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INTRODUÇÃO

A culinária árabe nomeia as várias cozinhas regionais que abrangem o mundo


árabe, do Magrebe ao crescente fértil e à Península Arábica. Possui séculos de idade e
reflete a cultura do grande comércio de especiarias, ervas e alimentos. As três principais
regiões, também conhecidas como Magrebe, Crescente Fértil e Península Arábica, têm
muitas semelhanças, mas também muitas tradições únicas. Essas cozinhas foram
influenciadas pelo clima, e pelo comércio.

Por sua vez, a culinária chinesa é uma parte importante da cultura chinesa, que
inclui a culinária originária das diversas regiões da China, bem como do povo chinês de
outras partes do mundo. Por causa da diáspora chinesa e do poder histórico do país, a
culinária chinesa influenciou muitas outras culinárias da Ásia, com modificações feitas
para atender aos paladares locais. Alimentos básicos chineses, como arroz, molho de soja,
macarrão, chá e tofu e utensílios como pauzinhos e wok, agora podem ser encontrados em
todo o mundo.

OBJETIVO

Este trabalho visa trazer, por meio de revisão bibliográfica, algumas


particularidades destas duas culinárias, por meio de exposição de aspectos culturais e
religiosos, ingredientes típicos, influências de etiqueta local e, claro, clima e
particularidades geográficas.

1. CULINÁRIA ÁRABE

A culinária árabe utiliza alimentos e especiarias específicos e, às vezes, únicos. É


uma culinária que reflete de modo perceptível o amplo passado nômade e tribal dos povos
árabes, onde as comidas eram preparadas no fogo de braseiros ou mantidas secas para
poderem ser armazenadas nos períodos de travessia de desertos na vida caravaneira desses
povos (ABDALLA, 2019). A cultura deus destaque a alguns ingredientes para seus
principais alimentos, e alguns destes são:

 Carne: cordeiro e frango são os mais utilizados, seguidas por carne bovina e
caprina. O peixe é usado em áreas costeiras, incluindo o mar Mediterrâneo, o
Oceano Atlântico ou o mar Vermelho. A carne de porco é completamente proibida
para os árabes muçulmanos, sendo um tabu cultural e religioso (Haram) e proibido
pela lei islâmica; muitos árabes cristãos também não comem carne de porco
(MASSA MADRE, 2018).
 Laticínios: os laticínios são amplamente utilizados, especialmente iogurte, soro de
leite coalhado e queijo branco. Manteiga e creme também são usados
extensivamente (MASSA MADRE, 2018).
 Ervas e especiarias: As quantidades e tipos usados geralmente variam de região
para região. Algumas das ervas e especiarias incluídas são gergelim, açafrão,
pimenta preta, pimenta da Jamaica, açafrão, alho, cominho, canela, salsa, coentro
e sumagre. As misturas de especiarias incluem o baharat, ras el hanout, za'atar e
harissa (MASSA MADRE, 2018)..
 Bebidas: as bebidas quentes são servidas mais do que frias, estando o café no topo
da lista nos países do Oriente Médio e o chá no topo dos países do Magrebe. Na
Jordânia, Palestina, Egito, algumas partes da Síria, Marrocos e Argélia, o chá é
muito mais importante como uma bebida. Outras bebidas árabes incluem o batido
de abacate andaluz da Horchata e do Maghrebi (MASSA MADRE, 2018).
 Grãos: o arroz é o alimento básico e é usado na maioria dos pratos; o trigo é a
principal fonte de pão. Bulgur e sêmola também são usados extensivamente
(MASSA MADRE, 2018).
 Leguminosas: as lentilhas são amplamente utilizadas em todas as cores, além de
favas, grão de bico (grão de bico), feijão escarlate, ervilhas verdes, tremoços,
feijões brancos e feijões marrons (ABDALLA, 2019).
 legumes: a culinária árabe favorece vegetais como cenoura, berinjela, abobrinha,
alcachofra, quiabo, cebola e azeitona. As batatas também são consumidas como
vegetais na cultura árabe (ABDALLA, 2019).
 Frutas: a culinária árabe favorece frutas como romã, tâmaras, figos, laranjas,
cítricos, melancias, melão, melão, melão, uvas, pêssegos e nectarinas.
 Nozes: amêndoas, amendoins, pinhões, pistácios e nozes são frequentemente
incluídos nos pratos ou consumidos como lanches (ABDALLA, 2019).
 Verdes: Salsa, coentro e hortelã são populares como temperos em muitos pratos,
enquanto espinafre e mulukhiyah (folhas da planta do gênero Corchorus) são
usados em pratos cozidos (ABDALLA, 2019).
 Molhos: Os molhos mais populares incluem várias combinações de azeite, suco
de limão, salsa ou alho, além de tahine (pasta de gergelim). O labaneh (iogurte
coado) geralmente é temperado com hortelã, cebola ou alho e é servido como
molho em vários pratos (MASSA MADRE, 2018).

Essencial para qualquer culinária no mundo árabe é o conceito de hospitalidade e


generosidade. As refeições geralmente são grandes assuntos familiares, com muita
partilha e muito calor sobre a mesa de jantar. Jantares e celebrações formais geralmente
envolvem grandes quantidades de cordeiro, e todas as ocasiões envolvem grandes
quantidades de café ou chá árabe (JANUÁRIO, 2016).

Um conceito amplamente difundido pelo mundo árabe é a cerimônia do café.


Nela, o visitante é recebido com uma grande mesa de frutas secas e frescas, nozes e bolos
com calda. Frutas secas incluem figos, tâmaras, damascos e ameixas. Frutas frescas
incluem cítricos, melões e romã. O café árabe é o mais servido, mas o chá árabe também
é um ótimo lembrete. Especiarias são frequentemente adicionadas ao café ou a outras
bebidas (ABDALLA, 2019).

1.1. ESTRUTURA DAS REFEIÇÕES

Existem duas estruturas básicas para refeições no mundo árabe, uma regular e
outra exclusiva para o mês do Ramadã.

Café da manhã

Os cafés costumam servir croissants no café da manhã. O café da manhã costuma


ser uma refeição rápida, composta de pão e laticínios, com chá e às vezes geleia. Os itens
mais comuns do café da manhã são labneh e creme (kishta, feito de leite de vaca)
(ABDALLA, 2019).

Almoço

O almoço é considerado a principal refeição do dia e é tradicionalmente servido


entre as 13:30 e as 14:30. É a refeição para a qual a família se reúne. Raramente as
refeições têm cursos diferentes; no entanto, saladas e mezze são servidos como
acompanhamentos para a refeição principal. O prato geralmente consiste de uma porção
de carne, aves ou peixes, uma porção de arroz, lentilhas, pão e uma porção de legumes
cozidos, além dos frescos com o mezze e salada (ABDALLA, 2019).

Os legumes e a carne são geralmente cozidos juntos em um molho (geralmente


tomate, embora outros também sejam populares) para fazer maraqa, que é servida com
arroz. A maioria das famílias adiciona pão. Bebidas não são necessariamente servidas
com a comida; no entanto, existe uma variedade muito grande de bebidas, como shineena
(ou laban), karakaden, Naqe'e Al Zabib, Irq Soos, Tamr Hindi e suco de frutas, além de
outras bebidas tradicionais árabes. Durante o século 20, refrigerantes com gás e bebidas
à base de frutas também se tornaram muito populares (ABDALLA, 2019).

Jantar

O jantar é tradicionalmente a refeição mais leve, embora nos tempos modernos o


jantar tenha se tornado mais importante no que diz respeito a entreter os convidados
devido às horas do dia de trabalho.

1.1.1. Sobremesas e refeições do Ramadã

Além das duas refeições realizadas durante o Ramadã (uma para jantar e outra
para antes do amanhecer), os doces são consumidos muito mais do que o habitual durante
o mês do Ramadã; doces e frutas frescas são servidos entre essas duas refeições. Embora
a maioria dos doces seja feita durante todo o ano, como Kanafeh, baklava e Basbousa,
alguns são feitos especialmente para o Ramadã, como Qatayef (ABDALLA, 2019).

Iftar

Iftar (também chamado de Futuur), ou fast-break, é a refeição tomada ao


entardecer quando o jejum termina. A refeição consiste em três pratos: primeiro, eles
comem uma data baseada na tradição islâmica. Isso é seguido por uma sopa ou qualquer
coisa que eles desejem, sendo a mais popular a sopa de lentilha, mas uma grande
variedade de sopas, como frango, aveia, freeka (uma sopa feita de trigo integral e caldo
de galinha), batata, erva-doce e outras também são oferecidos. O terceiro prato é o prato
principal, geralmente consumido após um intervalo, quando a oração do Magrebe é
conduzida. O prato principal é mais parecido com o almoço, exceto que as bebidas frias
são servidas (ABDALLA, 2019).

Suhur

Suhur é a refeição feita pouco antes do amanhecer, quando o jejum deve começar.
É comido para ajudar a pessoa a passar o dia com energia suficiente até o anoitecer
(ABDALLA, 2019).

1.2. HÁBITOS E ALIMENTOS ADOTADOS PELA CULINÁRIA BRASILEIRA

Muito da contribuição da cultura árabe – e sua culinária – para a o Brasil, se deu


não só pela imigração de representantes dessa cultura para o Brasil, mas também por meio
da influência árabe na península árabe na península ibérica através dos reinos mouros que
por lá estiveram presentes até o séc. XIV (CHUFFI, 2015).

Um desses costumes se reflete no costume de se realizar uma refeição leve pela


manhã, reservando o almoço para uma ingestão mais pesada de calorias e nutrientes. Esse
costume veio do nomadismo árabe, quando as caravanas zarpavam antes do dia clarear,
deixando pouco tempo para uma refeição mais substancial (CHUFFI, 2015).

Também alguns sabores herdados da Europa, na verdade, vieram através da


influência árabe na região Ibérica. A berinjela, a abobrinha, o trigo em grão, o grão de
bico, a ervilha, a lentilha, ervas como o tomilho e a hortelã, especiarias como canela e a
pimenta branca, foram levadas à Europa pelos árabes. Pratos típicos, como o quibe e a
esfirra, estão tão arraigados à culinária nacional que se torna quase impossível ir a um
restaurante ou lanchonete, por simples que seja, e não ter um desses ingredientes em seu
cardápio (CANTO, 2018).

Os primeiros imigrantes vindos da Síria e do Líbano, chegaram ao Brasil no século


XIX. Adaptaram-se bem, principalmente porque os brasileiros herdaram os costumes
árabes, como o gosto pelo café e pelos doces (CANTO, 2018).
2. CULINÁRIA CHINESA

A preferência pelas técnicas de tempero e cozimento das províncias chinesas


depende de diferenças no histórico e nos grupos étnicos. As características geográficas,
incluindo montanhas, rios, florestas e desertos, também têm um forte efeito sobre os
ingredientes locais disponíveis, considerando que o clima da China varia de tropical no
sul a subártico no nordeste. A preferência imperial, real e nobre também desempenha um
papel na mudança da culinária chinesa. Devido à expansão e ao comércio imperial,
ingredientes e técnicas de culinária de outras culturas são integrados à culinária chinesa
ao longo do tempo (JESUS, 2013).

A culinária chinesa tem mais de 4 mil anos de história, e pouco perdeu de suas
características. Veio mais a influenciar do que a ser influenciada. Está na origem, por
exemplo, da cozinha japonesa e de muitos países do sudeste asiático, como Tailândia e
Vietnã.

A sociedade chinesa valorizou muito a gastronomia e desenvolveu um extenso


estudo do assunto com base em suas crenças médicas tradicionais, uma vez que a culinária
visava agradar ao paladar de castas nobres e refinadas que, desde antes de Cristo,
impunham padrões de comportamento à sociedade. A cultura chinesa inicialmente
centrou-se em torno da planície do norte da China. As primeiras culturas domésticas
parecem ter sido as variedades de milheto e rabo de vassoura, enquanto o arroz foi
cultivado no sul. Em 2000 aC, o trigo havia chegado do oeste da Ásia. Esses grãos eram
normalmente servidos como sopas quentes de macarrão, em vez de assados no pão, como
na Europa. Os nobres caçavam vários animais silvestres e consumiam carne de carneiro,
porco e cachorro enquanto esses animais eram domesticados. Os grãos eram armazenados
contra a fome e as inundações e a carne era preservada com sal, vinagre, cura e
fermentação. O sabor da carne foi aprimorado ao cozê-la em gorduras animais, embora
essa prática se restringisse principalmente aos ricos (JESUS, 2013).

Na época de Confúcio, no final de Zhou, a gastronomia havia se tornado uma arte


de destaque. Confúcio discutiu os princípios do jantar:

O arroz nunca seria branco demais, a carne nunca seria cortada muito
finamente ... Quando não era bem cozida, o homem não comia. Quando era
mal cozida, o homem não comia. Quando a carne não era cortada corretamente,
o homem não comia. Quando a comida não era preparada com o molho certo,
o homem não comia. Embora haja bastante carne, eles não devem ser cozidos
mais do que os alimentos básicos. Não há limite para álcool, antes que um
homem fique bêbado.
Durante a dinastia Qin, o império se expandiu para o sul. Na época da dinastia
Han, as diferentes regiões e cozinhas do povo da China estavam ligadas por grandes
canais, levando a uma maior complexidade nas diferentes cozinhas regionais. Os
alimentos deveriam ser mantenedores do equilíbrio da energia yin e yang no corpo. A
filosofia por trás disso estava enraizada na medicina tradicional chinesa e I Ching: os
alimentos eram julgados por cor, aroma, sabor e textura, e esperava-se uma boa refeição
para equilibrar as quatro naturezas (quente, seca, fria e úmida) e os Cinco Gostos (picante,
doce, azedo, amargo e salgado). O sal era usado como conservante desde os primeiros
tempos, mas, no cozimento, foi adicionado na forma de molho de soja, e não na mesa. A
predominância de pauzinhos e colheres como utensílios de comer também exigia que a
maioria dos alimentos fosse preparada em pedaços pequenos ou (como no peixe) fosse
tão macia que pudesse ser facilmente separada (JESUS, 2013).

Durante a dinastia Han, os chineses desenvolveram métodos de preservação de


alimentos para rações militares durante campanhas como secar carne e cozinhar, assar e
secar grãos. Durante as dinastias do sul e do norte, pessoas não-Han, como os Xianbei do
norte de Wei, introduziram sua culinária no norte da China, e essas influências
continuaram até a dinastia Tang, popularizando a carne de carneiro e produtos lácteos
como leite de cabra, iogurtes e Kumis, entre outros. Foi durante a dinastia Song que os
chineses han desenvolveram uma aversão aos laticínios e abandonaram os laticínios
introduzidos anteriormente (JESUS, 2013).

A grande migração do povo chinês para o sul durante as invasões anteriores e


durante a dinastia Song aumentou a importância relativa dos alimentos básicos do sul da
China, como arroz e mingau.

2.1. ESTRUTURAS E HÁBITOS DA CULINÁRIA CHINESA

Durante longo processo de desenvolvimento, os hans cultivaram o hábito de fazer


três refeições diárias, tendo como alimentos principais as massas e o arroz, além de milho,
sorgo, grãos e batata. O paladar da população se diferencia segundo a região (SI e
SCOTT, 2019).

Com o vasto território e diferentes condições naturais da China, surgiram


diferentes hábitos e cozinhas regionais. com base nos sabores de diferentes regiões,
existem 8 escolas culinárias representativas, são de Shandong, Sichuan, Guangdong,
Jiangsu, Fujian, Anhui, Zhejiang e Hunan, além dos pratos locais de Beijing e Hubei
GOLDMAN, 2018).

2.1.1. Estrutura das refeições

A alimentação chinesa diária, na maioria das províncias chinesas, se divide em


três refeições básicas: desjejum, almoço e jantar. Como costume, muitos chineses tomam
um café da manhã bem tradicional, isto é, sopa de arroz acompanhada com algum legume
salgado, leite de soja, ovos cozidos, pão chinês, pastel frito, e outros tipos de comidas de
farinha, cozidos ou fritos. Muitos chineses, principalmente os jovens, adotaram o café da
manhã ocidentalizado, isto é, leite, café, suco, pão, ovos fritos e presunto. Existem
também diferenças entre o café da manhã do norte e do sul (dividindo-se
geograficamente, a região ao norte do rio Huai se designa como norte e a região ao sul do
rio Huai se designa como sul). Por exemplo, pela manhã do primeiro dia do Ano Novo
lunar, os chineses do norte comem "jiaozi" (semelhante ao ravioli), enquanto os do sul
comem "tangyuan" (bolinha de farinha de arroz glutinoso recheada) (SI e SCOTT, 2019).

No almoço e no jantar predominam os pratos. Os alimentos básicos do norte são


feitos de trigo, como o pão chinês, pão recheado e massa. Já no sul o arroz está sempre
presente nas refeições, com o acompanhamento de carnes, peixes e legumes. No norte, a
comida é geralmente mais temperada, oleosa e com sabor mais forte, enquanto no sul é
mais leve. Para uma família de três pessoas, sempre há quatro ou cinco pratos, uns de
carne ou peixe, outros feitos de legumes e uma sopa (SI e SCOTT, 2019).

Existem também algumas diferenças entre o almoço e o jantar na China. Como a


maioria dos habitantes das grandes cidades, como Beijing, moram longe do trabalho, eles
sempre almoçam no serviço. Uns levam a comida para o serviço e esquentam, outros
pedem a entrega no local de trabalho. Portanto, o almoço, apesar de dotado de elementos
nutritivos suficientes, é mais simples que o jantar (SI e SCOTT, 2019).

No jantar, quando toda a família se reúne, a dona de casa, que também saiu do
serviço, prepara os pratos. Costuma-se cozinhar carnes, peixes e legumes, querendo
satisfazer todos os membros da família, assim como proporcionar uma refeição
equilibrada. Quanto à sopa no sul, especialmente em Guangdong, há mais sofisticação.
Ela é feita geralmente com galinha, costela de porco ou de boi, além de legumes. O
cozimento dura várias horas, o que demonstra o cuidado dos habitantes de Guangdong
com sua saúde (SI e SCOTT, 2019).

2.2. ALIMENTOS BÁSICOS

Arroz

O arroz é um alimento básico importante para as pessoas das áreas de cultivo de


arroz no sul da China. Arroz cozido no vapor, geralmente arroz branco, é a forma mais
consumida. As pessoas no sul da China também gostam de usar arroz para fazer mingau
no café da manhã. O arroz também é usado para produzir cerveja, baijiu e vinagres. O
arroz glutinoso ("arroz pegajoso") é uma variedade de arroz usada em pratos especiais,
como arroz de folhas de lótus e bolinhos de arroz glutinosos (CEYHAN, 2019).

Trigo

Nas áreas de cultivo de trigo no norte da China, as pessoas dependem amplamente


de alimentos à base de farinha, como macarrão, bing (pão), jiaozi (um tipo de bolinho de
massa chinês) e mantou (um tipo de pão cozido no vapor) (JESUS, 2013).

Macarrão

Macarrão chinês vem seco ou fresco em uma variedade de tamanhos, formas e


texturas e é frequentemente servido em sopas ou frito como coberturas. Algumas
variedades, como Shou Mian (literalmente macarrão de longevidade), é um símbolo de
vida longa e boa saúde, de acordo com as tradições chinesas. Macarrão pode ser servido
quente ou frio com diferentes coberturas, com caldo e ocasionalmente seco (como é o
caso do mi-fen). Macarrão é comumente feito com farinha de arroz ou farinha de trigo,
mas outras farinhas, como a soja, também são usadas em grupos menores (CEYHAN,
2019).
Produtos de soja

O tofu é feito de soja e é outro produto alimentar popular que fornece proteínas.
O processo de produção de tofu varia de região para região, resultando em diferentes tipos
de tofu com uma ampla variedade de texturas e sabores. Outros produtos, como leite de
soja, pasta de soja, óleo de soja e molho de soja fermentado também são importantes na
culinária chinesa (CEYHAN, 2019).

Existem muitos tipos de produtos de soja, incluindo pele de tofu, tofu defumado,
tofu seco e tofu frito (CEYHAN, 2019).

Legumes

Além dos vegetais que podem ser vistos com frequência, alguns vegetais
exclusivos usados na culinária chinesa incluem milho para bebê, bok choy, vagens de
ervilha, berinjela chinesa, brócolis chinês e cogumelos de palha. Outros vegetais,
incluindo brotos de feijão, pontas de videiras de ervilha, agrião, raízes de lótus, castanhas
de água e brotos de bambu também são usados em diferentes cozinhas da China (JESUS,
2013).

Ervas e temperos

Os ingredientes do Wu Xiang Fen (pó de cinco especiarias) são pimenta de


Sichuan, cravo, canela, sementes de erva-doce e anis estrelado.

Temperos como raiz de gengibre fresco, alho, cebolinha, coentro e gergelim são
amplamente utilizados em muitas cozinhas regionais. Grãos de pimenta de Sichuan, anis
estrelado, canela, erva-doce, cravo e pimenta branca também são usados em diferentes
regiões (JESUS, 2013).

Sobremesas e lanches

Geralmente, as frutas da estação servem como a forma mais comum de sobremesa


consumida após o jantar.
Dim Sum, originalmente significa “pequena porção de comida”, e pode se referir
a sobremesas e doces. Mais tarde, para evitar a desambiguação, tian dian e gao dian são
usados para descrever sobremesas e doces (JESUS, 2013).

Sobremesas chinesas são alimentos doces e pratos que são servidos com chá,
geralmente durante a refeição, ou no final das refeições na culinária chinesa.

Além de servir como dim sum junto com o chá, os doces são usados para a
celebração dos festivais tradicionais. O mais famoso é o bolo da lua, usado para celebrar
o Festival do Meio Outono.

2.3. HÁBITOS E ALIMENTOS ADOTADOS PELA CULINÁRIA BRASILEIRA

A culinária chinesa ocidentalizada pode ser (mal) dividida em Cantonesa e


Sichuan. A culinária Cantonesa é mais leve, tem menos condimentos, ressalta os aromas
naturais da carne, e especialmente dos peixes. Não usam tanto o molho shoyu e nem a
variedade de óleos aromáticos da culinária Sichuan. Compensam com técnicas únicas
para ressaltar o sabor de cada componente de um prato (PORTAL SÃO FRANCISCO,
2019).

Já a culinária Sichuan é aquela servida na maioria dos restaurantes chineses no


Brasil. Pratos ricos, que misturam carnes e especiarias. Um bom restaurante Tsechuan,
no entanto, apresentará a comida de forma leve, sem excesso de óleo, e em cada
mastigação se distingue os sabores sutis da base do prato, assim como das especiarias e
óleos (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2019).

A técnica chinesa de empanamento de alimentos, processo pelo qual a carne, o


peixe ou os frutos do mar são passados em amido de milho, claras de ovo, vinho de arroz
e sal, para depois ser frito ou assado, é hoje em dia largamente utilizada na culinária
brasileira em várias preparações de várias regiões.

3. CONCLUSÃO

Concluindo, entender uma cultura através dos alimentos é um processo


interessante, porque uma vez que uma pessoa começa a fazer essas perguntas, como
“como algo é feito, quais ingredientes estão nele ou por que é chamada de uma certa
maneira”, as respostas obtidas vão além do aprendizado culinário. Nestas respostas, a
comida nos diz algo sobre a abordagem de uma cultura à vida. No final, podemos dizer
que a comida funciona simbolicamente como uma prática comunicativa pela qual
criamos, gerenciamos e compartilhamos significados com os outros. A compreensão da
cultura, hábitos, rituais e tradição pode ser explorada através dos alimentos e da maneira
como os outros o percebem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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e identidade na atualidade. ANPUH – Brasil. 30º Simpósio Nacional de História.
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https://www.snh2019.anpuh.org/resources/anais/8/1552772135_ARQUIVO_abdallaanp
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CANTO, Rodrigo S. História e cultura da gastronomia internacional e oriental.


Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 184 p.

CHUFFI, Fádua. Influência árabe no mundo e artes ocidentais. Instituto de Cultura


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CONTRA VERSO. A Origem da Culinária Árabe. 26 out. 2016. Disponível em:


https://contraeverso.com.br/a-origem-da-culinaria-arabe/. Acesso em: 31 out. 2019.

GOLDMAN, Karen. Especial China: as 8 cozinhas chinesas. Eu como sim. [s.a].


2018. Disponível em: https://www.eucomosim.com/cultura/as-8-cozinhas-chinesas/.
Acesso em: 30 out 2019.

JANUÁRIO, Larissa. Cozinha árabe tem fartura, carne e especiarias; aprenda


pratos tradicionais. UOL. 14 out. 2016. Disponível em:
https://noticias.bol.uol.com.br/bol-listas/cozinha-arabe-tem-fartura-carne-e-especiarias-
aprenda-pratos-tradicionais.htm. Acesso em: 31 out. 2019.

JESUS, Sofia. O mundo da cozinha chinesa. Revista Macau. 16 jun. 2013. Disponível
em: https://www.revistamacau.com/2013/06/16/o-mundo-da-cozinha-chinesa/. Acesso
em: 31 out. 2019.
PORTAL SÃO FRANCISCO. Culinária Chinesa. Disponível em:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/culinaria/culinaria-chinesa. Acesso em: 04 nov.
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SI, Zhenzhong, SCOTT, Steffanie. As mudanças alimentares da China e suas


implicações globais. Diálogo Chino. 23 jan. 2019. [s.l.]. Disponível em:
https://dialogochino.net/21163-chinas-changing-food-habits-and-their-global-
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