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AUDISMO OU OUVINTISMO

A palavra audismo tem sua origem no inglês Audi(som) mais o sufixo (smo).

Tal sufixo pode ter várias possibilidades de significado:

 sistema político como na palavra socialismo


 características religiosas como na palavra cristianismo
 esportes como na palavra futebolismo
 doenças baseadas em comportamento, alcoolismo
 idéia de preconceito e discriminação como na palavra racismo (preconceito e
discriminação com base nas diferenças biológicas entre povos), ou classicismo
(diferenças entre classes sociais).

No caso deste estudo a palavra audismo é empregada para designar o preconceito e a


discriminação das pessoas surdas pelas pessoas ouvintes.

Em 1975 Tom Humphries, estudante de doutorado nos EUA, trabalhando em sua tese
“Comunicação entre culturas” usou este termo pela primeira vez para definir a opressão que os
surdos sofriam pelos ouvintes.

Em 1992, um professor de psicologia Harlan Lane ampliou a definição de audismo quando


concluiu seu mestrado e doutorado sobre a cultura surda.

Em 2008 Bahan e Bauman se uniram para divulgar este termo através da Lingua de sinais
americana.

No Brasil utiliza-se o termo ouvintismo com o significado parecido com audismo.

Ouvintismo é uma forma de preconceito, discriminação e opressão que os ouvintes exercem


sobre os surdos, considerando-os fora dos padrões tido como “normais”e tentando normalizá-
los sob o ponto de vista das pessoas ouvintes, ou seja, várias ações são realizadas com a
finalidade de torna-los “normais” tentando corrigir a surdez como se fosse uma deficiência
através de processos cirúrgicos,uso de próteses, treinamentos auditivos e terapias de
reabilitação.

Estudos mostram que no ouvintismo há uma noção de que um é superior ao outro baseado na
sua capacidade de ouvir e se comportar da maneira de quem ouve.

O não conhecimento da maioria das pessoas das necessidades e particularidades da pessoa


surda pode influenciar no julgamento de que eles não sofrem restrições por não apresentarem
um problema físico, mas a perda da audição pode levar um indivíduo ao isolamento social pela
falta de comunicação.

Os surdos tem lutado contra o ouvintismo, para terem sua cultura e identidade próprias, para
terem assegurado o seu direito de serem diferentes e assim serem respeitados e aceitos.

Uma bandeira dos surdos nessa luta é a linguagem de sinais, através da qual eles podem se
expressar e serem ouvidos e serem representados por essa cultura própria.
Esse processo passou por um longo período, desde a proibição do uso da linguagem de sinais,
sua marginalização, o seu uso clandestinamente até a sua aceitação e legalização nos dias
atuais.

Antigamente se imaginava que a fala era a estrutura básica do pensamento, mas hoje através
de estudos já aceita-se outros tipos de linguagem em outras modalidades como forma de
assegurar o desenvolvimento ou pensamento cognitivo.

Em função das políticas sociais e legislações específicas tais como:

 Lei 10.436 de 24/04/2002 (reconhecimento Libras como meio de comunicação legal) e


sua regulamentação pelo Dec. 5626 de 22/12/2005
 Lei 12.319 de 01/09/2010 (regulamentação profissão tradutor intérprete de libras), os
surdos e sinalizados passaram a ter melhores condições de acesso aos direitos e serviços
antes só acessíveis as pessoas ouvintes.

A linguagem de sinais ofereceu respaldo a diversas ações sociais como educação


bilíngue,presença de intérpretes em repartições públicas, filmes, palestras e seminários,
produções artísticas (teatro, dança) fortalecendo a comunidade surda no empenho de valorizar
sua cultura e solidificar sua identidade.

Todos esses movimentos garantiram às pessoas surdas e sinalizadas a possibilidade de formação


de grupos denominados comunidades surdo brasileiras e assim fortalecerem seus vínculos
dividindo seus desejos e necessidades possibilitando a formação de uma identidade própria,
chamada de identidade surda.

Felizmente todo esse movimento mesmo sendo tímido, pois a linguagem de sinais ainda é
restrita a alguns grupos como igrejas, associações, vem ajudando os surdos a manifestar sua
vontade de participar mais ativamente da sociedade em geral como demonstrado em suas
participações nas redes sociais, noticiários brasileiros, internet, iniciativas artísticas, produções
de livros e principalmente na participação da elaboração de leis específicas para essa
comunidade para lutar por direitos, benefícios sociais e políticas públicas.

O surdo busca sua participação efetiva a fim de ser representado por suas próprias idéias e
necessidades e por seu próprio olhar e não sob o olhar das pessoas ouvintes, olhar este que os
representava como pessoas menos capazes devido a sua falta de audição ser considerada fator
incapacitante para exercer funções e atividades sociais.

Referências biográficas:

Internet e vídeos do youtube sobre assuntos pertinentes

Cultura surda.net

Diário de um surdo.com

Trabalho de pesquisa curso de Libras 1. módulo

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