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Resumo. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência de farinha de banana
verde no desenvolvimento e na sobrevivência de bactérias probióticas na produção e
armazenamento de uma bebida à base de arroz fermentada. Para a produção da bebida,
foram utilizados 10,0% de farinha de arroz, 0,2% de citrato trissódico e enzima alfa-amilase.
A mistura foi aquecida a 83˚C por 2 minutos e a farinha de banana verde foi adicionada em
diferentes concentrações (1, 2, 4%). A bebida foi inoculada com 0,02% da cultura composta
por Streptococcus thermophilus, Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium animalis subsp.
lactis e incubada a 37˚C até atingir pH 4,8. Após a fermentação, a bebida foi armazenada a
5˚C por 22 dias. Para o acompanhamento do processo de fermentação da bebida à base de
arroz, foram determinados o pH e a acidez titulável. A população de bactérias probióticas e
de S. thermophilus foi determinada durante 22 dias em intervalos de 7 dias durante o
armazenamento do produto. As bebidas com farinha de banana apresentaram uma população
de Lactobacillus acidophilus e Streptococcus thermophilus significativamente maior que a
bebida sem o ingrediente, após 22 dias de armazenamento. Por outro lado, a farinha de
banana não influenciou a sobrevivência de Bifidobacterium animalis subsp. lactis, no mesmo
período. As bebidas com maior concentração de farinha de banana apresentaram maior
acidez ao final da fermentação.
Introdução
Materiais e métodos
Análises físico-químicas
Para o acompanhamento do processo de fermentação da bebida à base de arroz, foram
determinados o pH e a acidez titulável, em duplicatas. O pH foi determinado em
potenciômetro Micronal modelo V, conforme descrito na A.O.A.C. (1998). A acidez titulável
foi determinada titulando-se 10,0 g de amostra, diluída em 50,0 mL de água destilada, com
solução de NaOH a 0,11 M utilizando fenolftaleína como indicador.
Análises microbiológicas
As análises microbiológicas foram realizadas na após 1, 8, 15 e 22 dias de
armazenamento da bebida a 5˚C.
Para a enumeração de L.acidophilus foi utilizada a técnica de inoculação em superfície
e o meio de cultura Agar MRS (Oxoid). Para enumeração de Bifidobacterium foi utilizada a
técnica de inoculação em profundidade e o meio de cultura Agar MRS (Oxoid) suplementado
com 0,5% de uma solução de L-cisteína (Casa Americana) a 10%, 0,5% de uma solução de
dicloxacilina (American Generics-Laboratório Syntofarma) 10 mg/100mL e 1,0% de uma
solução de cloreto de lítio (Laboratório Synth) a 10%. As condições de incubação foram de
43˚C por 72 h para L.acidophilus, e 37˚C por 72 h para Bifidobacterium, ambas em
anaerobiose (Anaerogen, Oxoid). A enumeração de Streptococcus thermophilus foi realizada
em Agar M17 (Merck) contendo 5% de solução de lactose a 10%, pela técnica de inoculação
em profundidade e incubação a 37˚C, conforme descrito no Compendium of Methods for the
Microbiological of Foods (2001).
Análise estatística
Os resultados foram avaliados através de análise de variância (ANOVA), utilizando o
programa Minitab, versão 15. A comparação de médias foi realizada através do teste de
Duncan, considerando-se um nível de significância de 5%.
Resultados e discussão
Tabela 1 - População de Lactobacillus acidophilus, Log UFC/g (média ± desvio padrão) nas
bebidas sem farinha de banana, com 1%, 2% e 4% de farinha de banana durante o período de
armazenamento.
Tempo Lactobacillus acidophilus (Log UFC/g)
(dias) 0% 1% 2% 4%
1 7,0±0,2a 7,1±0,2a 7,0±0,2a 7,3±0,3a
8 6,3±0,1a 7,1±0,2b 7,2±0,2b 7,2±0,4b
a b b
15 6,0±0,3 6,9±0,4 7,2±0,1 7,2±0,3b
a b b
22 5,4±0,6 6,7±0,5 7,2±0,1 7,1±0,1b
a, b: médias com letras iguais na mesma linha não apresentam diferença significativa (ρ > 0,05).
Tabela 2 - População de Bifidobacterium animalis, Log UFC/g (média ± desvio padrão) nas
bebidas sem farinha de banana, com 1%, 2% e 4% de farinha de banana durante o período de
estocagem.
Tempo Bifidobacterium animalis (Log UFC/g)
(dias) 0% 1% 2% 4%
a a a
1 8,3±0,1 8,1±0,1 8,1±0,3 8,1±0,1a
8 8,3±0,2a 8,0±0,1a 8,1±0,2a 7,9±0,3a
a a a
15 8,2±0,2 8,1±0,2 8,2±0,2 7,9±0,3a
22 8,3±0,1a 8,2±0,2a 8,2±0,1a 8,0±0,3a
a, b: médias com letras iguais na mesma linha não apresentam diferença significativa (ρ > 0,05).
Tabela 3 - População de Streptococcus thermophilus, Log UFC/g (média ± desvio padrão)
nas bebidas sem farinha de banana, com 1%,2% e 4% de farinha de banana durante o
armazenamento.
Tempo Streptococcus thermophilus (Log UFC/g)
(dias) 0% 1% 2% 4%
a ab bc
1 7,40±0,01 7,50±0,02 7,7±0,1 7,9±0,2c
a b b
8 7,2±0,3 7,50±0,02 7,7±0,2 7,7±0,1b
15 7,2±0,2a 7,5±0,1b 7,50±0,02b 7,6±0,2b
a b b
22 7,1±0,3 7,5±0,1 7,5±0,1 7,6±0,2b
a, b, c: médias com letras iguais na mesma linha não apresentam diferença significativa (ρ >0,05).
Verifica-se na tabela 4, que não houve diferença significativa (p > 0,05) quanto ao pH
para as bebidas com diferentes concentrações de farinha de banana verde.
Tabela 5 - Acidez titulável nas bebidas fermentadas com diferentes
concentrações (0%, 1%, 2% e 4%) de farinha de banana durante o
armazenamento.
acidez titulável
tempo (dias) 0% 1% 2% 4%
1 0,22±0,02a 0,20±0,05a 0,26±0,06a 0,30±0,04b
8 0,30±0,04a 0,27±0,07a 0,24±0,02ab 0,34±0,11b
15 0,22±0,02a 0,23±0,04a 0,21±0,01a 0,28±0,07a
22 0,24±0,04a 0,27±0,02 a
0,25±0,02a 0,30±0,03a
a, b: médias com letras iguais na mesma linha não apresentam diferença significativa (ρ >0,05).
Conclusões
Referências bibliográficas
FASOLIN et al., Biscoitos produzidos com farinha de banana: avaliações químicas, físicas e
sensorial. Campinas 2007.
MOGENSEN, G.; ROWLAND, I.; MIDTVEDT, T.; FONDEN, R. Functional aspects of pro-
and prebiotics: A literature review on immune modulation and influence on cancer.
Microbial Ecology in Health and Disease, v. 12, n. 2, p. 40-44, 2000.