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“As relações interpessoais dos adultos com autismo são muito difíceis e
determinam uma incapacidade para estabelecer relações afetivo-sociais estáveis
e recíprocas. A autonomização pode nunca chegar a acontecer. A fragilidade
social destas pessoas torna-as mais vulneráveis ao aparecimento de perturbações
psiquiátricas, sendo a depressão muito frequente nos adultos, sobretudo nos
indivíduos com uma boa capacidade cognitiva e, eventualmente, nos
comportamentos mais passivos (Filipe, 2012)”.
O autismo é mais frequente nos rapazes, sendo que nas raparigas pode ser
confundido por outra patologia. Nas meninas, uma avaliação para um despiste de TEA só
é pedida quando estas apresentam problemas do foro psiquiátrico ou possuem um déficit
cognitivo. As raparigas com TEA apresentam menos comportamentos repetitivos,
apresentando, no entanto, epilepsia. O autismo no sexo feminino também se diferencia
do masculino na frequência de mutações genéticas, devido à falta de uma proteína
essencial ao cérebro. A susceptibilidade genética pode ser potenciada por factores
ambientais, resultando em diferenças fenotípicas.
Uma das comorbilidades associadas ao autismo são as dificuldades na linguagem
expressiva. Nos autistas a linguagem possui intenção comunicativa, sendo mais infantil,
não acompanhando a idade cronológica do indivíduo e a sua capacidade intelectual.
Outra problemática associada ao autismo é o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade TDAH. Problemas de comportamento também estão associados a
indivíduos com TEA. Dificuldades de adaptação a novas situações, desobidiência,
agressividade, irratibilidade.
Na adolescência o autismo está associado a depressões, ansiedade, transtornos
emocionais e vulnerabilidade.No autismo de alto funcionamento também estão
associadas comportamentos suicida. A dificuldade em compreender as outras pessoas em
compreender os seus comportamentos provocam ansiedade nos indivíduos com TEA.
As comorbilidades surgem, na grande maioria das vezes, como “complicações” e
a elevada taxa de comorbilidade verificada nas PEA complicam o diagnóstico diferencial,
agravam o prognóstico e exigem medidas de intervenção específicas.
O autismo está relacionado a várias causas, que ainda são desconhecidas para a
comunidade científica. A pesquisa na área da genética permitirá identificar diferentes
subgrupos com seus fenótipos correspondentes e abrir caminhos para novas terapêuticas.
Referências Bibliográficas
Myers SM, Johnson CP. Autism spectrum disorders. In: Wolraich ML, Dworkin PH,
Drotar DD, Perrin EC, eds. Developmental and Behavioral Pediatrics.
Philadelphia, PA: Elsevier; 2007: In press