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Máteria IED- 4 Bimestre

Hermenêutica (continuação)
Tipos de interpretação:
a) Interpretação restritiva: o intérprete restringe ou limita o sentido da norma.
Interpretação restritiva ocorre quando o intérprete restringe o sentido da norma
ou a sua incidência, concluindo que o legislador escreveu mais do que pretendia
dizer: Ex. lei de locações, inquilinato (art.47)

b) Interpretação extensiva: o intérprete amplia o campo de aplicação da norma.


Interpretação extensiva ocorre quando o teor literal da lei é demasiadamente
estrito e em razão disso, o intérprete alarga o seu campo de aplicação a casos
que literalmente não foram abrangidos. Em suma, o intérprete alarga o seu
campo de aplicação a casos que literalmente não foram abrangidos. Então, o
intérprete concluiu que o sentido e o alcance da norma são mais amplos do que
indicam os seus termos.

c) Interpretação declarativa: O intérprete limita-se a declarar ou especificar o


sentido e o alcance da norma, sem ampliar ou restringir. Ocorre a interpretação
declarativa quando o intérprete limita-se a declarar ou especificar o sentido e o
alcance da norma, sem qualquer restrição ou ampliação.

Métodos de Interpretação do Direito:


a) Método Tradicional ou Clássico: Surgido no início do séc XIX, adotado pela escola
de Exegese (França), se valeu do meio gramatical e da lógica interna. O
pensamento dominante era o codicista (super valorização do código). Pensavam
os seus adeptos que o código encerrava todo o direito, não havendo nenhuma
outra fonte do direito, ou seja, a atuação do intérprete limitava-se ao estudo da
legislação. Em razão disso, podemos concluir que a escola de Exegese adotou os
seguintes postulados:
a. Dogmatismo legal
b. Subordinação à vontade do legislador
c. Estado como único autor do Direito

b) Método Histórico-Evolutivo: Surgido no final do séc XIX, sistematizado por


Saleilles, atribui ao intérprete papel de relevância, que deve buscar a atualização
da norma jurídica (interpretação atualizadora). Cabia ao judiciário manter o
direito sempre vivo, atual, de acordo com as exigências sociais. Não era
concebível que o direito ficasse engessado na forma e no conteúdo. Em última
análise, cabe ao intérprete promover uma interpretação atual do direito, atento
às circunstâncias do seu tempo. A principal crítica que foi feita em relação a este
método, é que não foi apresentada uma solução para as hipóteses de lacunas
legais.
a. Livre investigação científica do Direito: também surgida no final do sec
XIX e concebida por Francis Gény-> o Direito.

c) O método se denomina livre, porque o intérprete não fica restrito ás fontes


formais do Direito e, científico, porque a solução se funda em critérios objetivos,
baseados na organização social. O direito possui apenas duas categorias: o dado
e o construído.
a. O DADO corresponde a realidade observada pelo legislador, as fontes
materiais do direito, como os elementos econômicos, sociais, históricos,
culturais, íntimos etc.
b. O CONSTRUÍDO é uma operação lógica e artística que considerando o
dado subordina os fatos a uma ordem de fins. Somente depois de ter
esgotado os recursos da lei, a analogia e costumes, ficaria o intérprete
autorizado a pesquisar o modelo jurídico na chamada natureza positiva
das coisas, que consiste na organização econômica, social e política do
país.

d) Corrente do Direito Livre: A corrente do Direito livre trouxe uma doutrina oposta
à escola de Exegese, que mantinha o intérprete vinculado ao texto normativo,
impedindo-o de adaptar os dispositivos às necessidades modernas. A corrente
do Direito Livre concede ao intérprete ampla liberdade para a aplicação do
direito, ainda que fora dos limites legais, em prol do ideal de justiça. Diante de
um caso concreto, o juiz, em busca da melhor solução ao caso, pode abandonar
o texto normativo para solucionar a questão de acordo com seu sentimento de
justiça “a justiça pelo código ou apesar do código”.

História do Direito
Tomando-se o sentido da história como história social, no que tange ao direito,
isso significa que se passa a enxergar as passagens e transformações das formas jurídicas
no tempo, o que ajuda a compreender o quanto as significações do direito são
dinâmicas, e o quanto dependem de uma análise multidimensional de condicionantes
para se efetivar.
Assim, fica claro o quanto o direito é um fenômeno social relativo no tempo e no
espaço, em função de seu condicionamento por múltiplos fatores, tais como a religião,
os costumes sociais, a mora, a cultura, a política etc.
->O Direito, para ser compreendido e conhecido, pressupõe uma invasão na
história.
->O Direito se desenvolveu ao longo da História (junto da história)
->Transformações das formas jurídicas ao longo do tempo

A História do Direito pode ser dividida em:

1- Direito arcaico: neste período, as normas conservam um grupo contra o


inimigo comum ou contra a ameaça de punição divina. As normas não são
meros atos de vontade da autoridade, mas deduções a partir da natureza ou
dos indícios de divindade no mundo.
Neste período ocorre a indistinção das esferas normativas (moral, religião,
direito) séc. XVIII a XI a.c, os primeiros registros de manifestação de
existência de leis ocorreu no Egito e na Mesopotâmia, em primeiro lugar no
que diz respeito ao Egito, do século XVIII ao século XVI a.c, pode ser
considerado o primeiro sistema jurídico da humanidade, do qual não resta
nenhum documento histórico, mas referencia constante ao direito não
escrito, que conferia grandes poderes aos faraós.
Merece destaque o código de Hamurabi, que representa a inspiração do
Deus Sol, ao rei da Babilônia (Hamurabi), datado de 1964 a.c, possuindo 282
artigos escritos em pedra, na medida em que revela um requintado conjunto
de categorias jurídicas (já falavam em arrendamento, depósitos, títulos de
crédito)

2- Direito antigo: Grécia e Roma

a) Grécia: Os gregos não foram grandes juristas, não construíram uma


ciência do Direito, e muito menos organizaram um sistema de regras
jurídicas, porém desenvolveram a política e a filosofia em torno da ideia
de justiça, temas fundamentais para o direito. Foi na Grécia que surgiu a
ideia de cidadania e a Deusa da justiça (Athenas)

b) Roma: Papel decisivo e seminal para o direito ocidental. Sua influência


será da escala de um império e alcançara toda a Europa e, mesmo em seu
período de decadência, se relacionará aos costumes dos bárbaros para
formar o direito romano-germânico. Além disso, o direito romano serviu
de inspiração para o processo de unificação do direito moderno e da
codificação na Europa, na transição dos sécs. XVIII a XIX.
O núcleo central do Direito Romano é o Direito Civil
->Código de Justiniano
->Inspiração para o processo iluminista de unificação do direito moderno.
3- Direito Medieval: Neste período será possível identificar processos históricos
sucessivos ou simultâneos que podem ser vistos da seguinte forma:

a) Ruralização da Europa e o Direito Romano-Germânico: A alta idade média


corresponde a um período decisivo para determinação das raízes da
Europa (Século V d.C a X d.C). A falta de unidade política determinará
mudanças substanciais em relação ao que se conhecia na antiguidade. O
que se perceberá neste período será o desaparecimento da esfera
pública (antiga), a perda da hegemonia cultural e o enfraquecimento do
Direito romano, consolidando-se o processo de ruralização da Europa.

Após a queda do império romano do oriente, com a relação existente


entre os romanos e os bárbaros, surge o Direito Romano-Germânico.

b) Feudalização da Europa e o Direito Feudal: A partir do século VIII, com a


descentralização do poder e estreitamento de laços entre a igreja e o
Estado, surge o Feudalismo. Que possui as seguintes características:
-Encastelamento da população
-Centralização do poder na territorialização cercada e protegida
-Divisão social imóvel ( reis, clérigos, nobres, cavaleiros, servos)
mobilidade social estática.

c) Espiritualização da Europa e o Direito Canônico: Ao lado do movimento


inicial de ruralização da Europa, ocorre a espiritualização que se da
reconhecimento da autonomia da igreja católica e a sistematização da
teologia cristã.
Nesse contexto, a igreja católica se organiza juridicizando seus
mandamentos e organizando suas estruturas de funcionamento, tendo a
bíblia como documento e fonte primária do direito. Nesta perspectiva,
surge a divisão entre “lex aeterna” e “lex humana” neste cdontexto,
temos a ascensão do Direito Canônico, na medida em que, a igreja
católica é a instituição que faz a intermediação entre a ordem das coisas
e a ordem das coisas Divinas. Também neste contexto foi criado o
processo inquisitório, o qual buscava expurgar a heresia da Europa, ou
seja, todos aqueles que se manifestavam contrários aos dogmas da Igreja
Católica, eram submetidos a inquisição

d) Surgimento da Universidade e a Ciência do Direito: Nesse período,


formaram-se os núcleos de ensino ao redor dos templos e locais sagrados
que deram origem as universidades. No séc XIII surgem os centros
universitários de Paris, Oxford e Bolonha.
As primeiras notícias dos surgimentos das escolas do Direito, durante o
período medieval, ocorreram no séc XI, especificamente na Itália, na
cidade de Bolonha. A partir deste movimento, surge a ciência do Direito.
- Formaram-se núcleos de ensino em torno dos mosteiros, das igrejas,
dos templos e locais sagrados.
- Surgimento das escolas de Direito

4- Direito moderno:

Em verdade, o que se chama hoje por modernidade não foi um fenômeno


histórico que se processou em pouco tempo, do dia para a noite, mas que
envolveu um longo período de transformações econômicas, sociais e
jurídicas. A modernidade se processou em aproximadamente 900 anos.
A modernidade envolve um longo período que pode ser analisado em quatro
etapas:

a) Modernidade das cidades e dos mercadores:


- dissolução do modo feudal pelo modo de vida das vilas, cidades, burgos,
mercados. Pode se considerar a modernidade econômica como sendo o
ponto de partida das grandes transformações que vieram a afetar o
cotidiano da vida medieval, de onde decorre o processo de degradação
da importância da ideia de propriedade da terra, substituída pela política
econômica centrada no comércio.
Ocorre entre os séculos XIII d.c e CV d.c

b) Modernidade do capitalismo mercantil:


- Entre os séculos XV e XVIII
- Indivíduo busca sua liberdade, direitos individuais, ou seja, ocorre o
fortalecimento do indivíduo
Na segunda etapa do processo de modernização, entre os séculos XV e
XVIII ocorre o fortalecimento do individuo e do contratualismo como
marcas da sociedade e do direito. A noção de direito caminha de
encontro a liberdade tendo a como centro de orientação, a liberdade
acaba por ser encravada na legalidade (“ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer algo se não em virtude da lei”) e isto aparecerá
claramente ao perceber que a lei é instrumento de realização de
liberdade, pois identifica, salva guarda a liberdade.
- A noção de contrato, pressupondo a ideia de liberdade como autonomia
da vontade, assume feição de uma forma de garantia da mobilidade
mercantil, necessária ao empreendimento do capital burguês, cuja
capacidade de circulação já se fazia suficientemente distinta do período
(nesse contexto surge o “Pacta sunt servanda” significa que acordos
devem ser mantidos).
Contratualismo (interesse aos capitalistas) se tornou uma marca da
sociedade, quem tinha poder econômico era quem determinava as
cláusulas (na época era a burguesia).
A riqueza gerada na época promoveu nas cidades, o florescimento das
artes, das ciências e da cultura (renascimento). Outro processo histórico
importante desta época é que o poder dissolvido nas cidades de ligas
mercantis vai sendo transferida e concentrada no Estado absoluto, em
busca da unificação (burguesia exigia) política, padronização dos
impostos, monopólio da violência (monarcas controlam o comércio para,
assim, diminuir a violência), soberania e absolutismo pacificador. A
concentração de poder acaba sendo uma exigência de liberdade
comercial do processo de regulação da vida moderna.

c) Modernidade do capitalismo industrial


- Surge o positivismo jurídico
- Surge a divisão “Civil Law” e “Common Law”
- Surge o Direito administrativo em oposição ao absolutismo (surgiu para
limitar os poderes do rei)
Nesta terceira etapa que se da entre os séculos XVIII e XIX, ocorre uma
profunda emancipação das modernidades tecnológicas, social e jurídica
(nesse período ocorre a revolução industrial, já a partir da revolução
inglesa, o processo de positivação do direito irá se acentuar,
consolidando-se no século XIX. Sem direitos escritos que deem
consistência aos direitos deduzidos da razão humana, é impossível
pensar no desenvolvimento do próprio mercado, que requer segurança
econômica e jurídica. Nesse contexto, surge a codificação, ou seja, a ideia
dos códigos, no sentido de que estes oferecem solução para todas as
questões jurídicas. Também ocorre neste período, o surgimento do
Direito Administrativo em oposição ao poder centralizado do
absolutismo. Este movimento de positivação irradiou-se para toda
Europa com exceção da Inglaterra, que se manteve fiel as suas tradições,
surgindo então a divisão entre “civil law” e “common law”.

d) Modernidade do capitalismo de massas


- Burguesia oprimia aqueles os quais não tinham poder, escravizando-os,
liberalismo contribuiu com isso; por consequência surge um líder político,
aparição do “total” na política (nazismo)
A 4 etapa que ocorre entre os séculos XIX e XX, ocorre o fenômeno da
massificação da sociedade como consequência lógica-econômica da
industrialização. Após o amplo desenvolvimento da indústria, a
massificação se torna a nova forma de relacionamento entre o mundo
das pessoas e o mundo das mercadorias. Sob estas condições instaura-se
na consciência do tempo a noção de que a propaganda é disseminadora
e não por outro motivo. A televisão, o rádio e o cinema encontram grande
eco no início do século XX (líder político influenciava a massificação
através desses meios, levando ao nazismo, fascismo) na lógica da
massificação, a quantidade substitui a qualidade (Hitler dizia que os
judeus eram inferiores e a massa acreditava).
É essa massificação que irá permitir a aparição do “total” na política e que
provocará a dizimação da massa com a colaboração das armas, da
ciência, da engenharia, da tecnologia e da indústria.

5- Direito Pós-Moderno:

O direito pós-moderno ocorre ao longo do século XX e início do século XXI,


nos anos 1950 ate os tempos atuais, esse contexto histórico pode ser
analisado da seguinte forma:

a) Modernidade em crise: A crise da modernidade não é uma invenção das


ciências sociais, mas uma constatação dos estudos mais recentes na área,
especialmente após o século XX. Aos olhos do século XIX, o século XX
estaria marcado pelo progresso, desenvolvimento tecnológico e
liberdade. No entanto, ao chegar ao final do século XX a constatação é
outra, qual seja, duas guerras mundiais, diversos casos de genocídio,
maior número de mortos e destruídos. O que era para ser sucesso se
tornou uma tragédia. Os ideais de progresso chegam ao final do século
XX totalmente desgastados.

b) Revisão da modernidade: A pós modernidade tem como grande


característica a indefinição, a insegurança. Exatamente o que revela a
decadência dos institutos jurídicos até então concebidos pelo Direito. Em
suma, perde-se a expectativa sobre a “história-cultura”, que esvazia a
vivência do presente projetando para o futuro (símbolo histórico “maio
de 1968”)

c) Características do Direito pós-moderno: Uma das principais


características desse contexto histórico é a liquidez, insegurança e
incerteza. A sensação generalizada de incerteza se projeta em várias
escalas ganhando feição de crise econômico, crise de trabalho, crise
ambiental, crise política, crise de ideológica etc. E os indivíduos irão
perceber as esferas da crise, a falta de referências, a relativização de tudo
na ausência de ideais e utopias, do consumismo desenfreado,
imediatismo econômico e na instabilidade cotidiana, de onde deriva a
percepção generalizada e partilhada entre os indivíduos.
d) Características do Direito na pós modernidade: Acompanhando a
tendência histórica, o direito também entra em crise. No âmbito do
direito, a sensação é de crise das instituições jurídicas, tendo-se em vista
o seguinte: - A incapacidade da lei para solucionar a complexidade dos
conflitos;

- A insuficiência dos procedimentos tradicionais do sistema jurídico


contencioso e litigioso;

- A inoperância burocrata do Estado diante da rapidez dos novos e


complexos conflitos

- A indefinição de valores para subsidiar políticas públicas e ações do


Estado

A crise do Direito cita a revisão de seus paradigmas internos e traz a


teoria crítica para perto da teoria do Direito, pela capacidade de oferecer
alternativas e apontar rumos, o sentido da construção de novos padrões
que sejam capazes de atender as expectativas surgidas no século XXI.
Nesse contexto surgem as legislações específicas, como o CDC, estatuto
do idoso, estatuto das pessoas com deficiência física, ECA (estatuto da
criança e do adolescente) etc

Formação do Direito no Brasil:

I) Direito no Brasil:
Compreende p período entre os anos de 1500 e 1822, que pode ser
dividido em três grandes períodos

1)Período colonial do brasil- não se pode falar do direito brasileiro


autônomo. O que existe é um Direito uno (império-colônia) pois o
império português administra as suas colônias de forma centralizada.
Principal documento jurídico no período colonial são as ordenações
Filipinas (1603), dentro da tradição medieval, marcada pelas punições
em público, afirmando-se com força desproporcional a relação de
mando e obediência entre a coroa e a colônia.

O principal do Direito do período é o seu caráter estamental (estático)


e político. Controle das terras recém descobertas se dava pela própria
presença no Direito da metrópole, exercendo o papel de conceder a
alguns mais direitos do que a outros, na medida da própria definição
da sociedade medieval portuguesa onde se distinguiam os nobres, o
clero e o povo. Durante o período colonial, chega-se a desenvolver o
direito canônico e a partir do séc 18 passa a se manifestar de forma
mais expressiva.

2)Direito no Brasil Império- O século 19 vem marcado por grandes


transformações: a vinda da família real para o Brasil (1808 até 1821);
a definição da sede da monarquia no Brasil (1810); a independência
do Brasil (1822); a criação dos primeiros cursos jurídicos no Brasil
(1827); abolição da escravidão (1888); e o processo paulatino de
criação do Direito autônomo brasileiro.

A legislação autônoma brasileira começará a descontar, surgindo o


CPP (1882), o Código Comercial (1850), CPC (1850), Lei das Terras
(1850) e a Consolidação das leis Civis (1858). A primeira constituição
brasileira foi outorgada pelo imperador Dom Pedro I em 25 de março
de 1824. Constitucionalismo brasileiro nasce por vias autoritárias, ou
seja, não resultou em um processo democrático.

A constituição de 1824, apesar de outorgada, é sim avançada e


pioneira para a época, uma vez que iniciou o processo de criação das
instituições brasileiras, mas, ao mesmo tempo é reveladora de uma
reciprocidade social, assimétrica, onde mulheres não votavam, onde
escravos não possuem Direitos, onde há franca presença da igreja nas
atividades Estatais, tanto que havia religião oficial do Estado
brasileiro (católica).

Na segunda metade do século 19, surgiram as denominadas Leis


abolicionistas: Lei Euzébio de Queiroz (4 de setembro de 1850) essa
lei vedava o trafico de escravos; Lei do Ventre Livre (28 de setembro
de 1871) essa lei concedia liberdade a filhos de mães escravas
nascidas a partir desta data; Lei dos Sexagienários concedia liberdade
a todos os escravos que atingiam 60 anos; Lei Áurea (13 de maio de
1888)

3)Direito no Brasil República- O Brasil republica, desde 1889, além da


operação de forma de governo liberarão grandes transformações jurídicos
administrativos. Uma das grandes transformações é o processo de
feudalização e da autonomização dos Estados Membros. Outra
transformação é a possibilidade da transformação do controle de
constitucionalidade das leis e dos atos normativos, a partir da criação do STF
em 1890.
A primeira constituição promulgada em 1891, instituiu o presidencialismo,
federalismo e o sistema bicameral no legislativo; terá forte espirito liberal
conservador e, apesar de representar grande avanço do ponto de vista
liberal, ainda não proibi as discriminações. Logo no inicio do século XX editou-
se o código civil de 1916 projetado por Clóvis Bevilqua, que atravessará todo
o século XX como a espinha dorsal do Direito privado ate a emissão do Código
Civil de 2002. Outro importante destaque do século XX no Brasil, será a luta
pelos direitos sociais considerando a situação de vulnerabilidade do
trabalhador e a enorme ampliação da mão de obra da indústria. A partir da
era Vargas, ocorrerá a consolidação dos direitos sociais, mediante a
sistematização da legislação trabalhista e a afirmação dos direitos sociais
como norma constitucional (constituição 1934) Durante o período da
república, o Brasil terá 7 constituições: 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988

Constituição de 1891: O declínio e a queda do império culminaram no golpe


de Estado que, em 15 de novembro de 1989 proclamou a república do Brasil.
O decreto nº 1 de 1989, redigido por Rui Barbosa, foi expedido no mesmo
dia vindo então a funcionar como uma Constituição provisória e de
emergência. Trata-se de um ato normativo de transição, que instituiu o
governo provisório. Em 24 de fevereiro de 1891, promulgava-se a primeira
constituição da república (dos Estados Unidos do Brasil). A mais concisa entre
toas as constituições, traz como características: 1º: repartição clássica de
poderes (executivo, legislativo e judiciário) com a extinção do poder
moderador instituído pela constituição imperial;
2º: Legislativo nacional bicameral com parlamentares dotados de mandato
temporário;
3º: Fortalecimento do poder judiciário, a quem compete o fortalecimento do
poder judiciário, a quem compete controle de constitucionalidade das leis e
atos normativos, rigidez constitucional (existência de limites formais e
materiais para a revisão constitucional)

Constituição de 1934: Teve como principal mérito a quebra da tradição


liberal e marcaram as constituições anteriores, promovendo a democracia
social. Sob a influência da Constituição mexicana e Weimar, pela primeira vez
em nível constitucional promove os denominados direitos sociais. Além
disso, assegura o sufrágio universal, igual e direito garantindo as mulheres o
direito de se tornar eleitoras

Constituição de 1937: Os preceitos da Constituição de 1934 não chegaram a


produzir modificações notáveis na realidade brasileira, a constituição de
1937, outorgada por Getúlio Vargas foi a primeira das cartas políticas
brasileiras a dispensar qualquer atividade do poder legislativo. Tirou
inspiração da Constituição polonesa 1935, motivo pelo qual é conhecida por
“Constituição Polaca”. Havia previsão de separação de poderes, entretanto,
o poder executivo atuava em proeminência em relação aos demais poderes.
Havia possibilidade de controle de constitucionalidade das leis e atos
normativos pelo poder judiciário todavia, esta decisão ficava sujeita a
reexame pelo Congresso Nacional, de acordo com interesse do presidente da
república. Entre as limitações previstas a época, merece destaque a censura
prévia da imprensa, teatro, cinema e radio difusão; e a possibilidade de pena
de morte por crimes políticos e homicídio cometido por motivos fúteis. O
presidente da república tinha o direito de colocar o poder legislativo em
recesso (fechar o congresso), assumindo então a atividade legislativa.

Constituição de 1946: A CF de 1946 em primeiro lugar, reestabeleceu o


equilíbrio entre os poderes da república, até então inexistente por força da
carta anterior. Estabeleceu textualmente que os poderes são harmônicos e
independentes entre si. O poder legislativo voltou a ser exercido no sistema
bicameral, reinserindo-se nesse contexto no Senado Federal. O poder
judiciário readquiriu as garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade. A declaração de inconstitucionalidade das leis e dos atos
normativos voltou a depender da análise final do poder judiciário,
independentemente da intervenção de outros poderes. A Constituição
Federal de 1946 retomou o federalismo, assegurando a autonomia dos
Estados e dos Município, com relação aos direitos individuais a Constituição
de 1946 superou alguns retrocessos, com a proibição da pena de morte, de
banimento, de confisco e de caráter perpétuo. Inovou uma regra de que
estava proibida a exclusão de apreciação do poder judiciário de qualquer
lesão ou ameaça a Direitos. Durante a vigência da Constituição de 1946, em
2 de setembro de 1961, por meio da emenda nº4, instituiu-se o
parlamentarismo com o sistema de governo, que foi alterado pela emenda
nº6 de 23 de janeiro de 1963, após a realização de plebiscito
Constituição de 1967: A crise do quadro politico institucional da época fez
com que as forças armadas tomassem o poder em 31 de março de 1964, por meio do
ato institucional nº 1, que manteve vigente a constituição de 1946, porém suprimiu
Direitos e garantias individuais em prol da segurança nacional, até o advento da
constituição de 1967.
Sobre o regime desta nova constituição, o poder foi centralizado com a redução das
competências dos estados membros e dos municípios. Também tiveram reduzidas as
suas competências os poderes legislativo e judiciário, tanto que o poder executivo podia
legislar por meio de decreto lei. Além disso, o presidente da república, caso assim
entendesse necessário, podia fechar o congresso nacional, as assembleias legislativas e
as câmaras de vereadores.
EM 13 de dezembro de 1968, editou o AI-5, que possibilitava uma severa repressão aos
atos tidos como subversivos, este ato institucional possibilitava a suspensão de direitos
políticos de qualquer pessoa, caçando mandatos parlamentares, suspendendo garantias
da magistratura e dos funcionários públicos. E por fim proibiu-se o habeas corpus em
relação os crimes políticos praticados contra a segurança nacional. Em 1969, com o
advento da emenda nº 1, por muitos doutrinadores considerado uma nova constituição,
fortaleceu-se ainda mais o poder de executivo, com as seguintes modificações: i)
aumento das competências do conselho de segurança nacional; ii) possibilidade de
disposição por lei complementar a respeito de direitos políticos, estabelecendo o gozo
o exercício, a perda ou suspensão e os casos de reaquisição. iii) Houve limitação da
liberdade de expressão, tendo como critério a moral e os bons costumes; iv) a
autorização de pena de morte, prisão perpétua, de banimento, nos casos de guerra
psicológica adversa, ou revolucionária ou subversiva; V) ampliou as hipóteses do abuso
de direito, a ensejar a suspensão dos direitos políticos.
O início do processo de reabertura para o regime democrático, teve início no dia 13 de
outubro de 1978 com o advento da emenda de nº 11, que revogou os atos institucionais
contrários aos preceitos constitucionais, seguida pela lei 6683 de 28 de agosto de 1979.
Em 27 de novembro de 1985 foi convocada a assembleia nacional constituente, que se
instalou em 1 e fevereiro de 1987, no congresso nacional.
Constituição de 1988: Promulgada em 5 de outubro de 1988, a constituição de 1988
pode ser considerada a mais democrática e avançada em nossa história constitucional,
seja em virtude do seu processo de elaboração, seja em função da experiencia
acumulada, em relação aos acontecimentos pretéritos, tendo contribuído muito para
assegurar a estabilidade institucional, sempre muito testada ao longo da história do
Brasil. No que diz respeito ao conteúdo, trata-se de um documento acentuadamente
compromissário, plural e comprometido com a transformação da realidade, ou seja,
trata-se de uma constituição dirigente. Além disso, consagrou o princípio da dignidade
da pessoa humana como fundamento da república nos termos do Artº 1 §3, consagrou
direitos e garantias fundamentais, trouxe a tripartição de poderes nos termos do Artº 2
da CF.
(Pergunta que ele pode dar em prova: O que era sociabilidade? Prevalência dos
interesses coletivos sobre os individuais)
Código Civil de 2002: - Comissão de juristas sob a supervisão de Miguel Reale.
- Unificação parcial do Direito privado (civil + comercial)
- Princípios informadores básicos: i) sociabilidade (prevalência dos valores coletivos); ii)
eticidade (prioriza a boa-fé, equidade e a justa causa); iii) operabilidade (afastamento
da complexibilidade)

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