Вы находитесь на странице: 1из 2

Zoroastro

O Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da


morte, é um dos símbolos do zoroastrismo

Zoroastro viveu na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental
do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Não existe um consenso em torno do período em
que viveu; os acadêmicos têm situado a sua vida entre 1750 e 1 000 a.C. Sobre a sua vida,
existem poucos dados precisos, sendo as lacunas preenchidas por lendas.

De acordo com os relatos tradicionais zoroastrianos, Zoroastro viveu no século VI a.C.,


pertencendo ao clã Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova. Era o sacerdote do
culto dedicado a um determinado Aúra. Foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos
setenta e sete anos assassinado por um sacerdote.

Aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio, Zaratustra viu um ser
de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até
à presença de Aúra-Masda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas,
sendo este o primeiro de uma série de encontros com Aúra-Masda, que lhe revelou a sua
mensagem.

As autoridades civis e religiosas opunham-se às doutrinas de Zoroastro. Após doze anos de


pregação, Zoroastro abandonou a sua região natal e fixou-se na corte do rei Vishtaspa na
Báctria (região que se encontra no atual Afeganistão). Este rei e sua esposa, a rainha Hutosa,
converteram-se à doutrina de Zoroastro e o zoroastrismo foi declarado como religião oficial do
reino.

O principal documento que nos permite conhecer a vida e o pensamento religioso de


Zoroastro são os Gatas, dezessete hinos compostos pelo próprio Zoroastro e que constituem a
parte mais importante do Avesta ou livro sagrado do zoroastrismo. A linguagem dos Gatas
assemelha-se à que é usada no Rigveda, o que situaria Zoroastro entre 1500-1 200 a.C. e não
no século VI a.C. Vivia na Idade do Bronze, numa sociedade dominada por uma aristocracia
guerreira.

Para alguns investigadores, muito mais do que o fundador de uma nova religião, Zoroastro foi
antes um reformador das práticas religiosas indo-iranianas. Ele propôs uma mudança no
panteão dominante que ia no sentido do monoteísmo e do dualismo. Na perspectiva de
Zoroastro, os Aúras passam a ser vistos como seres que escolheram o bem, e os daivas, como
seres que escolheram o mal. Na Índia, o percurso seria inverso, com os Aúras a representarem
o mal, e os daevas a representarem o bem.
Zoroastro elevaria Aúra-Masda ("Senhor Sábio") ao estatuto de divindade suprema, criadora
do mundo e única digna de adoração.

Outro conceito religioso por ele apresentado foi o dos Amesha Spentas ("Imortais Sagrados"),
que podem ser descritos como emanações ou aspectos de Aúra-Masda. Nos Gatas, os Amesha
Spentas são apresentados de uma forma bastante abstrata; séculos depois, eles serão
transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um
aspecto da criação divina.

Os Amesha Spentas são:

Vohu Manah ("Bom Pensamento"): os animais;

Asha Vahishta ("Verdade Perfeita"): o fogo;

Spenta Ameraiti - ("Devoção Benfeitora"): a terra;

Khashathra Vairya - ("Governo Desejável"): o céu e os metais;

Hauravatat ("Plenitude"): a água;

Ameretat ("Imortalidade"): as plantas.

Os Gatas revelam também um pensamento dualista, sobretudo no plano ético, entendido


como uma livre escolha entre o bem e o mal. Posteriormente, o dualismo torna-se
cosmológico, entendido como uma batalha no mundo entre forças benignas e forças
maléficas.

Atualmente, os zoroastrianos dividem-se entre o dualismo ético ou o dualismo cosmológico,


existindo também outros que aceitam os dois conceitos. Alguns acreditam que Aúra-Masda
tem um inimigo chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), responsável pela doença, pelos
desastres naturais, pela morte e por tudo quanto é negativo. Angra Mainyu não deve ser visto
como um deus; ele é, antes, uma energia negativa que se opõe à energia positiva de Aúra-
Masda, tentando destruir tudo o que de bom foi feito por ele (a energia positiva de Deus é
chamada de Spenta Mainyu). No final, Angra Mainyu será destruído e o bem triunfará. Outros
zoroastrianos encaram o dualismo no plano interno de cada pessoa, como a escolha que cada
um deve fazer entre o bem e o mal, entre uma mentalidade progressista e uma mentalidade
retardatária.

Os zoroastrianos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas não é alvo de particular
veneração. Eles acreditam que, através dos seus ensinamentos, os seres humanos podem
aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha).

Вам также может понравиться