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Un autismo, varios autismos.

Variabilidad fenotípica en los trastornos del espectro


autista

Análise do artigo: Hervás, A. (2016). Un autismo, varios autismos. Variabilidad


fenotípica en los trastornos del espectro autista [XVIII Curso Internacional de
Actualización en Neuropediatría y Neuropsicología Infantil]. Revista de Neurología,
62(Supl. 1), 9-S14. doi.org/10.33588/rn.62S01.2016068

O artigo “Un autismo, varios autismos. Variabilidad fenotípica en los trastornos


del espectro autista”, escrito por Amaia Hervás, foi publicado na Revista de Neurologia
em 2016.
O objetivo de Amaia Hervás quando escreveu “Un autismo, varios autismos.
Variabilidad fenotípica en los trastornos del espectro autista” foi o de analisar os
principais fatores que estão presentes nas perturbações do espetro do autismo, tendo em
consideração as evidências científicas mais recentes.
De acordo com a American Psychiatric Association:

“A PEA é classificada, atualmente, de acordo com o DSM-5 como uma


Perturbação Neurodesenvolvimental, fazendo parte deste grupo as
Deficiências intelectuais, as Perturbações da Comunicação, a PEA, A
Perturbação de Défice de Atenção/Hiperatividade, a Perturbação
Específica da Aprendizagem, as Perturbações Motoras e outras
Perturbações do Neurodesenvolvimento (American Psychiatric
Association, 2013)”.

Segundo a autora existem diferenças nos sintomas nucleares presentes no


diagnóstico do autismo. Nem todas as pessoas com TEA apresentam os mesmos sintomas,
podendo existir diferenças.
Os individuos com TEA apresentam um défice persistente na comunicação social
recíproca e interação social. Apresentam dificuldades na comunicação verbal e não
verbal, não utilizam gestos na comunicação e não alteram a sua expressão facial. De
acordo com a autora as dificuldades mais comuns nas pessoas com TEA são as que estão
relacionadas com o uso da prgamática da linguagem.
De acordo com o DSM-5 (APA, 2014), a perturbação do espetro do autismo é
também definida por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades (como especificado no Critério B), os quais mostram uma variedade de
manifestações de acordo com a idade e a capacidade, intervenção e suportes atuais. Os
comportamentos estereotipados ou repetitivos incluem estereotipias motoras simples (por
exemplo, bater com as mãos, agitar os dedos), uso repetitivo de objetos (por exemplo,
girar moedas, alinhar brinquedos) e discurso repetitivo (por exemplo, ecolalia, papaguear
atrasado ou imediato de palavras ouvidas, uso de "tu" quando se refere a si próprio, uso
estereotipado de palavras, frases ou padrões prosódicos) (APA, 2014).
Segundo a autora, o diagnóstico de TEA deverá ser efetuado a partir dos 30 meses
de idade, no entanto os pais devem estar sempre atentos aos sintomas, tais como a
ausência de contato ocular, diminuição da interação com os cuidadores, alterações
sensoriais e motores. Aos 15 meses os sinais de TEA são mais evidentes, sintomas
relacionados com a socialização e comunicação. Os comportamentos repetitivoa iniciam-
se por volta dos 24 meses. Nem todas as crianças com autismo apresentam os mesmos
sintomas, tendo por vezes um desenvolvimento normal nos primeiros 18 meses e depois
apresentam uma regressão nos seus interesses e comunicação. Nas crianças com TEA de
alto funcionamento os sinais de autismo podem passar despercebidos pois a sua
linguagem não apresenta alterações para a idade, o seu relacionamento com os adultos e
pares é normal e os seus comportamentos repetitivos podem ser despercebidos.
Posteriormente na idade escolar, ou na adolêscencia torna-se evidente o diagnóstico de
TEA, podendo possuir problemáticas associadas.
Na idade pré-escolar são referidos, em especial, défices nas áreas das relações
sociais e da comunicação. As crianças que apresentam déficit cognitivos associados
efetuam actividades repetitivas e restritas. São frequentes as birras, dificuldades de
coordenação e atraso psicomotor. Na idade escolar as dificuldades observam-se na
relação com os pares, nos jogos e nas brincadeiras.
De acordo com a autora os recreios das escolas poderiam ser espaços de
aprendizagens lúdicas. As dificuldades ao nível da linguagem surgem independentemente
de as crianças apresentarem um déficit cognitivo, são as dificuldades apresentadas pelas
crianças com TEA. Dificuldes na linguagem de compreensão e expressão. Cerca de 40%
das crianças apresenta hiperatividade, déficit de atenção impulsividade, dificuldades na
motricidade fina, Dislexia, problemas que irão interferir com o seu desempenho escolar.
Algumas destas dificuldades por vezes passam despercebidas, ou são mal compreendidas
pelos professores, quando os alunos, por vezes, apresentam um bom cálculo mental,
memória imediata e boas capasidades visuoespaciais.
No período da adolescência as relações sociais são mais complexas. Os jovens
apresentam dificuldades de relacionamento e em iniciar uma conversação. Apresentam
igualmente pouca autonomia para efetuarem as sua tarefas diárias. Nesta fase a exigência
escolar aumenta e é necessário adequar-se o seu curriculo escolar ou poderão ter que
frequentar cursos de formação profissional para completarem a escolaridade obrigatória.
Existem, no entanto, alunos com TEA, de alto funcionamento, no ensino superior.
Devido ao stresse constante, por vezes, os adolescentes isolam-se e tornam-se
dependentes do computador e videojogos.
Na idade adulta os autistas com déficit cognitivo, necessitam de apoio para toda a
vida, em especial quando já não tiverem apoio familiar.

“As relações interpessoais dos adultos com autismo são muito difíceis e
determinam uma incapacidade para estabelecer relações afetivo-sociais estáveis
e recíprocas. A autonomização pode nunca chegar a acontecer. A fragilidade
social destas pessoas torna-as mais vulneráveis ao aparecimento de perturbações
psiquiátricas, sendo a depressão muito frequente nos adultos, sobretudo nos
indivíduos com uma boa capacidade cognitiva e, eventualmente, nos
comportamentos mais passivos (Filipe, 2012)”.

O autismo é mais frequente nos rapazes, sendo que nas raparigas pode ser
confundido por outra patologia. Nas meninas, uma avaliação para um despiste de TEA só
é pedida quando estas apresentam problemas do foro psiquiátrico ou possuem um déficit
cognitivo. As raparigas com TEA apresentam menos comportamentos repetitivos,
apresentando, no entanto, epilepsia. O autismo no sexo feminino também se diferencia
do masculino na frequência de mutações genéticas, devido à falta de uma proteína
essencial ao cérebro. A susceptibilidade genética pode ser potenciada por factores
ambientais, resultando em diferenças fenotípicas.
Uma das comorbilidades associadas ao autismo são as dificuldades na linguagem
expressiva. Nos autistas a linguagem possui intenção comunicativa, sendo mais infantil,
não acompanhando a idade cronológica do indivíduo e a sua capacidade intelectual.
Outra problemática associada ao autismo é o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade TDAH. Problemas de comportamento também estão associados a
indivíduos com TEA. Dificuldades de adaptação a novas situações, desobidiência,
agressividade, irratibilidade.
Na adolescência o autismo está associado a depressões, ansiedade, transtornos
emocionais e vulnerabilidade.No autismo de alto funcionamento também estão
associadas comportamentos suicida. A dificuldade em compreender as outras pessoas em
compreender os seus comportamentos provocam ansiedade nos indivíduos com TEA.
As comorbilidades surgem, na grande maioria das vezes, como “complicações” e
a elevada taxa de comorbilidade verificada nas PEA complicam o diagnóstico diferencial,
agravam o prognóstico e exigem medidas de intervenção específicas.
O autismo está relacionado a várias causas, que ainda são desconhecidas para a
comunidade científica. A pesquisa na área da genética permitirá identificar diferentes
subgrupos com seus fenótipos correspondentes e abrir caminhos para novas terapêuticas.

Referências Bibliográficas

APA (2014). DSM-5. Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais,


5ª Edição. Lisboa: Climepsi Editores

Myers SM, Johnson CP. Autism spectrum disorders. In: Wolraich ML, Dworkin PH,
Drotar DD, Perrin EC, eds. Developmental and Behavioral Pediatrics.
Philadelphia, PA: Elsevier; 2007: In press

Filipe, C. (2012). Autismo: conceitos, mitos e preconceitos. Lisboa: Verbo.

Hewitt, S. (2006). Compreender o autismo: estratégias para alunos com autismo


nas escolas regulares. Porto: Porto Editora.

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