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1. INTRODUÇÃO
Não é uma tarefa impossível, ou difícil demais; e é algo essencial para o nosso próprio crescimento
pessoal.
Mesmos tratando-se de um processo de aprendizagem não deve ser visto como uma via de mão única,
de cima para baixo. Uma outra boa definição de discipulado seria ‘parceria’, onde um crente com um
pouco mais de experiência cresce junto com o discipulado. Deus pode trabalhar em ambos, edificando a
cada um. Se o discipulador não pensar assim ele corre o risco de ser hipócrita, ou de procurar produzir
um padrão pessoal seu na vida do discípulo, ou ainda criar a expectativa de um padrão inatingível.
1. Quais as suas expectativas em relação ao discipulado? O que você espera pra a sua vida e para
a da pessoa discipulada?
2. Que expectativas você acha que a pessoa discipulada tem em mente? Em que são diferentes das
suas?
2. A MISSÃO DO DISCIPULADOR
“Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os
outros.” (Romanos 14.19).
“Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-
nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para
edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito:
As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.” (Romanos 15.1-3).
2. Identificar sentimentos
As barreiras emocionais são um dos maiores impedimentos ao crescimento espiritual. É preciso
identificar e respeitar os sentimentos do discípulo, de forma a permitir que ele esteja no encontro
como ele mesmo e não como acha que deve estar, nem com as máscaras que a vida lhe fizeram
criar.
Procure sempre ver o que está por trás das ações do discípulo (sem achar-se ‘sabedor’ da alma de
ninguém).
3. Discernindo problemas
Por que o crescimento não está acontecendo como deveria? Qual a verdadeira raiz dos problemas
apresentados? Por que a recusa em tocar em certos assuntos?
Para discernir problemas é preciso paciência, perseverança, firmeza e oração.
6. Providencie informação
Não limite-se apenas à revista de discipulado. Incentive a leitura, empreste materiais, providencie
encontros com pessoas mais experientes, etc.
1. O discipulador ouve
Existem três formas básicas de ouvir: através dos outros, através de nossas próprias idéias, e
através da própria pessoa que está falando. Aprenda a ouvir desta última forma.
2. O discipulador intercede
Efésios 1.16: “Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações”.
1 João 5.16: “Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará
vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue. Toda
injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”
5. O discipulador ensina
Deve ensinar demonstrando e estando aberto às necessidades do discípulo.
O material que entregamos a ele deve servir apenas de guia.
2. Conflitos
Não é um estágio obrigatório, mas a intimidade tende a levar a conflitos, pois as máscaras
caíram e as pessoas sentem-se mais à vontade para serem sinceras.
3. Comunhão
É o momento de prestar contas.
4. Ministério
Quando os dois podem trabalhar juntos para servir a outros.
4.2 Acompanhamento
Familiar
Crianças não devem ser levadas pelo discipulador, e as que estão na casa do discípulo devem ser
cuidadas por outra pessoa, se possível, para permitir mais liberdade de parceria.
Se há carências financeiras, deve-se entrar em contato com o Ministério de Ação Social (veja-se o
apêndice 2).
No caso de jovens, avaliar como está o relacionamento com os pais, evitando escândalos para a
igreja. A avaliação precisa ser sincera, sem olhar apenas um dos lados da questão.
Eclesiástico
Esforçar-se por envolver o discípulo na vida eclesiástica da igreja, levando-o a atividades,
apresentando-o a pessoas e líderes, sem convencê-lo de nada, deixando-o sempre livre para
escolher seu próprio ministério.
(veja apêndice 5)
Perseguição familiar
Veja apêndice 7
Situações específicas
Discípulo analfabeto
Use linguagem popular e através de ilustrações do cotidiano, pode-se utilizar gravuras,
filmes, etc.
Hoje, dispomos de toda a Bíblia em áudio.
Discípulo com deficiência visual
Use recursos de áudio
Discípulo com deficiência auditiva
Acionar ministério de Libras
Obs.: todos os desafios devem ser cobrados, estimulando o discípulo a tentar novamente caso o
tarefa não seja realizada, mas de modo que não venha a constrangê-lo.
(Reveja a parte de prestação de contas, pág. 4)
5. APÊNDICES
APÊNDICE 1
Pactos
Assuntos que devem fazer parte do acordo entre discípulo e discipulador, e que devem ser tratados nos
primeiros encontros.
Não é necessário que seja escrito formalmente. O propósito desse acordo é definir os objetivos para que
haja apoio mútuo. Escrevam os pontos-chave da discussão sobre suas expectativas.
Seguem abaixo alguns tópicos que devem estar no acordo:
1. Quando e onde as ligações telefônicas podem ser feitas.
2. O dia de semana em que vocês sempre terão seu encontro.
3. O horário em que vocês terão seus encontros semanais.
4. Permissão para que outras pessoas (como o pastor, por exemplo) saiba sobre assuntos
pessoais discutidos entre vocês dois.
5. Possibilidade de parentes e amigos serem convidados para seus encontros de discipulado.
6. O modo que vocês acham mais adequado para compartilhamento: por exemplo, em uma sala,
ou em uma refeição onde vocês possam conversar.
7. Alvos que os dois tenham para essa etapa de discipulado.
Como vocês farão a avaliação desse acordo? Vocês podem combinar um encontro mensal para uma
reavaliação? A verificação do progresso feita corretamente será de grande beneficio.
APÊNDICE 2
Princípios a serem lembrados
1. O princípio do ‘bambolê’. É preciso uma certa distancia entre você e o discípulo, não apenas
emocional, mas física também.
2. Não resolva problemas do discípulo. Ajude-o a resolver, para que ele adquira maturidade e não
crie dependência do discipulador.
Ajude o discípulo a tomar decisões sozinho.
3. Nunca dê ou empreste dinheiro diretamente ao discípulo. Qualquer ajuda deve ser indireta, e
com alguma ‘dificuldade’ (Atos 4.34-35).
5. Nunca, em hipótese alguma, nem por qualquer pretexto, fale mal da igreja ou de alguém dela.
6. Em todas os encontros, lembre que o discípulo deve discipular alguém logo após concluir o
discipulado. Tente criar uma ‘cadeia de multiplicação’.
APÊNDICE 3
Lidando com áreas problemáticas
1. O primeiro passo é ouvir, ouvir e ouvir.
Às vezes o problema é resolvido apenas com o desabafo.
Se não for, somente com muita compreensão do problema é que se pode chegar a uma solução.
5. Concentre-se no que precisa ser feito para que a vontade de Deus aconteça.
VONTADE DE DEUS
APÊNDICE 4
Ajudando pessoas que tem dificuldade de expressar-se
1. Técnicas de escuta
Objetivo: facilitar o fluxo da fala do discípulo.
Use um dos seguintes recursos:
• Afirmativas gestuais – com a cabeça, e todo o corpo, demonstra que está ouvindo.
• Eco – repetir as últimas palavras
• Elucidação – fazer perguntas para esclarecer mais
• Parafrasear – dizer o que entendeu do que o outro falou
• Comparações – comparar a fala com outras situações (cuidado para não misturar sua própria
história)
• Apontar contradições – (tipo de escuta mais ativa)
2. Tipos de perguntas
• Pergunta aberta – permite que a pessoa fale sobre muitas coisas.
• Pergunta fechada – limita a pessoa a uma resposta específica. Não deve ser usada.
Fechada. O que há com você hoje?
Aberta. Você não está parecendo hoje como nos outros dias. Aconteceu alguma coisa?
INTERVENÇÃO
São atitudes expressivas do grupo; servem de ajuda, pois complementam ou ajudam a esclarecer
um fato.
INTERJEIÇÃO
São impossíveis de descrever o seu significado, e dependem da interpretação do orador: ‘ah’,
‘mas’, ‘bonito’, etc. Podem ajudar ou atrapalhar.
INTERRUPÇÃO
Quando atrapalham o raciocínio ou andamento da discussão. A interrupção é causada quando não
se presta atenção, se é prolixo, ou não se é objetivo.
APÊNDICE 5
Ministérios atuais da Memorial
Explique que a Rede Ministerial é o conjunto de ministérios da igreja. Acreditamos que qualquer atividade
pode virar ministério. Explique que o que deve ser levado em conta na escolha de um ministério é a
afinidade com o serviço que o ministério desenvolve.
Explique que existem serviços na igreja que não são parte da Rede Ministério, os chamados ministérios
eletivos; aproveite também para explicar sobre as congregações (futuras igrejas).
Ministérios eletivos
Diretoria – administra diretamente a igreja.
Conselho fiscal – auxilia a diretoria na administração das finanças da igreja.
Conselho missionário – conduz a igreja em campanhas missionárias.
Comissão de ética – auxilia a diretoria na administração da membresia da igreja.
Diáconos – auxiliam no ministério de visitação.
Diretoria da Escola Bíblica Dominical – administra a EBD.
Congregações
Aldeias Altas – a 100 km de Timon
Aliança – no bairro Mutirão
Brasileira – a 180 km de Timon
Cidade Nova – em Timon
Flores – em Timon
Sóter – a 130 km de Timon
APÊNDICE 6
Aconselhamento de decididos
Aconselhamento deve ser uma prática constante em nossos trabalhos de evangelização. Sua importância
está em saber se a pessoa que foi à frente, num apelo, está realmente se convertendo, se entendeu o
que aconteceu; em caso contrário, o aconselhamento será a melhor oportunidade de apresentar o plano
de salvação.
Pode-se fazer o mesmo no primeiro encontro de discipulado, definindo que rumo tomar no discipulado.
Perguntas:
1. Já freqüentava alguma igreja evangélica antes?
2. Por que você tomou a decisão de receber a Cristo hoje?
Discipulado:
Começar logo o discipulado.
Para cada resposta das situações a seguir, determine o que deve ser feito: aconselhamento,
esclarecimento ou evangelismo.
Treinamento de Discipuladores - 10 -
Ministério de Discipulado
APÊNDICE 7
Reagindo às perseguições
“Convicções fortes conquistam homens fortes, e então os fazem mais fortes."
Walter Bagehot
Introdução
Perseguição é um tratamento injusto que se recebe; se não for injusto, não é perseguição.
Tentação é uma atração ao pecado. Tribulação é adversidade, tormento, situação difícil. O cristão
sempre passa por provações e tentações, mas nem sempre é perseguido. Em paises como o nosso,
e em cidades menos interioranas como a nossa, casos de perseguição religiosa quase não existem;
diferente da igreja primitiva que enfrentou severas perseguições até o ano 313, quando o
imperador Constantino converteu-se ao cristianismo. Ainda hoje há perseguições em paises como
Arábia Saudita (o segundo pior em perseguição a cristãos).
A igreja primitiva foi perseguida pelas seguintes causas:
O cristianismo era uma religião diferente. O império romano tolerava todas as religiões, desde
que seus adeptos também adorassem os deuses romanos. O próprio Estado romano era
endeusado, indo além de um simples sentimento de patriotismo. Os cristãos, porém, jamais
colocariam Jesus abaixo de César. Estavam dispostos a obedecer a todas as autoridades, desde
que essa obediência não afetasse sua lealdade a Cristo.
O culto cristão, diferente dos cultos pagãos, que eram cheios de ídolos e cerimônias públicas, era
íntimo, e, às vezes, secreto, como no caso da Ceia do Senhor que era restrita aos membros da
congregação. Por estas diferenças os cristãos eram acusados de ateísmo (realizavam culto sem
imagens) e de praticar incesto e imoralidades em suas reuniões secretas.
Causas Sociais. Pela pregação cristã, todos são iguais, tantos pobres como ricos; para as classes
mais baixas, isso não era problema, mas para as classes mais altas era uma ameaça real.
Junte-se a isso as preocupações dos vendedores de imagens e miniaturas, que temiam com a
possibilidade de uma religião sem ídolos.
Reagindo às perseguições
Jesus advertiu em Mateus 5.11-12 e que a perseguição verdadeira é: uma mentira, e por causa do
nome de Jesus. Assim, o primeiro passo é definir se se trata de perseguição mesmo: se o crente
não provocou, não induziu, se não há razões justas para o tratamento que se está recebendo, etc.
Nesse sentido é bom ressaltar que a Bíblia não nos exorta a sermos grosseiros com os incrédulos
(Colossenses 4.5-6). Até mesmo podemos nos adaptar a algumas circunstâncias, para melhor
aplicar e pregar o evangelho (1 Coríntios 919-22, como Paulo em Atenas [Atos 17]).
Confirmando tratar-se de real perseguição, vale ressaltar que não somos obrigados a aceitar
perseguição, uma vez que a Constituição Federal garante liberdade de crenças e opiniões; além
disso, é preciso definir as razões da oposição: é uma questão pessoal, ou uma questão de crença
mesmo?
Treinamento de Discipuladores - 11 -
Ministério de Discipulado
Questões pessoais podem ser resolvidas de forma pessoal; questões de crença podem ser
respondidas com explicações e debates, mas nem sempre. De qualquer forma, devemos estar
preparados para responder, com mansidão, a razão da esperança que há em nós (1 Pedro 3.15).
“A fé nunca sabe onde ela está sendo conduzida, mas ela ama e conhece Aquele que está
conduzindo."
-- Oswald Chambers
"A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza
daquele que ora."
-- Soren Kierkegaard
APÊNDICE 8
As 7 leis da Aprendizagem
Mesmo que o assunto a seguir fale de sala de aula, ele pode ser adaptado ao processo de discipulado.
Não se pode ensinar o que não se sabe. O aluno percebe de imediato quando o professor não está
seguro quanto ao que ensina, e logo deixa de ouvi-lo.
O que o professor precisa fazer:
• Estudar cada lição de forma renovada. O que se sabia no semestre passado pode já não ser
atual agora. O professor não pode se contentar em ensinar aquilo que todo mundo sabe como
se ninguém soubesse.
• Estudar a lição até que ela se torne pessoal, algo sobre o qual se possa falar naturalmente.
Ler anotações de um esboço não é ensinar. O esboço é bom e útil como guia, mas não pode
ser a fonte da lição. O conhecimento precisa estar naturalmente na mente do professor.
• Enquanto se estuda a lição, procurar encontrar uma ordem lógica, um alvo, o onde se quer
chegar. É essa ordem que facilita o entendimento do professor e do aluno.
• Enquanto se estuda a lição, também aproveitar para encontrar qual a utilidade do assunto
para a vida dos alunos. O domínio e utilidade de poucos assuntos é melhor que muitas
informações aparentemente desnecessárias.
• Não deixar de buscar ajuda em bons livros. Comprá-los, pedi-los emprestados, etc. Mas não
esquecer de que toda informação precisa ser primeiramente absorvida pelo que ensina. Se o
próprio professor não entender o que leu, não serão os alunos que vão fazê-lo.
O professor não pode confiar na ignorância dos próprios alunos. Na verdade, quanto mais débeis
os alunos, mais preparo deve ter o professor. Somente que tem domínio de um assunto pode ensiná-lo a
qualquer pessoa.
O fato de não ter apoio ou as condições ideais para ensinar não justificam as negligências do
professor. Também não deve o professor ludibriar sua ignorância e os alunos com ‘gritos’ ou vocabulário
complicado.
Deve se preparar para dar o melhor de si (Romanos 12.7b).
Não pensemos que esta lei isenta o professor de qualquer esforço ou culpa, como se tudo
dependesse do aluno. É o professor o responsável por manter a atenção dos alunos. Se o professor
causar interesse e motivação no aluno, terá sua atenção.
Algumas dicas:
• A mente atende aos sentidos, que, como se sabe, são cinco. Apelar unicamente à audição é
buscar o insucesso. A mão do professor movimentando-se, seu sorriso simpático, um visual
colorido, uma piada, são ferramentas úteis e poderosas no desafio de prender a atenção dos
alunos.
• O tom de voz do professor também é ferramenta útil. Deve baixá-lo e aumentá-lo de forma a
criar emoção e interesse, evitando a monotonia.
• A atenção do aluno, conforme vamos estudar nas leis da Aprendizagem, se volta com mais
facilidade para aquilo que lhe interessa na prática, na sua vida mesmo.
• Sempre que o professor perceber que não tem mais a atenção do aluno, deve parar, usar de
algum artifício (piada, ilustração, recurso visual, atividade prática, perguntas direcionadas,
etc.), para ter novamente a atenção da turma. Falar quando não há atenção é perder tempo.
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• Lembrar do fator tempo. Por melhor que seja o assunto, os recursos, as ilustrações e o
próprio professor, não há como manter os alunos ‘presos’ por tempo indeterminado. Este
tempo diminui de acordo com a idade.
• Evitar e eliminar, a todo custo, os inimigos da atenção: ruídos externos, rotina, assuntos que
não sejam do interesse do aluno, visuais entregues antes do tempo, crianças no meio de
adultos, etc. O simples cumprir da lei n.º UM já é fator importante para se manter a atenção
dos alunos.
O primeiro alvo do professor é saber o que vai ensinar. O segundo é manter seus alunos presos a
si e ao assunto. Nisso, também deve pesquisar o máximo possível. Há bons livros sobre dinâmicas, e
também há muitas técnicas e formas de se apresentar uma aula, como veremos em outra parte de nosso
curso.
A sala de aula não é palco para que o professor faça sua exibição. Também não deve ser
considerada como lugar de ensino. A sala de aula deve ser lugar de aprendizagem. Se o professor não
falar a mesma língua do aluno, jamais haverá aprendizagem.
O que o professor deve fazer:
• Antes de mais nada, conhecer as palavras de seus alunos. Conhecer o vocabulário deles e
usá-lo.
• Adaptar-se a esse vocabulário, sem deixar de esforçar-se por aumentá-lo.
• Para expressar um pensamento, usar poucas palavras e as mais simples possíveis.
• Estar atento, observando se os alunos estão entendendo o que se está dizendo. Se perceber
que não houve entendimento, repetir a informação de forma mais simples e clara ainda.
• Ajudar o entendimento do aluno com ilustrações.
• Não se contentar quando o aluno diz que entendeu; fazer perguntas para ver se houve
entendimento de fato.
O professor bem sucedido não é aquele que mostra erudição, mas aquele que faz o aluno
aprender. O bom professor não é aquele que dá a matéria toda, mas aquele que se faz entender.
Ao se ensinar uma coisa a soldados, procurar usar ilustrações do quartel. O marinheiro só conhece
do mar, e deve ser aí a fonte para o professor se fazer entendido.
O que deve fazer o professor:
• Descobrir o que seus alunos sabem sobre o assunto, e começar por aí, levando-os a
crescerem mais em seus conhecimentos.
• Valorizar o conhecimento dos alunos, fazê-los se sentirem úteis e motivados a crescerem
ainda mais. Mostrar-lhes que estão no caminho certo, incentivando-os a progredirem. Isso
não é feito necessariamente com palavras, mas a atitude do professor deve demonstrar isso.
Ninguém gosta de ser considerado e tratado como ignorante. Usar de conhecimentos do
aluno é uma forma de tratá-los com importância e lhes prender a atenção.
• Dispor o assunto da lição de forma que um ponto seja seqüência do outro.
• Se vai apresentar problemas que precisem de solução, esforçar-se por retirá-los do contexto
e vida dos alunos. Lembrar que ensinar é também levar o aluno a aprender a pensar.
Talvez uma das experiências mais tristes para um aluno seja a de se sentir impotente diante de
um assunto. Isso desestimula totalmente, se não gerar até mesmo um trauma. Quando o professor não
apresenta assunto novo, e sim a continuação do conhecimento do aluno, ele está dando passos largos
para evitar esse desestímulo e trauma.
Um erro comum do professor que não atenta para isso, é não fazer a ligação entre os diversos
assuntos ensinados. Toda lição deve ser uma preparação a para a que virá depois.
Ensinar é despertar e usar a mente do aluno para que ele aprenda o que se quer ensinar. Se
possível, nada lhe dizer do que ele possa aprender por si só.
Na verdade, podemos aprender sem professor. A maior parte das nossas experiências não foram
aprendidas através de um mestre, e sim por conta própria. E mais: aquilo que se aprende por si só, é
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mais marcante do que aquilo que se aprende com o professor. Na verdade, tudo o que se aprende
realmente é somente aquilo que a mente concluiu por si mesma.
Qual a importância do professor, então?
Simples. O conhecimento existe no mundo à nossa volta, mas ele está confuso e desordenado. O
professor é um guia, que facilita o aprendizado. Além de guia, deve ser ele, como já vimos, um
estimulador do aprendizado. Como disse o educador Comenius, ‘muitos professores semeiam plantas em
vez de sementes’. Quando não há perguntas da classe, não significa que aprenderam tudo. É mais
provável que não tenham aprendido nada.
Como conseguir fazer o aluno aprender por si mesmo?
• Fazendo com que o assunto lhe pareça interessante.
• Estimulando sua curiosidade sobre as informações transmitidas a ele. Isso se consegue por
meio de perguntas ou afirmações que o levem a pensar. Para crianças o método será outro,
pois elas se tem mais curiosidade pelo que apela aos sentidos e que sugiram atividades.
O interesse também vem pelo que é novo. Mesmo o velho precisa ser apresentado como se
fosse novo.
• Colocar-se você mesmo também a buscar soluções.
• Reprimir a impaciência até ver os próprios alunos descobrindo as verdades que estão sendo
ensinadas.
• Reprimir o desejo de dizer tudo o que você sabe sobre o assunto.
• Dar ao aluno tempo para pensar e cobrar este pensamento.
Conhecimento vem pelo pensar e não pelo ouvir. Simplesmente falar não é ensinar, nem
tampouco transmitir informações. Coisas que se aprendem não se esquecem; se seus alunos não
lembram do que você ensinou, na verdade não aprenderam.
Ensinar sem dar tempo e razões para que o aluno pense é desejar fracassar.
Esta lei é uma continuação da anterior. Se o professor despertou o aluno, levando-o a descobrir as
verdades por si só, estará pronto para cumpri-la.
Exigir que o aluno reproduza a seu modo a lição que está aprendendo. Somente quando há uma
apropriação do assunto por parte do aluno é que algo lhe foi de fato ensinado.
Para isso, o aluno precisa ser lembrado constantemente de que há muito mais coisas implícitas do
que explícitas numa lição. Deve fazer com que o aluno expresse o que aprendeu com suas próprias
palavras, e levá-lo a colocar o ensino nas mais diferentes situações de suas vidas.
Mais uma vez é preciso calma. Paciência para que o aluno tenha tempo para pensar. É melhor
que o aluno, num trimestre da EBD, aprenda uma verdade apenas, do que ver 13 assuntos diferentes e
não aprender nenhum deles. O aluno só pode dizer que aprendeu quando é capaz de reproduzir aquilo
que aprendeu em suas próprias palavras e faz relação do aprendido com o restante do mundo; é quando
ele está pronto para praticar o que aprendeu.
Treinamento de Discipuladores - 14 -
Ministério de Discipulado
A recapitulação é uma das melhores formas de ver se algo foi aprendido. E serve também para
corrigir um eventual erro de compreensão. Ademais, uma das melhores formas de se fixar algo é pela
repetição constante de seu conteúdo. Um antigo ditado diz: ‘cuidado com o homem de um só livro’. Isso
porque ele tem domínio completo do seu conteúdo.
À medida que se recapitula a lição se faz muito útil aplicar aquilo que está sendo ensinado às vidas
dos alunos. Na verdade a aplicação deve fazer parte de todo o processo de ensino, o que nem sempre
acontece pois não é tarefa fácil. Então, a aplicação, a utilidade do que foi estudado, deve fazer parte pelo
menos da recapitulação.
E é preciso recapitular até que haja de fato acontecido o aprendizado, a assimilação pelos alunos
daquilo que foi ensinado. Uma forma de recapitular é resumir o que foi ensinado; é o que tento fazer a
seguir, com nossas sete leis:
Não usar as sete leis não significa fracasso total, como também usá-la não significa sucesso
absoluto. Há um outro fator de extrema importância: a própria pessoa do professor. Se ele ensina com
entusiasmo, com vida, com dedicação e, principalmente, na dependência do Espírito Santo.
Técnica sem vida é quase inútil.
Parafraseando o que alguém disse: há professores que são admirados apenas por sua técnica, pelo
seu desempenho, e que não são vistos como humano pelos seus alunos. Eles gostam do trabalho do
professor, mas não gostam do professor.
É preciso técnica, mas é preciso vida também!
APÊNDICE 9
As 4 Leis Espirituais
Método de Bill Bright e da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo. E semelhante ao TTP:
1ª Lei — Deus te ama e tem iam plano maravilhoso para a sua vida.
João 3.16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 10.10.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.
O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua
desobediência e rebeldia, escolheu seguir o seu próprio caminho, e seu relacionamento com
Deus desfez-se. Este estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de
rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia chama de pecado.
Romanos 6.23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus nosso Senhor.
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Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está
continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante através dos seus próprios
esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc.
VIDA
CONTROLADA PELO "EU"
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Ministério de Discipulado
Se for assim, faça esta oração agora mesmo e Cristo entrará em sua vida, como prometeu.
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