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SÃO PAULO
2019
Atividade 2: Contagem Radioativa e o Contador Geiger-Müllerr
SÃO PAULO
2019
1
RESUMO
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA……………..……………………….........………. 4
2 OBJETIVO.…………………..……….…………….……………...…………...16
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…..………………..…………………...17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO………….………......………...……...…..... 19
5 CONCLUSÃO.…………...….…………….………………………..…………. 24
6 REFERÊNCIAS.…………….…………….………………………..…....……. 25
3
1 INTRODUÇÃO
1
[...] duas partículas não podem ocupar o mesmo estado quântico, i.e. possuir ao mesmo tempo a mesma função
de onda BELACON, 2018
4
nêutrons e múons, e também por todas reações envolvendo neutrinos. Estas
séries de decaimentos β serão explicados ao longo da introdução.
Já a interação forte ou interação nuclear forte, ela pode ser tratada como
a propriedade característica de atração entre os quarks, e é responsável por
quase todas as propriedades dos núcleos atômicos, mas não produz efeitos
diretamente observáveis na experiência cotidiana. Esta interação mantém
juntos prótons e nêutrons no núcleo atômico, que necessariamente afeta
somente os hádrons.
As interações nucleares, sejam elas fracas ou fortes, originam processos
de radiação. Existem elementos radioativos muito antes da vida na Terra, mas
a descoberta da radioatividade é recente, com a primeira publicação sobre o
assunto envolvendo raios-x sendo realizada em dezembro de 1895 por Wilhelm
Conrad Röntgen (MARTINS, 1997). Nos anos seguinte, os cientistas Henri
Becquerel e Marie Curie estudaram a radioatividade de elementos como o
Urânio. Ela e seu marido, Pierre Curie, perceberam que o Urânio ao emitir
radiação, se transformava em outros elementos (MAZZILLI et al. 2010).
Becquerel e Marie não sabiam dos efeitos prejudiciais a saúde humana da
radioatividade, pois seus estudos eram pioneiros nesse assunto. Apesar dos
efeitos deletérios, os estudos sobre os processos que causavam a
radioatividade continuaram, e uma das causas e consequências dos estudos
do núcleo atômico se deu através da produção das bombas atômicas no final
da segunda guerra mundial, como também o uso benéfico da radiação na
medicina. Mas de fato o que seria radiação?
Segundo Tauhata et al. (2014), as radiações são produzidas por
processos de ajustes que ocorrem no núcleo ou nas camadas eletrônicas, ou
pela interação de outras radiações ou partículas com o núcleo ou com o átomo.
Alguns exemplos de radiações são: radiação beta e radiação gama (ajuste no
núcleo); raios X característico (ajuste na estrutura eletrônica), raios X de
freamento (interação de partículas carregadas com o núcleo) e raios delta
(interação de partículas ou radiação com elétrons das camadas eletrônicas
com alta transferência de energia).
5
Quando nos referimos ao núcleo atômico, o número de prótons presente
no núcleo determina o elemento químico a que pertence o átomo. Cada átomo
tem o número de elétrons orbitais igual ao número de prótons. Como resultado,
o átomo é neutro (MAZZILLI et al. 2010). As demais partículas localizadas no
núcleo são os nêutrons por não possuírem carga elétrica. Os átomos de um
mesmo elemento químico têm sempre o mesmo número de prótons no núcleo,
porém podem ter números diferentes de nêutrons. Os que apresentam número
diferente de nêutrons, porém mesmo número de prótons, pertencem ao mesmo
elemento químico e são chamados de isótopos.
Alguns nuclídeos são estáveis, isto é, se encontram num estado de
equilíbrio. Entretanto, eles são uma minoria. A maioria é instável e tende a
atingir seu equilíbrio transformando-se em outros nuclídeos. Este processo
segundo Tauhata et al. (2014) é chamado de radiação nuclear, e ocorre
quando às partículas ou ondas eletromagnéticas são emitidas pelo núcleo
durante o processo de reestruturação interna, para atingir a estabilidade, e,
devido à intensidade das forças forte e fraca, as radiações nucleares são
altamente energéticas quando comparadas com as radiações emitidas pelas
camadas eletrônicas. Aliás, quando nos referimos a reestruturação interna, as
radiações não são produtos de desintegração nuclear, como se os núcleos
instáveis estivessem se quebrando ou desmanchando. Ao contrário, elas são
indicadores do resultado das transformações do núcleo instável, na busca de
estados de maior estabilidade, ou seja, são produtos da otimização de sua
estrutura e dinâmica (TAUHATA et al. 2014).
Como exemplo, Mazzilli et al. (2010) cita as partículas do núcleo do átomo
de U-238, que é o isótopo mais comum de urânio encontrado na natureza, e
são capazes de manter-se unidos, mas de repente, aleatoriamente, um
conjunto de seus prótons e nêutrons pode-se desprender do núcleo. O U-238
se converte então no Th-234 (com 90 prótons e 144 nêutrons). Entretanto, o
Th-234 também é instável e decai por um processo diferente: um de seus
nêutrons transforma-se em um próton e um elétron. Desta forma, o Th-234 se
converte no Pa-234, com 91 prótons e 143 nêutrons, emitindo o elétron que se
6
formou. Assim, através de transformações sucessivas e dispersão de partículas
do átomo, obtém-se o chumbo estável. (Figura 1)
7
os núcleos alfa-emissores têm número atômico elevado e, para alguns deles, a
emissão pode ocorrer espontaneamente, como no caso do U-238.
2
é um fenômeno da mecânica quântica no qual partículas podem transpor um estado de energia classicamente
proibido. Isto é, uma partícula pode escapar de regiões cercadas por barreiras potenciais mesmo se sua energia
cinética for menor que a energia potencial da barreira. (W
IKIPÉDIA, 2016 )
3
ver: A. Messiah, Quantum Mechanics, Vol.2 - North Holland, 1974; E. de Almeida e L. Tauhata, Física
Nuclear, Ed. Guanabara Dois, 1981 - Rio.
8
Praticamente toda a energia liberada pela reação é transformada em
energia cinética da partícula alfa. Esta energia cinética será responsável pela
distância percorrida pela partícula alfa. O valor de Q pode ser calculado
partindo-se do princípio que a energia provém de parte da massa original do
átomo de rádio e que massa e energia devem ser conservadas de acordo com
4
a equação de Einstein, E=mc2 , onde E é a energia em erg , m é a massa em
gramas e c é a velocidade da luz (2,998x1010 cm/s).
A radiação beta (β) é o termo usado para descrever elétrons de origem
nuclear, carregados positiva (β+ ) ou negativamente (β- ). Sua emissão constitui
um processo comum em núcleos de massa pequena ou intermediária, que
possuem excesso de prótons ou de nêutrons em relação à estrutura estável
correspondente (TAUHATA et al. 2014).
epresentação da emissão de uma partícula β por um núcleo. Fonte: Tauhata et. al.,
Figura 1.2: R
2014.
-
Na emissão β , quando um núcleo tem excesso de nêutrons em seu
interior e, portanto, falta de prótons, o mecanismo de compensação ocorre
através da transformação de um nêutron em um próton mais um elétron, que é
emitido no processo de decaimento. Nesse caso, o núcleo inicial transforma-se
de uma configuração zAX em Z+1AX uma vez que a única alteração é o aumento
de uma carga positiva no núcleo. Mas nessa transformação havia a
4
Um erg é a quantidade de trabalho realizado por uma força de um dine exercida por uma distância de um
centímetro . Nas unidades básicas do CGS , é igual a um grama centímetro quadrado ao segundo por quartel
(gcm2 / s2 ). Portanto, é igual a 10−7 Joules ou 100 nanoJoules ( nJ ) em unidades SI .
9
necessidade de conservação de energia, e o físico Pauli formulou uma
hipótese sobre a possibilidade da existência de uma partícula, que dividiria com
o elétron emitido, a distribuição da energia liberada pelo núcleo no processo de
decaimento. A teoria foi posteriormente confirmada, sendo verificada a
presença do neutrino, ν , na emissão β+ e do anti-neutrino, ν , na emissão β- .
O neutrino é uma partícula sem carga, de massa muito pequena em relação ao
elétron, sendo, por esse motivo, de difícil detecção (TAUHATA et al. 2014).
Esta transformação do nêutron em um próton pelo processo da emissão
β- pode ser representada por:
10 n
p + o - e
1
+
+ ν
5
O positrônio é um sistema consistindo de um elétron e pósitron, unidos em um átomo exótico. O sistema é
instável, pois as duas antipartículas se auto aniquilam e produzem dois fótons gama depois de uma vida média
de 125 picossegundos. (WIKIPÉDIA, 2019).
6
Em alguns núcleos, a transformação do próton em nêutron ao invés de se realizar por emissão de um pósitron,
ela se processa pela neutralização de sua carga pela captura de um elétron orbital das camadas mais próximas
(TAUHATA et. al, 2014)
10
núcleo-filho. Tais estados são caracterizados por seus parâmetros como:
energia, momento angular total e paridade. Assim, as transições carregam
diferenças de energia, momento angular e paridade.
A radiação gama ( γ ) ocorre, segundo Tauhata et al. (2014), quando um
núcleo decai por emissão de radiação alfa ou beta. Geralmente o núcleo
residual tem seus nucleons fora da configuração de equilíbrio, ou seja, estão
alocados em estados excitados. Assim para atingir o estado fundamental,
emitem a energia excedente sob a forma de radiação eletromagnética,
denominada radiação gama ( γ ) (figura 1.3). Ou seja, a radiação gama é
constituída de ondas eletromagnéticas com comprimento de onda muito baixo.
Como as ondas eletromagnéticas ou fótons são desprovidos de massa e são
constituídos de campos magnéticos e elétricos que se propagam através do
espaço com a velocidade da luz, suas energias variam consideravelmente.
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invisível aos nossos sentidos, sua detecção é feita a partir de alterações
produzidas ao interagir-se com a matéria.
Para sua detecção, existem muitos dispositivos que indicam a presença
de energia nuclear, transformando um tipo de informação (radiação) em outro
(sinal elétrico ou luminoso). Esses dispositivos funcionam, basicamente na
interação química ou física das radiações com o detector. Importa salientar que
os sistemas detectores que indicam a radiação total a qual uma pessoa foi
exposta são chamados de dosímetros.
Existem muitos tipos de detectores, os principais tipos seguem abaixo,
na tabela a seguir:
12
Quando uma radiação incide na câmara/volume de gás, é criado pares
de íons que podem serem contados em um dispositivo ligado eletronicamente.
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Como pode ser visto pelo gráfico/figura 3, existem 5 regiões
características. Importa saber que na região do GM o número de íons é grande
devido a ionizações até quaternárias independentes da energia e do tipo da
radiação. Em vista disso, normalmente são usados para detecção e avaliação
ambiente de radiação β e γ .
Conforme aumentamos a tensão nesse tipo de detector, há uma
multiplicação ocorrida no gás que se torna tão intensa que apenas uma
partícula ionizante é capaz de produzir uma “avalanche” ao longo do anodo,
resultando assim num valor alto de corrente, mesmo tendo em vista que a
energia é baixa. Por isso, esse tipo de detector tem a vantagem de o sinal de
saída ser da ordem de alguns volts, não precisando, portanto, de amplificação.
Existem alguns fatores que influenciam na eficiência absoluta de um
detector, que não dependem apenas das características de construção de um
detector qualquer, mas também da fonte de radiação medida, como também do
meio e da geometria de medição.
A eficiência absoluta portanto, pode ser calculada como a razão entre o
número de sinais registrados pelo número de radiações emitidas pela fonte.
É necessário dizer que entre os fatores que influenciam
preponderantemente na eficiência absoluta de um detector está a distância do
emissor. Assim como minimizar o tempo de radiação, maximizar a distância da
fonte de radiação ajuda a controlar a radiação ionizante sob um objeto ou
pessoa. Seguindo a Lei do Inverso do Quadrado, ao por exemplo dobrarmos a
distância de uma fonte de radiação, há uma diminuição da taxa de exposição
para ¼ da taxa de exposição original. Já se por exemplo reduzimos pela
metade a distância, a exposição aumenta em quatro vezes.
Por isso é possível se blindar da radiação ionizante, pois à medida que a
radiação passa para a matéria, a intensidade da radiação é diminuída.
Além das radiações desse tipo, existe uma radiação cósmica chamada
Radiação Cósmica de Fundo em Micro-Ondas, cuja detecção se deu
acidentalmente em 1964 pelos rádio-astrônomos Arno Allan Penzias e Robert
Woodrow Wilson, dos Bell Laboratories, que reforçou a teoria do Big Bang, já
que esse tipo de radiação é um sinal eletromagnético proveniente das regiões
14
mais distantes e iniciais do Universo e vem em todas direções do céu, e
preenche todo o universo, cujo espectro é o de um corpo negro a uma
temperatura de 2,725 kelvin. Ela tem uma freqüência de pico de 160,4 GHz, o
que corresponde a um comprimento de onda de 1,9 mm. Ela é isotrópica até
uma parte em 100 000. As variações de seu valor eficaz são de somente 18
µK. O Far-Infrared Absolute Spectrophotometer (FIRAS), um instrumento no
satélite COsmic Background Explorer (COBE) da NASA, mediu7
cuidadosamente o espectro da radiação cósmica de fundo, o que o tornou a
medida mais precisa de um espectro de corpo negro de todos os tempos. O
ruído provocado por essa radiação está presente em cerca de 1% no
funcionamento dos nossos aparelhos elétricos. Este ruído pode ser
compreendido como um "fóssil" de uma época em que o universo era muito
novo.
7
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_c%C3%B3smica_de_fundo_em_micro-ondas
15
2 OBJETIVO
Os objetivos desta segunda prática experimental são, na primeira parte,
obter e compreender a curva característica do contador Geiger-Müller a partir
Co; na segunda parte, realizar medidas de radiação de fundo
da atividade do 60
Tl.; e por fim na terceira parte, verificar a dependência da radiação do
e do 204
90
Sr com a distância.
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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Os materiais utilizados para a atividade foram:
- Contador Geiger-Müller;
- Eletrônica para registro de contagens;
- Co, 204
Amostras radioativas de 60 Tl e 90
Sr;
- Suporte-prateleira com 10 prateleiras para as amostras
radioativas, com distância entre as prateleiras de 1 cm;
- Régua.
Primeira parte
Nesta primeira parte, o objetivo era o de obter a curva característica do
contador Geiger-Müller (GM). Para isso, com o conjunto GM já montado,
Co a uma distância de 3 cm da área do tubo do
inserimos a amostra de 60
contador GM. Esta amostra fabricada em Dezembro de 2006, tem a atividade
de radionuclídeos de 1 µCi, com o tempo de meia vida de 5,27 anos, ou seja, a
amostra decaiu dois tempos de meia vida, contendo ¼ da taxa inicial de
radiação.
Em seguida, ligaram-se a eletrônica e aplicaram-se uma DDP,
inicialmente a 100 V, pois não sabíamos qual seria a tensão que o contador
GM registraria a atividade radioativa. Variaram-se a tensão até o valor de 680
V, valor este que a eletrônica começou a captar a atividade da amostra. A partir
deste valor, variaram-se a DDP em 20 V até cerca de 960 V. Para cada valor
de DDP não nulo, registraram-se três contagens de meio minuto cada no GM e
tiraram-se a média dos valores da atividade pontual da amostra.
Por último, realizaram-se a análise dos dados através de um gráfico das
medidas médias no GM pela DDP e determinaram-se a voltagem de trabalho
do GM.
Segunda parte
17
Nesta segunda parte, o objetivo era o de realizar medidas da radiação de
Tl e comparar com os dados obtidos pelos grupos no
fundo e da amostra de 204
dia da atividade prática. Para isso, com a mesma montagem do conjunto GM,
aplicaram-se a voltagem de trabalho de 960 V, pois esta ainda não tinha sido
determinada na primeira parte. Em seguida ligaram-se a eletrônica sem
nenhuma amostra no suporte-prateleira, de modo que o GM medisse a
atividade da radiação de fundo durante um minuto. Repetiram-se o processo
mais duas vezes e calcularam-se o valor médio da atividade da radiação de
fundo.
Tl no nível mais
Em seguida inseriram-se a amostra radioativa de 204
próximo ao tubo do GM, a uma distância de 1 cm da janelo do GM e
determinaram-se a contagem por um minuto durante três vezes, para então
calcular o valor médio de atividade. Esta amostra também fabricada em
Co, de 1
Dezembro de 2006, tem a mesma atividade de radionuclídeos do 60
µCi, mas com o tempo de meia vida diferente, de 3,78 anos, ou seja, a amostra
decaiu três tempos de meia vida, contendo ⅛ da taxa inicial de radiação.
Terceira parte
Nesta terceira e última parte, o objetivo era o de analisar a dependência
Sr e a distância da mesma em
da atividade da radiação da amostra de 90
relação a janela do tubo do GM. Para isso, utilizaram-se a mesma montagem
do conjunto GM e aplicaram-se a voltagem de trabalho de 960 V. Em seguida
Sr no nível mais alto do suporte, e realizaram-se a
inseriram-se a amostra de 90
medida da contagem três vezes para o cálculo do valor médio da atividade
para a primeira distância de 1 cm, então repetiram-se o mesmo procedimento
para as distâncias subsequentes de 2 cm até 10 cm, sendo a distância máxima
até a janela do tubo do contador GM. Esta amostra também fabricada em
Dezembro de 2006, tem a atividade de radionuclídeos de 0,1 µCi, com o tempo
de meia vida diferente, de 28,8 anos, ou seja, a amostra total ainda não decaiu
pela metade, contendo então uma taxa próxima de 1 de radiação.
18
Ao final, realizaram-se a análise dos dados através de um gráfico das
medidas médias no GM pela distância e obtiveram-se uma dependência entre
essas grandezas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Abaixo segue os resultados obtidos nas três partes, com tabelas e
gráficos, e uma sucinta discussão.
Primeira parte
Abaixo segue a tabela 1 com os dados obtidos de tensão e atividade
radioativa.
Co
Tabela 1: DDP e atividade radioativa da amostra de 60
DDP em V Contagem/30s Contagem/30s Contagem/30s média da Contagem/30s
100 0 0 0 0
200 0 0 0 0
300 0 0 0 0
400 0 0 0 0
500 0 0 0 0
600 0 0 0 0
680 102 122 133 119,0
700 101 109 135 115,0
720 142 139 120 133,7
740 146 128 125 133,0
760 136 162 127 141,7
780 130 147 136 137,7
800 155 175 137 155,7
820 164 165 175 168,0
840 167 143 167 159,0
860 158 175 146 159,7
880 155 148 178 160,3
900 165 186 177 176,0
920 168 171 169 169,3
940 185 188 186 186,3
960 157 174 159 163,3
19
É perceptível que a partir para valores inferiores de tensão, o GM não
registrou nenhuma atividade. Esta é uma característica do GM, que atua com
regiões de DDP limitada.
Abaixo segue o gráfico 1 da contagem pelo tempo da média das atividade
Co pela DDP.
do 60
Segunda parte
http://shtservicos.com.br/Boletim%20T%C3%A9cnico/Detectores%20de%20Radia%C3%A7%C3%A3o%20Ion
izantes.pdf
20
Abaixo segue as tabelas com os valores de radiação de fundo e das
amostras radioativas obtidas pelo grupo e comparada com os dados obtidos
pela sala.
Tabela 2.1: Radiação de fundo para DDP de 940 obtidos pelo grupo 1
Média da
DDP em V Contagem/60s Contagem/60s Contagem/60s Contagem/60s
940 36 36 48 41
Tabela 2.2: Radiação de fundo para DDP de 920 obtidos pelo grupo 2
Média da
DDP em V Contagem/60s Contagem/60s Contagem/60s Contagem/60s
920 49 43 44 45
21
Tl para DDP de 920 obtidos experimentalmente pelo grupo 2.
Tabela 3: Radiação do 204
Média da
DDP em V Contagem/60s Contagem/60s Contagem/60s Contagem/60s
920 2271 2232 2290 2264
Terceira parte
Abaixo segue a tabela 4 e o gráfico 2 dos valores médios das medidas
Sr pela variação da distância.
obtidas da atividade do 90
22
Ao analisar o gráfico 2, é possível comparar com gráficos de contagens
pela distância na literatura9 e verificar que os dados experimentais obedecem a
mesma relação, de que quanto maior for a distância da amostra radioativa com
a janela do tubo do GM, menor será a atividade radioativa captada pelo GM,
demonstrando uma certa dependência entre a distância e a atividade da
amostra, que também não é pontual.
9
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172016000400601
23
5 CONCLUSÃO
A partir da atividade experimental, nós estudantes pudemos ter na prática
o contato com amostras radioativas e com detectores de gás, como o contador
Geiger-Müller, como também conhecer o funcionamento do mesmo, e saber
quantificar e qualificar uma amostra radioativa a partir do manuseio do GM. A
partir do comportamento da região do GM na curva característica do detector
em função da tensão aplicada ao gás obtido na prática, o grupo pôde
quantitativamente e qualitativamente analisar a relação entre a atividade da
amostra radioativa pela diferença de potencial.
O uso do GM permitiu ainda compreender de forma empírica a radiação
de fundo a partir da atividade medida pelo GM.
Ao visualizar na prática a dependência da atividade da amostra radioativa
pela distância, o grupo pôde perceber que esta relação depende de vários
fatores, entre eles o fato de nossa fonte não ser pontual, a diminuição do
ângulo sólido de detecção e o retroespalhamento por objetos da vizinhança.
E uma única crítica ao uso do GM, é que por conta de suas
características, não é possível visualizar as energias das radiações, apenas
detectar a presença de atividade radioativa e medir a intensidade da radiação.
Para uma futura aplicação ao ensino médio, utilizaríamos o artigo
Estatística de contagem com a plataforma Arduino10.
10
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172016000400601
24
6 REFERÊNCIAS
MOREIRA, Marco Antonio. Partícula e Interações. Física na Escola, [S.
l.], ano 2004, v. 5, n. 2, p. 1-10, 2004. Disponível em:
<http://www1.fisica.org.br/fne/phocadownload/Vol05-Num2/v5n1a033.pdf>.
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integrada a tecnologia e a sociedade. Rev. Bras. Ensino Fís., São Paulo , v.
40, n. 4, e5402, 2018 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-1117201800040
0601&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 01 set. 2019. Epub 07-Maio-2018.
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-rbef-2017-0377.
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1 set. 2019.
MARTINS, Roberto de Andrade. A Descoberta dos Raios X: O Primeiro
Comunicado de Röntgen. Rev. Bras. Ensino Fís. , São Paulo, ano 1998, v.
20, n. 4, 4 nov. 1997. Disponível em:
<http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v20_373.pdf>. Acesso em: 1 set. 2019.
MAZZILLI, Barbara Paci et al. Radioatividade no meio ambiente e
avaliação de impacto radiológico ambiental. IPEN, 2010. Pós-Graduação
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<https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/posgraduacao/arquivos/20110331102
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ISBN 978-85-67870-02-1. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/20849069/radioprotecao-e-dosimetria-fu
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25
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São Paulo: Oficina de textos, 2010. 296 p. ISBN 978-85-7975-005-2. 1 Pen
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Detectores de Radiação Ionizante. Universidade Federal de São Paulo.
Disponível em:
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26