal de 1988. Precedentes.

4. Agravo regimental não provido.

(AgRg no RMS 34.676/GO, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/04/2013, DJe
15/04/2013)
Teste de
aptidão
fisica
SÚMULA 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Discricion
ariedade
Assim, mesmo a discricionariedade é pautada na legalidade – o Administrador vai agir nos limites permitidos
pela lei, e, havendo violação a esta, cabe ao Judiciário apreciar tal situação, quando provocado, frise-se.
O juízo discricionário não excepciona-se ao controle judicial, uma vez que o Judiciário pode apreciar os
aspectos da legalidade e verificar se a Administração não ultrapassou os limites da discricionariedade; neste
caso, o Poder Judiciário pode invalidar o ato, porque a autoridade ultrapassou o espaço livre deixado pela lei e
invadiu o campo da legalidade. (DI PIETRO, Maria S. Z. D. Adm., 20ª ed., p. 202).

Está certa até onde diz que os princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público guiam o
Administrador. Porém, peca ao afirmar que o juízo discricionário não pode ser controlado judicialmente. É que
a moderna doutrina admite a sindicabilidade do mérito administrativo, permitindo o controle judicial sobre o
juízo de conveniência e oportunidade, para aferição da legalidade/legitimidade do ato.

Qualquer ato administrativo pode sofrer controle judicial. Sobre os atos vinculados, é de se notar que todos os
seus elementos já estão estabelecidos na lei. Assim, caberá ao Judiciário examinar a conformidade do ato com
o ordenamento jurídico para decidir efetivamente se haverá nulidade ou não. Por sua vez, o ato discricionário
sofrerá controle judicial, desde que seja respeitada a discricionariedade administrativa, nos limites em que ela
é assegurada à Administração Pública. Como a discricionariedadeé um poder delimitado pelo legislador, não
pode o Poder Judiciário invadir o espaço que foi reservado ao administrador. Isso levaria à violação a opção
legítima realizada pela autoridade competente. Contudo, caso o administrador ultrapasse os limites fincados
pela lei, a atuação do Poder Judiciário é cabível. (Fonte: Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo.
25 ed. São Paulo: Atlas, 2012. Página 224)

Exemplos:
Instalação de ar condicionado nas salas de aulas das escolas públicas
"A “teoria do fato consumado" não pode ser aplicada para consolidar remoção de servidor público destinada a
t. Fato acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade estrita, ainda que tal situação haja
Consuma perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não confirmada por ocasião do julgamento de
do mérito." (STJ - Inf. 598).

O Tribunal de Contas pode sim desconsiderar a personalidade jurídica de empresa por ele fiscalizada, a fim de
punir o respectivo administrador, ainda que não exista previsão legal expressa para tanto, desde que como
T.
meio de coibir o abuso de direito e o desrespeito aos princípios que condicionam a atividade do Estado. Tal
Poderes
prerrogativa, em tese, decorre da teoria dos poderes implícitos, a qual permite ao Tribunal de Contas da União
implícitos
adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno exercício das
competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria Constituição da República.
De acordo com entendimento jurisprudencial, é permitido o corte salarial dos servidores públicos nos dias de
paralisação do serviço em razão de greve da categoria. CESPE 2013

A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito
de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida
a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi
provocada por conduta ilícita do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
27/10/2016 (repercussão geral) (Info 845).

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GREVE. DESCONTO. REMUNERAÇÃO. PARALISAÇÃO. SUSPENSÃO DO


Greve VÍNCULO FUNCIONAL. LEGALIDADE.
servidor 1. Trata-se, originariamente, de Mandado de Segurança Preventivo impetrado por sindicato contra potenciais
atos da União (Ministério da Saúde) relacionados com o corte de remuneração por greve destinada ao reajuste
dos salários da categoria (desconto de dias parados). A sentença concessiva da Segurança foi mantida pelo
Tribunal de origem.
2. A jurisprudência do STJ se pacificou no sentido da legalidade, em regra, dos descontos realizados nos
vencimentos dos servidores públicos em greve (MS 17.405/DF, Rel. Ministro Felix Fischer, Corte Especial, DJe
9.5.2012; AgRg na Pet 8.050/RS, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 25.2.2011; MS 14.942/DF, Rel.
Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, DJe 21.5.2012).
3. Recurso Especial provido para denegar a Segurança.
(REsp 1245056/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/05/2013, DJe
22/05/2013)
Cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua
verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.
ERRADO CESPE 2013

NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE


Revisão
QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA REVER A INTERPRETAÇÃO DADA A NORMAS
de
INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA 636/STF. No âmbito técnico-processual, o grau
interpreta
de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação,
ção
notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não
sugestiona lesão à norma do texto republicano. ?Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a
normas infraconstitucionais pela decisão recorrida? (Súmula 636/STF). Agravo conhecido e não provido.

c) Conforme o STF, o Poder Judiciário não detém competência para substituir banca examinadora de concurso
público para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, admitindo-se, no
entanto, o controle do conteúdo das provas ante os limites expressos no edital. Cespe 2017 TRF5 JUIZ

CERTO."Recurso extraordinário com repercussão geral. 2. Concurso público. Correção de prova. Não compete
ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos
candidatos e notas a elas atribuídas. Precedentes. 3. Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de
compatibilidade do conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital do certame".(RE 632853,
REPERCUSSÃO GERAL, DJe-125 DIVULG 26-06-2015)

É possível que o Poder Judiciário anule questão objetiva de concurso público que foi elaborada de maneira
equivocada? É possível que seja alterada a pontuação dada ao candidato na questão sob o argumento de que a
correção feita pela banca foi inadequada?
Regra: NÃO.
Concurso
Os critérios adotados por banca examinadora de concurso público não podem ser revistos pelo Poder
público
Judiciário.

Não é possível controle jurisdicional sobre o ato administrativo que corrige questões de concurso público.

Não compete ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e
os critérios de correção utilizados.

Exceção:
Apenas em casos de flagrante ilegalidade ou inconstitucionalidade, a Justiça poderá ingressar no mérito
administrativo para rever critérios de correção e de avaliação impostos pela banca examinadora.

Se o conteúdo cobrado não se encontra previsto no edital, será possível anular a questão por violação à regra
editalícia, mas isso não significa aferir a correção dos critérios da banca examinadora, mas apenas verificar se
as questões formuladas estão no programa do certame.
STF. Plenário. RE 632853/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782).

6 - Pr [Reserva Legal]
O princípio da reserva legal dispõe que determinadas matérias constitucionais deverão ser regulamentadas
somente por LEI FORMAL.

O que isso significa? 2 coisas:


Resumo 1) que essas matérias não poderão ser regulamentadas por nenhuma outra espécie normativa (decreto,
medida provisória, emendaconstitucional, resolução etc.);

2) que somente o Poder Legislativo está autorizado a regulamentar essas matérias. O Executivo não mete a
colher nessa paçoca.
Portanto, ao se falar em princípio da reserva legal, não se pode falar em "diversas espécies legislativas", como
foi mencionado na questão. Não! É somente por LEI.

Deduz-se do ensinamento do professor Matheus Carvalho (CERS) que a espécie normativa de que dispõe tal
princípio é a "LEI COMPLEMENTAR"

(CARVALHO, M., Manual de Direito Administrativo, 2015, p. 63) .


Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode praticar condutas autorizadas em lei. Tal
princípio se desdobra em outros dois:
a) princípio da primazia da lei (legalidade em sentido negativo) e
b) princípio da reserva legal (legalidade em sentido positivo). Segundo o último, pedido pela questão, os atos
administrativos só podem ser praticados mediante autorização legal, disciplinando temas anteriormente
regulados pelo legislador. O ato administrativo deve ser expedido secundum legem, pois somente a LEI pode
inovar originariamente no ordenamento, nunca o ato administrativo. Um ato administrativo não pode
estabelecer deveres e proibições a particulares, pois é apenas instrumento de aplicação da LEI ao caso
concreto. (MAZZA, Alexandre. D. Adm., 4ª ed., p. 93).
Desdobra
mento A repercussão da legalidade tal como descrita diz respeito aos particulares (que podem tudo o que não é
vedado pela lei). A legalidade no tocante à Administração, vincula-a positivamente, isto é, a Administração só
pode fazer o que autorizado pela lei.

Consoante orientação de José Afonso da Silva a melhor técnica difere o princípio da legalidade do princípio da
reserva legal, uma vez que o primeiro significa a submissão e o respeito à lei, ou a atuação dentro da esfera
estabelecida pelo legislador. O segundo consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias
há de fazer-se necessariamente por lei. Como se vê, a alternativa trata do aspecto clássico do princípio da
legalidade, e não da reserva legal. (José Afonso da Silva. Curso de direito constitucional positivo. 22. ed. São
Paulo: Malheiros, 2000. p. 421.).
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal
Relativamente ao princípio da reserva legal e ao princípio da legalidade, julgue os itens subsequentes.

Segundo o princípio da reserva legal, todas as pessoas, órgãos e entidades sujeitam-se às diversas espécies
legislativas descritas na CF. [ERRADO]

O princípio da reserva legal ocorre quando uma norma constitucional atribui determinada matéria
exclusivamente à lei formal (ou a atos equiparados, na interpretação firmada na praxe), subtraindo-a, com isso,
à disciplina de outras fontes, àquelas subordinadas . (Curso de direito constitucional positivo - José Afonso da
Quest 1
Silvia)

Prova: CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário - Área Administrativa - EspecíficosDisciplina: Direito
Constitucional | Assuntos: Direitos Constitucionais-Penais e Garantias Constitucionais do Processo;
O princípio da legalidade não se confunde com o da reserva legal: o primeiro pressupõe a submissão e o
respeito à lei; o segundo se traduz pela necessidade de a regulamentação de determinadas matérias ser feita
necessariamente por lei formal.

GABARITO: CERTA.

7 - PR [IMPESSOALIDADE]
“Exigir impessoalidade da Administração tanto pode significar que esse atributo deve ser observado em relação
aos administradoscomo à própria Administração. No primeiro sentido, o princípio estaria relacionado com a
Conceito finalidade pública que deve nortear toda a atividade administrativa. Significa que a Administração não pode
atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público
que tem que nortear o seu comportamento.” (p. 68)
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
CF
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Em atenção ao princípio da impessoalidade, o prefeito não poderá apresentar propaganda em que conste
vinculação direta de seu nome à realização da obra, mas nada obsta que sua imagem seja veiculada no outdoor
da publicidade da conclusão da ponte. ERRADO. CESPE 2016
I. Expedição de precatórios- princípio da impessoalidade
II. Realização de concurso público- princípio da impessoalidade
IV. Escolha da melhor proposta em procedimento licitatório- princípio da impessoalidade
- Exemplos de regras que visam garantir a isonomia (impessoalidade):
Exemplos exigência de licitação;
concurso público para o provimento de cargo ou emprego público;
vedação ao nepotismo (algumas bancas)
invocação de impedimento ou suspeição pela autoridade responsável por julgar o processo administrativo;
respeito à ordem cronológica para pagamento dos precatórios etc.
Possui dois primas:
 Principio da finalidade: A atuação deve visar o int. púb.
 Vedação à promoção pessoal do administrador.

Finalidade da atuação: pode ser expressa ou implícita.


Prismas e Há sempre uma finalidade geral e uma específica:
Finalidad  Finalidade Geral: Satisfação do int. púb;
e  Finalidade Específica: Fim direto ou imediato que a lei pretenda atingir.

Exemplos de violação: Remoção de servidor com intenção de punição, licença capacitação de servidor para
curso de pintura de porcelana.

Jurisp. STF: A propaganda oficial não pode veicular nem o PP.


Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2018 - PC-MG - Delegado de Polícia Substituto
Sobre os princípios da Administração Pública, é CORRETO afirmar que:
A - a efetivação de pagamento de precatório em desobediência à ordem cronológica traduz violação ao
princípio da impessoalidade, à luz do qual é vedada a atuação administrativa dissociada da moral, dos
princípios éticos, da boa-fé e da lealdade. ERRADO
X
Moralida
porque o examinador confunde dois princípios diversos: impessoalidade e moralidade. De fato, a efetivação de
de
pagamento de precatório em desobediência à ordem cronológica traduz violação ao princípio da
impessoalidade. Contudo, o princípio da impessoalidade é aquele que orienta a busca pelo tratamento
igualitário, não discriminatório e nem com desvio de finalidade. O princípio aludido na parte final da alternativa
é o da moralidade (aquela que veda a atuação administrativa dissociada da moral, dos princípios éticos, da boa-
fé e da lealdade).
Segundo Mazza:
2.6.2.1 Subprincípio da vedação da promoção pessoal "Desdobramento fundamental do princípio da
Subprincí impessoalidade é a vedação da promoção pessoal de agentes ou autoridades. A maior preocupação do
pio da legislador foi impedir que a propaganda dos atos, obras e programas do governo pudesse ter um
vedação caráter de pessoalidade por meio da associação entre uma realização pública e o agente público responsável
da por sua execução. A atuação deve ser impessoal também nesse sentido. Note que a impessoalidade é caminho
promoção de mão dupla. De um lado, o administrado deve receber tratamento sem discriminações ou preferências; de
pessoal outro, o agente público não pode imprimir pessoalidade associando sua imagem pessoal a uma
realização governamental. É o que prescreve o art. 37, § 1º, da Constituição Federal: “A publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos”.

Lei 6.454, de 24 de outubro de 1977

Art. 1oÉ proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado pela
defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza,
pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta. (Redação dada pela Lei nº
12.781, de 2013)

Art. 2º É igualmente vedada a inscrição dos nomes de autoridades ou administradores em placas indicadores
de obras ou em veículo de propriedade ou a serviço da Administração Pública direta ou indireta.

Art. 3º As proibições constantes desta Lei são aplicáveis às entidades que, a qualquer título, recebam
subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais.

Art. 4º A infração ao disposto nesta Lei acarretará aos responsáveis a perda do cargo ou função pública que
exercerem, e, no caso do artigo 3º, a suspensão da subvenção ou auxílio.
[...] Em muitos estados o Ministério Público tem sido atuante: no Maranhão, a Justiça Federal, em ação civil
pública requerida pelo Ministério Público, determinou que fosse removido o letreiro com o nome do Senador
Nome
José Sarney do Fórum do Tribunal Regional do Trabalho/Ma. A decisão alcança outros prédios, inclusive fóruns,
Escola
com nomes de pessoas vivas no Estado. Em Sergipe, o juiz da Comarca de Japaratuba julgou procedente Ação
Civil Pública, que questionava a colocação dos nomes de políticos em prédios públicos do distrito de Pirambu.
Determinou-se a remoção das inscrições, porque em afronta aos princípios constitucionais.O Promotor das
cidades de Sorriso, de Nobres e outros municípios de Mato Grosso, notificaram os prefeitos locais para
substituírem os nomes de pessoas vivas em prédios públicos. Em Santa Catarina, o município de Indaial teve de
retirar os nomes de pessoas vivas de prédios públicos, resultado de sentença em ação civil pública, requerida
pelo Ministério Público. Na Bahia, a Resolução do Tribunal de Justiça de n. 08/2002, estabelece no artigo 1º:
“Fica proibido, em todo o âmbito estadual, dar nome de pessoas vivas a bem público, de qualquer natureza,
pertencente ao Poder Judiciário”. Eventuais denominações dadas anteriormente continuam violando a Lei
6.545/77 e a Constituição de 1988.[...]

Fonte: http://www.amb.com.br/index_.asp?secao=artigo_detalhe&art_id=133&

Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente
da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos financeiros repassados mediante convênio
com a União. Nesse caso, há violação do princípio da impessoalidade, dada a existência de proibição
constitucional à publicidade de obras com nomes de autoridades públicas. ERRADO. CESPE 2014 PGEBA PROC
Ascensão ou acesso, transferência e aproveitamento no tocante a cargos ou empregos públicos. O critério do
mérito aferível por concurso público de provas ou de provas e títulos é, no atual sistema constitucional,
ressalvados os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração, indispensável para
cargo ou emprego público isolado ou em carreira. Para o isolado, em qualquer hipótese; para o em carreira,
Ascenção para o ingresso nela, que só se fará na classe inicial e pelo concurso público de provas ou de provas títulos, não
Funcional o sendo, porém, para os cargos subsequentes que nela se escalonam até o final dela, pois, para estes, a
investidura se fará pela forma de provimento que é a "promoção". Estão, pois, banidas das formas de
investidura admitidas pela Constituição a ascensão e a transferência, que são formas de ingresso em carreira
diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso, e que não são, por isso mesmo, ínsitas
ao sistema de provimento em carreira, ao contrário do que sucede com a promoção, sem a qual obviamente
não haverá carreira, mas, sim, uma sucessão ascendente de cargos isolados. O inciso II do art. 37 da CF também
não permite o "aproveitamento", uma vez que, nesse caso, há igualmente o ingresso em outra carreira sem o
concurso exigido pelo mencionado dispositivo. (g.n.)

[ADI 231, rel. min. Moreira Alves, j. 5-8-1992, P, DJ de 13-11-1992.] = ADI 94, rel. min. Gilmar Mendes, j. 7-12-
2011, P, DJE de 16-12-2011 Vide RE 222.236 AgR, rel. min. Néri da Silveira, j. 17-10-2000, 2ª T, DJ de 24-11-2000

Vide RE 306.938 AgR, rel. min. Cezar Peluso, j. 18-9-2007, 2ª T, DJ de 11-10-2007


Vide ADI 430, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 25-5-1994, P, DJ de 1º-7-1994

Fonte: A Constituição e o Supremo

Súmula Vinculante nº. 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-
se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a
carreira na qual anteriormente investido.

O que a SV 43 do STF proíbe é a chamada ascensão funcional (também conhecida como acesso ou
transposição). A ascensão funcional é a progressão do servidor público entre cargos de carreiras distintas.

A ascensão funcional, forma de provimento derivado vertical, é inconstitucional porque a CF/88 afirma que a
pessoa somente pode assumir um cargo público após a aprovação em concurso público (art. 37, II), salvo as
hipóteses excepcionais previstas no texto constitucional.

Vale destacar que a SV 43 do STF não proíbe todas as formas de provimento vertical. Isso porque é possível a
promoção, desde que seja na mesma carreira.

Existem duas formas de provimento: originário e derivado.

1) Provimento originário: ocorre quando o indivíduo passa a ocupar o cargo público sem que existisse qualquer
vínculo anterior com o Estado.

2) Provimento derivado: provimento derivado ocorre quando o indivíduo passa a ocupar determinado cargo
público em virtude do fato ter um vínculo anterior com a Administração Pública.

Existem, por sua vez, três espécies de provimento derivado:

2.1) Provimento derivado vertical: servidor muda para um cargo melhor. São os casos da: a) ascensão funcional
(acesso ou transposição) e da b) promoção.

2.2) Provimento derivado horizontal: servidor muda para outro cargo com atribuições, responsabilidades e
remuneração semelhantes. É o caso da readaptação.

3) Provimento derivado por reingresso: servidor que havia se desligado do serviço público retorna em virtude
de seu vínculo anterior. São os casos da reintegração, da recondução, do aproveitamento e da reversão.

Assim, conclui-se que, na verdade, a SV 43 do STF só veda uma espécie de provimento derivado vertical, que é
a ascensão funcional, já que a promoção é constitucional.
Fonte: Súmulas do STF e do STJ. Márcio Calvalcante.
No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.795/DF, cujo acórdão foi publicado inicialmente no
Concurso
DJE de 24/05/2011, o Supremo Tribunal Federal decidiu que lei distrital que proíbe a realização de processo
para
seletivo para o recrutamento de estagiários pelos órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal viola
estagiário
os princípios da impessoalidade (art. 37, caput, CF/1988) e igualdade (art. 5º, caput, CF/1988)

8 - Princípio da [Moralidade]
Administrativa: “Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da
Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com
a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade,
a ideia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa.” (p. 79)
Resumo
Haverá ofensa ao princípio da moralidade administrativa sempre que o comportamento da administração,
embora em consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os
princípios de justiça e a ideia comum de honestidade. CESPE 2013
Moral adm x Moral comum: Aquela é jurídica, pois pode invalidar atosa dm.
Conceito jur. indeterminado, mas objetivo.
Requisito de validade do ato adm(e não do mérito).
Princípio
Nãosujeita-se a análise denoportunidade/conveniênciapornão serctrldemérito.
da
Mas sim à uma análise de legitimidade.
moralidad
Ato contrário à moral deve serdeclaradonuloenãorevogado.
e
Portratar-se de ctrldelegalidade/legitimidade pode ser efetuado pelaAdmPúb
comoTbpeloPoderJudiciário(seprovocado).
Não basta cumprir a letra da lei mas sim ao seu espírito.
Ex Vedação ao Nepotismo
“ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. VEDAÇÃO NEPOTISMO. NECESSIDADE DE LEI FORMAL. INEXIGIBILIDADE.
PROIBIÇÃO QUE DECORRE DO ART. 37, CAPUT, DA CF. RE PROVIDO EM PARTE. I - Embora restrita ao âmbito do
Nepotism
Judiciário, a Resolução 7/2005 do Conselho Nacional da Justiça, a prática do nepotismo nos demais Poderes é
o
ilícita. II - A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática. III - Proibição que
decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal.
Questão elaborada com pegadinha, misturando coisas que interferem na moralidade objetiva (moralidade
administrativa) com coisas que interferem apenas com a moralidade subjetiva (social), esta não sendo o foco
do DIR ADM nem de concurso. O que tiver em negrito azul interfere na moralidade subjetiva, não
ofendendendo o princípio da moralidade administrativa. Porém, o que está em negrito vermelho interfere no
Objetiva x
princípio.
Subjetiva
EXEMPLO: Ganho 20mil por mês mas exijo auxílio moradia de 5mil. É imoral socialmente dadas as
circunstâncias econômicas do País? Sim. Mas é moral administrativamente, visto que tá na lei. Vá lá tentar
anular esse auxílio para ver se você consegue...
Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de todo ato da administração pública, é
imprescindível avaliar a intenção do agente. ERRADO CESPE 2016

Pessoal, TODAS AS VEZES QUE CITAREM A MORALIDADE ADMINISTRATIVA tenham em mente que ela é uma
moral OBJETIVA (pouco importa a intenção do agente) e não SUBJETIVA.

Nas lições de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 195-196):


“O princípio da moralidade torna jurídica a exigência de uma atuação ética dos agentes da Administração
Pública. A denominada moral administrativa difere da moral comum, justamente por ser jurídica e pela
possibilidade de invalidação dos atos administrativos que sejam praticados com inobservância deste princípio.
(...) A doutrina enfatiza que a moralidade administrativa independe da concepção subjetiva (pessoal) de
conduta moral, ética, que o agente público tenha; importa, sim, a noção objetiva, embora indeterminada,
passível de ser extraída do conjunto de normas concernentes à conduta de agentes públicos, existentes no
ordenamento jurídico.”

Assim, o princípio da moralidade será transgredido quando houver violação a uma norma de moral social que
traga consigo menosprezo a um bem juridicamente valorado, de tal forma que deverá o agente público cumprir
Inteção
a legalidade atendendo a uma expectativa ética da sociedade (MELLO, 2010, p. 120).
do agente
Para Maria Sylvia, a ofensa ao Princípio da Moralidade na execução das atividades administrativas está ligada
ao desvio de poder: “a imoralidade administrativa surgiu e se desenvolveu ligada à ideia de desvio de poder,
pois se entendia que em ambas as hipóteses a Administração Pública se utiliza de meios lícitos para atingir
finalidades metajurídicas irregulares. A imoralidade estaria na intenção do agente”.

É o que chamamos de boa-fé subjetiva!


Ocorre que, para a configuração da imoralidade administrativa, não se faz necessário analisarmos a existência
da intenção, pelo menos se tratando de boa-fé objetiva.

Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o motivo do ato não de confunde com a motivação, os quais, por sua
vez, não se confundem com o móvel. O móvel é a parte psicológica, é o porquê da prática do ato, que está na
cabeça do agente público, foi o que o levou à prática do ato. E, para o Direito Administrativo, pouco importa o
que o motivou.

Donde concluímos que o móvel não é pressuposto de validade! E não importa a intenção do agente para se
configurar a imoralidade administrativa.

9 - Princípio da [Motivação]
Por força do princípio da motivação, que rege a atuação administrativa, a lei veda a prática de ato dministrativo
em que essa motivação não esteja mencionada no próprio ato e indicada em parecer.ERRADO.CESPE2015

B)Estaalternativanãoestádiscutindoseoatorequer ou não motivação.Ofocodapergunta é se a motivação precisar


ser mencionada no próprio ato.Não éncomum mas a motivação pode ser prévia ou posterior.

Em regra,amotivaçãodosatosadministrativos deve serformulada concomitantemente


comopróprioatoouantesdaediçãodeste.A motivação ulteriorébastante discutíveleaceita com muitas reservas
Necessida pela doutrina.Issoporquepodeoadministrador,aposteriori,“fabricar razões lógicas para justificá-
de loealegarqueastomouemconsideraçãoquandodapráticadoato”(BANDEIRADEMELLO,1999,p.346).

Dispensa-se a motivação nos atos administrativos, precedidos de parecer fundamentado de órgão consultivo.
Nem todos os atos administrativos serão motivados, a exemplo da exoneração de um servidor ocupante de
cargo comissionado ( livre nomeação e livre exoneração= "ad nutum"). No entanto, se houver motivação estará
submetido à Teoria dos Motivos Determinantes.
ao contrário do afirmado, a lei admite a chamada fundamentação per relationem, ou seja, aquela que se limite
a fazer referência ao conteúdo de pareceres e outras peças de informação. É o que se extrai do teor do art. 50,
§1º, Lei 9.784/99: “§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso,
serão parte integrante do ato."

EMBORA TAMBÉM SEJA A REGRA GERAL, HÁ ATOS QUE NÃO DEPENDEM DE MOTIVAÇÃO PARA SEREM
PRATICADOS. COMO EXEMPLO: O ATO ADMINISTRATIVO QUE CONCEDA A QUALQUER INTERESSADO O ACESSO
A INFORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS DE INTERESSE PÚBLICO NÃO SUJEITAS A SIGILO LEGAL E O ATO DE
EXONERAÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO. LEMBRANDO QUE, UMA VEZ MOTIVADO, O ATO SE VINCULA À SUA
PRÁTICA, SEJA ELE VINCULADO OU DISCRICIONÁRIO.

A motivação dos atos podem consistir em concordancia com outro ato, como por exemplo UM PARECER.

Concordância com OUTRO ATO ->Motivação ALIUNDE.


O ato de remoção de servidor público por interesse da Administração Pública deve ser motivado. Caso não o
seja, haverá nulidade. No entanto, é possível que o vício da ausência de motivação seja corrigido em momento
posterior à edição dos atos administrativos impugnados. Assim, se a autoridade removeu o servidor sem
motivação, mas ela, ao prestar as informações no mandado de segurança, trouxe aos autos os motivos que
justificaram a remoção, o vício que existia foi corrigido.
STJ. 1ª Turma. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013 (Info 529).

Para Germana de Moraes, a possibilidade de motivação ulterior somente existe se ocorrer “antes de qualquer
impugnação administrativa ou judicial ou dentro do prazo para tanto”. Segundo a autora, essa exigência
decorre do direito do administrado à ampla defesa, concluindo então que “a motivação posterior somente será
tempestiva se não prejudicar, de qualquer forma, o direito de defesa dos interessados no ato administrativo”
Motivaçã (MORAES, 1997/1998/1999, p.13).
o
Extempor AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - EXONERAÇÃO DE SERVIDOR
ânea PÚBLICO EFETIVO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO - MOTIVO DE CONTENÇÃO DE DESPESA DE PESSOAL -
MOTIVAÇÃO EXTEMPORÂNEA - ATO VINCULADO - VÍCIO SANÁVEL - DIREITO À AMPLA DEFESA VIOLADO -
SEGURANÇA CONCEDIDA EM SEDE DE RECURSO ORDINÁRIO - AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Quando
se trata de ato administrativo vinculado, a ausência de motivação é vício que pode ser convalidado, com a
motivação posterior à prática do ato. 2. A exoneração de servidor público efetivo, em estágio probatório,
independe de processo administrativo, sendo imprescindível, destarte, o exercício do direito à ampla defesa,
como espécie de procedimento sumário. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ -
AgRg no RMS: 16546 SP 2003/0098855-8, Relator: Ministro PAULO MEDINA, Data de Julgamento: 27/10/2005,
T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 20.02.2006 p. 361).

Leia mais: http://jus.com.br/artigos/35462/motivacao-do-ato-administrativo-vinculado-e-


discricionario#ixzz3iSenzsxL
Na remoção ex officio de servidor público para localidade diversa da por ele postulada, exige-se a
correspondente motivação por parte da administração pública. CESPE 2013

(STJ, RMS 29206 MG 2009/0058589-0) "[...] a servidora foi removida, ex officio, sem a devida motivação, para
[...] local diverso daquele para o qual se inscrevera, sem a devida motivação. Não falar em convalidação de ato
administrativo que padece de nulidade";
Remoção
ex officio
Jurisprudência do STJ - RMS 36893 / RS RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA 2011/0311242-2:
de
1. A remoção de ofício é ato discricionário da Administração Pública, atribuindo-se nova lotação ao servidor,
servidor
considerando-se a necessidade do serviço e a melhor distribuição dos recursos humanos para a eficiente
prestação da atividade administrativa, estando respaldada no interesse público. 2. Entretanto, mesmo que se
trate de discricionariedade do administrador público, a jurisprudência do STJ tem reconhecido a necessidade
de motivação, ainda que a posteriori, do ato administrativo que remove o servidor público. Precedentes: AgRg
no RMS 40.427/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, Dje 10/9/2013. REsp 1.331.224/MG, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 26/2/2013.
➣ REGRA: PRÉVIA, CONTEMPORÂNEA(NA ÉPOCA)/CONCOMITANTE
Momento
➣ EXCEÇÃO: POSTERIOR.
Justificativa Prof Fabiano Pereira: No julgamento do agravo regimental no recurso em mandado de segurança
nº 40.427/DF, cujo acórdão foi publicado no DJE de 10/09/2013, a Primeira Turma do Superior Tribunal de
Justiça decidiu que se no momento da edição do ato administrativo não ocorreu a sua respectiva motivação,
maculando-o de invalidade, nada impede que a Administração Pública a apresente posteriormente, quando
provocada, convalidando o vício até então existente no ato.

Para tanto, faz-se necessário que a Administração Pública demonstre os seguintes requisitos:
I – que o motivo extemporaneamente alegado preexistia;
II – que era idôneo para justificar o ato e
III – que tal motivo foi a razão determinante da prática do ato.

Se os três requisitos estiverem presentes no caso em concreto, entende o Superior Tribunal de Justiça que
existe a possibilidade de convalidação posterior do ato administrativo, com a apresentação da devida
motivação, ainda que esta não tenha sido explicitada no momento da edição do ato.

Posterior Para responder às questões de prova, aconselho que você assimile o seguinte raciocínio: apesar da Lei de
Processo Administrativo Federal exigir que a motivação seja explícita, o STJ passou a considerar legítima a sua
apresentação a posteriori (em caráter excepcional), desde que a Administração Pública demonstre e comprove
que o motivo realmente já existia no momento da edição do ato. Nesse caso, o vício do ato se limitaria à
motivação (apresentação, por escrito, dos motivos que ensejaram a respectiva edição), não alcançando,
portanto, o motivo (pressuposto de fato e de direito que levaram o administrador a editar o ato).

Outra Resposta:
Todos os atos administrativos devem ser motivados. A motivação deve ser prévia ou contemporânea à prática
do ato. Somente em hipóteses excepcionais é que se admitirá a motivação do ato a posteriori. O princípio geral
é de que todo ato que não apresentar motivação, ao menos concomitante à sua prática, é viciado.

É que as motivações ulteriores poderiam ser fabricadas pela administração para justificar a prática do ato ilegal.
Há, de fato, essa possibilidade, especialmente, em países como o Brasil onde os desmandos da Administração
pública são de todos conhecidos. Permitir uma motivação posterior à edição do ato seria possibilitar um grande
nível de arbitrariedade, especialmente, nos casos de discricionariedade.
Q156354-A motivação do ato administrativo deve ser sempre prévia ou concomitante à sua EDIÇÃO. C
(INCOMPLETA NÃO é FALSA. - nesse caso)

Q413472-De acordo com o entendimento do STJ, não existe a possibilidade de convalidação de ato
administrativo cuja motivação seja obrigatória, depois de emitido. Nesse caso, a administração deverá anular o
Quest
ato e emitir um novo, instruído com as razões de decidir. E

A administração pública, considerando o interesse público e com fundamento no poder discricionário, pode
atribuir nova lotação a servidor público, hipótese em que se admite que a motivação do ato seja posterior à
remoção. CESPE 2015

10 - Princípio da [Publicidade]
Princípio da publicidade: este princípio significa não apenas que os atos da administração pública devem ser
divulgados oficialmente para conhecimento público e início de seus efeitos externos. Significa, também, que o
agente público deve agir com a maior transparência possível e visa a concretizar um outro princípio, que é o da
moralidade. Constitui requisito de eficácia e validade do ato e somente pode deixar de ser observado nos casos
em que a lei, atendendo a interesse superior da Administração, imponha o sigilo.
Conceito
CF 88
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

CERTA. Apenas a título de complemento segue julgado do STF sobre a matéria tratada na questão:
1. Caso em que a situação específica dos servidores públicos é regida pela 1ª parte do inciso XXXIII do art. 5º da
Constituição. Sua remuneração bruta, cargos e funções por eles titularizados, órgãos de sua formal lotação,
tudo é constitutivo de informação de interesse coletivo ou geral. Expondo-se, portanto, a divulgação oficial.
Sem que a intimidade deles, vida privada e segurança pessoal e familiar se encaixem nas exceções de que trata
a parte derradeira do mesmo dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5º), pois o fato é que não estão em
jogo nem a segurança do Estado nem do conjunto da sociedade. 2. Não cabe, no caso, falar de intimidade ou de
vida privada, pois os dados objeto da divulgação em causa dizem respeito a agentes públicos enquanto agentes
públicos mesmos; ou, na linguagem da própria Constituição, agentes estatais agindo “nessa qualidade” (§6º do
art. 37). E quanto à segurança física ou corporal dos servidores, seja pessoal, seja familiarmente, claro que ela
resultará um tanto ou quanto fragilizada com a divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um tipo
de risco pessoal e familiar que se atenua com a proibição de se revelar o endereço residencial, o CPF e a CI de
cada servidor. No mais, é o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um Estado
republicano. 3. A prevalência do princípio da publicidade administrativa outra coisa não é senão um dos mais
altaneiros modos de concretizar a República enquanto forma de governo. Se, por um lado, há um necessário
modo republicano de administrar o Estado brasileiro, de outra parte é a cidadania mesma que tem o direito de
ver o seu Estado republicanamente administrado. O “como” se administra a coisa pública a preponderar sobre
o “quem” administra – falaria Norberto Bobbio -, e o fato é que esse modo público de gerir a máquina estatal é
elemento conceitual da nossa República. O olho e a pálpebra da nossa fisionomia constitucional republicana. 4.
A negativa de prevalência do princípio da publicidade administrativa implicaria, no caso, inadmissível situação
de grave lesão à ordem pública. 5. Agravos Regimentais desprovidos.

(SS 3902 AgR-segundo, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 09/06/2011, DJe-189 DIVULG
30-09-2011 PUBLIC 03-10-2011 EMENT VOL-02599-01 PP-00055 RTJ VOL-00220- PP-00149)
Dupla acepção:
 Exigência de publicação em órgão oficial;
 Exigência de transparência da atuação adm. (Essa acepção, derivada do princípio da indisponibilidade
do interesse público, diz respeito à exigência de que seja possibilitado, da forma mais ampla possível, o
controle da administração pública pelos administrados. Importante garantia individual apta a assegurar a
exigência de transparência da administração pública é o direito de petição aos Poderes Públicos. (Alexandrino,
Marcelo – 23 ed. 2015, p. 218).

Publicação dos atos adm:


 Em órgão oficial;
 Requisito de eficácia dos atos adm que:
Devam produzir efeito externo / implique ônus ao patrimônio púb.
Res
Princípio da transparência:
 Exige motivação (exposição escrita dos motivos da prática do ato) dos atos adm.
 Possibilita o efetivo ctrl da legitimidade do ato adm pelos órg ctrl e pelo povo.

Princípio da motivação: Só está previsto expressamente quanto aatuação adm dos tribunais do Poder
Judiciário. (art. 93, X,CF)

Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito de petição
aos órgãos da administração pública. CESPE 2017

CESPE - 2017 – SEDF O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da
publicidade. CERTO.
A publicidade é condição de eficácia dos atos administrativos, razão pela qual pode caracterizar prática de ato
de improbidade administrativa a desobediência ao dever de publicação de atos oficiais.
Condição
Os atos da Administração Pública devem ser revestidos pelo atributo da publicidade, de modo que se negado,
constituirá em ato de improbidade administrativa que atenta contra o princípio da publicidade.
O princípio da publicidade, no direito administrativo, relaciona-se à publicidade, diretamente ligada à eficácia
do ato, bem como à transparência, derivada, por sua vez, do princípio da indisponibilidade do interesse
público. Q275077

A assertiva está em consonância com a jurisprudência do STF que se firmou no sentido de que a publicidade é
pressuposto de validade dos atos administrativos, conforme dispõe o art. 37, caput, da Constituição da
República e constitui condição para sua plena eficácia. Ainda, de acordo com o mencionado art. 37, a
organização e atuação da Administração Pública sujeitam-se aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, eficiência e publicidade, sendo que este último é garantia de transparência e controle dos atos da
administração pública pelos administrados. Desta forma, a não publicação dos atos administrativos, por
contrariar os princípios da administração pública, importa aos seus responsáveis as penalidades da Lei de
Improbidade Administrativa. Está previsto expressamente no art. 11, IV, da Lei Federal nº 8.429/1992.
A divulgação de ato da administração pública pela imprensa particular em programa de televisão ou de rádio
em horário oficial atende ao princípio da publicidade, podendo produzir efeitos jurídicos. ERRADO. CESPE 2013
Imprensa
particular "Cuidado na prova, pois divulgações em imprensa particular não contratada, rádio ou televisão não produzem
efeitos jurídicos. É o que ocorre, por exemplo, com a veiculação de notícias pela Voz do Brasil, que não será
suficiente para atender ao princípio da publicidade. "
A alteração de edital de concurso prescinde da veiculação em jornal de grande circulação, podendo ser
veiculada apenas em diário oficial sem que isso ofenda o princípio da publicidade. CESPE 2014

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PROVA FÍSICA. ALTERAÇÃO NO EDITAL. PRINCÍPIOS


DA RAZOABILIDADE E DA PUBLICIDADE. 1. Alterações no edital do concurso para agente penitenciário, na parte
que disciplinou o exercício abdominal, para sanar erro material, mediante uma "errata" publicada dias antes da
Errata
realização da prova física no Diário Oficial do Estado. 2. Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande
concurso
circulação. A divulgação no Diário Oficial é suficiente per se para dar publicidade a um ato administrativo. 3. A
Administração pode, a qualquer tempo, corrigir seus atos e, no presente caso, garantiu aos candidatos prazo
razoável para o conhecimento prévio do exercício a ser realizado. 4. Recurso extraordinário conhecido e
provido. (RE 390939, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 16/08/2005, DJ 09-09-2005
PP-00059 EMENT VOL-02204-03 PP-00485 RIP v. 7, n. 33, 2005, p. 123-125 LEXSTF v. 27, n. 322, 2005, p. 310-
314 RNDJ v. 6, n. 72, 2005, p. 57-59).
Lei 8.666. Art. 21, § 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto
Edital licit original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não
afetar a formulação das propostas.
Lei 8.429 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
Improbid
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade
ade
às instituições, e notadamente: IV - negarpublicidade aos atos oficiais;
A decretação, pelo prefeito, do sigilo dos atos referentes à contratação e à execução do contrato, com a
finalidade de evitar a pressão de grandes empreiteiras e de prestigiar pequena empresa sediada no município,
contratada diretamente para execução da obra, não configura desrespeito ao princípio constitucional da
publicidade. ERRADO. CESPE 2016

De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, em Direito Administrativo Descomplicado, 24ª edição,
página 226, o Princípio da Publicidade tem por uma de suas acepções a exigência da transparência da atuação
Segredo administrativa que deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público e que é mais abrangente do
em licit que a mera exigência de publicação oficial de atos da administração. (Direito Administrativo Descomplicado,
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 24ª edição, p[agina 608). Ou seja, além de afrontar a princípio da
indisponibilidade, afronta também o princípio da publicidade.

SOMENTE O CONTEÚDO DAS PROPOSTAS É QUE SERÁ RESGUARDADO O SIGILO ATÉ A SUA ABERTURA. É
VEDADO QUALQUER TIPO DE PREFERÊNCIA E PRIVILEGIAMENTO, SALVO NOS CASOS DE MICROEMPRESAS E
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE NA FORMA DA LEI.
Publicaçã PUBLICIDADE ->Tornar Público, Acessivel.
o
PUBLICAÇÃO ->Publicar em algum meio.

-- Todos os atos, salvo as hipoteses previstas em lei, devem ser PÚBLICOS, ter PUBLICIDADE. MAS nem todos
NECESSITAM ter PUBLICAÇÃO NO DOU.

Atos Gerais -> Regra, DOU

Atos Individuais ->Pode Pública INTERNAMENTE

Publicidade não seconfunde com publicação. Aquela relaciona-se diretamente com a transparência e a
indisponibilidade do interesse público, tendo sentido mais amplo, ; e esta é uma das espécies de
publicidade.Publicidade não se confunde com publicação, pois esta é apenas um dos meios para se dar
cumprimento aquela. Pode existir outras formas de se cumprir com a publicidade,mesmo que não haja
publicação do ato, por exemplo, nos municípios que não exista imprensa oficial, admite-se a publicidade dos
atos por meio de afixação destes na sede da prefeitura ou da câmara de vereadores.

no que se refere aos atos individuais, assim entendidos aqueles que têm destinatários certos e determinados,
inexiste a necessidade imperiosa de publicação em meio oficial. Na verdade, aliás, a regra geral consiste em ser
dada ciência de seu teor diretamente ao respectivo destinatário, como impõe o art. 26, §3º, Lei 9.784/99: “§ 3o
A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado."Apenas se o ato individual resultar
na produção de efeitos externos, ou ainda se implicar ônus para o patrimônio público, aí sim o ato deverá ser
publicado em meio oficial.

EMBORA SEJA A REGRA GERAL, HÁ ATOS QUE A ADMINISTRAÇÃO NÃO DEVE LEVAR A PÚBLICO. COMO
EXEMPLO: QUANDO A DEFESA DA INTIMIDADE OU O INTERESSE SOCIAL EXIGIR, EM CASO DE SEGURANÇA
NACIONAL, INVESTIGAÇÕES POLICIAIS OU DE INTERESSE DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

A administração pública deve dar publicidade aos atos administrativos individuais e gerais mediante publicação
em diário oficial, sob pena de afronta ao princípio da publicidade. ERRADO. CESPE 2015 JUIZ TJB

Publicidade não se confunde com publicação, pois esta é apenas um dos meios para se dar cumprimento
aquela. Pode existir outras formas de se cumprir com a publicidade, mesmo que não haja publicação do ato,
por exemplo, nos municípios que não exista imprensa oficial, admite-se a publicidade dos atos por meio de
afixação destes na sede da prefeitura ou da câmara de vereadores.
Não é necessário o pagamento de taxa, conforme disciplina o art. 5º, XXXIV, da Constituição Federal:

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos
Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em
Taxas repartições públicas, para defesa dedireitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Ex de Dir Petição :

e) A decretação, pelo prefeito, do sigilo dos atos referentes à contratação e à execução do contrato, com a
finalidade de evitar a pressão de grandes empreiteiras e de prestigiar pequena empresa sediada no município,
contratada diretamente para execução da obra, NÃO configura desrespeito ao princípio constitucional da
publicidade. ERRADA. CESPE 2016

Quest De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, em Direito Administrativo Descomplicado, 24ª edição,
página 226, o Princípio da Publicidade tem por uma de suas acepções a exigência da transparência da atuação
administrativa que deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público e que é mais abrangente do
que a mera exigência de publicação oficial de atos da administração. (Direito Administrativo Descomplicado,
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 24ª edição, p[agina 608). Ou seja, além de afrontar a princípio da
indisponibilidade, afronta também o princípio da publicidade.
11 - Princípio da [Eficiência]
trata-se de um princípio relacionado à administração pública gerencial, estabelece que a atividade
administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional; focados em resultados
positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de
seus membros; bem coma produtividade elevada, economicidade, qualidade e celeridade dos serviços
prestados, redução dos desperdícios e desburocratização.
Conceito
“O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de
atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os
melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública,
também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.” (p. 84)
Vinculada à noção de Adm gerencial.
Melhorar relação custo/benefício da atividade adm.
Tornar o mais racional possível a Adm Púb.
Evitar desperdícios na busca da maior rentabilidade social.
Corolário da boa qualidade.
Relação com o Princípio da economicidade.
Exemplos:
Caracter  CT de gestão;
 Avaliação especial de desempenho do servidor para aquisição de estabilidade;
 Escolas de governo para formação/ aperfeiçoamento de servidores

Integra o ctrl de legalidade/legitimidade e não o de mérito pois trata-se de um PR. expresso. O Poder Jud pode
apreciar.
Atuação eficiente é obrigação do adminstrador e não questão de conveniência e oportunidade.
O ato ineficienteé ilegítimo, cabendo anulação.
Conforme Alexandre Mazza (Manual de Direito Administrativo; 3ª ed.; 2013): "Acrescentado no art. 37, caput,
da Constituição Federal pela Emenda n. 19/98, o princípio da eficiência foi um dos pilares da Reforma
Origem Administrativa que procurou implementar o modelo de administração pública gerencial voltada para um
controle de resultados na atuação estatal. Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez,
produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência".
Normas jurídicas que garantam ao usuário do serviço público o poder de reclamar da deficiência na prestação
do serviço expressam um dos princípios aplicáveis à administração pública, como forma de assegurar a
participação do usuário na administração pública direta e indireta.. CESPE 2015. JUIZ TJPB

Refere-se ao dever constitucional de eficiência que deve ser plenamente observado. Essa participação do
Participaç
usuário ,na verificação da qualidade dos serviços prestados, relaciona-se ao controle social exercido por
ão
qualquer cidadão.
usuário
trata-se de mecanismo de implementação do princípio da eficiência (art. 37, caput, CF/88), porquanto, ao se
possibilitar que os usuários fiscalizem a prestação do serviço público, bem assim dirijam reclamações, se for o
caso, aos órgãos competentes, institui-se maneira de compelir as prestadoras dos serviços a buscarem cada vez
mais a prestação de um serviço adequado, eficiente e de qualidade ao cidadão.
X O princ. da legalidade é via primordial que deve ser seguida pela Administração.
Legalidad
e O princ. da eficiência deve estar atrelado a legalidade, reservando-o respeito a este.
X Segundo Mazza:
Visão
empresari "Acrescentado no art. 37, caput, da Constituição Federal pela Emenda n. 19/98, o princípio da eficiência foi um
al ou dos pilares da Reforma Administrativa que procurou implementar o modelo de administração pública gerencial
Capitalist voltada para um controle de resultados na atuação estatal.
a
Economicidade, redução de desperdíciosa, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional são
valores encarecidos pelo princípio da eficiência.
É impossível deixar de relacionar o princípio da eficiência com uma lógica da iniciativa privada de como
administrar. Porém, o Estado não é uma empresa; nem sua missão, buscar o lucro. Por isso, o princípio da
eficiência não pode ser analisado senão em conjunto com os demais princípios do Direito Administrativo. A
eficiência não pode ser usada como pretexto para a Administração Pública descumprir a lei. Assim, o conteúdo
jurídico do princípio da eficiência consiste em obrigar a Administração a buscar os melhores resultados por
meio da aplicação da lei."

A busca pela eficiência administrativa deve ser feita em harmonia com os demais princípios da Administração
Pública. Assim, não se pode deixar de obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade somente para alcançar melhores resultados. Por exemplo, se um agente público deixar de realizar a
licitação em determinada situação, contratando a empresa de um amigo seu sobre o pretexto de que a
contratação foi mais célere, barata e com mais qualidade, o ato será mais eficiente, porém será ilegal, imoral e
contra a impessoalidade. Dessa forma, deverá ser considerado nulo.

Fonte: Erick Alves . Estrategia.

O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor público em


desconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia na prestação do
serviço público correspondente. ERRADO . CESPE 2014
O princípio da eficiência funciona como diretriz a ser seguida pelo administrador, mas não pode ser utilizado
como parâmetro de controle externo pelo tribunal de contas para fins de verificação de regularidade dos atos e
contratos celebrados pelos administradores públicos. ERRADO. CESPE 2014 TJDFT JUIZ

Art. 70 CF/88: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
Quest entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.

Art. 71 CF/88: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União (...).

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