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METÁLICAS ESTAIADAS
FACULDADE DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
APROVADA POR:
________________________________________________
JOSÉ LUIS VITAL DE BRITO, Doutor (UnB)
(ORIENTADOR)
________________________________________________
ATHAIL RANGEL PULINO FILHO, Doutor (UnB)
(COORIENTADOR)
________________________________________________
LINEU JOSÉ PEDROSO, Dr.Ing (UnB)
(EXAMINADOR INTERNO)
________________________________________________
ACIR MÉRCIO LOREDO SOUZA, PhD (UFRGS)
(EXAMINADOR EXTERNO)
ii
FICHA CATALOGRÁFICA.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
CESSÃO DE DIREITOS
_______________________________________________
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
v
ANÁLISE ESTÁTICA E DINÂMICA DE TORRES
METÁLICAS ESTAIADAS
RESUMO
vi
STATIC AND DYNAMIC ANALYSIS
OF GUYED METALLIC TOWERS
ABSTRACT
The research described here considers the behavior of guyed metallic towers subjected to
wind loads, taking into consideration stability and constructive factors. Initially, a static
analysis of the wind load is carried out, according to the procedure described in the Brazilian
Wind Code - NBR 6123 (1988). The towers are modeled using linear and nonlinear
approaches, admiting stretching of cables to describe the initial tension.
In the modal analysis, the natural frequencies and modal shapes are calculated by linearization
of the dynamic equilibrium equation, admiting small oscilations around the static equilibrium
configuration.
Besides the static and modal analysis, a dynamic wind analysis is also performed, making use
of the simulation method of Monte Carlo, which permits the computation of the fluctuating
portion of the wind (gusts). This tecnique allows a more realistic evaluation of the structural
response of towers.
vii
ÍNDICE
Capítulo Página
1. INTRODUÇÃO
1.1 GENERALIDADES 1
1.2 MOTIVAÇÃO 1
1.3 NATUREZA DO TRABALHO 2
1.4 OBJETIVOS 3
1.5 CONTEÚDO 3
2. TIPOLOGIA ESTRUTURAL
2.1 TIPOS DE TORRES DE SUSTENTAÇÃO 5
2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS TORRES ESTAIADAS QUADRADAS 7
2.3 CABOS DE ESTAIS 12
2.4 TIPOS DE ANTENAS 14
3. MODELOS MATEMÁTICOS
3.1 ANÁLISE ESTÁTICA 15
3.1.1 Modelo Não Linear para Cabo Tensionado 16
3.1.1.1 Deformação Longitudinal 16
3.1.1.2 Energia Potencial Total 19
3.1.1.3 Gradiente da Energia Potencial Total 19
3.1.2 Modelo Linear para Cabo Tensionado 23
3.1.2.1 Deformação Longitudinal 23
3.1.2.2 Energia Potencial Total 24
3.1.2.3 Gradiente da Energia Potencial Total 24
3.1.3 Modelo Linear Clássico de Treliça Espacial 27
3.1.3.1 Energia Potencial Total 27
3.1.3.2 Gradiente da Energia Potencial Total 27
viii
3.2 ANÁLISE MODAL 29
3.2.1 Equação de Equilíbrio Dinâmico 29
3.2.2 Problema de Autovalores e Autovetores 30
3.2.3 Matriz Hessiana do Elemento 32
3.2.4 Normalização dos Autovetores 36
3.3 ANÁLISE DINÂMICA 37
3.3.1 Integração da Equação de Movimento 37
3.3.2 Matriz de Amortecimento 39
3.3.3 Matriz de Massa Consistente 40
3.3.4 Esforços Internos 41
ix
6. PROGRAMAS COMPUTACIONAIS
6.1 PROGRAMA GTEQ 73
6.2 PROGRAMA AETEQ 75
6.3 PROGRAMA FMVTEQ 79
6.4 PROGRAMA ADTEQ 81
6.5 PROGRAMA RAJADA 84
7. EXEMPLOS NUMÉRICOS
7.1 ANÁLISE ESTÁTICA 86
7.2 ANÁLISE MODAL 93
7.3 ANÁLISE DINÂMICA 95
8. CONCLUSÕES
8.1 CONCLUSÕES FINAIS 100
8.2 SUGESTÕES 102
APÊNDICES:
A – BANCOS DE DADOS DE PERFIS E DE CABOS 105
B – BITOLAS DOS PERFIS 106
C – PRÉ-TENSIONAMENTOS NOS CABOS 108
D – ESFORÇOS NOS PERFIS ESTRUTURAIS 109
E – ESFORÇOS NOS ELEMENTOS DE CABO 114
F – REAÇÕES DE APOIO 115
G – RESULTADOS DA ANÁLISE MODAL 117
H – ANÁLISE DINÂMICA NA TORRE DE 10 METROS 118
x
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
xi
E.1 – Esforços nos elementos de cabo 114
F.1 – Reações de apoio na torre de 10 metros 115
F.2 – Reações de apoio na torre de 30 metros 115
F.3 – Reações de apoio na torre de 50 metros 116
F.4 – Reações de apoio na torre de 70 metros 116
F.5 – Reações de apoio na torre de 90 metros 116
G.1 – Freqüências e períodos das torres 117
H.1 – Esforços nos elementos de cabo 118
H.2 – Esforços nos elementos de perfis 118
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
3.1 – Modelo não linear de elemento de cabo no espaço e sua representação vetorial 16
3.2 – Deslocamentos de um elemento de cabo no espaço 20
3.3 – Representação vetorial do modelo linear de elemento de cabo 23
xiii
6.5 – Fluxograma do método de Newmark 83
6.6 – Fluxograma do programa RAJADA 84
xiv
LISTA DE SÍMBOLOS
xv
g(x) : Vetor gradiente da Energia Potencial Total do sistema.
G; L : Matrizes auxiliares utilizadas no cálculo da matriz Hessiana.
H(x* ) : Matriz Hessiana do sistema.
ha : Altura de aplicação da força de arrasto.
K : Parâmetro utilizado no cálculo do comprimento de flambagem.
K1 ;K2 : Parâmetros do perfil contínuo de vento.
Km : Matriz de rigidez do elemento de treliça em relação aos eixos de membro.
KS : Matriz de rigidez do elemento de treliça em relação aos eixos da estrutura.
l : Vetor que representa o comprimento inicial do elemento de cabo.
l’ : Vetor que representa a configuração deformada do elemento de cabo.
Lt : Comprimento do elemento de cabo com efeito térmico.
l1 (z) : Largura da edificação na cota z.
m : Número de funções harmônicas utilizadas no método de Monte Carlo.
M : Matriz de massa consistente do sistema.
Mk : Momento de tombamento produzido pela força de arrasto de cada módulo k.
Mn : Matriz de massa modal.
ndf : Número de graus de liberdade total da estrutura.
p : Vetor que representa os deslocamentos nodais da extremidade inicial do cabo.
p3 : Pressão de pico em 3 segundos.
P600 : Pressão média do vento em 10 minutos.
p ' (t ) : Pressão flutuante ao longo de tempo;
p ' (t ) : Valor médio da pressão flutuante.
xvi
S(n) : Densidade espectral de potência em função da freqüência n da excitação.
S1 : Fator topográfica segundo NBR 6123.
S2 : Fator que considera o efeito combinado da rugosidade do terreno, da variação da
velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da edificação.
S3 : Fator estatístico segundo NBR 6123.
T : Energia Cinética do sistema.
T1 : Tensão nos cabos devido a cargas permanentes e pré-tensionamento.
T2 : Tensão nos cabos devido a cargas permanentes, pré-tensionamento e cargas de vento.
tmáx : Intervalo de tempo utilizado na análise dinâmica.
u : Vetor dos cossenos diretores do elemento de cabo na configuração indeformada.
u* : Velocidade de fricção (função da rugosidade do terreno).
U0 : Velocidade média do vento no método de Monte Carlo.
Uz : Velocidade médio do vento na altura z.
V : Volume do elemento de cabo ou treliça.
V0 : Velocidade básica do vento
V3 : Velocidade de pico em 3 segundos.
V600 : Velocidade média do vento em 10 minutos.
Vk : Velocidade característica do vento.
W : Potência do espectro.
x : Vetor contendo os deslocamentos nodais do sistema.
xc : Valor característica da análise combinada.
x* : Vetor que representa um estado de equilíbrio estável da estrutura.
x : Moda – utilizado na distribuição de Gumbel (Tipo 1).
x& : Vetor contendo as velocidades das coordenadas nodais do sistema.
&x& : Vetor contendo as acelerações das coordenadas nodais do sistema.
Yi : Termo auxiliar utilizado no cálculo da matriz G .
z : Vetor auxiliar para o cálculo da deformação no elemento de cabo.
xvii
ε : Deformação longitudinal do elemento de cabo.
φ : Índice de área exposta.
φd : Fator de redução devido ao tipo de terminação do cabo.
φf : Fator de redução devido à utilização de defletores.
φij : Matriz dos autovetores normalizados.
γ : Constante de Euler.
γt : Efeito térmico (γt = α.∆T).
λ : Índice de esbeltez do perfis estrutural.
λc : Vetor que representa a distância entre nós na configuração indeformada do cabo
tensionado.
λt : Vetor que representa a configuração indeformada do cabo com efeito térmico.
µ : Módulo do vetor c.
µt : Módulo do vetor γt .l.
π : Energia de deformação do elemento de cabo ou treliça.
θk : Ângulo de defasagem ( 0 ≤ θk ≤ 2π ).
ρ : Massa específica do elemento.
σ : Desvio padrão.
σ2 : Variância.
σ(ε) : Tensão no elemento de cabo.
σadm : Tensão admissível - critério das tensões admissíveis.
σlim : Tensão limite para um determinado tipo de solicitação (σlim = σadm . FS).
σsolic : Tensão solicitante devida à cargas em serviço - critério das tensões admissíveis.
ω : freqüências naturais circulares (rad/seg).
ω2 : autovalores do sistema.
ζn : razão de amortecimento do modo n.
∆L : Variação real do comprimento do elemento no modelo linear de cabo.
∆t : Passo de tempo utilizado no método de Newmark.
∆T : Variação de Temperatura.
∆zok : Extensão da rajada triangular equivalente.
Γ : Vetor auxiliar para o cálculo da aceleração no instante t+∆t.
Π0 : Energia Potencial Inicial do sistema.
Π(x) : Energia Potencial Total do sistema.
xviii
ÁÁ ÁÁ : Denota norma do vetor.
∇ : Denota a primeira derivada em relação aos deslocamentos nodais.
( )’ : Denota a primeira derivada em relação aos deslocamentos nodais, assim como ∇.
( )” : Denota segunda derivada me relação aos deslocamentos nodais.
( )T : Denota a transposta do vetor.
(¡) : Denota a primeira derivada em relação ao tempo.
(¡¡) : Denota a segunda derivada em relação ao tempo.
x tp+ ∆t ; x& tp+ ∆ t ; &x&t p+ ∆ t : deslocamentos, velocidades e acelerações preditos no tempo t+∆t.
xix
LISTA DE ABREVIAÇÕES
xx
1 - INTRODUÇÃO
1.1 GENERALIDADES
1.2 MOTIVAÇÃO
A motivação deste trabalho vem do fato de ter sido observado que, embora o número de torres
tenha aumentado bastante, ainda existem enormes dificuldades na concepção, cálculo, projeto,
fabricação, instalação e reforço de torres e de elementos estruturais dos sistemas de radio
difusão, não existindo muitos textos em português disponíveis sobre o assunto.
1
Este trabalho foi então desenvolvido no sentido de contribuir com o aperfeiçoamento do
projeto destas estruturas, quer por implementar uma análise que raramente é utilizada, ou
ainda por estudar tipologias e tendências de comportamentos, mostrando a dimensão e as
dificuldades em se manipular as variáveis relevantes ao se efetuar a análise proposta.
Vale ressaltar que, este estudo não tem o intuito de ser conclusivo a ponto de definir
parâmetros absolutos para reger a concepção dos modelos estruturais, nem mesmo de
questionar a eficácia das diretrizes ou normas técnicas existentes, buscando apenas conhecer
um pouco mais este tipo de estrutura e eventualmente servir como mais um material de
referência à técnicos e projetistas, os quais, mesmo não dispondo de bibliografia técnica
específica, têm a obrigação de estabelecer critérios seguros de projeto.
Embora exista uma grande variedade de torres de sustentação de antenas, neste trabalho é
feito apenas o estudo de torres metálicas estaiadas, que recentemente têm sido largamente
empregadas em todo o território nacional.
2
Em seguida, as freqüências e os modos naturais de vibração da estrutura são determinados a
partir de uma expressão linearizada da equação de equilíbrio dinâmico, admitindo-se
pequenas oscilações em torno da configuração de equilíbrio estático, e utilizando-se um
algoritmo do tipo Jacobi Generalizado.
Por último é feita a análise dinâmica da estrutura sob a ação do vento com o método de Monte
Carlo, utilizado por Franco (1993) e Guimarães (2000), no qual o vento é subdividido em
duas parcelas, sendo uma constante (vento médio) e a outra variável ao longo do tempo
(rajadas). A resposta dinâmica da estrutura é obtida pela integração explícita da equação de
equilíbrio dinâmico ao longo do tempo através do método de Newmark (1959).
1.4 OBJETIVOS
1.5 CONTEÚDO
Nesta seção, descreve-se de maneira geral o conteúdo de cada um dos capítulos que compõem
o restante deste trabalho.
3
O Capítulo 3 é destinado a explicar de forma detalhada os modelos matemáticos utilizados.
Inicialmente é descrito cada um dos modelos matemáticos utilizados na análise estática e em
seguida são apresentadas as formulações para as análises modal e dinâmica.
4
2 - TIPOLOGIA ESTRUTURAL
a) b) c) d)
As torres estaiadas (Figura 2.1-a) são constituídas por um corpo metálico esbelto e modulado,
chamado de mastro, fixo por estais ao longo de sua extensão. Este corpo metálico é formado
por módulos com cerca de 5 m cada, contendo montantes, diagonais, horizontais e barras de
travamentos, com ligações aparafusadas ou soldadas, possuindo seção transversal quadrada ou
triangular. Os estais são constituídos por cordoalhas de aço fixadas ao longo do mastro da
estrutura e às fundações laterais de ancoragem. Estas torres são as mais econômicas e fáceis
de montar, porém, exigem um terreno relativamente grande para sua instalação, na ordem de
dez vezes a área daquele utilizado em uma estrutura autoportante de mesma altura.
5
As torres autoportantes (Figura 2.1-b) se compõem de um corpo metálico formado por uma
parte reta superior destinada a fixar as antenas e uma parte inferior tronco-piramidal. São
formadas por módulos e compostas por montantes, diagonais, horizontais, barras de
contraventamento e travamento. As ligações são aparafusadas e feitas por meio de chapas de
ligação. Podem ter seções transversais quadradas ou triangulares e possuir os seguintes
acessórios: tubulões de topo, plataformas de topo, plataformas externa e interna (de trabalho
ou descanso), escada, suportes de antena, etc. Podem ser constituídas por perfis laminados
e/ou chapa dobrada.
As torres tubulares de concreto (Figura 2.1-d) são estruturas com seção transversal em forma
de anel circular, com diâmetros externos acima de 4 m e paredes com cerca de 15 cm de
espessura. Possuem escada helicoidal e patamares internos. Utilizam o sistema de formas
deslizantes. Sua instalação é um pouco trabalhosa e é utilizada quando se requer uma rigidez
elevada para a estrutura.
Neste trabalho, concentra-se o estudo nas torres metálicas estaiadas de seção transversal
quadrada, constituídas por perfis laminados com ligações aparafusadas. Este tipo de estrutura
vem sendo largamente utilizado tanto em regiões pouco urbanizadas como em centros
densamente povoados, com as instalações feitas no próprio terreno (solo ou rocha) ou no alto
de edificações já existentes.
A Figura 2.2 apresenta a tipologia básica destas estruturas, sendo mostrada uma torre estaiada
com mastro central constituído por quatro módulos numerados de cima para baixo, contendo
dez seções cada, ao qual são ancorados os cabos ou estais. Próximo ao topo da estrutura
existe um conjunto de barras que se projetam para fora, chamado de dispositivo anti-torção.
Entre o dispositivo anti-torção e o topo da estrutura existe uma região sem pontos de
ancoragem de cabos, destinada a colocação de antenas e sendo conhecida por vão livre no
topo da torre. Nesta figura, é mostrado também o vão livre entre cabos, correspondendo à
distância vertical ao longo da torre entre dois pontos de ancoragem sucessivos.
6
Anti-Torção
Vão livre no
Módulo 1
topo da torre
Vão livre
Mastro
entre cabos
Módulo 2
Módulo 3
Módulo 4 Estais
Não existe um material único de referência para caracterizar ou mesmo padronizar todos os
elementos e modelos de torres metálicas estaiadas, até mesmo pelo fato destas torres serem
projetadas, inúmeras vezes, de modo a atender necessidades específicas. As características
das torres metálicas estaiadas de seção transversal quadrada descritas neste capítulo foram
baseadas em: experiência prática de projetistas; catálogos comerciais de fabricantes de torres;
procedimento do sistema Telebrás 240-410-600 Padrão (1996); norma canadense de torres
CSA S37-94; e norma americana de cabos estruturais – ASCE 19-96.
O mastro central das torres estaiadas é constituído de módulos, com comprimentos que, em
geral, variam de cinco a seis metros, com exceção de torres com altura inferior à dez metros,
para os quais se utilizam módulos com menor comprimento. Estes módulos são montados
individualmente na fábrica e no local da instalação é feita apenas a união dos mesmos através
de chapas de aço aparafusadas nas extremidades dos montantes. Os módulos, por sua vez, são
subdivididos em seções compostas por barras (perfis estruturais) com ligações aparafusadas
que, de acordo com o seu posicionamento e função são chamadas de: montantes, horizontais,
diagonais e barras de travamento interno. Existem algumas configurações mais usuais para o
posicionamento das barras principais, sendo uma delas apresentada na Figura 2.3:
7
Figura 2.3 – Disposição de barras em um seção
Na Figura 2.3, não são mostradas as barras de travamento interno, uma vez que as mesmas
são colocadas apenas nas extremidades de módulo em forma de “X”, em um plano horizontal
em relação à torre e portanto não podem ser vistas na figura acima que mostra uma visão
frontal de uma das faces da torre.
Os perfis estruturais mais comumente utilizados são as cantoneiras simples com abas iguais
de aço ASTM A36, conhecido comercialmente no Brasil como MR250, com tensão de
escoamento de 250 MPa, tensão de ruptura entre 400 e 500 MPa e módulo de elasticidade de
aproximadamente 201000 MPa.
8
Em torres metálicas estaiadas, deve-se instalar próximo ao topo da estrutura um dispositivo
especial que através da utilização de cabos adicionais num mesmo nível e afastados dos
montantes formando braços de alavancas adequados, absorvam os esforços de torção, sendo
portanto conhecidos por dispositivos anti-torção. No caso de torres com mais de 60 metros de
altura é recomendado a utilização de dois dispositivos anti-torção, sendo um próximo ao topo
e o outro à meia altura da estrutura.
O dispositivo anti-torção é usualmente constituído por um conjunto de quatro barras por face
da torre, sendo duas delas em posição horizontal e absorvendo esforços de tração e as duas
outras em posição inclinada sendo submetidas à esforços de compressão, o que justifica a
adoção de dois sites distintos conforme comentado anteriormente. Na Figura 2.4 é mostrado
um dispositivo anti-torção acompanhado de um detalhe da sua extremidade.
Na Figura 2.4, não são mostradas as duas barras em posição inclinada, por se tratar de uma
vista em planta, sendo estas barras encobertas pelas barras horizontais do anti-torçor. Estas
barras inclinadas são aparafusadas nas barras horizontais do anti-torçor na extremidade
superior e nos montantes na extremidade inferior. A ligação da extremidade do dispositivo é
geralmente feita com uma barra de aço soldada nas cantoneiras horizontais do anti-torçor.
9
Entre o topo da estrutura e o dispositivo anti-torção, existe uma região sem pontos de
ancoragem de cabos, cujo comprimento varia de 50 cm à 300 cm. Este é o chamado vão livre
no topo da estrutura, sendo destinado à colocação das antenas. Abaixo desta região, os cabos
são ancorados ao longo do mastro da torre, sendo recomendado que o vão livre na vertical
entre dois pontos de ancoragem sucessivos esteja entre 8 e 12 metros, com exceção de torres
com altura inferior à 10 metros, para as quais é utilizada uma distância menor.
Nas regiões onde ocorrem pontos de ancoragem de cabos, as barras horizontais apresentam
prolongamentos conhecidos vulgarmente como “orelhas” para que possa ser colocado um
pino de fixação do sapatilho que permita o encaixe do cabo. Na Figura 2.5 é mostrada a
região de ancoragem de cabos na torre.
Pela Figura 2.5, pode-se ver que em cada altura de ancoragem chegam quatro cabos distintos
em direções inclinadas de 45 graus em relação às faces da torre sendo os mesmos ancorados
nas “orelhas” das barras horizontais na extremidade superior e em pontos de fundações
laterais na extremidade inferior. No caso da existência de dispositivos anti-torção no ponto de
ancoragem (ver Figura 2.4), existem oito cabos e não apenas quatro como descrito
anteriormente. Neste caso, em cada extremidade do anti-torçor são ancorados dois cabos. A
Figura 2.6 apresentada à seguir, mostra uma vista em planta de uma torre metálica estaiada,
sendo indicados separadamente os cabos ancorados em dispositivos anti-torção (8 cabos) e em
ancoragens normais (4 cabos).
10
Ponto de
Ca C 3 Fundação
bo 6 ab
7 C abo o
4 ab
o
Ca
5
C
bo
bo
Face 3
Ca
8
Face 2
Face 4
Mastro
1 da Torre
Face 1
Ca
bo
Ca
bo
o2 Ca C
ab
4
bo 1 ab
C 3 o o
ab 2
C
Não existe uma regra para a determinação do número de pontos de fundação lateral
destinados à ancoragem de cabos em nenhuma das normas e procedimentos comentados
anteriormente. Porém, existe uma recomendação prática que sugere, que não se use mais de
três pontos de fundação lateral por montante, e que sejam ancorados até três cabos por ponto
de fundação ou no máximo quatro quando se tratar de cabos de dispositivo anti-torção. Esta
recomendação é baseada na experiência em torres já projetadas, além de possibilitar a redução
de custos financeiros com as fundações.
11
2.3 CABOS DE ESTAIS
Alma de
Aço
7 fios
(1 + 6)
A maior parte da deformação estrutural ocorre nos primeiros dias ou semanas de serviço do
cabo, dependendo da carga aplicada e pode ser quase totalmente removida por uma operação
que se convencionou chamar de pré-estiramento que consiste em submeter o cabo à uma força
de tração de acordo com um programa de carregamento pré-determinado. A norma americana
de cabos ASCE 19-96 especifica que todos os cabos estruturais devem ser submetidos à uma
força de pré-estiramento não inferior à 50% da capacidade resistente nominal do cabo.
12
De acordo com a norma canadense de torres CSA S37-94, o pré-tensionamento dos cabos na
região da ancoragem na fundação lateral é normalmente definido como sendo em torno de
10% da capacidade resistente nominal do cabo, admitindo-se pré-tensionamentos entre os
limites de 8 e 15%.
Nos pontos de ancoragens de cabos nas torres e nas fundações laterais, devem-se utilizar as
“terminações de cabos”, que são dispositivos fixados nas extremidades dos mesmos, de modo
a transferir a tensão do cabo para o ponto de ancoragem. Existem vários tipos de terminação
utilizados no mercado, tais como: soquetes, terminais prensados, laços com sapatilho fixos
por grampos, etc.
No caso do presente trabalho, o tipo de terminação utilizado foi o laço feito com o próprio
cabo ao redor do sapatilho e fixo com grampos. Os sapatilhos são peças metálicas utilizadas
para evitar a deformação e o desgaste excessivo do cabo na região dos olhais onde é feito o
laço. Os grampos (clips) são peças feitas de aço e fixadas ao longo do cabo de modo a evitar
que o laço se abra. A Figura 2.8 mostra este tipo de terminação:
13
2.4 TIPOS DE ANTENAS
As antenas utilizadas em torres metálicas estaiadas apresentam uma grande variação quanto à
geometria, posições na estrutura, parâmetros aerodinâmicos, estruturas de apoio, etc.
Geralmente são definidas quanto ao tipo, cota de instalação e direcionamento, com base em
seu diagrama de irradiação que pode ser encontrado nos catálogos comerciais de fabricantes.
Nestes catálogos são apresentadas as especificações de carregamento a considerar para uma
determinada direção de vento, as dimensões e a forma de fixação das antenas e dos suportes,
os elementos componentes e o peso do conjunto (antena e suporte).
Na classificação acima, SHF é a faixa de freqüência que vai de 3000 à 30000 MHz e utiliza as
antenas parabólicas cheias, UHF é a faixa de freqüência que varia de 300 à 3000 MHz e
utiliza as antenas helicoidais, log-periódicas, parabólicas vazadas e yagi, e VHF é a faixa de
freqüência que varia de 30 à 300 MHz utilizando as antenas yagi e log-periódicas.
No presente trabalho, foi admitido que as torres apresentavam antenas do tipo yagi, uma vez
que este é o tipo mais utilizado no mercado para o caso de torres estaiadas, além de permitir a
transmissão de sinais nas freqüências UHF e VHF. Na determinação da área exposta de
antenas para cálculo da força de vento, foi admitido que as antenas se encontram no primeiro
módulo (módulo do topo da torre), com área exposta igual à 7.5% da área de contorno do
módulo e coeficiente aerodinâmico igual a 1.2.
14
3 - MODELOS MATEMÁTICOS
Nas seções subsequentes serão apresentados individualmente cada um dos três modelos
matemáticos comentados acima.
15
3.1.1 Modelo Não Linear para Cabo Tensionado
No presente capítulo será apresentado um modelo não linear que admite deslocamentos e
deformações finitas para discretizar elementos de cabos tensionados. Nesta formulação são
assumidas as seguintes considerações básicas:
A Figura 3.1 mostra um elemento de cabo no espaço com sua respectiva representação
vetorial. Nesta figura a configuração indeformada do elemento é representada pelo segmento
AB, o tensionamento pelo segmento BC e o efeito térmico por BD, de modo que o cabo
indeformado após sofrer o efeito térmico é representado pelo segmento AD. Já a
configuração deformada do elemento, ou seja, após sofrer o efeito dos carregamentos nodais
externos, é representada pelo segmento A’C’. Os deslocamentos nodais AA’ e CC’ são
indicados pelos vetores p e q respectivamente.
Y
X
C'
q
C
Tensionamento
do Cabo c
B
Efeito
Térmico
-γt.l
D
Elemento
Deformado
l'
Elemento Indeformado
λt
com efeito térmico
p
A'
Figura 3.1 – Modelo não linear de elemento de cabo no espaço e sua representação vetorial
16
Sendo:
λc : vetor que representa a distância entre nós (segmento AC);
l : vetor que representa o comprimento inicial do cabo (segmento AB);
γt.l = α.∆T.l : efeito térmico, sendo α o coeficiente de dilatação térmica;
λt : vetor que representa a configuração indeformada com efeito térmico;
l’ : vetor com a configuração deformada;
p,q : deslocamentos nodais nas extremidades inicial e final;
µ= c : módulo do vetor c;
p + l’ = λt - γtl + c + q (3.1)
l’ = λt - γtl + c + q - p (3.2)
Fazendo:
z = q - p + c - γtl (3.3)
Tem-se:
l’ = λt + z (3.4)
l ' − λt
ε= (3.5)
λt
Lembrando que:
Sendo:
17
Portanto, substituindo-se (3.7) em (3.6):
l ' = ( Lt u + z ) T .( Lt u + z )
l ' = Lt u T u + Lt u T z + z T Lt u + z T z
2
(3.8)
Sabendo que:
u = (cosη,cosγ,cosξ) (3.9)
Então:
l ' = Lt + 2.Lt z T u + z T z
2
(3.11)
Lt + 2.Lt z T u + z T z − Lt
2
ε=
Lt
−1 −1
ε = 1 + Lt z T (2u + Lt z ) − 1 (3.12)
Fazendo:
−1 −1
δ = Lt z T (2u + Lt z ) (3.13)
ε = 1+ δ −1 (3.14)
18
3.1.1.2 Energia Potencial Total
ε
π = ∫ ∫ σ (ε ).dε dV (3.15)
V 0
onde:
σ (ε ) = E.ε : tensão no elemento de cabo;
E : modulo de elasticidade do material;
ε : deformação longitudinal;
V : volume do elemento de cabo.
ε
π = Lt. αc ∫ σ (ε )dε (3.16)
0
A Energia Potencial Total para um conjunto de “n” elementos de cabo será então:
n
Π ( x) = ∑ π − f T x + Π 0 (3.17)
i =1
sendo:
π : energia de deformação de cada elemento de cabo;
f : vetor que contém as forças nodais externas;
x : vetor com deslocamentos nodais livres do sistema;
Π0 : Energia Potencial Inicial do sistema.
Uma vez escrita a Energia Potencial Total do sistema como função dos deslocamentos livres,
as possíveis configurações de equilíbrio estático podem ser encontradas através de técnicas de
otimização, uma vez que estas posições correspondem a pontos de mínimo local da função
Π (x) .
19
O gradiente da função Energia Potencial Total de um arranjo de cabos tensionados é dado
pela derivada em relação aos xi deslocamentos livres do sistema como:
∂Π ( x) n
∇Π ( x ) = = ∑ ∇π − f (3.18)
∂x i i =1
ε
∇π = α c Lt .∇ ∫ σ (ε )dε
0
∇π = α c Lt .σ (ε ).∇ε (3.19)
x5
nó
x4 final
x6
x2
nó
x3 x1 inicial
ε = 1+ δ −1
20
Consequentemente:
∂ε 1 ∂δ
∇ε = = (1 + δ ) −1 / 2 . (3.20)
∂x K 2 ∂x K
−1 −1 −1 −2
δ= Lt z T (2u + Lt z ) = 2 Lt z T u + Lt z T z
Fazendo k = 1:
∂δ −1 ∂ −2 ∂
= 2.Lt . ( z T u ) + Lt . ( z T z) (3.21)
∂x1 ∂x1 ∂x1
Mas:
Portanto:
∂
( z T u ) = − cos η (3.22)
∂x1
∂
( z T z ) = −2( x 4 − x1 + ( µ − µ t ) cos η ) (3.23)
∂x1
∂δ −1 −1
= −2.Lt [cos η + Lt .( x 4 − x1 + ( µ − µ t ) cos η ] (3.24)
∂x1
21
Logo:
∂ε −1 −1
= − Lt (1 + δ ) −1 / 2 [cos η + Lt .( x 4 − x1 + ( µ − µ t ) cos η )] (3.25)
∂x1
∂ε −1 −1
= − Lt (1 + δ ) −1 / 2 [cos γ + Lt .( x 5 − x 2 + ( µ − µ t ) cos γ )] (3.26)
∂x 2
∂ε −1 −1
= − Lt (1 + δ ) −1 / 2 [cos ξ + Lt .( x 6 − x 3 + ( µ − µ t ) cos ξ )] (3.27)
∂x 3
∂ε ∂ε
=− (3.28)
∂x 4 ∂x1
∂ε ∂ε
=− (3.29)
∂x 5 ∂x 2
∂ε ∂ε
=− (3.30)
∂x 6 ∂x 3
∂π −1
= −α c Eε (1 + δ ) −1 / 2 [cos η + Lt .( x 4 − x1 + ( µ − µ t ) cos η )] (3.31)
∂x1
∂π −1
= −α c Eε (1 + δ ) −1 / 2 [cos γ + Lt .( x 5 − x 2 + ( µ − µ t ) cos γ )] (3.32)
∂x 2
∂π −1
= −α c Eε (1 + δ ) −1 / 2 [cos ξ + Lt .( x 6 − x3 + ( µ − µ t ) cos ξ )] (3.33)
∂x 3
22
∂π ∂π
=− (3.34)
∂x 4 ∂x1
∂π ∂π
=− (3.35)
∂x 5 ∂x 2
∂π ∂π
=− (3.36)
∂x 6 ∂x 3
Será apresentado agora um modelo linear para discretizar elementos de cabos tensionados,
admitindo-se deslocamentos e deformações infinitesimais. Nesta formulação são assumidas as
mesmas quatro considerações básicas do modelo não linear descrito anteriormente.
Conforme visto na Figura 3.1 e nas equações (3.3) e (3.4) para o modelo não linear:
l’ = λt + z e z = q - p + c - γtl
X
Y
-p
z
z q
c δ ∆L
l' -γt.l l'
λt
λt
23
A deformação longitudinal do elemento pode ser representada por:
∆L
ε= (3.37)
Lt
onde:
∆L : variação do comprimento no cabo;
Lt : comprimento indeformado do cabo com efeito térmico.
δ = zT u (3.38)
Consequentemente:
∆L δ
ε= = (3.39)
Lt Lt
Para um cabo com seção constante (αc) e comprimento (Lt), a energia potencial pode ser
representada da mesma maneira que no modelo não linear, ou seja, pela equação (3.16):
ε
π = Lt. αc ∫ σ (ε )dε
0
24
Pela equação (3.19):
∇π = α c Lt .σ (ε ).∇ε
Admitindo que :
δ
ε=
Lt
δ = zT u
sendo:
Então:
Fazendo k = 1:
∂δ ∂
= ( z T u ) = − cos η (3.41)
∂x1 ∂x1
∂ε 1
= − cos η (3.42)
∂x1 Lt
25
De forma análoga para k = 2,3,4,5 e 6:
∂ε 1
= − cos γ (3.43)
∂x 2 Lt
∂ε 1
= − cos ξ (3.44)
∂x 3 Lt
∂ε ∂ε
=− (3.45)
∂x 4 ∂x1
∂ε ∂ε
=− (3.46)
∂x 5 ∂x 2
∂ε ∂ε
=− (3.47)
∂x 6 ∂x 3
∂π
= −α c Eε cos γ (3.49)
∂x 2
∂π
= −α c Eε cos ξ (3.50)
∂x 3
∂π ∂π
=− (3.51)
∂x 4 ∂x1
∂π ∂π
=− (3.52)
∂x 5 ∂x 2
∂π ∂π
=− (3.53)
∂x 6 ∂x 3
26
3.1.3 Modelo Linear Clássico de Treliça Espacial:
Será apresentado agora um modelo linear clássico para discretizar elementos de treliça no
espaço, admitindo-se deslocamentos e deformações infinitesimais. Nesta formulação são
assumidas as mesmas quatro considerações básicas do modelo não linear para cabo
tensionado descrito anteriormente.
1 T
π= x KS x (3.54)
2
onde:
π : energia de deformação de um elemento de treliça;
x : vetor com deslocamentos nodais livres do sistema;
KS : matriz de rigidez do elemento de treliça em relação aos eixos da estrutura.
A Energia Potencial Total para um conjunto de “n” elementos de treliça será então:
n
Π ( x) = ∑ π − f T x + Π 0 (3.55)
i =1
sendo:
π : energia de deformação de cada elemento de treliça;
f : vetor que contém as forças nodais externas;
x : vetor com deslocamentos nodais livres do sistema;
Π0 : Energia Potencial Inicial do sistema.
27
O gradiente da energia de deformação de um elemento de treliça espacial, em função dos seis
deslocamentos nodais, será calculado à partir de (3.54):
∂π ( x)
= KS x (3.57)
∂x i
K S = RT K m R (3.58)
onde:
E : módulo de elasticidade do material;
A : área da seção transversal;
L : comprimento do elemento de treliça;
R : matriz de rotação para transformar de eixos de membro para eixos da estrutura;
Km : matriz de rigidez em relação aos eixos de membro;
Cx,Cy,Cz : cossenos diretores
28
3.2 ANÁLISE MODAL
d ∂T ∂T ∂ ∏
− + = Qi (3.60)
dt ∂x! i ∂xi ∂xi
onde:
T : Energia Cinética do Sistema;
∏ : Energia Potencial Total do Sistema;
Qi : Função das forças generalizadas que contém as forças não conservativas e de
amortecimento.
1 T
T= x! Mx! (3.61)
2
∂T
=0 (3.62)
∂xi
29
d ∂T
= M!x! (3.63)
dt ∂x! i
∂∏
= ∇ ∏ = g (x) (3.64)
∂xi
Qi = Pi - C x! i (3.65)
onde:
M : matriz de massa consistente do sistema;
C : matriz de amortecimento do sistema;
g(x) : vetor gradiente da Energia Potencial Total da estrutura;
P : vetor das forças nodais externas;
!x! : vetor das acelerações das coordenadas livres da estrutura;
x! : vetor das velocidades das coordenadas livres da estrutura.
M!x! + g ( x) = 0 (3.67)
O vetor gradiente g(x), que é uma função não linear dos deslocamentos nodais “x”, pode ser
expandido em série de Taylor no intervalo de convergência x* - y < x < x* + y , sendo y > 0 e
x* o vetor que representa um estado de equilíbrio estável da estrutura.
30
( )
g(x) = g x * +
g' (x* )
1!
(x − x* ) +
g" ( x * )
2!
( x − x * ) 2 + ... (3.68)
Como g(x) é a primeira derivada da Energia Potencial Total em relação aos deslocamentos
livres da estrutura, o valor de g(x*) na expansão em série de Taylor é g(x*) = 0, uma vez que
x* é um vetor que representa um ponto de equilíbrio estável da estrutura. Logo a equação
(3.68) resulta em:
[ ] * ∇ ∏( x )
∇ ∏( x) = ∇ ∇ ∏( x * ) ( x − x ) + ∇∇ ( x − x ) + ...
* 2
(3.69)
2
[ ](
∇ ∏ ( x ) ≅ ∇ ∇ ∏( x * ) x − x * ) (3.70)
O lado direito da equação (3.70) nada mais é do que a segunda derivada da Energia Potencial
Total em relação aos deslocamentos livres da estrutura. Substituindo-se as equações (3.18) e
(3.19) na equação (3.70) obtêm-se:
[ ]
∇ ∏( x) ≅ ∇ ∑ α c Lt σ (ε )∇ε c − f ( x − x * ) (3.71)
O gradiente dos termos entre colchetes corresponde a segunda derivada da Energia Potencial
Total do sistema, sendo representada pela matriz Hessiana – H(x*). Então:
31
Chamando:
d = x – x* (3.73a)
d! = x! (3.73b)
[ ]
Md!! + H ( x * ) d = 0 (3.74)
ω2 Md = [ H(x*) ] d (3.75)
onde:
ω2 : autovalores do sistema;
ω : freqüências naturais de vibração da estrutura (rad/seg);
d : modos de vibração da estrutura.
[
H ( x * ) = ∇ ∇ ∏( x * ) ]
T
(3.76)
[
H ( x * ) = ∇ ∑ ∇π − f ]
T
(3.77a)
ou
{
H ( x * ) = α c Lt ∇[σ (ε )](∇ε ) T + σ (ε )∇[∇ε ]
T
} (3.77b)
32
considerando-se o comportamento linear do material , a equação (3.77b) resulta em:
{
H ( x * ) = α c Lt ∇[Eε ](∇ε ) T + Eε .∇[∇ε ]
T
} (3.78)
Portanto, a equação geral da matriz Hessiana para um elemento de cabo ou treliça, será:
{
H ( x * ) = α c Lt E ∇ε (∇ε ) T + ε .∇[∇ε ]
T
} (3.79)
Chamando de G e L as matrizes:
G = ∇ε (∇ε ) T (3.80)
L = ∇[∇ε ]
T
(3.81)
H ( x * ) = α c Lt E.{G + ε .L } (3.82)
Nas equações (3.80) e (3.81) as matrizes G e L são quadradas e estão em função dos 6 (seis)
deslocamentos nodais livres do elemento. Estas matrizes estão definidas por:
Matriz G :
Chamando:
∂ε
Υi = (i = a,b,c) (3.83)
∂x i
Υa2 Υa Υb Υ a Υc − Υa2 − Υa Υb − Υa Υc
Υa Υb Υb2 Υb Υc − Υa Υb − Υb2 − Υb Υc
Υ Υ Υb Υc Υc2 − Υ a Υc − Υb Υc − Υc2
G = a 2c (3.84)
− Υa − Υa Υb − Υ a Υc Υa2 Υa Υb Υa Υc
− Υ Υ − Υb2 − Υb Υc Υa Υb Υb2 Υb Υc
a b
− Υa Υc − Υb Υc − Υc2 Υ a Υc Υb Υc Υc2
33
podendo ser facilmente calculada pela multiplicação das derivadas da energia de deformação
de cada elemento à partir das equações (3.25) à (3.30).
Matriz L :
∂
∂x
1
∂ ∂ε ∂ε ∂ε
L = ∇[∇ε ]
T
= ∂x 2 .. (3.85)
: ∂x1 ∂x 2 ∂x 6
∂
∂x 6
∂ ∂ε
lij = ( i = 1...6 ; j = 1...6 ) (3.86)
∂x i ∂x
j
l11 =
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
[ cos η + (Lt ) (x 4 − x1 + (µ − µ t ) cos η ) +
−1 (1 + δ ) ]
−1 / 2
(3.88)
2 Lt ∂x1 (Lt )2
l 22 =
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
[ cos γ + (Lt ) (x 5 − x 2 + (µ − µ t ) cos γ ) +
−1 (1 + δ ) ]
−1 / 2
(3.89)
2 Lt ∂x 2 (Lt )2
l 33 =
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
[
cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t )cos ξ ) +
−1 (1 + δ ) ]
−1 / 2
(3.90)
2 Lt ∂x3 (Lt )2
34
l 44 =−
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
[
cos η + (Lt ) (x 4 − x1 + (µ − µ t )cos η ) +
−1 (1 + δ )
]
−1 / 2
(3.91)
2 Lt ∂x 4 (Lt )2
l 55 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
[
cos γ + (Lt ) (x 5 − x 2 + (µ − µ t ) cos γ ) +
−1
](1 + δ ) −1 / 2
(3.92)
2 Lt ∂x 5 (Lt )2
l 66 =−
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
[
cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t )cos ξ ) +
−1 (1 + δ )
]
−1 / 2
(3.93)
2 Lt ∂x 6 (Lt )2
l12 =
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x1
[
cos γ + (Lt ) (x5 − x 2 + (µ − µ t )cos γ )
−1
] (3.94)
l13 =
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x1
[
cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t )cos ξ )
−1
] (3.95)
l 23 =
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt
[
∂x 2
cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t )cos ξ )
−1
] (3.96)
l 24 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x 2
[
cos η + (Lt ) (x 4 − x1 + (µ − µ t )cos η )
−1
] (3.97)
l 34 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x 3
[
cos η + (Lt ) (x 4 − x1 + (µ − µ t ) cos η )
−1
] (3.98)
l 35 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x 3
[
cos γ + (Lt ) (x5 − x 2 + (µ − µ t )cos γ )
−1
] (3.99)
l 45 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x 4
[
cos γ + (Lt ) (x 5 − x 2 + (µ − µ t ) cos γ )
−1
] (3.100)
l 46 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt ∂x 4
[
cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t )cos ξ )
−1
] (3.101)
35
l 56 = −
1 (1 + δ ) −3 / 2 ∂δ
2 Lt
[
∂x 5
cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t )cos ξ )
−1
] (3.102)
∂δ
∂x1
−1
[
= −2(Lt ) cos η + (Lt ) (x 4 − x1 + (µ − µ t )cos η )
−1
] (3.105)
∂δ
∂x 2
−1
[
= −2(Lt ) cos γ + (Lt ) (x 5 − x 2 + (µ − µ t ) cos γ )
−1
] (3.106)
∂δ
∂ 3
x
−1
[
= −2(Lt ) cos ξ + (Lt ) (x 6 − x 3 + (µ − µ t ) cos ξ )
−1
] (3.107)
∂δ ∂δ ∂δ ∂δ ∂δ ∂δ
=− =− =− (3.108)
∂x 4 ∂x1 ∂x 5 ∂x 2 ∂x 6 ∂x 3
A normalização dos autovetores da estrutura está baseado na proposta feita por Paz
(1997) da forma:
a ij
φ ij = (3.109)
a Tj Ma j
onde:
aij : matriz dos autovetores não normalizados;
φij : matriz dos autovetores normalizados;
aj : vetor modal j não normalizado;
M : matriz de massa consistente da estrutura.
36
3.3 ANÁLISE DINÂMICA
Este capítulo descreve um modelo matemático para a análise dinâmica de torres metálicas
estaiadas sujeitas à vibrações forçadas provocadas por carregamentos de vento. Esta
formulação é baseada na integração, na variável tempo, da equação de equilíbrio dinâmico,
utilizando um algoritmo do tipo Newmark.
M&x& + Cx& + g ( x ) = P
com condições iniciais conhecidas para x (0) , x& (0) e &x&(0) é integrada no tempo utilizando-se
um algoritmo preditor-corretor baseado no método de Newmark (1959).
1
x t + ∆t = xt + ∆tx& t + ∆t 2 − β1 &x&t + β1 &x&t + ∆ t (3.110)
2
sendo g tp+ ∆t o gradiente, no tempo t+∆t, da Energia Potencial Total calculado com
37
Os valores preditos para os deslocamentos e velocidades no tempo t+∆t são expressos por:
1
x tp+ ∆t = x t + ∆t x& t + ∆t 2 − β1 &x&t (3.113)
2
Após o cálculo dos deslocamentos e velocidades preditos, a aceleração no tempo t+∆t pode
então ser determinada através da equação (3.112) e em seguida corrigem-se os valores dos
deslocamentos e velocidades através das equações (3.110) e (3.111). Com os valores dos
deslocamentos e velocidades corrigidos pode-se então calcular a aceleração corrigida através
da equação (3.112) novamente.
média entre a aceleração no tempo inicial e no tempo final. O intervalo de tempo ∆t utilizado
neste algoritmo em geral deve ser pequeno, a fim de garantir a estabilidade numérica do
método, sendo aconselhável utilizar ∆t ≤ Tn /5 sendo Tn o menor período de vibração natural
da estrutura (Bathe e Wilson, 1976; Newmark, 1959).
Passo1: Com os valores iniciais conhecidos de x (0) , x& (0) e P(0) no tempo t = 0,
calcula-se a aceleração inicial:
Passo2: Cálculo dos valores dos deslocamentos e velocidades preditos no tempo t+∆t,
conforme equações (3.113) e (3.114):
1
x tp+ ∆t = x t + ∆t x& t + ∆t 2 − β1 &x&t
2
38
Passo3: Cálculo da aceleração no tempo t+∆t com os valores preditos de deslocamentos
e velocidades:
[ ]
&x&t + ∆t = M −1 P( t + ∆t ) − Cx& t p+ ∆ t − g ( x tp+ ∆ t ) (3.116)
[
&x&t + ∆t = M −1 P( t + ∆t ) − Cx& t + ∆ t − g ( x t + ∆ t )] (3.119)
Passo6: Comparação dos valores das acelerações obtidas nos Passos 3 e 5. Se for maior
que um determinado valor estipulado, volta-se ao passo 4 com os valores de
aceleração encontrados no Passo 5. Caso contrário começa-se um novo passo
de tempo.
N 2ζ ω
C = M ∑ n n φn φnT M (3.120)
n =1 M n
39
onde:
C : matriz de amortecimento da estrutura;
M : matriz de massa consistente da estrutura;
Mn = φnT Mφn : matriz de massa modal;
ωn : freqüência natural do modo “n” (rad/seg);
ζn : razão de amortecimento do modo “n”;
φn : vetor modal “n” normalizado.
A razão de amortecimento foi adotada como sendo igual 0.008 para todos os modos de
vibração, conforme recomendado na NBR 6123 (1988) para o caso de torres e chaminés de
aço com seção uniforme.
2 0 0 1 0 0
0 2 0 0 1 0
ρAL 0 0 2 0 0 1
M elemento = (3.122)
6 1 0 0 2 0 0
0 1 0 0 2 0
0 0 1 0 0 2
onde:
M elemento : matriz de massa consistente do elemento;
ρ : massa específica do elemento;
A : área da seção transversal;
L : comprimento do elemento.
40
Uma vez determinadas as matrizes de massa consistentes de cada elemento, a matriz de massa
consistente da estrutura pode ser obtida simplesmente adicionando as contribuições das
matrizes de massa de elemento nos locais apropriados na matriz de massa da estrutura.
41
4 - ANÁLISE ESTÁTICA DO VENTO SEGUNDO NBR 6123
Para a determinação do Coeficiente de Arrasto (Ca) em torres reticuladas, a norma NBR 6123
(1988) apresenta um gráfico, no qual este coeficiente varia de acordo com o Índice de Área
Exposta - φ. Este índice é definido como sendo a razão entre a área frontal efetiva de uma
das faces do reticulado e a superfície limitada pelo contorno do mesmo.
Vento na Face
0,25 0,25
y
x
0,25 0,25
Fa
42
4.2 PERFIL CONTÍNUO E DECOMPOSIÇÃO DA FORÇA DE ARRASTO
Conforme a Figura 4.2 apresentada a seguir, a força de arrasto para uma faixa de largura l1(z)
e altura dz é dada por:
dfa = Ca.q(z).l1(z).dz (4.1)
e para a região situada entre o topo da edificação h e a altura hi, a força Fa será dada por:
h
Fa = ∫ dfa
hi
(4.2)
2θ
c2
dfa
df Fa dz
l 1(z)
Ma h
ha z
hi θ θ
q(z)
c1
43
Isolando ha e considerando o valor de Fa expresso pela equação (4.3) determina-se:
h h h
= =
hi hi hi
ha = h h
(4.5)
Fa
∫C
hi
a .q ( z ).l1 ( z ).dz ∫ q( z).l ( z).dz
hi
1
Segundo a NBR 6123 (1988) e considerando-se a velocidade média do vento como uma
velocidade característica – Vk, a função q(z) em kgf/m2 pode ser obtida por:
Vk (V .S .S .S ) (V .S .S ) .S 2
2 2 2 2
q(z) = = 0 1 2 3 = 0 1 3 (4.8)
16 16 16
Fazendo:
K1 = (V0.S1.S3)2 / 16 (4.9)
e sabendo-se que numa altura z dada em metros, a norma de vento define S2 por:
44
sendo os valores dos parâmetros b, Fr e p para diversos intervalos de tempo e para as cinco
categorias de rugosidade do terreno utilizados conforme tabela extraída da própria norma.
c 2 p +1 2.tgθ 2 p+2
Fa = K2.Ca . 1 .(h 2 p +1 − hi )− .(h 2 p + 2 − hi ) (4.14)
2. p + 1 2. p + 2
c1
2p + 2
(
h 2 p + 2 − hi
2 p+2
− )
2.tgθ 2 p +3
2p +3
h (
− hi
2 p +3
)
ha = (4.15)
c1
2p +1
(
h 2 p +1 − hi
2 p +1
− )
2p + 2
h (
2.tgθ 2 p + 2
− hi
2 p+2
)
As equações (4.15), (4.14) e (4.6) resolvem o problema da relação entre o perfil vertical de
velocidades médias e o carregamento da estrutura na direção do vento. Adequando a força de
arrasto – Fa para o caso de torres metálicas quadradas (reticulado espacial), onde a área
frontal efetiva do reticulado é sempre menor que a área frontal da superfície de contorno o
que será considerado por seção da torre, deve-se multiplicar o valor de Fa pelo Índice de Área
Exposta φ. Assim, a equação (4.14) para torres reticuladas espaciais resulta:
c 2 p +1 2.tgθ 2 p+2
Fa = K2.Ca . 1 .(h 2 p +1 − hi )− .(h 2 p + 2 − hi ) .φ (4.16)
2. p + 1 2. p + 2
45
Como a altura “ha” de incidência de “Fa” não coincide com as cotas dos módulos das torres,
deve-se decompor as forças “Fa” de cada módulo, afim de obter a parcela do carregamento
nodal para cada seção da estrutura. O procedimento apresentado a seguir foi também
utilizado por Guimarães (2000).
Seja i um índice das seções variando de 1 até o número de seções NS. As Forças de Arrasto
Fai com as respectivas alturas hai e os momentos de tombamento Mai foram calculados
seguindo a formulação apresentada acima. Considerando hii com sendo o valor da cota
inferior de cada módulo da torre, conforme Figura 4.3 (onde está exemplificada uma torre
com 5 seções), temos:
k
Mak = ∑ Fa (ha
i =1
i i − hi k ) (4.17)
e
Mk = Fak.(hak – hik) (4.18)
F1
h1 Fa1s
Sec 1 Fa 1
Ma1
hi1 F2 Fa1 i M1
h2 Fa2s
Fa 2
Sec 2 Ma2
hi2 F3 Fa2i M2
h3 Fa 3s Fa3
Sec 3 Ma3
F4 Fa 3i ha1
hi3 M3
h4 Fa4s ha2
Fa4
Sec 4 Ma4 ha3
hi4 F5 Fa 4i M4
h5 Fa5s Fa 5 ha4
Sec 5 Ma5 Fa 5i ha5
hi5 Fb M5
46
Assim, fazendo o equilíbrio estático de momentos deste módulo, tem-se:
∑ M (hi ) = 0 ⇒ Fa s.(h
i i i − hii ) − Fai .(hai − hii ) = 0 (4.19)
∑ F = 0 ⇒ Fa i + Fa s = Fa
i i i (4.21)
que fornecerá:
Finalmente, a força no topo de um módulo i será dada pela soma das parcelas correspondentes
à força superior do respectivo módulo Fais e a força no nível inferior do módulo posicionado
acima Fai-1i.
É importante ressaltar que o coeficiente de arrasto Ca não é constante ao longo da torre, sendo
o seu valor calculado individualmente para cada um dos módulos em função do índice de área
exposto (φ) do respectivo módulo.
47
4.3 DETERMINAÇÃO DE FORÇAS ESTÁTICAS
A norma brasileira de vento apresenta o gráfico das Isopletas da velocidade básica do vento
V0 em todo o território nacional, com intervalos de 5 m/s. Portanto, na determinação de
esforços provenientes da ação do vento, deve-se primeiramente conhecer onde será instalada a
estrutura, possibilitando assim a determinação da velocidade básica do vento ao qual a
estrutura vai ser submetida.
Assim, é possível a determinação das pressões causadas pelo vento ao longo da estrutura a
partir do perfil contínuo de vento e, portanto, o cálculo das forças de arrasto resultantes por
módulo da torre, determinando suas distribuições e pontos de aplicação. Obtém-se então as
cargas nodais e, finalmente, é possível analisar a estrutura através da obtenção de
deslocamentos, reações de apoio e ações de extremidade de membros.
No presente trabalho, a velocidade básica do vento foi considerada igual a 45 m/s, o fator
topográfico S1 igual a 1.0 que corresponde a um terreno plano ou levemente acidentado e o
fator estatístico S3 igual a 1.1 relativo às edificações cuja ruína total ou parcial podem afetar a
segurança ou a possibilidade de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva.
48
• O estado limite de resistência é o início da plastificação da seção, no ponto de
maior tensão;
• O cálculo dos esforços solicitantes é feito em regime elástico, não sendo
considerada a redistribuição de esforços causados pela plastificação de uma ou
mais seções na estrutura;
• As cargas atuantes são consideradas com seus valores reais sem majoração (cargas
em serviço);
• A margem de segurança da estrutura fica embutida na tensão admissível adotada
para cada tipo de solicitação.
σ lim
σ solic < σ adm = (4.24)
FS
Esta tensão limite que aparece na equação acima representa um limite de desempenho do
elemento estrutural para uma determinada solicitação. Por exemplo, a tensão admissível no
caso de peças tracionadas será o menor valor entre: 0.60.Fy (escoamento da seção bruta, FS =
1/0.6 = 1.667) e 0.5.Fu (ruptura da seção líquida, FS = 1/0.5 = 2.0), sendo Fy e Fu as tensões
de escoamento e última do material.
Embora a Teoria Plástica de Dimensionamento (Estado Limite Último) seja mais utilizada na
prática, neste trabalho foi adotado o critério das tensões admissíveis porque um dos modelos
matemáticos utilizados na análise estática é baseado em uma formulação não linear que
permite grandes deslocamentos e deformações. O motivo para tal escolha é devido ao fato
que ao se multiplicar o carregamento “P” por um certo número (fator de majoração de
carregamento), o novo ponto de equilíbrio pode estar muito longe do ponto de equilíbrio
obtido com as cargas em serviço, podendo inclusive mudar de sinal, por exemplo, de tração
para compressão ou vice-versa. Portanto a idéia de multiplicar o carregamento, só pode estar
associada implicitamente, com a análise linear de estruturas, onde multiplicando-se o
carregamento por um certo número, os esforços são multiplicados por esse mesmo número.
49
4.5 DIMENSIONAMENTO DOS PERFIS
O dimensionamento dos perfis (cantoneiras simples) que compõem o mastro central da torre
baseou-se no critério das tensões admissíveis conforme norma do AISC: Manual of Steel
Construction - Allowable Stress Design (1989).
Como é próprio do modelo de treliça espacial, onde cada nó possui apenas três graus de
liberdade, sendo estes as translações em relação aos eixos ortogonais, na fase da resolução da
estrutura submetida à carregamentos nodais, surgem apenas esforços axiais no elemento. Se
forem consideradas as cargas de peso próprio distribuídas primeiro nos elementos antes de
transferidas aos nós, aparecerão esforços cisalhantes e momentos fletores nas barras, sendo
interessante verificá-las quando possuírem grandes comprimentos.
Considerando apenas os esforços axiais que são predominantes nas barras de torres, o critério
das tensões admissíveis recomenda que no dimensionamento à tração, seja verificada uma
peça quanto à ruptura da seção líquida que pode ocasionar o colapso da peça e quanto ao
escoamento da seção bruta que pode implicar em deformações exageradas, conforme
equações (4.25) e (4.26) respectivamente:
t1
Fadm = 0.50 Fu An (4.25)
t2
Fadm = 0.60 Fy Ag (4.26)
sendo:
Fu : tensão última do material;
O esforço resistente à tração admissível é considerado como sendo o menor dos dois valores
obtidos através das equações (4.25) e (4.26). No presente trabalho considerou-se a área
líquida como sendo igual à 75% da área bruta, ou seja, 25% para furos de parafusos.
50
Nas peças tracionadas, o índice de esbeltez, que é definido como sendo a relação entre o
comprimento da peça e o raio de giração da seção transversal, não tem importância
fundamental, uma vez que o esforço tende a retificar as hastes. As normas porém fixam
limites superiores para estes índices, visando reduzir efeitos vibratórios provocados por
impactos, ventos, etc. Segundo o critério das tensões admissíveis apresentado na norma do
AISC comentada acima, o índice de esbeltez em peças tracionadas não deve ultrapassar 300.
No caso de Kl / r ≤ C c :
( Kl / r ) 2
Q 1 − F y Ag
2C c2
Fadm = (4.27)
5 3 Kl / r (Kl / r )
3
+ 2 −
3 8 Cc 8C c3
No caso de Kl / r > C c :
12π 2 E. Ag
Fadm = (4.28)
23( Kl / r ) 2
Sendo:
Kl/r : índice de esbeltez máximo da peça;
E : módulo de elasticidade do material;
Fy : tensão de escoamento do material;
2π 2 E
Cc = (4.29)
Q.Fy
51
O fator de redução “Q” para levar em conta a flambagem local da peça será igual a 1 no caso
de cantoneiras simples que atendam a seguinte relação:
b / t ≤ 76 / F y (4.30)
sendo:
b : comprimento total da aba na cantoneira;
t : espessura da cantoneira;
Fy : tensão de escoamento do material em ksi.
No caso específico deste trabalho foi empregado o aço ASTM A36 com tensão de escoamento
igual a 36 ksi e todos os perfis utilizados atendem a relação apresentada na equação (4.30).
Portanto o fator de redução “Q” pode ser considerado igual a 1.
a) Peças Comprimidas:
• Montantes: 120;
• Demais peças principais (horizontais, diagonais e travamentos): 200;
• Peças secundárias: 240.
b) Peças Tracionadas: 300.
Os índices de esbeltez das peças neste trabalho foram calculados utilizando-se a fórmula
(4.31) conforme recomendação da própria norma canadense de torres CSA-S37 (1994):
KL
λ= (4.31)
rmín
52
sendo:
K = 1.0 : parâmetro que define o comprimento efetivo de flambagem;
L : comprimento do membro conforme Figura 4.4;
rmín : raio de giração mínimo da peça.
O dimensionamento dos cabos ou estais que compõem a torre foi feito conforme a norma
americana para cabos estruturais: ASCE 19-96 – Structural Applications of Steel Cables for
Buildings. Segundo esta norma, as tensões nos cabos devem ser verificadas para as seguintes
combinações de cargas:
2.2T1 (4.32)
2.0T2 (4.33)
sendo:
T1 : tensão nos cabos devido a cargas permanentes e pré-tensionamento dos cabos;
T2 : tensão nos cabos devido a cargas permanentes, pré-tensionamento dos cabos e
cargas de vento.
A capacidade resistente dos cabos é determinada pelo menor dos dois valores calculados pela
equação (4.34) apresentada à seguir:
53
sendo:
Sd : capacidade resistente do cabo;
Sn : capacidade resistente nominal do cabo (conforme informado pelo fabricante);
φf : fator de redução devido ao tipo de terminação do cabo;
φd : fator de redução devido à utilização de defletores.
Segundo a norma ASCE 19-96, o coeficiente φd deve ser considerado igual a 1.0 no caso de
não existirem defletores. Os defletores são peças metálicas encaixadas nos cabos e utilizadas
para fazer uma mudança na direção do cabo, sendo também conhecidos como selas. No caso
de torres metálicas estaiadas, os cabos não sofrem nenhuma mudança de direção ao longo de
seu comprimento e portanto não são utilizados defletores. Consequentemente, a capacidade
resistente dos cabos em torres metálicas estaiadas depende apenas do tipo de terminação
utilizado no cabo.
O dimensionamento de cabos estruturais apresentado na norma ASCE 19-96 não pode ser
enquadrado como Critério das Tensões Admissíveis nem como Estado Limite Último. Os
fatores aplicados à tensões nos cabos podem ser considerados como fatores de segurança em
relação a capacidade resistente dos cabos e de certa forma eles são análogos ao fator de
majoração da carga (γf) e o fator de minoração da resistência (φ) encontrados no
dimensionamento através do Estado Limite Último. Entretanto, devido ao fato da curva
tensão-deformação de cabos não apresentar um patamar de escoamento como as de aços
estruturais, os fatores de majoração de esforços e minoração da resistência estão relacionados
com a capacidade resistente (muito próximo da resistência última) do cabo em contraste ao
Estado Limite Último no qual eles estão relacionados com a tensão de escoamento.
54
5 - ANÁLISE DINÂMICA DO VENTO – MÉTODO DE MONTE CARLO
55
Davenport estudou os turbilhões que produzem cargas para uma determinada freqüência,
partindo de três hipóteses para chegar à resposta da estrutura: 1- a estrutura é elástica e a
resposta pode ser expressa conforme a equação de equilíbrio dinâmico; 2- a força média é a
mesma para escoamento turbulento e suave com mesma velocidade média; 3- flutuações na
velocidade e na força estão ligadas por uma transformação linear. Havendo uma relação linear
entre velocidade, força e resposta, e sendo gaussiana a distribuição de velocidades, segue que
também as distribuições da força e da resposta serão gaussianas e os espectros de resposta
poderão ser obtidos por meio de duas funções de admitância, que são funções que relacionam
as dimensões da construção e a dos turbilhões incidentes (admitância aerodinâmica) e a razão
entre a resposta permanente e a excitação (admitância mecânica).
Mais recentemente, outros autores também têm se dedicado ao estudo dos carregamentos
induzidos pelo vento. Por exemplo: Simiu (1974) propõe expressões para a variação do
espectro de vento com a altura; Solari (1982) estudou a resposta na direção do vento para
forças induzidas pela turbulência atmosférica; Ahmad et al (1984) estudaram analítica e
experimentalmente torres autoportantes de aço e de concreto por meio de ensaios em túnel de
vento; Solari (1986) propõe fórmulas para o espectro de potência a partir dos estudos de
turbulência atmosférica; Reed (1987) estudou vários parâmetros envolvidos nos projetos
relativos aos efeitos do vento; Solari (1988) estudou as flutuações de velocidade estimando as
respostas dinâmicas das estruturas na direção do vento através da técnica do espectro de
resposta; etc.
A norma brasileira, ainda que baseada no processo de Davenport, difere dele na determinação
dos parâmetros que definem a ação estática do vento, além de destacar que a vibração da
estrutura, em seus modos naturais, dá-se em torno da posição deformada definida pelas
pressões causadas pela componente estática do vento (velocidade média). Admitem-se as
seguintes hipóteses fundamentais: 1) as componentes da velocidade do vento são processos
estacionários com média zero; 2) na determinação da resposta estrutural na direção da
velocidade média do vento, só é considerada a influência da componente flutuante nesta
direção; 3) a estrutura é discretizada em várias partes sendo que, em um dado instante, a ação
total do vento, na direção da velocidade média em cada parte é composta de duas parcelas de
ações: uma média e uma flutuante. Maiores detalhes podem ser vistos em Blessmann (1998).
56
Situações como a presença de obstáculos naturais de grande porte nas imediações à barlavento
de uma estrutura influenciando o espectro de energia de rajadas incidentes, ou ainda a indução
de perturbações importantes no escoamento causadas pelas dimensões e/ou formas da
edificação, podem requerer uma avaliação mais precisa o que pode ser conseguido em um
ensaio no túnel de vento. Neste caso, o modelo deve ser representativo quanto às suas
características geométricas, estruturais, condições de relevo e ser submetido a um escoamento
semelhante à situação real.
O método de Monte Carlo está relacionado com o ramo da matemática que diz respeito aos
experimentos com números aleatórios. A simulação do fenômeno de interesse é obtida
submetendo seqüências de números aleatórios disponíveis a transformações apropriadas. As
novas seqüências assim determinadas podem ser vistas como dados, isto é, como amostras do
processo aleatório as quais são representativas das propriedades estatísticas do fenômeno
envolvido.
Esta técnica foi utilizada por Franco (1993) e Guimarães (2000) e consiste basicamente na
simulação computacional das pressões flutuantes do vento que atuam em uma determinada
estrutura.
É gerado um número de registros em função do tempo pela variação aleatória dos ângulos de
fase das m funções. A análise estatística da resposta é realizada e a resposta característica,
correspondente a uma probabilidade de 95% de ocorrência, associada a uma coordenada
relevante é calculada.
57
Finalmente, a estrutura é excitada pela combinação aleatória das forças harmônicas cuja
resposta máxima é a mais próxima da resposta característica. Obtém-se assim, com boa
aproximação, os valores característicos para todos os deslocamentos e forças nos elementos.
A análise por simulação pelo método de Monte Carlo foi escolhida por se constituir em uma
ferramenta eficiente, como mostrou Franco em sua aplicação no projeto do edifício Centro
Empresarial Nações Unidas em São Paulo-SP (Marginal Pinheiros/Brooklin), além de
possibilitar o estudo de problemas não lineares, como os que ocorrem, por exemplo, em
estruturas muito flexíveis.
+∞
σ = ∫ S (n)dn
2
(5.1)
−∞
A densidade espectral Si(n) numa direção “i” tem por unidade [velocidade2]/freqüência e um
gráfico com o aspecto da Figura 5.1 que mostra o já clássico espectro de potência da
componente longitudinal da velocidade do vento, que foi determinado a 100 metros de altura
por Van der Hoven, em Brookhaven (Long Island – USA) e apresenta duas regiões bem
distintas.
58
as mais importantes estão situadas entre dez minutos e um segundo, apresentando um pico
num período de aproximadamente um minuto.
Esta separação do espectro permite tratar o vento como sendo composto de duas partes: vento
médio na região macrometeorológica e rajadas na região micrometeorológica.
Entre estas duas regiões, estende-se uma zona de pouca energia centrada em cerca de meia
hora que permite a distinção nítida entre o vento médio e as rajadas. Esta região intermediária
de pouca energia, justifica a adoção de um intervalo de tempo que varia entre 10 minutos e 1
hora para a determinação da velocidade média usada para fins de projeto estrutural.
Entretanto, em alguns países, dentre os quais está o Brasil, as condições de leitura e registro
tornam mais conveniente adotar como referência, intervalos de tempo muito curtos (2 à 5
segundos). Nestes intervalos de 3 segundos são definidos os valores de pico da velocidade na
NBR 6123 (1988).
Partindo destes valores que são praticamente instantâneos, é possível determinar a velocidade
média avaliada em um intervalo de tempo de, por exemplo, 10 minutos, conforme o gráfico
da Figura 5.2. Assim, é possível obter-se uma razão entre a pressão de pico e a pressão média,
ou em outras palavras, calcular a porcentagem entre a pressão média e a pressão máxima
flutuante para o pico total de pressão. Nesses termos, a razão entre pressão média
(considerada quando t=10 minutos) e de pico (t=3 segundos) será dada por:
59
2
p600 (1 / 2) ρ V600
2 2
V600
= (0,69)2 = 0,48
V600
= = = (5.2)
p3 (1 / 2) ρ V32
V3 2
V3
significando que 48% da pressão total é constante e, portanto, 52% representam rajadas
(pressões flutuantes).
1.7
1.6
1.5
UT 1.4
U3600
1.3
1.2
1.1
1.0
1.0 10.0 100.0 1000.0 10000.0
t (s)
Os primeiros autores que mediram espectros de potência de vento, não consideravam sua
dependência com a altura z. Várias expressões empíricas foram propostas para o espectro de
potência reduzido como uma função da freqüência e da velocidade média do vento Uo em
uma cota de 10 m em terreno aberto e plano. Citam-se algumas expressões propostas que
representam razoavelmente os dados experimentais disponíveis:
Davenport:
n S (n) x2 1200 n
= 4 ; x= (5.3)
u *2 (1 + x 2 ) 4 / 3 U0
Lumley and Panowsky:
nS (n) x 990 n
=4 ; x= (5.4)
u*2
1 + x5/3 U0
60
Harris:
nS (n) x 1800 n
=4 ; x= (5.5)
u*2
(2 + x 2 ) 5 / 6 U0
nS ( z , n) 200 f nz
= ; f = (5.6)
u* 2
(1 + 50 f ) 5 / 3 UZ
Comparando a expressão de Kaimal com a de Davenport para vários valores de z, pode ser
visto que na faixa de freqüência acima de 0,1 Hz, onde se situa a freqüência natural das
edificações usualmente encontradas, a expressão de Davenport produz maiores valores
espectrais que a de Kaimal para alturas até a ordem de 100 metros. Com o propósito de
simplificar e trabalhar a favor da segurança, foi adotado o espectro proposto pelo National
Building Code of Canada (1985), que consiste na expressão de Davenport ligeiramente
modificada. Assim adota-se a seguinte expressão para o espectro de potência:
nS (n) x2 1220 n
= 4 ; x= (5.7)
u *2 (1 + x 2 ) 4 / 3 U0
dW = S ( z , n)dn (5.8)
Quando da utilização de uma escala logarítmica, é mais conveniente trabalhar com o espectro
reduzido Sr(z,n), sendo u * a chamada velocidade de fricção (função da rugosidade do
terreno):
n S ( z , n) 1 dW
S r ( z , n)d (ln n) = 2
dn = 2 (5.9)
u* n u*
61
S(z,n) Sr(z,n)
dW/(u* )2
dW
n ln(n)
dn d(ln(n))
A hipótese usual, também adotada por Davenport (1963) e Simiu (1974), válida para baixa
intensidade de turbulência, admite que o espectro de pressões flutuantes S p ' ( z , n) pode ser
S p ' ( z , n) = ( ρ c ar U z ) 2 S ( z , n) (5.10)
62
5.2.5 Decomposição da Pressão Flutuante
Segundo hipóteses adotadas no método de simulação de Monte Carlo, a pressão flutuante p’(t)
em todos os pontos da estrutura corresponde a 52% da pressão total, constituindo um processo
aleatório, estacionário, ergódico e gaussiano com média zero, podendo ser representado
através de uma integral de Fourier:
+∞
p' (t ) = ∫ C (n) cos[2 πn t − θ (n)]dn (5.12)
−∞
com
C ( n ) = A 2 ( n) + B 2 ( n) (5.13)
B ( n)
θ (n) = tan −1 (5.14)
A(n)
∞
A(n) = ∫ p' (t ) cos 2πntdt
−∞
(5.15)
∞
B ( n) = ∫ p' (n)sin2πntdt
−∞
(5.16)
Considerando que o processo seja ergódico, pode-se definir entre outros os seguintes
parâmetros estatísticos:
∫ [p' (t )] dt
1
p ' 2 (t ) = lim T →∞
2
(5.18)
T 0
∫ [p' (t ) − p' (t )] dt
1
σ 2 = lim T →∞
2
(5.19)
T 0
63
Como o processo tem média zero, então:
p ' (t ) = 0 (5.20)
∫ [p' (t ) − 0] dt
1
σ 2 = lim T →∞
2
T 0
∫ [p' (t )] dt = p'
1
σ = lim T →∞
2 2 2
(t ) (5.21)
T 0
Franco (1993) propõe o uso de no mínimo 11 funções harmônicas (m≥11) sendo o período de
uma delas coincidente com o período fundamental da estrutura e as outras terão períodos que
serão múltiplos e submúltiplos do período fundamental. Em escala logarítmica, isso resulta
em espaçamentos iguais entre as componentes, conforme pode ser visto na Figura 5.4:
Ressonância
Sr (n)
64
Portanto, a equação (5.12) pode ser representada de forma adequada por:
m
p ' (t ) ≅ ∑ C K . cos(2πn K t − θ K ) (5.22)
K =1
ou mudando-se a notação:
m
2π
p' (t ) ≅ ∑ C K . cos( t −θK ) (5.23)
K =1 Tr rK
rk = 2 k − r (5.24)
+T / 2
∫ [p' (t )] dt
1
p ' 2 (t ) =
2
(5.25)
T −T / 2
+T / 2 2
1 m
p ' 2 (t ) = ∫ ∑ C K . cos(2πn K t − θ K ) dt
−T / 2 K =1
T
Lembrando que:
ωK
nK = ⇒ ω K = 2πn K
2π
Então:
+T / 2
∫ [C ]
+T / 2
1
p ' (t ) = cos 2 (ω 1t − θ 1 ) + 2C1C 2 cos(ω 1t − θ 1 ) cos(ω 2 t − θ 2 ) + C 2 cos 2 (ω 2 t − θ 2 ) + ... dt
2 2 2
1
T −T / 2
65
Como a integral: ∫ cos at. cos bt = 0 para a ≠ b em um intervalo simétrico, a equação
∫ [C ]
+T / 2
1
p ' 2 (t ) = cos 2 (ω 1 t − θ 1 ) + C 2 cos 2 (ω 2 t − θ 2 ) + ... dt
2 2
1
T −T / 2
Lembrando que:
1 + cos(2ωt )
cos 2 (ω .t ) =
2
Pode-se escrever:
+T / 2
1 2 1 + cos(2ω1t − θ1 ) 2 1 + cos(2ω 2t − θ 2 )
p '2 (t ) =
T ∫ C1
−T / 2 2
+ C2
2
+ ... dt
1 2 1
+T / 2 +T / 2
p '2 (t ) = C1 t +
1
sen (2ω1t − θ 1) + ...
T 2 −T / 2 4ω1
−T / 2
1 2 T 2 T
p '2 (t ) = C1 2 + const1 + C2 2 + const2 + ...
T
2
m 2 2
C C C
p ' (t ) = 1 + 2 + ... = ∑ K
2
(5.26)
2 2 K =1 2
Como o valor quadrado médio é igual a variância pode-se igualar as equações (5.26) e (5.1),
obtendo-se:
m 2 +∞
CK
∑
K =1 2
= ∫ S (n)dn (5.27)
−∞
66
Portanto:
C K = 2 ∫ S (n)dn (5.28)
K
As amplitudes das m funções harmônicas de p’(t) podem ser expressas pela equação:
CK
p K' = m
p' = c K p ' (5.29)
∑C
K =1
K
Ressonância
67
5.2.6 Correlação Espacial de Velocidades e Pressões Flutuantes
r = ( y2 − y1 ) 2 + ( z 2 − z1 ) 2 (5.30)
sendo que quanto maior for o valor de r, menor será a correlação das flutuações de
velocidade entre os pontos 1 e 2. Uma medida dessa correlação é o coeficiente de correlação
cruzada de banda estreita Coh(r,nk), também chamado coeficiente de coerência, o qual é
função da freqüência nk da flutuação considerada e da distância r, cuja expressão é dada por:
n
) = exp − K C Z ( z 2 − z 1 ) 2 + C Y ( y 2 − y1 ) 2
2 2
(5.31)
Coh(r , n K
U0
7 ∆z n k
Coh(∆z , n k ) = exp − (5.32)
U0
onde pode ser observado que o coeficiente de correlação varia de 1 (∆z=0) a 0 (∆z→∞). Sua
representação gráfica (Figura 5.6) sugere o conceito de dimensão da rajada, ou dos turbilhões,
que significa uma dimensão de uma rajada perfeitamente correlacionada que induz o mesmo
efeito sobre a estrutura. Essa equivalência é obtida com boa aproximação equacionando as
resultantes das pressões p’, cujo coeficiente de correlação é:
2
7 ∆z n k 14∆z n k
Coh( p ' )(∆z , n k ) = exp − = exp − (5.33)
U0 U0
68
sendo a altura ∆z0k da rajada equivalente dada por:
∞
14∆z n k U
∆z 0 k = 2∫ exp − d (∆z ) = 0 (5.34)
0 U0 7 nk
∆z
Centro de
2Uo/7nk
Rajada Uo/7nk
∆z
Nas aplicações do conceito de rajada equivalente, seu centro de rajada deve ser definido
deterministicamente. Isto pode ser feito, a princípio, admitindo que as rajadas são
estacionárias e calculando para cada uma das m funções, a posição que maximiza a resposta
relevante na estrutura (deslocamento, velocidade, aceleração ou ações de extremidade). Na
prática contudo, é suficiente supor que todas as rajadas elementares têm o mesmo centro e
determinar a posição mais desfavorável do centro de rajada ressonante. Neste trabalho adota-
se o centro de rajadas como estando inicialmente entre 75% e 85% da altura da estrutura,
tomando posteriormente, a cota superior da seção onde este valor incide.
69
As pressões flutuantes obtidas conforme a Figura 5.5 devem ser multiplicadas pelo coeficiente
de decaimento linear da rajada conforme está esquematizado na Figura 5.7, cujo valor varia
de 1 a 0.
k = 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Centro de
cdl = 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Rajada
Até aqui, foi mostrado que no centro da rajada supostamente estacionária a pressão máxima é
a soma da componente constante P que corresponde ao vento médio e da componente
flutuante p’. Esta última pode ser decomposta em m funções cossenoidais de amplitudes (ck .
p’), onde a soma dos coeficientes ck é 1. Esta aproximação poderá ser aperfeiçoada pelo
aumento de m observando-se as seguintes condições: a) m ≥ 11; b) o período de uma das m
funções deve coincidir com o período fundamental da estrutura; c) os períodos das outras
funções devem ser múltiplos e submúltiplos do período fundamental.
70
defasagem entre as m funções harmônicas ocorrendo simultaneamente. Consequentemente, a
força devida à pressão flutuante em um determinado ponto será dado por:
m
p' (t ) = Fa .Ppf .cdl.∑ (c K . cos(ω K t − θ K )) (5.35)
K =1
sendo:
Fa : força de arrasto determinada na análise estática;
É agora possível excitar a estrutura simultaneamente pelas m funções com ângulos de fase
aleatórios. Para cada combinação de valores de θk haverá uma análise no tempo
correspondente à duração da rajada que se supõe ser da ordem de 400 a 600 segundos. O valor
máximo da coordenada generalizada relevante (que no caso do presente trabalho será o
deslocamento do topo da estrutura na direção do vento) será determinado em cada caso. O
valor característico da resposta associada com esta coordenada será avaliado por meio de uma
análise estatística assumindo a distribuição de extremos do Tipo I (Gumbel) com 5% de
possibilidade de ser superada. Neste trabalho foram realizadas 20 análises no domínio do
tempo.
Uma vez obtidos os resultados para a análise dinâmica no domínio do tempo para cada bloco
de números aleatórios, correspondentes aos ângulos de fase das rajadas, necessita-se
determinar um valor que corresponderá a um determinado índice de probabilidade de
ocorrência, sendo este índice de 95%, o qual limita em apenas 5% a probabilidade deste valor
71
ser superado. Neste trabalho utilizou-se a distribuição de Gumbel, que segue aqui
devidamente ordenada, onde p corresponde ao índice 0.95.
π
α~ = (5.37)
σ 6
γ
x=µ− ~ ; γ = 0,5772157 (5.38)
α
O valor característico desejado xc pode então ser encontrado, após definida uma probabilidade
p de ocorrência (0,95) pela seguinte equação:
w
xc = x + ~ (5.39)
α
72
6 - PROGRAMAS COMPUTACIONAIS
Para fazer as análises estática, modal e dinâmica de torres metálicas estaiadas foram
desenvolvidos quatro programas computacionais em linguagem Pascal utilizando o
compilador Free-Pascal, além de usar um programa em linguagem Fortran desenvolvido por
Guimarães (2000) para o cálculo das forças provocadas por cada uma das funções harmônicas
que constituem a parcela flutuante do vento. Serão apresentados à seguir cada um destes
programas na forma de fluxogramas acompanhados de explicações referentes à cada um dos
blocos que os constituem.
INÍCIO
ENTRADA DE DADOS
GERAÇÃO DE NÓS
GERAÇÃO DE ELEMENTOS
BITOLAS
IMPRESSÃO
FIM
73
ENTRADA DE DADOS: Neste bloco é feito a leitura do arquivo de entrada de dados e a
inicialização dos arquivos de saída de resultados do programa, preparando-se as variáveis para
o processo. Os dados de entrada lidos de um arquivo texto contém basicamente parâmetros
geométricos necessários para a geração da torre, tais como: número de nós, vão livre no topo
da torre e entre pontos de ancoragem de cabos, número de módulos e de seções, etc.
BITOLAS: Nesta etapa é sugerido um pré-dimensionamento das bitolas dos perfis e dos
cabos em função da altura da torre, do tipo de elemento e do módulo onde ele se encontra.
Este pré-dimensionamento é baseado em recomendações práticas e nos resultados obtidos nas
torres analisadas com o programa de análise estática (AETEQ). É importante ressaltar que em
uma mesma torre, todos os elementos de cabo tem a mesma bitola.
74
IMPRESSÃO: Neste bloco são gerados dois arquivos de saída, sendo o primeiro do tipo
“script” para a visualização gráfica da estrutura no AutoCad e o segundo do tipo “texto”
contendo as características geométricas da torre, propriedades mecânicas dos materiais e
alguns parâmetros de vento, já em formato compatível para ser utilizado como arquivo de
entrada de dados no programa de análise estática (AETEQ).
Este programa permite a utilização de três modelos matemáticos distintos para discretizar os
elementos de cabo ou barra que compõem a torre: 1 – Modelo não linear de cabo e não linear
de treliça (Pulino, 1991); 2 – Modelo linear de cabo e linear de treliça (Pulino, 1998); ou 3 –
Modelo não linear de cabo (Pulino, 1991) e linear clássico de treliça (Gere e Weaver, 1987).
75
O programa determina a posição de equilíbrio estático da estrutura através da minimização da
Energia Potencial Total do sistema, utilizando um algoritmo do tipo Quasi-Newton e em
seguida verifica a capacidade resistente dos elementos de treliça conforme critério das
Tensões Admissíveis – AISC e dos elementos de cabo conforme a norma americana de cabos
estruturais do ASCE. O programa lê as propriedades geométricas e mecânicas dos elementos
de cabo e de treliça diretamente de um banco de dados de cabos (Cabo.aco) e de um banco de
dados de perfis (Perfil.aco). Por último, é feito a verificação da rotação limite da antena mais
alta conforme definido no procedimento Telebrás.
INÍCIO
QUASI-NEWTON IMPRESSÃO
FIM
PROGRAMA PRINCIPAL: Neste bloco é feito a leitura dos nomes dos arquivos de entrada
de dados e de saída de resultados do programa, a escolha do tipo de análise estática à ser
realizado (1 – análise sem vento ou 2 – análise com vento) e o modelo matemático utilizado
na discretização da estrutura (1 – não linear de cabo e treliça, 2 – linear de cabo e treliça, ou 3
– não linear de cabo e linear clássico de treliça), conforme descrito anteriormente. Além disso,
preparam-se as variáveis para a leitura e processamento de dados.
76
SETUP: Inicialmente, é feito a leitura do banco de dados de cabos (Cabo.aco) e do banco de
dados de perfis (Perfil.aco), para a obtenção das propriedades geométricas e mecânicas dos
elementos utilizados na discretização da torre. Em seguida, abre-se o arquivo de entrada de
dados, gerado pelo programa GTEQ, que contém os dados necessários para a análise da
estrutura, tais como: número de nós e de elementos, coordenadas nodais, conectividades,
carregamentos nodais, parâmetros de vento, etc. Por último, é feito a reordenação dos graus
de liberdade da estrutura, começando com os graus de liberdade livres (1,2,...,n) seguidos
pelos restringidos (n+1,n+2,...,ndf), sendo n e ndf o número de graus de liberdade livres e o
número de graus de liberdade total da estrutura respectivamente.
PESO PRÓPRIO: O peso por unidade de comprimento de cada elemento lido do banco de
dados é multiplicado pelo comprimento do mesmo, obtendo-se o peso total do elemento e em
seguida este peso é dividido em duas partes iguais, sendo cada uma delas aplicada nos dois
nós de extremidade na direção vertical.
VENTO: Este bloco calcula a carga de vento por módulo da torre em função da classe do
trecho analisado (A, B, ou C), conforme recomendado na norma NBR- 6123 e depois
subdivide esta força em duas parcelas, sendo uma na extremidade superior e a outra na
extremidade inferior do módulo de acordo com o procedimento usado por Guimarães (2000).
No caso de análise estática sem vento, este bloco não será utilizado.
77
CABLE DESIGN: Calcula os máximos esforços atuantes nos elementos de cabo por site,
sendo o site definido como o conjunto de cabos com mesma altura de ancoragem ao longo do
mastro da torre. Uma vez determinados estes esforços máximos, os mesmos são multiplicados
pelos fatores de segurança (2.0 ou 2.2), conforme se trate de análise com ou sem vento
respectivamente e em seguida comparam-se estes valores com a capacidade resistente por site,
calculada conforme a norma americana de cabos estruturais ASCE 19-96.
REACTION: Calcula as reações de apoio no mastro central da torre e nas fundações laterais
de ancoragem de cabos. É importante ressaltar que, ao se utilizar uma formulação matemática
via energia de deformação dos elementos que constituem a estrutura, a reação de apoio para
um nó com grau de liberdade restringido em uma determinada direção no espaço
corresponderá ao valor do gradiente da Energia Potencial Total nesta direção.
IMPRESSÃO: Neste bloco são impressos dois arquivos de saída de dados. O primeiro com o
nome “desloc.dat”, contendo somente os deslocamentos nodais da estrutura, já em formato
compatível para ser utilizado nos programas de análise modal (FMVTEQ) e dinâmica
(ADTEQ). O segundo arquivo corresponde ao memorial de cálculo da estrutura, onde são
apresentados os resultados mais importantes da análise estática como: deslocamentos nodais,
coordenadas da estrutura deformada, tensões e deformações nos elementos de cabo e de
treliça, cargas nodais decorrentes da atuação do vento, esforços de compressão e de tração
máximos e capacidade resistente nos elementos de treliça por site e os esforços máximos e
capacidade resistente em elementos de cabo por site, reações de apoio e verificação da rotação
da antena mais alta conforme procedimento Telebrás.
78
6.3 PROGRAMA FMVTEQ
No programa é utilizado o modelo não linear de cabo e não linear de treliça (Pulino, 1991), no
qual a segunda derivada da função Energia Potencial Total é descrita pela matriz Hessiana.
As propriedades geométricas e mecânicas dos elementos de cabo e de treliça são obtidas
diretamente de um banco de dados de cabos (Cabo.aco) e de um banco de dados de perfis
(Perfil.aco). O problema de autovalores e autovetores é resolvido utilizando-se um algoritmo
do tipo Jacobi Generalizado.
INÍCIO
MONTAGEM IMPRESSÃO
JACOBI AMORTECIMENTO
FIM
79
PROGRAMA PRINCIPAL: Neste bloco é feito a leitura dos nomes dos arquivos de entrada
de dados e de saída de resultados e a inicialização dos mesmos, preparando-se as variáveis
para a leitura e processamento de dados.
JACOBI: Este bloco utiliza o método de Jacobi Generalizado para a determinação dos
autovalores e os autovetores do sistema, no qual a matriz de transformação é determinada de
modo a zerar simultaneamente os elementos situados fora das diagonais principais nas
matrizes de massa e hessiana da estrutura. Vale lembrar que as matrizes hessiana e de massa
do sistema são simétricas e positivas definidas e, portanto, neste procedimento são usados
apenas os elementos situados na diagonal principal e os acima da diagonal principal. Este
algoritmo é baseado no procedimento proposto por Bathe e Wilson (1976).
80
ORDENAÇÃO: Neste bloco é feito a ordenação dos autovalores em ordem crescente e o
cálculo das freqüências circulares da estrutura (rad/seg), à partir dos autovalores, lembrando
que estas freqüências correspondem à raiz quadrada do autovalor.
O programa RAJADA calcula apenas as amplitudes das forças decorrentes das parcelas
flutuantes do vento, sendo as suas variações ao longo do tempo determinadas no próprio
programa ADTEQ, em função dos ângulos de defasagem e das freqüências circulares de cada
uma das funções harmônicas que compõem as rajadas.
Neste programa, foi utilizado o modelo matemático não linear de cabo e não linear de treliça
(Pulino, 1991) na discretização dos elementos que compõem a estrutura. Em seguida será
apresentado o fluxograma do programa ADTEQ na Figura 6.4 e explicações referentes aos
blocos que o compõem:
81
INÍCIO
SETUP TRUSSMAXCARGA
AMORTECIMENTO IMPRESSÃO
DECOMPOSIÇÃO FIM
PROGRAMA PRINCIPAL: Neste bloco é feito a leitura dos nomes dos arquivos de entrada
de dados e de saída de resultados e a inicialização dos mesmos, preparando-se as variáveis
para a leitura e processamento de dados.
SETUP: Faz a leitura do banco de dados de cabos (Cabo.aco) e do banco de dados de perfis
(Perfil.aco), para a obtenção das propriedades geométricas e mecânicas dos elementos
utilizados na discretização da torre. Em seguida, são feitas as leituras do arquivo de entrada
de dados e do arquivo contendo os deslocamentos nodais da estrutura, sendo este último
gerado pelo programa de análise estática (AETEQ). Posteriormente, é feito a reordenação dos
graus de liberdade da estrutura, começando com os graus de liberdade livres (1,2,...,n)
seguidos pelos restringidos (n+1,n+2,...,ndf), sendo n e ndf o número de graus de liberdade
livres e o número de graus de liberdade total da estrutura respectivamente. Neste bloco
também é feito o cálculo da matriz de massa do sistema da mesma maneira descrita no
programa FMVTEQ.
PESO PRÓPRIO: O peso por unidade de comprimento de cada elemento lido do banco de
dados é multiplicado pelo comprimento do mesmo, obtendo-se o peso total do elemento e em
seguida este peso é dividido em duas partes iguais, sendo cada uma delas aplicada nos dois
nós de extremidade na direção vertical.
82
AMORTECIMENTO: Neste bloco é feito a leitura do arquivo contendo a matriz de
amortecimento do sistema, gerado pelo programa de análise modal (FMVTEQ).
PASSO DE TEMPO
PREDITOR
GRADIENT
FORCET
VECDAMP
ACELERAÇÃO PREDITA
CORRETOR
GRADIENT
VECDAMP
ACELERAÇÃO CORRIGIDA
NÃO SIM
ACEL < ERRO
TRUSSMAXCARGA: Calcula para cada passo de tempo (∆t) as máximas cargas de tração e
de compressão nos elementos de treliça por site e em seguida armazena em vetores extras as
máximas cargas de tração e de compressão por site ao longo de todo o tempo analisado (tmáx).
83
CABLEMAXCARGA: Calcula para cada passo de tempo (∆t) as máximas cargas atuantes
nos elementos de cabo por site e em seguida, de maneira similar ao bloco anterior, armazena
em um vetor extra as máximas cargas por site ao longo de todo o tempo analisado (tmáx).
INÍCIO
ANÁLISE DINÂMICA:
PROGRAMA PRINCIPAL
PERÍODOS
BLOCOS ALEATÓRIOS
ANÁLISE DINÂMICA
FATOR DE RAJADA
FIM
PROGRAMA PRINCIPAL: Neste bloco é feito a leitura dos nomes dos arquivos de entrada
de dados e de saída de resultados e a inicialização dos mesmos, preparando-se as variáveis
para a leitura e processamento de dados.
84
ENTRADA DE DADOS: Faz a leitura de dados necessários para a determinação da parcela
flutuante do vento, tais como: velocidade básica do vento, altura do centro da rajada,
parâmetros da expressão de Davenport, período fundamental da estrutura, forças de arrasto
por módulo da torre, etc.
IMPRESSÃO: Neste bloco é feito a impressão das forças devidas à parcela flutuante do
vento por função harmônica, já em formato compatível com o programa ADTEQ.
85
7 - EXEMPLOS NUMÉRICOS
Na análise estática foram estudadas cinco torres metálicas estaiadas com alturas de 10, 30, 50,
70 e 90 metros, sendo cada uma destas torres analisadas inicialmente sem carregamento de
vento, para a determinação das forças de pré-tensionamento dos cabos e posteriormente com o
carregamento estático de vento proposto na norma NBR 6123, segundo cada um dos três
modelos matemáticos descritos anteriormente. Na Figura 7.1, são mostradas as torres de 10 e
30 metros de altura e na Figura 7.2, as torres de 50, 70 e 90 metros. As torres foram
apresentadas em duas figuras distintas devido à grande diferença de altura entre as mesmas, o
que tornou inadequado a representação de todas em uma mesma escala.
86
Nas Figuras 7.1 e 7.2, os mastros centrais foram representados com regiões em preto ou em
vermelho, de modo a facilitar a visualização dos diferentes módulos que constituem as
estruturas. As principais características geométricas das torres serão apresentadas na Tabela
7.1, à seguir:
Nesta tabela, NN, NTE, NCE e DAT representam respectivamente o número de nós, de
elementos de treliça, de elementos de cabo e de dispositivos anti-torção. Já LMOD, VLTT,
VLC e LT fornecem os comprimentos medidos em metros, do módulo da torre, do vão livre
no topo da torre, do vão livre entre cabos e da seção transversal na horizontal. O número de
módulos e o número de seções por módulo são indicados por NMOD e NS. Na última linha
são apresentadas as bitolas dos cabos em polegadas.
Todas estas torres foram dimensionadas utilizando-se cantoneiras simples de abas iguais
constituídas de aço ASTM A36 e cabos de aço pré-estirados de 7 fios do tipo EHS, cujas
propriedades mecânicas e geométricas podem ser obtidas do banco de dados de perfis
(Perfil.aço) e do banco de dados de cabos (Cabo.aco), apresentados no Apêndice A.
As bitolas dos perfis utilizados nos mastros centrais das torres são apresentadas, em função do
módulo e do tipo de peça (travamentos, horizontais, montantes, diagonais e anti-torção), para
cada uma das torres no Apêndice B. Já as características relacionadas com o pré-
tensionamento dos cabos, obtidas através da análise estática sem vento, tais como: o
comprimento de tensionamento (vetor c da Figura 3.1), a força de pré-tensão inicial e a
porcentagem desta força em relação à capacidade resistente do cabo, serão mostradas no
Apêndice C, juntamente com as alturas de ancoragem de cada um dos sites.
87
Nas torres estudadas, não foram consideradas variações térmicas (∆T= 0) e nas análises foram
admitidos os parâmetros de vento especificados na Tabela 7.2:
Na tabela acima, foram apresentados resultados para a análise sem vento (Análise 1) e para a
análise com vento (Análise 2). Já na Tabela 7.4, são mostradas as cargas atuantes nos cabos
por site para cada uma das análises comentadas anteriormente
À partir da Tabela 7.3, foi construído o gráfico da Figura 7.3, no qual é feito uma análise
comparativa do número de iterações e tempo de processamento, tomando como referência os
resultados obtidos para a torre discretizada com apenas um elemento por cabo (NEC = 1):
88
8.00 6.84
7.00
6.00
5.00 4.14 4.27
3.48
4.00 2.84 2.52
3.00 1.86 2.32
2.00 1.00 1.00 1.00 1.00
1.00
0.00
Iterações Iterações Tempo A1 Tempo A2
A1 A2
Com base no número de iterações e tempo de processamento apresentados na Figura 7.3 e nas
cargas atuantes nos cabos indicadas na Tabela 7.4, pode-se ver claramente que a discretização
com mais de um elemento por cabo não traz nenhum benefício, servindo apenas para
confirmar a validade dos resultados obtidos com NEC = 1. Portanto, as demais torres com
alturas de 30, 50, 70 e 90 metros estudadas no presente trabalho foram discretizadas com
apenas um único elemento por cabo.
À seguir, serão descritos alguns dos principais resultados da análise estática das torres para
cada um dos três modelos matemáticos utilizados, procurando-se sempre que possível
apresentar gráficos comparativos entre cada um dos modelos, bem como indicando as
semelhanças ou diferenças entre os resultados obtidos para as diversas alturas de torres.
Inicia-se a apresentação dos resultados com o número de iterações realizadas pelo
procedimento Quasi-Newton para encontrar a posição de equilíbrio estático estável, e o tempo
de processamento (minutos e segundos), conforme descritos na Tabela 7.5.
89
Com os resultados apresentadas na Tabela 7.5, montou-se o gráfico da Figura 7.4, onde se
pode ver claramente que o número de iterações sofreu uma variação bastante reduzida entre
os diversos modelos matemáticos. Nesta mesma figura também se pode verificar o grande
aumento do número de iterações na Análise 2 (com vento) ao ser comparado com a Análise 1
(sem vento), chegando mesmo a dobrar de valor. Ocorre também um grande aumento no
número de iterações com o aumento da altura da torre.
Número de Iterações
2000
Análise 1 - M1
1500 Análise 2 - M1
Análise 1 - M2
1000
Análise 2 - M2
500 Análise 1 - M3
Análise 2 - M3
0
Torre 10 Torre 30 Torre 50 Torre 70 Torre 90
Embora o número de iterações tenha sofrido pequenas variações entre os diversos modelos
matemáticos, o mesmo não aconteceu com o tempo de processamento, que chegou a sofrer
variações de até 30%. Na Figura 7.5 é apresentado um gráfico comparativo do tempo de
processamento entre os diversos modelos, tomando como referência o modelo 1 (não linear -
Pulino, 1991). Neste gráfico, os termos A1 e A2 referem-se a análise sem vento e análise
com vento respectivamente.
Tempo de Processamento
1.40
1.20
1.00 Modelo 1
0.80
Modelo 2
0.60
0.40 Modelo 3
0.20
0.00
T10 T30 T50 T70 T90 T10 T30 T50 T70 T90
A1 A1 A1 A1 A1 A2 A2 A2 A2 A2
90
Na Figura 7.5, verifica-se que o tempo de processamento para os modelos 2 e 3 sofre um
aumento mais intenso à medida que se aumenta a altura da torre e que o modelo matemático 3
foi o que, em geral, apresentou o maior tempo de processamento.
Um outro resultado da análise estática que será apresentado é o deslocamento médio dos
quatro nós do topo da torre, na direção do vento. Estes deslocamentos são apresentados na
Tabela 7.6, em função da altura da torre e do modelo matemático empregado.
Na Figura 7.6, é apresentado um gráfico com os deslocamentos de topo para as diversas torres
analisadas, podendo-se constatar o grande aumento no deslocamento com o aumento da altura
da torre, o que já era esperado. A variação dos deslocamentos entre os modelos matemáticos
foi muito reduzida, ficando sempre inferior à 3%, podendo-se observar que o modelo 2
apresentou maiores resultados em todos os casos analisados.
Deslocamento de Topo
Deslocamentos (cm)
10.000
8.000
Modelo 1
6.000
Modelo 2
4.000
Modelo 3
2.000
0.000
Torre 10 Torre 30 Torre 50 Torre 70 Torre 90
As rotações verticais calculadas de acordo com o Procedimento Telebrás, cujos limites estão
especificados na seção 2.4, admitindo-se que a antena mais alta se encontra na extremidade
superior da terceira seção, conforme descrito anteriormente, são indicadas na Tabela 7.7:
91
Tabela 7.7 – Rotações na antena mais alta das torres (graus)
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Torre 10 0.004 0.004 0.004
Torre 30 0.129 0.123 0.123
Torre 50 0.250 0.234 0.234
Torre 70 0.403 0.377 0.376
Torre 90 0.420 0.393 0.392
Na Figura 7.7 é mostrada uma análise comparativa das rotações, tomando-se como referência
o modelo 1, sendo verificado que os modelos 2 e 3, em geral, apresentam rotações menores
que o modelo 1, e que esta diferença é maior para as torres mais altas. O modelo 3, foi o que
apresentou os menores resultados, com reduções de até 7% quando comparado ao modelo 1.
1.020
1.000
0.980
Modelo 1
0.960
Modelo 2
0.940
Modelo 3
0.920
0.900
0.880
Torre 10 Torre 30 Torre 50 Torre 70 Torre 90
Os esforços atuantes nos perfis estruturais que constituem o mastro central das torres são
apresentados em forma de tabelas no Apêndice D, em função da altura da torre e do modelo
matemático utilizado. De maneira geral, pode-se observar que a variação entre os modelos
matemáticos foi muito reduzida, porém se tornou maior com o aumento da altura da torre,
chegando a atingir valores da ordem de 1.5% para a torre de 10 metros, 3% para a torre de 30
metros, 5% para a torre de 50 metros e 6% para as torres de 70 e 90 metros. Em todas as
torres analisadas, constatou-se que o modelo 1 foi o que apresentou os maiores resultados e os
modelos 2 e 3 apresentaram valores muito próximos um do outro.
92
Os últimos resultados da análise estática das torres descritos neste trabalho, serão as reações
de apoio nos montantes do mastro central e nas fundações laterais de ancoragem de cabos,
sendo apresentados no Apêndice F. Observa-se que a variação dos resultados entre os
modelos matemáticos é sempre inferior à 2% e que estas diferenças são maiores para as torres
mais altas. Também pode ser constatado que ocorre um aumento das reações verticais nos
montantes situados à sotavento e uma diminuição nos montantes à barlavento.
A análise modal se baseou no estudo das mesmas cinco torres analisadas na parte estática,
com alturas de 10, 30, 50, 70 e 90 metros, utilizando-se o modelo não linear de cabo e não
linear de treliça (Pulino, 1991), conforme comentado no Capítulo 3.2. Os autovalores e os
autovetores foram determinados através de um algoritmo Jacobi Generalizado, sendo as
primeiras freqüências e períodos naturais apresentados no Apêndice G e de uma forma mais
resumida na Tabela 7.8, em função da altura da torre.
As freqüências indicadas na Tabela 7.8, são também apresentadas de forma gráfica na Figura
7.8, onde pode-se constatar claramente a diminuição das freqüências com o aumento da altura
da torre, evidenciando, conforme já era esperado, a redução da rigidez com o aumento da
altura. Pode também ser observado que as primeiras freqüências ocorrem geralmente, em
pares de valores praticamente iguais, sendo estes resultados causados pelo fato das torres
apresentarem dois eixos horizontais de simetria (eixos X e Z). Este fato fica claro ao se
observar os modos de vibração, sendo verificado que eles estão associados aos deslocamentos
horizontais, que ocorrem hora predominantemente na direção X e hora predominantemente na
direção Z.
93
Análise Modal
70
60
50 Torre 10
Torre 30
40
Torre 50
30
Torre 70
20 Torre 90
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8
35 29 28 28
30 26 24
25
20
15
10
5
0
Torre 10 Torre 30 Torre 50 Torre 70 Torre 90
94
7.3 ANÁLISE DINÂMICA
Na análise dinâmica de torres metálicas estaiadas foi estudado o efeito causado pelas rajadas
de vento na torre de 10 metros de altura, submetendo-a ao carregamento de vento proposto no
método de Monte Carlo e integrando a equação de movimento ao longo do tempo através do
algoritmo descrito por Newmark (1959).
Nesta mesma tabela, também são mostradas as freqüências circulares e naturais associadas à
cada uma das funções harmônicas obtidas a partir do espectro de potência proposto no
National Building Code of Canada (1985), bem como outros parâmetros gerados pelo
programa RAJADA, para a determinação da amplitude das forças provocadas pela parcela
flutuante do vento, tais como: a área do espectro associada à cada intervalo, os coeficientes de
área e a extensão da rajada triangular equivalente.
95
Na integração da equação de movimento, foi utilizado um passo de tempo (∆t) igual a
0.00004 segundos, de modo a atender a recomendação proposta por Newmark (1959), que
sugere a utilização de um incremento de tempo menor ou igual à Tn/5, à fim de garantir a
estabilidade numérica do método, sendo Tn o menor período natural de vibração da estrutura.
O período Tn da torre de 10 metros de altura foi obtido através do programa FMVTEQ e vale
0.00020 segundos.
Após a geração dos 20 conjuntos de blocos aleatórios contendo 15 ângulos de fase (φk) por
conjunto e admitindo que o centro da rajada estava situado à 75% da altura da torre, procedeu-
se a análise dinâmica submetendo-se a torre simultaneamente ao vento médio (48% das cargas
definidas na fase estática) e ao carregamento devido às rajadas. O deslocamento de referência
escolhido foi o deslocamento horizontal na direção Z do nó 1, situado no topo da estrutura,
sendo apresentado na Tabela 7.10 os maiores valores deste deslocamento ao longo do tempo,
bem como o tempo quando o mesmo ocorreu para cada um dos blocos de números aleatórios.
96
Tabela 7.10 – Deslocamentos de referência máximos por bloco
Bloco Desloc (mm) Tempo (seg)
1 4.105 1.98264
2 3.970 1.88076
3 3.456 1.97680
4 3.159 1.89948
5 3.746 1.81864
6 3.308 1.71716
7 3.791 1.29140
8 4.034 1.84972
9 3.310 1.91724
10 3.368 1.90080
11 3.851 1.97688
12 3.508 1.43908
13 3.352 1.84912
14 4.097 1.64396
15 3.672 1.21932
16 3.851 1.45796
17 4.042 1.66380
18 3.359 1.13284
19 4.036 1.84396
20 3.904 1.99920
Com base nos deslocamentos apresentados na Tabela 7.10, foi possível realizar uma análise
estatística buscando um valor mais provável para uma probabilidade de ocorrência de 95%,
utilizando-se a curva de distribuição de Gumbel (Tipo 1), cujos parâmetros estatísticos são
mostrados na Tabela 7.11:
Sendo o valor característico aproximadamente 4.282 mm, a resposta do bloco 1, cujo valor é
4.105, é aquela dentre as respostas máximas da estrutura, a que mais se aproxima deste valor,
sendo tomada então como combinação característica das rajadas. Uma vez determinada a
combinação característica para um tempo de análise de 2.0 segundos, a estrutura foi então
excitada com os carregamentos desta combinação, porem o tempo de análise foi estendido
para tmáx = 10 seg, de modo a obter uma melhor caracterização do comportamento estrutural.
97
Na Figura 7.10 é mostrado a variação do deslocamento de topo ao longo dos 10.0 segundos de
análise referentes ao bloco 1, constatando-se que durante este intervalo o deslocamento
máximo foi de 4.652 mm, ocorrendo no instante de tempo de 3.13516 segundos.
5.00
4.00
Deslocamentos (mm)
3.00
2.00
1.00
0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
-1.00
Tempo (seg)
Neste mesmo apêndice, são também mostrados os esforços obtidos através do modelo
matemático não linear de cabo e não linear de treliça realizado na análise estática, podendo-se
observar que no caso dos elementos de cabo, a análise dinâmica levou a esforços até 3%
menores que os obtidos na análise estática. Já nos elementos de perfis, esta redução chegou à
ser de até 6.30% nos sites com esforços atuantes mais elevados, representados pelos
montantes, ao passo que nos sites submetidos à menores esforços, houveram aumentos de até
8% em alguns sites e reduções de até 51% em outros sites.
No caso dos elementos de perfis submetidos à menores esforços, embora esta diferença em
termos percentuais pareça elevada, é mostrado nas últimas duas colunas da Tabela H.2 que
esta diferença é sempre inferior à 0.225 KN ou aproximadamente 23 Kgf, sendo este valor
bastante pequeno ao ser comparado com os esforços atuantes nos montantes que chegaram a
atingir 13.22 KN.
98
No presente trabalho, foi constatado que ao contrário dos exemplos analisados por Franco
(1993) e Guimarães (2000), nos quais a freqüência natural das estruturas se encontrava
próxima ao meio do espectro de potência, no caso específico desta torre analisada, a sua
freqüência natural se encontra na extremidade do espectro (m = 1), conforme pode ser visto na
Figura 7.11, de modo que as componentes de freqüência do espectro devido às rajadas se
encontram fora da faixa de freqüências naturais da estrutura.
Sr(z,n)
f1 = f2 = 14.75 Hz
f3 = f4 = 26.68 Hz
f5 = 29.01 Hz
m 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 freqüências (Hz)
99
8 - CONCLUSÕES
Na análise estática, verificou-se que não há necessidade de discretização dos estais com mais
de um elemento ao longo do seu comprimento, já que isto acarreta um aumento no número de
iterações de até quatro vezes e um aumento no tempo de processamento de até 6 vezes, sendo
os esforços resultantes nos cabos praticamente os mesmos.
O número de iterações sofreu uma pequena variação entre os três modelos matemáticos,
ocorrendo um grande aumento neste número na análise com o carregamento de vento
proposto na NBR 6123 (1988), ao ser comparado com a análise sem vento, utilizada apenas
para determinar as forças de pré-tensionamento iniciais nos cabos. Constatou-se também que
o número de iterações aumentou bastante nas torres mais altas, devido provavelmente à
diminuição da rigidez da estrutura e ao aumento no número de graus de liberdade do sistema.
As variações nos deslocamentos, reações de apoio e esforços nos elementos de cabo ou treliça
também foram pequenas, ficando sempre inferiores à 6%. No caso específico dos esforços
nos elementos de perfis, observa-se que o modelo não linear de cabo e não linear de treliça
apresentou resultados quase sempre superiores aos outros dois modelos e que esta diferença
cresceu com o aumento da altura da torre.
100
Pode-se então concluir da análise estática que os modelos lineares e não lineares, de maneira
geral, conduzem a resultados muito próximos e portanto a formulação não linear não se
mostrou necessariamente obrigatória no estudo das torres estaiadas analisadas neste trabalho,
uma vez que os deslocamentos não são tão expressivos à ponto de exigir que as equações de
equilíbrio estático tenham que ser obtidas a partir da geometria da estrutura deformada (não
linearidade geométrica), como acontece em outros tipos de estruturas que utilizam cabos, tais
como: cabos-treliça, redes de cabos tensionados e tensoestruturas em geral. Este
comportamento das torres se deve, em grande parte, às elevadas forças de pré-tensionamento
iniciais exigidas para evitar o afrouxamento dos elementos de cabos.
101
13.22 KN. Já nos elementos de cabo, a análise dinâmica apresentou esforços até 3% menores
que os obtidos na análise estática.
8.2 SUGESTÕES
Apresentam-se algumas sugestões para trabalhos futuros a fim de abordar aspectos não
estudados no presente trabalho.
102
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1993.
Gere, J. & Weaver, W., “Análise de Estruturas Reticuladas”, Editora Guanabara, Rio de
Janeiro, 1987.
103
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de Dissertação de Mestrado DM-001A/00, Brasília: ENC/FT/UnB, 2000.
Luenberger, D.G., “Linear and Nonlinear Programming”, 2nd Edition, Addison Wesley
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Solari, G., “Equivalent Wind Spectrum Technique: Theory and Applications”. Journal of the
Structural Engineering, ASCE, Vol. 114, N.6, 1988.
104
A – BANCOS DE DADOS DE PERFIS E DE CABOS
Neste apêndice será apresentado o banco de dados de perfis (Perfil.aco) na Tabela A.1 e o
banco de dados de cabos (Cabo.aco) na Tabela A.2:
105
B – BITOLAS DOS PERFIS
As bitolas dos perfis utilizados no mastro central das torres são mostradas por módulo e em
função do tipo de peça (T– Travamentos, H– Horizontais, M– Montantes, D– Diagonais, e
AT– Anti-Torção).
Nas tabelas apresentadas à seguir, as barras do dispositivo anti-torção são indicadas por AT1 e
AT2. As barras AT1 representam as barras do anti-torçor situadas no plano horizontal e as
barras AT2 representam as barras do anti-torçor situadas no plano inclinado, conforme
comentado no Capítulo 2.
As bitolas dos perfis apresentadas nas tabelas abaixo correspondem às bitolas indicadas no
banco de dados de perfis (Tabela A.1).
106
Tabela B.4 – Bitolas dos perfis na torre de 70 metros
Modulo T H M D AT1 AT2
1 2 3 7 4 3 6
2 2 3 7 3
3 2 3 7 3
4 2 3 7 3
5 2 3 7 3
6 2 3 7 3
7 2 3 8 3
8 2 3 9 4 3 6
9 2 3 9 3
10 2 3 9 3
11 2 3 9 3
12 2 3 9 3
13 2 3 10 3
14 2 3 10 3
107
C – PRÉ-TENSIONAMENTOS NOS CABOS
108
D – ESFORÇOS NOS PERFIS ESTRUTURAIS
Neste apêndice, serão apresentados os esforços nos perfis estruturais que constituem o mastro
central das torres, segundo cada um dos modelos matemáticos descritos anteriormente.
Os esforços são mostrados na forma de tabelas, sendo indicadas as máximas forças de tração e
de compressão para cada um dos sites, acompanhadas de uma identificação do site que inclui
o módulo onde ele está localizado e o tipo de peça.
109
Tabela D.2 – Esforços nos perfis da torre de 30 metros
Identificação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Tração Compr. Tração Compr. Tração Compr.
Site Mod Tipo
(KN) (KN) (KN) (KN) (KN) (KN)
1 1 T 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
2 1 H 5.106 -3.626 5.116 -3.606 5.106 -3.606
3 1 M 2.587 -22.344 2.587 -22.119 2.587 -22.099
4 1 D 3.636 -3.352 3.646 -3.361 3.626 -3.332
5 2 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
6 2 H 1.245 -1.264 1.245 -1.245 1.245 -1.245
7 2 M 1.068 -22.364 0.843 -22.148 0.823 -22.128
8 2 D 1.460 -1.450 1.421 -1.421 1.421 -1.421
9 3 T 1.558 0.000 1.558 0.000 1.568 0.000
10 3 H 3.214 -0.098 3.205 -0.078 3.195 -0.069
11 3 M 0.000 -21.550 0.000 -21.413 0.000 -21.423
12 3 D 0.245 -0.225 0.206 -0.206 0.206 -0.206
13 4 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
14 4 H 5.302 -1.039 5.292 -1.029 5.282 -1.029
15 4 M 0.000 -24.980 0.000 -24.863 0.000 -24.843
16 4 D 2.940 -2.911 2.901 -2.901 2.901 -2.901
17 5 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
18 5 H 0.980 -1.000 0.980 -0.980 0.980 -0.980
19 5 M 0.000 -20.786 0.000 -20.835 0.000 -20.845
20 5 D 0.147 -0.118 0.118 -0.118 0.118 -0.118
21 6 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
22 6 H 0.882 -0.892 0.882 -0.882 0.882 -0.882
23 6 M 0.000 -35.192 0.000 -35.290 0.000 -35.280
24 6 D 2.401 -2.372 2.372 -2.372 2.372 -2.372
25 1 AT1 10.143 0.000 10.163 0.000 10.153 0.000
26 1 AT2 0.000 -10.133 0.000 -10.143 0.000 -10.133
110
Tabela D.3 – Esforços nos perfis da torre de 50 metros
Identificação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Tração Compr. Tração Compr. Tração Compr.
Site Mod Tipo
(KN) (KN) (KN) (KN) (KN) (KN)
1 1 T 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
2 1 H 6.262 -4.439 6.282 -4.410 6.282 -4.410
3 1 M 2.842 -27.695 2.852 -27.391 2.852 -27.352
4 1 D 4.410 -4.047 4.469 -4.106 4.439 -4.067
5 2 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
6 2 H 4.518 -1.401 4.479 -1.372 4.488 -1.372
7 2 M 1.499 -30.939 1.166 -30.468 1.127 -30.429
8 2 D 3.058 -3.067 2.960 -2.989 2.960 -2.999
9 3 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
10 3 H 1.205 -1.225 1.196 -1.196 1.196 -1.196
11 3 M 0.000 -31.007 0.000 -30.517 0.000 -30.488
12 3 D 0.500 -0.480 0.441 -0.441 0.431 -0.431
13 4 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
14 4 H 5.645 -1.196 5.586 -1.176 5.596 -1.176
15 4 M 0.000 -32.987 0.000 -32.634 0.000 -32.624
16 4 D 3.861 -3.832 3.753 -3.753 3.744 -3.753
17 5 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
18 5 H 1.147 -1.166 1.137 -1.137 1.137 -1.137
19 5 M 0.000 -33.046 0.000 -32.693 0.000 -32.683
20 5 D 0.911 -0.872 0.833 -0.833 0.833 -0.833
21 6 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
22 6 H 4.028 -1.127 4.008 -1.107 4.028 -1.107
23 6 M 0.000 -36.838 0.000 -36.779 0.000 -36.779
24 6 D 4.057 -3.979 3.959 -3.920 3.959 -3.920
25 7 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
26 7 H 5.194 -1.098 5.194 -1.068 5.204 -1.068
27 7 M 0.000 -44.374 0.000 -44.080 0.000 -44.080
28 7 D 2.822 -2.754 2.695 -2.695 2.685 -2.685
29 8 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
30 8 H 1.019 -1.058 1.029 -1.029 1.029 -1.029
31 8 M 0.000 -41.180 0.000 -40.954 0.000 -40.925
32 8 D 0.353 -0.255 0.294 -0.294 0.284 -0.284
33 9 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
34 9 H 5.625 -1.009 5.664 -0.980 5.664 -0.980
35 9 M 0.000 -50.000 0.000 -49.804 0.000 -49.764
36 9 D 3.126 -3.018 3.067 -3.067 3.067 -3.067
37 10 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
38 10 H 0.872 -0.921 0.892 -0.892 0.892 -0.892
39 10 M 0.000 -55.135 0.000 -55.811 0.000 -55.801
40 10 D 1.539 -1.431 1.509 -1.509 1.509 -1.509
41 1 AT1 12.466 0.000 12.524 0.000 12.505 0.000
42 1 AT2 0.000 -12.417 0.000 -12.456 0.000 -12.436
111
Tabela D.4 – Esforços nos perfis da torre de 70 metros
Identificação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Tração Compr. Tração Compr. Tração Compr.
Site Mod Tipo
(KN) (KN) (KN) (KN) (KN) (KN)
1 1 T 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
2 1 H 10.937 -8.212 11.005 -8.154 10.986 -8.154
3 1 M 5.606 -38.779 5.116 -38.396 5.027 -38.328
4 1 D 8.359 -7.683 8.536 -7.850 8.467 -7.781
5 2 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
6 2 H 2.097 -2.127 2.097 -2.087 2.097 -2.087
7 2 M 5.557 -38.828 5.067 -38.436 4.988 -38.357
8 2 D 0.921 -0.902 0.970 -0.970 0.960 -0.960
9 3 T 1.676 0.000 1.676 0.000 1.676 0.000
10 3 H 4.929 -0.167 4.910 -0.137 4.900 -0.118
11 3 M 2.881 -53.410 1.039 -51.675 0.911 -51.577
12 3 D 1.049 -1.049 0.833 -0.833 0.833 -0.833
13 4 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
14 4 H 5.263 -1.823 5.204 -1.774 5.233 -1.774
15 4 M 2.842 -57.261 0.990 -55.693 0.872 -55.586
16 4 D 3.655 -3.655 3.528 -3.528 3.528 -3.528
17 5 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
18 5 H 1.764 -1.813 1.754 -1.754 1.754 -1.754
19 5 M 0.000 -57.291 0.000 -55.733 0.000 -55.625
20 5 D 2.607 -2.558 2.342 -2.342 2.323 -2.323
21 6 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
22 6 H 6.076 -1.793 6.047 -1.754 6.066 -1.754
23 6 M 0.000 -45.658 0.000 -45.109 0.000 -45.119
24 6 D 6.968 -6.929 6.654 -6.654 6.635 -6.635
25 7 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
26 7 H 1.744 -1.774 1.744 -1.744 1.744 -1.744
27 7 M 0.000 -73.157 0.000 -71.795 0.000 -71.687
28 7 D 4.743 -4.704 4.518 -4.518 4.498 -4.498
29 8 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
30 8 H 15.807 -8.379 15.817 -8.310 15.778 -8.271
31 8 M 0.000 -78.126 0.000 -76.763 0.000 -76.646
32 8 D 10.084 -14.533 9.957 -14.396 9.859 -14.298
33 9 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
34 9 H 4.616 -1.852 4.626 -1.803 4.645 -1.803
35 9 M 0.000 -75.117 0.000 -75.137 0.000 -75.146
36 9 D 3.842 -3.753 3.636 -3.636 3.646 -3.646
37 10 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
38 10 H 1.656 -1.715 1.646 -1.646 1.646 -1.646
39 10 M 0.000 -75.225 0.000 -75.195 0.000 -75.205
40 10 D 0.490 -0.372 0.431 -0.431 0.421 -0.421
41 11 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
42 11 H 6.468 -1.646 6.478 -1.588 6.488 -1.588
43 11 M 0.000 -78.890 0.000 -78.851 0.000 -78.929
44 11 D 4.449 -4.341 4.332 -4.332 4.322 -4.322
45 12 T 0.000 -0.029 0.000 0.000 0.000 0.000
46 12 H 1.519 -1.597 1.529 -1.529 1.529 -1.529
47 12 M 0.000 -84.466 0.000 -84.319 0.000 -84.280
48 12 D 2.009 -1.872 1.872 -1.872 1.862 -1.862
49 13 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
50 13 H 7.321 -1.509 7.350 -1.470 7.350 -1.470
51 13 M 0.000 -93.619 0.000 -93.414 0.000 -93.374
52 13 D 5.586 -5.468 5.478 -5.478 5.478 -5.478
53 14 T 0.000 -0.029 0.000 0.000 0.000 0.000
54 14 H 1.284 -1.352 1.313 -1.313 1.313 -1.313
55 14 M 0.000 -108.672 0.000 -109.280 0.000 -109.280
56 14 D 2.901 -2.764 2.901 -2.901 2.901 -2.901
57 1 AT1 21.570 0.000 21.746 0.000 21.717 0.000
58 1 AT2 0.000 -20.502 0.000 -20.609 0.000 -20.590
59 8 AT1 26.225 0.000 26.195 0.000 26.137 0.000
60 8 AT2 0.000 -23.451 0.000 -23.461 0.000 -23.412
112
Tabela D.5 – Esforços nos perfis da torre de 90 metros
Identificação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Tração Compr. Tração Compr. Tração Compr.
Site Mod Tipo
(KN) (KN) (KN) (KN) (KN) (KN)
1 1 T 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
2 1 H 10.917 -7.791 10.976 -7.722 10.966 -7.722
3 1 M 6.762 -44.894 6.096 -44.335 6.037 -44.276
4 1 D 8.889 -8.065 9.065 -8.222 9.006 -8.163
5 2 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
6 2 H 6.811 -2.577 6.703 -2.528 6.723 -2.528
7 2 M 6.674 -52.459 6.017 -51.254 5.949 -51.195
8 2 D 5.380 -5.370 5.135 -5.155 5.145 -5.155
9 3 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
10 3 H 2.185 -2.234 2.176 -2.176 2.176 -2.176
11 3 M 0.000 -52.538 0.000 -51.313 0.000 -51.244
12 3 D 0.676 -0.647 0.588 -0.588 0.588 -0.588
13 4 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
14 4 H 8.212 -2.195 8.124 -2.136 8.144 -2.136
15 4 M 0.000 -55.429 0.000 -54.272 0.000 -54.253
16 4 D 6.429 -6.390 6.233 -6.233 6.223 -6.223
17 5 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
18 5 H 2.117 -2.166 2.107 -2.107 2.107 -2.107
19 5 M 0.000 -55.488 0.000 -54.331 0.000 -54.312
20 5 D 2.626 -2.558 2.372 -2.372 2.372 -2.372
21 6 T 0.000 -0.010 0.000 0.000 0.000 0.000
22 6 H 6.282 -2.097 6.272 -2.068 6.292 -2.068
23 6 M 0.000 -55.262 0.000 -54.214 0.000 -54.204
24 6 D 8.105 -8.026 7.811 -7.801 7.811 -7.791
25 7 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
26 7 H 16.219 -7.791 16.278 -7.722 16.258 -7.693
27 7 M 0.000 -86.260 0.000 -84.770 0.000 -84.701
28 7 D 10.525 -19.326 10.486 -19.277 10.408 -19.198
29 8 T 0.000 -0.029 0.000 0.000 0.000 0.000
30 8 H 2.176 -2.244 2.195 -2.205 2.195 -2.195
31 8 M 0.000 -76.685 0.000 -75.235 0.000 -75.264
32 8 D 1.009 -0.882 0.774 -0.774 0.784 -0.784
33 9 T 0.000 -0.020 0.000 0.000 0.000 0.000
34 9 H 8.114 -2.146 8.105 -2.087 8.114 -2.087
35 9 M 0.000 -88.739 0.000 -88.200 0.000 -88.220
36 9 D 4.694 -4.557 4.763 -4.763 4.753 -4.753
37 10 T 0.000 -0.029 0.000 0.000 0.000 0.000
38 10 H 6.047 -2.127 6.027 -2.029 6.056 -2.029
39 10 M 0.000 -98.931 0.000 -97.961 0.000 -97.931
40 10 D 4.841 -4.724 4.606 -4.645 4.616 -4.655
41 11 T 0.000 -0.039 0.000 0.000 0.000 0.000
42 11 H 1.970 -2.078 1.970 -1.970 1.970 -1.970
43 11 M 0.000 -99.117 0.000 -98.098 0.000 -98.069
44 11 D 0.823 -0.637 0.578 -0.578 0.568 -0.568
45 12 T 0.000 -0.039 0.000 0.000 0.000 0.000
46 12 H 8.124 -2.038 8.085 -1.940 8.095 -1.940
47 12 M 0.000 -102.508 0.000 -102.518 0.000 -102.547
48 12 D 6.047 -5.851 5.694 -5.694 5.684 -5.684
49 13 T 0.000 -0.039 0.000 0.000 0.000 0.000
50 13 H 1.950 -2.068 1.970 -1.970 1.970 -1.970
51 13 M 0.000 -108.613 0.000 -108.055 0.000 -108.016
52 13 D 2.421 -2.185 2.195 -2.195 2.185 -2.185
53 14 T 0.000 -0.039 0.000 0.000 0.000 0.000
54 14 H 9.094 -1.950 9.114 -1.882 9.114 -1.882
55 14 M 0.000 -116.189 0.000 -115.591 0.000 -115.562
56 14 D 7.330 -7.105 7.154 -7.105 7.144 -7.095
57 15 T 0.000 -0.039 0.000 0.000 0.000 0.000
58 15 H 1.646 -1.764 1.686 -1.686 1.686 -1.686
59 15 M 0.000 -134.397 0.000 -135.603 0.000 -135.583
60 15 D 3.675 -3.420 3.616 -3.616 3.616 -3.616
61 1 AT1 21.364 0.000 21.521 0.000 21.501 0.000
62 1 AT2 0.000 -20.551 0.000 -20.639 0.000 -20.619
63 7 AT1 26.078 0.000 26.176 0.000 26.146 0.000
64 7 AT2 0.000 -24.598 0.000 -24.686 0.000 -24.657
113
E – ESFORÇOS NOS ELEMENTOS DE CABO
Na Tabela E.1, são mostradas as cargas máximas atuantes em cada um dos sites de cabos,
quando submetidos ao carregamento estático do vento segundo a NBR 6123, em função do
modelo matemático utilizado. Nesta tabela, são descritas as cargas atuantes, bem como as
cargas com fator de segurança, sendo FS = 2.0 conforme comentado no Capítulo 4. Na
identificação de cada um dos sites, é mostrado a altura de ancoragem dos cabos e o tipo de
elemento (C), indicando se tratar de elemento de cabo.
114
F – REAÇÕES DE APOIO
Neste apêndice, serão apresentadas as reações de apoio nos montantes do mastro central da
torre e nas fundações laterais de ancoragem de cabos. As reações são apresentadas em
tabelas, indicando-se os nós onde existem restrições e os valores destas reações nas direções
X, Y e Z para cada um dos modelos matemáticos, lembrando que a direção Y corresponde ao
eixo vertical da torre.
Nestas tabelas, os quatro primeiros nós correspondem sempre aos nós da extremidade inferior
dos montantes, à partir da face 1 da torre e girando-se em sentido anti-horário (ver Figura
2.6). Os demais nós correspondem aos nós das fundações laterais de ancoragem de cabos,
iniciando-se com as fundações mais afastadas da torre e girando-se em sentido anti-horário.
115
Tabela F.3 – Reações de apoio na torre de 50 metros
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Nó Rx (KN) Ry (KN) Rz (KN) Rx (KN) Ry (KN) Rz (KN) Rx (KN) Ry (KN) Rz (KN)
401 0.020 30.821 -0.010 0.020 30.194 0.000 0.020 30.223 0.000
402 0.010 30.850 -0.902 0.000 30.223 -1.039 0.000 30.253 -1.039
403 0.000 55.105 0.039 -0.010 55.821 0.000 -0.010 55.811 0.000
404 -0.029 55.076 -0.921 0.000 55.791 -1.068 0.000 55.782 -1.068
409 -16.562 -34.320 -16.631 -16.562 -34.359 -16.572 -16.533 -34.271 -16.591
410 16.562 -34.320 -16.631 16.562 -34.359 -16.572 16.533 -34.280 -16.591
411 6.370 -14.112 6.341 6.390 -14.132 6.390 6.439 -14.230 6.409
412 -6.370 -14.102 6.341 -6.390 -14.132 6.390 -6.439 -14.230 6.409
413 -14.857 -23.461 -14.906 -14.867 -23.442 -14.867 -14.847 -23.393 -14.886
414 14.857 -23.461 -14.906 14.867 -23.432 -14.867 14.837 -23.383 -14.886
415 5.204 -7.183 5.194 5.204 -7.232 5.204 5.243 -7.301 5.223
416 -5.214 -7.193 5.194 -5.214 -7.242 5.214 -5.243 -7.301 5.233
116
G – RESULTADOS DA ANÁLISE MODAL
117
H – ANÁLISE DINÂMICA NA TORRE DE 10 METROS
Neste apêndice são apresentados os esforços atuantes na torre de 10 metros de altura, quando
submetida ao carregamento dinâmico do vento proposto no método de Monte Carlo,
juntamente com os resultados obtidos previamente através do modelo não linear de cabo e não
linear de treliça (M1) durante a análise estática. Inicialmente, é mostrado na Tabela H.1 as
cargas atuantes nos elementos de cabo segundo cada uma das análises e a diferença em termos
percentuais entre os resultados.
Na tabela H.2, são mostrados os esforços de tração e de compressão máximos nos elementos
de perfis, segundo cada uma das duas análises comentadas anteriormente, acompanhadas das
diferenças entre os resultados. A diferença em termos percentuais foi indicada com um
símbolo ‘-‘, nos sites onde uma dos esforços é nulo.
118